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Estudo dirigido 08 - Introdução ao metabolismo e bioenergética

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA APLICADA À 
AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
Disciplina Bioquímica (PPGBAA) 
 
 
 
 
 
8º estudo dirigido: 
Introdução ao metabolismo e bioenergética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Docente: Reginaldo Alves Festucci Buselli 
Discente: Ana Thereza Tavares Tobelem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM – PA 
JUNHO/ 2013 
 
Atividade apresentada como requisito 
básico, referente a 10% da nota total, 
para a aprovação na disciplina Bioquímica 
do Programa de Pós-graduação em 
Biotecnologia Aplicada à Agropecuária da 
Universidade Federal Rural da Amazônia. 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA APLICADA À 
AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
1) Apresente (a mão) o ciclo do CO2 e O2 entre os organismos autotróficos e 
heterotróficos. Discuta sobre a importância desse ciclo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Existem dois processos para liberação de carbono: 
 O ciclo biológico: Onde entram em ação os animais e as plantas, ou seja, dá-se a 
fotossíntese, em que as plantas recolhem CO2 e libertam oxigênio. Ao mesmo tempo 
os animais, ao respirarem, recolhem o oxigênio e libertam dióxido de carbono para a 
atmosfera, que por sua vez vai ser absorvido pelas plantas, formando assim um ciclo. 
 O ciclo bio geoquímico: Onde se dá a troca de carbono entre a atmosfera e a 
litosfera. Sendo assim o solo absorve CO2, e ao atingir a água transforma-se em ácido 
carbônico. Mais tarde, os animais vão beber esta água. Depois morrem, e acumulam 
sedimentos. Estes sedimentos podem ser expelidos para a atmosfera, por exemplo, 
através de erupções vulcânicas. Ou ainda, se isto não acontecer, a matéria orgânica 
sedimentada for sepultada, pode produzir carvão, petróleo ou gás natural. 
 No Ciclo do oxigênio: Os animais, as combustões e as plantas (durante a sua 
respiração) absorvem oxigênio e libertam dióxido de carbono. E durante a fotossíntese, 
as plantas absorvem dióxido de carbono e libertam oxigênio, que depois vai ser 
absorvido pelos animais, combustões e plantas durante a sua respiração, e assim 
sucessivamente formando um ciclo. 
 Os organismos autotróficos e heterotróficos convivem em um ciclo vasto e 
interdependente, no qual os organismos autotróficos empregam o CO2 atmosférico 
para construir suas biomoléculas orgânicas. Os heterotróficos utilizam, por sua vez, os 
produtos orgânicos dos autotróficos como nutriente fornecedores de energia e fazem o 
CO2 retornar para a atmosfera. Assim é muito importante, pois, o carbono, o oxigênio e 
a água são constantemente reciclados entre os heterotróficos e autotróficos, sendo a 
energia solar, a origem da força propulsora desde processo. 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL E DOS RECURSOS HÍDRICOS – ISARH 
 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA APLICADA À 
AGROPECUÁRIA 
 
 
 
 
 
2) Apresente (a mão) o ciclo do nitrogênio na biosfera. Discuta sobre a importância 
desse ciclo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O nitrogênio (N) é essencial para todas as formas de vida, pois está presente na 
estrutura dos aminoácidos. A vida mantém o N na forma molecular, N2, na atmosfera 
em quantidade maior que NH3 ou em óxidos, N2O, NO e NO2, ou em compostos com 
H, NH, HNO2 e HNO3. N2 é pouco reativo, tendendo a formar pequenos compostos 
inorgânicos. A maioria dos organismos não pode usar N2 diretamente sendo 
necessária muita energia para quebrar a ligação N - N. Uma vez isolados, os átomos 
de N podem converter-se em amônia, nitrato ou aminoácidos: o processo chama-se 
fixação e só ocorre por ação da luz ou da vida, sendo o último o grande responsável. 
 O processo biológico é tão importante, que várias plantas estabelecem uma 
simbiose com bactérias capazes de fixar nitrogênio. A diminuição de nitrogênio em 
solos agrícolas pode ser reduzida por rotação de culturas. Ex: soja, que fixa N, pode 
estar em rotatividade com milho, que não fixa, e, assim, aumentar a fertilidade do solo. 
Se as bactérias apenas fixassem nitrogênio, N2 seria removido da atmosfera. As 
bactérias também realizam o processo inverso: a imobilização. Tanto a remoção de N2, 
como a incorporação são processos controlados por bactérias. N é fertilizante e 
contaminante das águas subterrâneas. Fontes industriais e descargas elétricas podem 
fixar N. N fixo significa N não ligado, ou seja, N atômico. Fixação industrial é hoje a 
maior fonte de N. Óxidos de N são formados a altas temperaturas quando N2 e O2 
estão presentes. Os óxidos de N são a maior fonte poluidora proveniente dos 
automóveis. N2O diminui a camada de O3 na estratosfera. N é ao mesmo tempo 
essencial e tóxico. É essencial a todas as formas de vida e participa de vários 
processos industriais, liberando produtos tóxicos. 
 O nitrogênio participa das moléculas de proteínas, ácidos nucléicos e vitaminas. 
Embora seja abundante na atmosfera (78% dos gases), a forma gasosa (N2) é muito 
estável, sendo inaproveitável para a maioria dos seres vivos. O processo que remove 
N2 do ar e torna o nitrogênio acessível aos seres vivos é denominado fixação do 
nitrogênio. 
A fixação de N2 em íons nitrato (NO3-) é a mais importante, pois é principalmente sob 
a forma desse íon que as plantas absorvem nitrogênio do solo. 
 
 
 
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 A fixação pode ocorrer por processos físicos, como sob ação de relâmpagos 
durante tempestades, e também por processos industriais, quando se criam situações 
de altíssima pressão e temperatura para a produção de fertilizantes comerciais. A 
fixação biológica, porém, é a mais importante, representando 90% da que se realiza no 
planeta. 
 A fixação biológica do nitrogênio é realizada por bactérias de vida livre no solo, por 
bactérias fotossintéticas, por cianofíceas (algas azuis), e principalmente por bactérias 
do gênero Rhizobium, que somente o fazem quando associadas às raízes de plantas 
leguminosas - soja, alfafa, ervilha, etc. Nessas raízes formam-se nódulos densamente 
povoados pelas bactérias, onde ocorre a fixação de N2 até a formação de nitrato. 
Essas plantas podem assim desenvolver-se mesmo em solos pobres desse íon. 
 Além da atmosfera, outro reservatório de nitrogênio é a própria matéria orgânica. Os 
decompositores que promovem a putrefação transformam compostos nitrogenados em 
amônia (NH3), processo denominado amonificação. 
 As bactérias Nitrosomonas transformam a amônia em nitrito (NO2-) (nitrosação) e 
as Nitrobacter o transformam em nitrato (nitratação). Esse processo todo é denominado 
nitrificação, e estas bactérias são conhecidas genericamente como nitrificantes. 
 O retorno do nitrogênio á atmosfera é promovido no processo de desnitrificação, 
realizado por bactérias desnitrificantes, que transformam o nitrato em nitrogênio gasoso 
(N2). 
 O solo, fonte de nitrato para as plantas terrestres, é também importante exportador 
de sais para os ecossistemas aquáticos, geralmente veiculados pela água de chuvas. 
 
3) Comente sobre a importância da bioenergética? 
 A bioenergética é o estudo das transduções energéticas que ocorrem em sistemas 
vivos, pois os mesmos existem em um estado dinâmico que requer energia e nunca 
está em equilíbrio com o ambiente. Podem ocorrer mudanças de uma forma de energia 
para outra bem como a natureza e a função dos processos químicos envolvidos nessas 
transformações. 
 Este estudo permitiu entender como os organismos vivos são capazes de controlara energia de direcioná-la para o trabalho biológico, de tal forma que possam 
permanecer vivos, crescerem e se reproduzirem. Eles usam a energia química dos 
combustíveis para sintetizar moléculas complexas, altamente organizadas, a partir de 
precursores simples e convertem a energia química dos combustíveis em gradientes de 
concentração e em gradientes elétricos, em movimentos e calor e, em alguns 
organismos como vaga-lume e os peixes abissais, em luz. 
 
4) Comente sobre a importância e sobre as funções do metabolismo? 
 O metabolismo é o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem 
no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um 
sistema transformar os alimentos em energia, que será utilizada pelas células para que 
as mesmas se multipliquem, cresçam, movimentem-se, etc. Ou seja, o metabolismo é o 
conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação 
dos nutrientes na célula. 
 O metabolismo é também o processo através dos quais as células capturam 
energia de outras células; convertem nutrientes em blocos construtores para a síntese 
de macromoléculas tais como os polissacarídeos (açúcares), proteínas e ácidos 
 
 
 
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UNIVERSIDADE FEFERAL RURAL DA MAZÔNIA-UFRA 
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nucléicos; sintetizam as macromoléculas necessárias para o crescimento e replicação 
da célula; e degradação de macromoléculas para obter energia ou para estoque de 
seus blocos construtores para futuras construções. 
 O metabolismo é simplificado por dois fatores. Primeiro, ele exibe somente 
pequenas variações dentro de células de uma mesma espécie. Segundo, os processos 
metabólicos são acoplados ao longo de reações essenciais que podem ser 
organizadas em vias, tais como a glicólise (degradação da glicose – carboidrato), e um 
entendimento de um limitado número destas vias pode revelar uma grande quantidade 
de informação sobre todo o processo do metabolismo. 
 Apesar do ensino classificatório da nutrição implicar na atribuição das funções 
únicas e específicas para cada nutriente: função "energética" para os carboidratos, 
função de "reserva" para os lipídeos e função "estrutural" (ou "plástica") para as 
proteínas. Estes mesmos nutrientes podem contribuir para a produção de energia no 
organismo humano. 
 
5) Diferencie anabolismo e catabolismo? 
 O Catabolismo refere-se ao processo o qual leva a quebra ou degradação de 
compostos em moléculas menores, mais simples, tais como o íon lactato, etanol, etc. 
As vias catabólicas são invariavelmente acompanhadas por uma rede de liberação de 
energia livre, e uma das metas do metabolismo é capturar pelo menos alguma desta 
energia sob a forma de compostos de alta energia, como a adenosina trifosfato (ATP). 
 Já o Anabolismo descreve sequências de reações nas quais moléculas 
crescentemente mais complexas são sintetizadas necessitando de fornecimento de 
energia, geralmente na forma de potencial de transferência do grupo fosforil do ATP e 
do poder redutor de NADH, NADPH, e FADH2, ou seja, o anabolismo requer energia 
para ser realizado, e esta energia é proveniente das reações de decomposição 
(catabolismo). 
 Durante o metabolismo, em ambos os processos, catabolismo e anabolismo, 
ocorrem uma série de passos discretos e pequenos, passando através de um número 
de intermediários em seus caminhos até chegar aos produtos finais. Adenosina 
trifostato (ATP) é a fonte primária de energia química para uma variedade 
aparentemente sem fim de processos biológicos. Ela alimenta processos tão diversos 
como a bioluminescência, o transporte de íons e moléculas através de membranas, a 
contração de músculos, a realização de exercícios, e a síntese de carboidratos e 
ácidos nucléicos. Quando um ATP libera energia ele vira ADP (adenosina difosfato) e 
precisa ser fosforilado para voltar a ser ATP, sendo necessário, para isso, a 
degradação de micronutrientes como a fosfocreatina, a glicose, o ácido graxo ou o 
aminoácido, para novamente ser capaz de gerar energia. 
 
6) Como que os organismos vivos (vegetais e animais) adquirem energia? 
 As plantas adquirem energia pelo processo da fotossíntese, captando energia 
luminosa e gás carbônico, transformando em energia química para a realização de 
atividades dentro da célula e de compostos químicos complexos (carboidratos) de 
energia que posteriormente serão oxidados para liberarem energia livre. São capazes 
de sintetizar todos os seus constituintes celulares a partir de moléculas simples, como 
H2O, CO2, entre outros. Os organismos vivos também adquirem energia, por meio de 
 
 
 
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moléculas complexas, como os carboidratos, lipídeos e proteínas presentes no 
ambiente. 
 Os animais adquirem essa energia usando como agente oxidante o O2 para a 
degradação das macromoléculas, podem ser chamados de aeróbicos obrigatórios. A 
energia que é adquirida pelos seres vivos é extremamente importante sendo 
fundamental para a realização de atividades metabólicas na síntese de compostos que 
irão manter os organismos. 
 
7) Como que a energia adquirida pelos organismos vivos pode ser utilizada? 
 Esta energia pode ser utilizada de diferentes maneiras, pelas transformações 
químicas, como síntese de ATP a partir de moléculas de ADP + Pi, este ATP serve 
como fonte de energia para a realização de atividades metabólicas. Fornece energia 
para promover a alternância de algumas proteínas entre duas conformações 
produzindo movimento mecânico, isso ocorre na contração muscular, e na 
transferência de informações genéticas, com o movimento de enzimas ao longo do 
DNA ou no deslocamento dos ribossomos ao longo do RNA mensageiro. A energia 
adquirida pelos organismos vivos também pode ser utilizada na produção de energia 
luminosa, um exemplo é a bioluminescência dos vaga-lumes, que requer quantidades 
consideráveis de energia. 
 As células dos organismos heterotróficas obtêm energia livre de forma química pelo 
catabolismo de moléculas de nutrientes, e elas usam essa energia para fazer ATP a 
partir de ADP e Pi. O ATP, então, doa parte da sua energia química para processos 
endergônicos como a síntese de intermediários metabólicos e de macromoléculas a 
partir de precursores menores, para o transporte de substancias através da membrana 
contra gradientes de concentração, e para o movimento mecânico. Essa doação de 
energia do ATP geralmente envolve a sua participação covalente na reação, com 
eventual conversão de ATP em ADP e Pi, ou, em algumas reações, em AMP e 2Pi. 
 
8) O que é uma reação de oxidação-redução? Dê exemplo. 
 
 A reação de oxidação-redução é um processo químico complementar, que envolve 
a perda de elétrons por um dos reagentes (oxidação) e o correspondente ganho de 
elétrons por outro reagente (redução). Devido às suas características, estes processos, 
ocorrem em simultâneo e de tal forma que o número de elétrons liberados na oxidação 
é idêntico ao número necessário na redução. A espécie química que perde elétrons é 
oxidada e atua como agente redutor (doador de elétrons) e a espécie química que 
aceita elétrons é reduzida e atua como agente oxidante (aceitador de elétrons). 
 Como exemplo, pode-se citar a oxidação do íon ferro pelo íon cobre: Fe2+ + Cu+2 
 Fe+3 + Cu+. A molécula doadora de elétrons em uma reação de oxidação-redução 
é chamada de agente redutor, ou simplesmente redutor. Neste exemplo o Fe2+ é o 
agente redutor, pois este doa um elétron para o Cu+2. A molécula receptora de elétrons 
é o agente oxidante, ou simplesmente oxidante. Na oxidação do ferro ocobre age 
como agente oxidante, pois recebe um elétron do ferro e passa para a forma Cu+. 
 
 
 
 
 
 
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9) O que é energia livre? Diferencie uma reação exergônica de uma reação 
endergônica. 
 Energia livre é a energia disponível capaz de realizar trabalho dentro da célula com 
a temperatura e pressão constante, se refere também a mudanças energéticas durante 
o curso de uma reação química. O ΔG é encontrado pela fórmula ΔG= ΔH-T ΔS, onde 
ΔG é a variação de energia livre de Gibbs do sistema reagente, ΔH é a variação de 
entalpia, T a temperatura absoluta e Δs é a variação de entropia. 
 A reação é exergônica quando em uma reação o ΔG possui valor negativo (ΔG<0), 
indicando que a reação pode ocorrer espontaneamente e energia será liberada, ainda 
sobrará energia livre para outras reações. A reação endergônica ocorre quando ela 
apresenta um ΔG de valor positivo (ΔG>0), então a reação não pode ocorrer de forma 
espontânea e necessita de energia extra do sistema para poder ser realizada. 
 
10) Qual é a importância do acoplamento das reações exergônicas com as reações 
endergônicas em processos químicos? 
 O acoplamento implica que a transferência de energia de uma reação à outra se 
faça por intermédio de um reagente comum às duas reações exergônica ou 
endergônica. Em processos mecânicos ou químicos, ocorrem reações exergônicas 
(que liberam energia) e reações endergônicas (que necessitam de mais energia), no 
entanto quando ocorrem reações desfavoráveis, é necessário que ocorra o 
acoplamento das reações, para que as reações desfavoráveis ocorram. A energia 
liberada pelo processo de reação exergônica (ΔG<0) é usada para a realização de 
reações endergônicas (ΔG>0), este balanço das duas reações é importante para que 
não haja no final dos processos químicos um déficit de energia na célula e também 
para manter o equilíbrio energético. 
 
11) O que são rotas metabólicas? Dê exemplos. 
 As rotas metabólicas são constituídas por uma serie de reações catalisadas por 
enzimas. Cada uma das etapas consecutivas em uma rota metabólica produz uma 
pequena alteração química especifica em geral a remoção, a transferência ou a adição 
de um átomo particular ou um de grupo funcional. O precursor é convertido em um 
produto por meio de uma serie de intermediários metabólicos chamados metabolitos. 
Algumas rotas metabólicas são lineares e algumas são ramificadas, geralmente 
múltiplos produtos finais úteis a partir de um único percurso ou convertendo vários 
precursores em um único produto. 
 Exemplos de rotas metabólicas que pode ser citado é o ciclo de Krebs e a glicólise. 
Sem as enzimas as reações ocorreriam muito lentamente e não seria compatível com a 
vida. A especificidade das enzimas também contribui para a eficiência das reações por 
impedir a formação de subprodutos inúteis ou tóxicos, além disso, as enzimas 
permitem o acoplamento de reações químicas endergônicas com reações 
energeticamente favoráveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12) Qual é o papel do ATP, NADH, FADH2 e NADPH no metabolismo? 
 Essas moléculas possuem o papel muito importante no fornecimento de energia. 
Elas têm a capacidade de transportar elétrons para serem utilizados em reações. 
Nestas formas em que se apresentam (ATP, NADH, FADH2 e NADPH) estão 
caracterizados na sua forma reduzida. Adenosina trifosfato ou ATP é um nucleotídeo 
responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. É constituído 
por adenosina, um nucleosídeo, associado a três radicais fosfato conectado em cadeia. 
 A energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos. O ATP armazena energia 
proveniente da respiração celular e da fotossíntese. Fornece energia por transferência 
de grupos e não por simples hidrolise.O ATP é convertido em ADP e Pi através de 
reações e é um bom doador do grupo fosforil. 
 O NADH, nicotinamida adenina dinucleótido hidreto, é necessário para o 
desenvolvimento celular e produção de energia. Atua com a desidrogenase como 
transportador solúvel de elétrons. 
 O FADH2 é uma molécula transportadora de energia metabólica, sendo utilizada 
como substrato na fosforilação oxidativa mitocondrial. O FADH2 é reoxidado a FAD, 
resultando subsequentemente na síntese de duas moléculas de ATP por cada FADH2. 
 O NADPH é a coenzima usual em reduções, quase sempre como parte de uma 
reação anabólica. 
 
 
13) Por que o ATP, e não GTP, CTP e o TTP, é predominantemente utilizado como 
moeda energética? 
 O ATP funciona como moeda energética que relaciona catabolismo e anabolismo. 
Sabe-se que as células dos seres heterotróficos obtêm energia livre de forma química 
pelo catabolismo de moléculas de nutrientes e elas utilizam essa energia para fazer 
ATP a partir de ADP e Pi. O ATP então doa parte de sua energia para processos 
endergônicos como síntese de intermediários metabólicos e de macromoléculas a partir 
de precursores menores. O ATP está envolvido em uma gama de transduções de 
energia, envolvendo alem de síntese de macromoléculas ricas em informação, mas 
também como transporte de soluto através das membranas e ainda produz movimento 
relacionado a contração muscular. O ATP está em maior quantidade, por isso se tornou 
o principal fornecedor de energia, enquanto que os outros nucleotídeos (UTP, CTP e 
GTP), não estão em abundancia como o ATP e não desenvolveram a alta capacidade 
que o ATP possui. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nucleot%C3%ADdeo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adenosina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nucleos%C3%ADdeo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fosfato
http://pt.wikipedia.org/wiki/Respira%C3%A7%C3%A3o_celular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotoss%C3%ADntese
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fosforila%C3%A7%C3%A3o_oxidativa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitoc%C3%B4ndria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxida%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adenosina_trifosfato
 
 
 
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14) Apresente as relações energéticas entre as rotas catabólicas e anabólicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As rotas catabólicas e anabólicas ambas passam por um processo que envolve a 
liberação de energia química na forma de ATP, NADH, NAPH e FADH2. Sendo que 
esses transportadores de energia são usados em vias anabólicas para converter 
precursores pequenos em macromoléculas celulares. Mas tanto nas vias catabólicas 
como nas vias metabólicas, envolvem macromoléculas celulares. Em geral as vias 
catabólicas são convergentes e as vias anabólicas são divergentes. Porém ambas as 
vias possuem enzimas para realizar tanto a degradação (catabolismo), quanto a 
síntese das categorias importantes de biomoléculas (anabolismo), mas não significa 
dizer que são os mesmos grupos de enzimas. 
 As vias de anabolismo e catabolismo têm que ser essencialmente irreversíveis, pelo 
menos uma das reações especificas de cada sentido deve ser termodinamicamente 
muito favorável. 
 
15) Por que os organismos vivos apresentam mecanismos altamente eficientes de 
aquisição, uso e manutenção de energia? 
Por que os organismos vivos realizam trabalho para permanecer vivos, 
crescerem e se reproduzirem, os organismos vivos possuema capacidade de controlar 
a energia e direcioná-la para o trabalho biológico é uma propriedade fundamental de 
todos os organismos vivos e essa capacidade deve ter sido adquirida muito cedo no 
curso da evolução celular. Os organismos modernos realizam uma notável variedade 
de transduções da energia química dos combustíveis para sintetizar macromoléculas 
complexas, altamente organizadas, a partir dos precursores simples, eles também 
convertem a energia química dos combustíveis em gradientes de concentração e 
gradientes elétricos, entre outros. Os organismos vivos possuem a necessidade de 
adquirir energia com alta eficiência para garantir a vida. 
 
 
 
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16) Considerando as rotas metabólicas, qual é a importância do acetil-CoA no 
metabolismo? 
 O Acetil-CoA é um composto intermediário chave no metabolismo celular, 
constituído de um grupo acetil, de dois carbonos, unidos de maneira covalente a 
coenzima A. O acetato é um intermediário metabólico chave, é o produto de 
degradação, nas rotas metabólicas, de uma variedade de combustíveis no catabolismo 
convergente, serve de precursor de um grande numero de produtos formados no 
anabolismo divergente e o acetil-coA também é consumido na via catabólica conhecida 
como ciclo do acido cítrico. É possível perceber sua determinada importância, já que o 
acetil-coA está presente no centro dos três tipos de via metabólicas não lineares que 
são o catabolismo, anabolismo e via cíclica. 
 
17) Elabore uma pergunta sobre esse tópico e a responda. 
 
Pergunta: Explique detalhadamente, como ocorre o processo de bioluminescência 
do vaga-lume. Apresente (a mão) o ciclo de bioluminescência do vaga-lume. 
 
 A bioluminescência do vaga-lume necessita de uma quantidade considerável de 
energia. A energia em forma de ATP presente no vaga-lume é utilizada em um grupo de 
reações que convertem energia química em energia luminosa. 
 Para que ocorra o brilho é necessário a ativação de luciferina (acido carboxílico 
complexo) que está presente no inseto. Essa ativação ocorre por uma enzima que envolve 
a clivagem de pirofosfato do ATP para formar luciferil-adenilato na presença de oxigênio 
molecular e luciferase, a luciferina sofre uma descarboxilação oxidativa, que formará a 
luciferina. Esse processo é acompanhado pela emissão de luz. A cor do lampejo é 
diferenciada de acordo com cada espécie. 
 
Referências Bibliográficas 
 
LEHNINGER, A. L.. Princípios de Bioquímica. 5. ed. Porto Alegre: Savier, 1273 p. 
2011. 
 
CAMPBELL, M. K.. Bioquímica. 3. ed. Porto alegre: Artmed, 752 p. 2000. 
 
TAIZ, L.; ZEIGER, E.. Fisiologia Vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 719 p. 2004. 
 
VOET, D.; VOET, J.; PRATT, W. C. Fundamentos de Bioquímica. Porto Alegre: 
Artes Médicas Sul. 2000. 
 
 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_covalente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coenzima_A

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