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AULA 05 ESTRUTURAS E TEXTURAS PETROLOGIA ÍGNEA

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Universidade Federal de Roraima
Instituto de Geociências
Departamento de Geologia 
PETROLOGIA DE ROCHAS CRISTALINAS (GEO-400)
AULA 05 - ESTRURAS E TEXTURAS EM ROCHAS ÍGNEAS
Professora: Ana Tayla R. Ferreira (taylaferreira@gmail.com)
ESTRURAS E TEXTURAS EM ROCHAS ÍGNEAS
Os termos textura e estrutura são usados, por vezes, um no lugar do outro, mas há uma distinção entre eles. 
Estrutura: refere-se ao arranjo das partes de um maciço rochoso, incluindo as relações espaciais entre as partes, relativo aos seus tamanhos e formas, bem como das feições internas das partes. A estrutura trata com feições em escala mesoscópica (amostra de mão) ou megascópica (de afloramento). 
 Textura: refere-se ao tamanho, forma e a interrelação espacial entre os grãos, assim como as feições interna dos grãos em uma rocha. A textura trata com feições de pequena escala (microscópica).
ESTRUTURAS EM ROCHAS VULCÂNICAS
Ao atingir a superfície, o magma entra em contato com um meio bem mais frio – ar, água ou sedimentos úmidos.
As partes do magma expostas ao meio sofrem um arrefecimento extremamente brusco, passando rapidamente do estado líquido , através do estado plástico, até o estado sólido.
Por outro lado, as partes internas do corpo permanecem a uma temperatura mais eleva 
ESTRUTURAS DESENVOLVIDAS DURANTE O ESCOAMENTO NA SUPERFÍCIE
 Lava Pahoehoe - derrame de lava basáltica, que exibe uma superfície lisa, ondulada ou em corda.
ESTRUTURAS DESENVOLVIDAS DURANTE O ESCOAMENTO NA SUPERFÍCIE
Em corda (Lava Pahoehoe ) - derrame de lava basáltica fluida e que solidifica formando uma estrutura que se enrola a semelhança de um rolo de corda.
ESTRUTURAS DESENVOLVIDAS DURANTE O ESCOAMENTO NA SUPERFÍCIE
 Lava em Bloco (Lava a’a) - derrame de lava que se apresenta brechada, principalmente no topo e na base do derrame, com superfície rugosa e serrilhada devido ao envolvimento de fragmentos já solidificados pela corrida de lava que se desloca. 
Estruturas Desenvolvidas Durante o Escoamento na Superfície
 Acamamento de Fluxo - consiste de camadas milimétrica a centimétrica com variação na cor e/ou textura.
 Lava em Almofadas (Pillow Lava) - característica de derrames sub-aquáticos, geralmente basálticos, que é bruscamente resfriado pela água do mar, formando uma capa solidificada e tomando a forma de uma almofada (com 20 a 120 cm) ao acomodar-se por sobre outras pillows já depositadas. 
em Almofadas (Pillow Lava)
ESTRUTURAS DE DESGASEIFICAÇÃO
 Vesicular - a liberação de gases (à época em que o magma vai do estado líquido, através do estado plástico, até o estado sólido) é responsável pela formação de vesículas. Esta estrutura ocorre, mais freqüentemente, no topo dos derrames.
Estruturas de Desgaseificação
Amigdaloidal - quando as vesículas estão preenchidas por minerais secundários (zeólitas, carbonatos, epídoto, clorita, quartzo ou calcedônia) temos as amígdalas.
ESTRUTURAS DE DESGASEIFICAÇÃO
A exsolução dos gases do magma pode levar a uma violenta erupção (explosiva) em que o material vulcânico é fragmentado em partículas que vão de poeira a grandes blocos.
	
	Ex. Rochas piroclástica (aglomerado vulcânico, brecha vulcânica). 
ESTRUTURA DESENVOLVIDA APÓS SOLIDIFICAÇÃO, DURANTE O RESFRIAMENTO
 O resfriamento de derrames espessos, sill ou diques é acompanhado por fenômeno de contração – forma-se as disjunções (fraturas, diáclases ou juntas) → estrutura colunares.
ESTRUTURA EM ROCHAS PLUTÔNICAS
Maciça (isotrópica)
Estratificada ou Acamada.
ESTRUTURA DE FLUXO.
 Orbicular
 Cavidade Miarolítica
ESTRUTURAS RESULTANTES DA INTRUSÃO (ZONAS DE CONTATOS)
 Bordas de Resfriamento.
ESTRUTURAS RESULTANTES DA INTRUSÃO (ZONAS DE CONTATOS)
 Xenólitos (Brecha Magmática).
REGRAS DE ROSENBUSCH
Quando grãos de um mineral comumente englobam grãos de outro, ele é de origem tardia. 
	Atenção com megacristais !
2. Quando duas associações de diferentes grãos minerais estão presentes, aquela constituída por grãos mais grossos formou-se primeiro. 
3. Cristais formados precocemente têm fácies euédricas; cristais tardios são mais anédricos.
TEXTURAS COMUNS EM ROCHAS ÍGNEAS
1- EQUIGRANULAR - Cristais com aproximadamente o mesmo tamanho
1.1 – Granular Euédrica (panidiomórfica)= cristais euédricos e de tamanho uniforme.
Bt granito composto de cristais aproximadamente equigranulares de Qz, Fk, Pl e Bt.
Textura granular hipidiomórfica
Textura granular hipidiomórfica
Amostra de norito composto de cristais subédricos-anédricos de plagioclásio e subédricos-anédricos de orto e clinopiroxênio
1.2 – Granular Subédrica (hipidiomórfica)= Os cristais de alguns minerais são anédricos, outros subédricos e alguns euédricos. Típica de rochas graníticas.
Amostra de dunito (olivina) + enstatita (ortopiroxênio) 
1.3 – Granular Anédrica (halotriomórfica)= cristais anédricos e de tamanho uniforme
2- INEQUIGRANULAR - Cristais com tamanhos diferentes
2.1 – Seriada. Os cristais dos principais minerais mostram variação contínua de tamanho. 
	Ex. basaltos.
Rocha vulcânica com textura seriada. Fenocristais, principalmente de feldspato, mostram ampla variação de tamanho
2.2 – Porfirítica. Fenocristais, geralmente euédricos a subédricos, dispersos em matriz mais fina ou vítrea. O mesmo mineral pode estar presente como finos cristais na matriz. Ex: granitos, andesitos, traquitos. 
Rocha porfirítica composta de
fenocristais euédricos a subédricos
de FK numa matriz fina
Rocha vulcânica com texturas porfirítica e seriada. Grande parte dos fenocristais são de nefelina. Alguns mostram textura esqueletal.
2.3 – Glomeroporfirítica. Variedade da textura porfirítica onde os fenocristais estão enfeixados ou formando um cacho em agregados chamados glomerocristais. Ex. basaltos.
Olivina basalto composto de olivina (Ol), fenocristais de clinopiroxênio e microfenocristais de plagioclásio (não mostrado) dispersos em matriz fina. Os agregados de clinopiroxênio são glomerocristais.
2.4 – Poiquilítica. cristais relativamente grandes de um mineral englobam vários cristais menores de um ou mais minerais de cristalização anterior que se encontram dispersos aleatoriamente. Ex. gabros, peridotitos.
Cristais de biotita englobados por um cristal mais desenvolvido de FK
Cristal de piroxênio englobando várias palhetas de plagioclásio
 Cristais de augita parcialmente englobados por ripas de Plagioclásio
2.5 – Ofítica. Termo geralmente usado para rochas gabróicas. Inclusão parcial ou total de um mineral por outro de formação posterior. Se os cristais estão cercados parcialmente e penetram além do cristal hospedeiro, a textura é dita subofítica. Ex. gabros e diabásios.
3- INTERSTICIAIS - Duas variedades são reconhecidas com base no material que ocupa os espaços entre as ripas de plagioclásio:
3.1 – Intergranular. Os espaços entre as palhetas de plagioclásio são ocupados por um ou mais cristais de piroxênio (± olivina e opacos). 
	Ex. gabros.
Dolerito com textura intergranular. Minerais coloridos são principalmente Cpx e Ol anédricos cercados por palhetas prismáticas de Pl.  
Cristais euédriocs de Py com cristais intersticiais de plagioclásio tardios. Stillwater complex, Montana. Field width 5 mm. 
Textura Intergranular
3.2 – Intersertal. Vidro ou material hipocristalino ocupam os espaços entre as palhetas de plagioclásio. O vidro pode estar fresco ou alterado para palagonita, clorita, analcita ou minerais argilosos ou pode ter sido desvitrificado. 
Ex. diabásios, basaltos.
Texturas intergranular e intersertal
4- ORIENTADAS OU ALINHADAS 
4.1 – Traquítica. Arranjo subparalelo de palhetas de feldspatos microcristalinos na matriz de uma rocha holocristalina ou hipocristalina. O termo não é restrito a rochas de composição traquítica. Alguns autores subdividem a textura traquítica em pilotaxítica e hialopilítica, dependendo se o material dos feldspatos é cristalino ou
vítreo. 
Textura traquítica com fenocristais de Pl alinhados em decorrência do fluxo. Notar fluxo em torno dos fenocristais.
Textura traquitóide de Pl em diorito
Olivinas em arranjo traquitóide
Camadas de minerais em pente: Ol+Pl alterna com Px; borda do dique à esquerda. P//
4.2 – Comb (pente). cristais alongados, encurvados, ramificados, partilhando a mesma direção de alongamento. 
Piroxênio em pente. V abre na direção de crescimento
5- TEXTURAS DE INTERCRESCIMENTO 
5.1 – Micrográfica (ou gráfica se visível a olho nu): intercrescimento regular entre dois minerais produzindo a aparência de escrita cuneiforme ou rúnica. A mais conhecida é entre Qz e FK.
5.2 – Granofírica. Intercrescimento de Qz e Fk
5.3 – Mirmequítica. Intercrescimento de Qz e Pl
Textura mirmequítica formada em Pl no contato com Fk
5.4 – Micropertitas. Lamelas de feldspato rico em Na (albita) dispostas num cristal hospedeiro de feldspato rico em K (ortoclásio). O inverso é chamado de antipertita. Esse tipo de intercrescimento geralmente é atribuído a exsolução das lamelas do cristal hospedeiro (isto é, reação no estado sólido), sendo empregado o termo textura de exsolução. Muito comum em rochas graníticas.
Mesopertitas e Qz intersticial
Mesopertitas e albitas de bordas (swapped rims)
Mesopertitas
6- TEXTURAS RADIAIS 
	Cristais alongados divergem a partir de um núcleo comum. São comumente encontradas em rochas de granulação fina, porém não exclusivamente.
6.1 – Esferulítica. Esferulitos são corpos aproximadamente esferoidais compostos de agregados de cristais fibrosos de um ou mais minerais radiando a partir de um núcleo, contendo vidro ou cristais entre eles. A ocorrência mais comum de esferulitos é um agregado radial de FK acicular com quartzo ou vidro entre eles. Ex. riolitos.
7- TEXTURAS DE SOBRECRESCIMENTO 
	Texturas nas quais um único cristal cresceu através de material de mesma composição ou não. 
7.1 – Corona. Um cristal de um mineral é cercado por uma borda ou manto de um ou mais cristais de outro mineral. 
	Ex. Anfibólio envolvendo cristal de piroxênio; biotita cercando anfibólio.
Fenocristal anédrico de anfibólio (verde escuro) cercado por outro anfibólio euédrico (amarelado).   
Coronas de hbl e px entre olivina e plagioclásio
7.1 - Corona
Corona de Hbl em Cpx
Granito rapakivi, microscópico, Finlândia
Granito rapakivi, macroscópico; ovóides de Fk, Finlândia
7.2 - Rapakivi: sobrecrescimento de Na-plagioclásio em torno de cristais de FK. O oposto é denominado de textura anti-rapakivi.
Cristais esqueletais de Ol em picrito basalto
7.3 – Esqueletal ou Dendrítica. rochas porfiríticas com matriz vítrea ou muito fina podem mostrar fibras ou placas crescendo a partir das extremidades de fenocristais. O sobrecrescimento e os fenocristais podem não ter a mesma composição.
Cristal esqueletal de olivina
8- TEXTURA DE CAVIDADES
8.1 - Vesicular: buracos arredondados, ovóides ou alongados, irregulares, formados pela expansão de gases.
8.2 - Amigdaloidal: os buracos originais são ocupados por minerais do estágio tardio magmático e/ou pós-magmático tais como carbonatos, quartzo, clorita, zeólitas, raramente vidro.
8.3 - Miarolítica: cavidades irregulares (drusas) em rochas plutônicas e hipabissais dentro das quais se desenvolvem cristais euédricos.
Amígdala preenchida por finos cristais de calcita
Vesículas sub-arredondadas provocadas por gases
9- TEXTURA CUMULÁTICA
Cpx, Ol idiomórficos. Textura cumulática
Olivina zonada, Mauana Kea, Hawaii
Cpx com zoneamento setorial e oscilatório
cpx zonado, Nx
Anfibólio zonado(Hast. Centro e Act borda) com inclusões de Pl alterado (Gr. São Jorge, PAT)
10- ZONEAMENTOS 
Plagioclásio zonado, núcleo homogêneo, Skye

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