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Contratos Empresariais Bibliografia recomendada: Arnoldo Wold - contratos em espécie (Saraiva) Carlos Roberto gonçalves - contratos civis (saraiva) Fabio Ulhoa Coelho - curso de direito comercial VIII (Saraiva) Maria Helena Diniz - contratos civis vol. 3 (Saraiva) São Paulo 2º semestre de 2012 C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !1 Aula 01 (02.08.2012) - contrato estimatório CONTRATO ESTIMATÓRIO OU DE CONSIGNAÇÃO Fundamentação legal: art. 534 a 337 Conceito - é aquele por meio do qual uma pessoa chamada consignante entrega bens moveis a outra, que é a consignatária, autorizando a vender a mercadoria pelo preço ajustado ou a restituir as coisas no prazo fixado. Portanto, em outras palavras, É um tipo de venda consignada, onde um ponto comercial cede seu espaço para a venda de produtos de fabricantes diversos. O dono do ponto não se torna proprietário da mercadoria, mas meramente recebe a incumbência de preserva-la e tentar vende-la. O produtor estipula a quantia que deseja receber por cada produto, e o lucro do vendedor se faz presente no leve aumento de preços que ele realiza, ficando com esse residual. Esse preço adicional cobrado pelo vendedor é chamado sobrepreço. Exemplificando para facilitar a compreensão: Joaquim fabrica sabão. Ele não tem nenhuma loja, e seu produto é novo e ele quer dissemina-lo no mercado. Para isso, ele faz um contrato estimatório com diversos lojistas. O sabão de Joaquim ficará com o vendedor, que tentará vende- los e, obtendo sucesso, dará a Joaquim o preço que ele estipulou: dois reais. No entanto, o comerciante não venderá à dois reais, mas sim a dois e cinqüenta, estando aí seu lucro. Esses cinqüenta centavos representam o sobrepreço que ele colocou para garantir seu lucro. Partes: consignante (proprietário real da mercadoria) e consignatário (lojista) Natureza jurídica: contrato de natureza mercantil, típico, nominado, de obrigação alternativa, autônomo, de natureza real, oneroso, comutativo e bilateral Aplicabilidade: nasceu nas lojas de antiquários. Funciona muito bem para comercio de Joias, obras de arte, livros e mercadorias diversas. Vantagens do contrato: - para o consignante: possibilidade de rápida divulgação do produto no mercado. - para o consignatário: existe o lucro no sobrepreço ou vantagem de compra pelo preço estimado, ou ainda a possibilidade da devolução do bem. Características: Bens moveis e prazo determinado. Existe uma obrigação por parte do consignatário de devolver a coisa ou pagar o valor estimado ainda que essa tenha sido destruída por fatos alheios a ele. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !2 Esse objeto que esta em consignação não pode ser penhorado nem seqüestrado (possibilidade de executar uma dívida com outros bens que não o gerador da dívida) pelos credores do consignatário. tampouco pode o consignante dispor de sua mercadoria sem que essa tenha lhe sido restituída ou o seu valor estimado. Analise do artigo 535 CC. E 537 CC. Observações: embora contrato tipicamente mercantil, nada impede que as pessoas físicas se valham dessa forma de contrato. Por ser um contrato real, só se aperfeiçoa com a tradição. Durante a vigência do contrato, a posse da coisa não pode ser perturbada pelo proprietário (consignante) Restituição - Na restituição pode existir a devolução física da coisa, ou a comunicação feita pelo consignatário, que interrompe o prazo ajustado, e desobriga o consignatário de pagar o preço. Aula 02 (09.08.2012) - Contrato de depósito Arts. 627 a 652 CC. (guarda de coisa alheia) É a operação de entrega de um bem móvel ao depositário, que deverá guarda-lo, conserva-lo, e devolve-lo quando solicitado. Objeto - O objeto desse contrato é a guarda ou a custódia de bens móveis. Atentar para o fato que a partir do momento que existe remuneração o contrato torna-se um serviço. A partir desse momento, portanto, o serviço também passa a ser regido pelo código de defesa consumidor. Tipos de tradição: Real - quando o bem é entregue materialmente. Ficta (traditio brevi Manu) - existe a tradição Ficta quando por algum motivo a tradição material já foi realizada anteriormente, e só se altera a titularidade ou consequências jurídicas do fato. Gratuidade- a origem desse contrato pautava-se na gratuidade. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !3 Modalidades: Deposito voluntário (art. 627 CC.) - Art. 627. Pelo contrato de depósito recebe o depositário um objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame Art. 628. O contrato de depósito é gratuito, exceto se houver convenção em contrário, se resultante de atividade negocial ou se o depositário o praticar por profissão. Parágrafo único. Se o depósito for oneroso e a retribuição do depositário não constar de lei, nem resultar de ajuste, será determinada pelos usos do lugar, e, na falta destes, por arbitramento. Art. 631. Salvo disposição em contrário, a restituição da coisa deve dar-se no lugar em que tiver de ser guardada. As despesas de restituição correm por conta do depositante. Quaisquer despesas adicionais do depositário, além do possível preço de deposito, deve ser ressarcida, sob pena do direito de retenção do bem por parte do depositário. Para se realizar o deposito voluntário, deve ser o depositário capaz, conforme art. 641. Ainda acerca desse artigo, se a incapacidade surgir de forma superveniente, o representante do antigo depositário deverá devolver o bem imediatamente, ou nomear outro depositário. Art. 641. Se o depositário se tornar incapaz, a pessoa que lhe assumir a administração dos bens diligenciará imediatamente restituir a coisa depositada e, não querendo ou não podendo o depositante recebê-la, recolhê-la-á ao Depósito Público ou promoverá nomeação de outro depositário. Natureza jurídica - é um contrato real, não solene, gratuito ou oneroso. O depositante portanto tem a obrigação de pagar a remuneração ao depositário e de reembolsar as despesas. O depositário por sua vez tem obrigação de guardar a coisa e restitui-la quando demandado. Os frutos da coisa depositada também devem ser entregues ao depositante, ressarcidos os devidos gastos se existirem. Um detalhe adicional importante é o deposito em favor de terceiro. Se A deposita uma jóia com B para que posteriormente C a retire, o A não poderá retira-la sem autorização de C Art. 632. Se a coisa houver sido depositada no interesse de terceiro, e o depositário tiver sido cientificado deste fato pelo depositante, não poderá ele exonerar-se restituindo a coisa a este, sem consentimento daquele. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !4 Deposito necessário - Ocorre quando o depositante, movido por circunstancias imperiosas ou por imposição legal, realiza o deposito com pessoa não escolhida livremente. Do Depósito Necessário Art. 647. É depósito necessário: I - o que se faz em desempenho de obrigação legal; Esse é o deposito necessário legal. Existem algumas situações previstas em lei para o deposito de bens, situação onde ocorrerá o deposito necessário em sua modalidade legal. II - o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque. Esse é o deposito necessário miserável. É chamado assim pois sua maior ocorrência é a guarda de bens pelo poder público em favor de cidadãos que perderam imóveis em calamidades e não tem onde guardar os contentos antes armazenados ali. Deposito especial - Hoteleiros - deposito hoteleiro, referente ao armazenamento das bagagens (embora o nome, também vale para cruzeiros, viagens, etc). É um contrato assumido pelo transportador de custodia de bagagem. O hoteleiro se responsabiliza tanto pela custodia da pessoa quanto da bagagem.Exceto objetos muito preciosos, onde deverá ser oferecido uma caixa forte para guarda-los. Funciona semelhantemente a um seguro (comparação didática). Garagens - inclui os estacionamentos e serviços do gênero. Há uma custodia por parte dos prestadores desse serviço. Depósito Mercantil Dec. M. 1102/1903 Objeto - Guarda ou custódia de mercadorias. Destinam-se principalmente às mercadorias em transito. O depositário é obrigado a restituir a mercadoria a qualquer momento que essa seja demandada. Quando uma mercadoria chega do exterior por exemplo, é necessária a nacionalização da mesma, ficando um período no cais. É para esse período que existe o deposito mercantil. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !5 Partes: depositante (o que deposita), e o depositário (aquele que guarda). Ambas as partes são em regra empresas. Pelo menos o depositário é em regra pessoa jurídica. Características O prazo de contrato é de seis meses a contar da tradição. Esses seis meses são prorrogáveis por no máximo mais seis meses. É um contrato sempre oneroso e o pagamento é realizado pela chamada taxa de armazenagem. A restituição da mercadoria pode ser feita a qualquer tempo, e não necessariamente ao final do tempo estipulado no contrato. Se vencidos os seis meses e a mercadoria não foi retirada, caracteriza-se "abandono". Imediatamente o depositante é notificado para retirar em oito dias sua mercadoria. Se mesmo assim não for retirada, a mercadoria poderá ser vendida por corretores ou leiloeiros públicos em praça pública em favor do depositário. A obrigação do depositário é de custodia, que se responsabiliza por furto, perdas, avarias provocadas por sua culpa (o depositário deve tomar os cuidados necessários para a armazenagem do produto. Por exemplo, grãos não podem ficar armazenados em locais úmidos. Se o depositário deixar que isso ocorra, prejudicando a qualidade da mercadoria, ele deve arcar com os danos gerados.), fraudes ou dolo dos empregados e prepostos. O depositário responsabiliza-se inclusive de avarias por casos fortuitos. Se as mercadorias forem de bens fungíveis e sofrerem avarias, a responsabilidade do depositário se estende até a casos de força maior. sistema de certificação A mercadoria pode ser retirada por terceiros portadores do título, além do próprio depositante. O contrato destina-se ao exportador ou ao importador enquanto espera o desembaraço da mercadoria. Destina-se também aos produtores agrícolas, tendo em vista a grande produção e ausência de espaço para armazenar tais mercadorias. Esses armazéns estão sujeitos a regularização pelo sistema de certificação, criado pelo ministério da agricultura e abastecimento, e sujeitos a registro na junta comercial. Controle alfandegário Muitas vezes esses depósitos recebem do estado por concessão ou ato administrativo o atributo de função pública, isto é, recebem o poder de controle alfandegário de mercadorias. Todas as mercadorias que entram ou saem do país precisam passar por esses contratos para controle de qualidade e incidência de impostos. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !6 Prova do contrato • Pelo recibo - negociação direta do depositante com o depositário, onde o depositante tem um recibo para retirar a mercadoria. • Por títulos de crédito - as vezes as mercadorias podem servir de troca pecuniária. O depositante pode comercializar a mercadoria diretamente da custodia do depositário, usando um título de credito que representa o valor dessas mercadorias. Esses títulos são chamados de títulos armazeneiros, que são emitidos em valor integral pelo depositário mas podem circular separadamente. São sempre dois títulos, o conhecimento de deposito e o Warrant. Ambos sempre serão emitidos ao depositante, embora possam, como já dito, circular separadamente. Conhecimento de deposito - ao ser transmitido o título, o portador passa a ser dono da mercadoria. Esse título esta ligado com o Warrant. O conhecimento de deposito é um título de propriedade. Como o conhecimento de deposito esta ligado com a propriedade, ele constitui-se em um título superior, geral ente correspondente a 80% Warrant - não é um título de propriedade, mas sim um título de garantia, é um título pignoratício, ou seja, corresponde à penhora. Esta ligado ao conhecimento de deposito. Aula 03 (16.08.2012) - Seguro Todo o armazém deve contratar seguro. Armazenagem de produtos agropecuários Apenas poderão ser feitos depósitos de produtos agropecuários em armazéns devidamente certificados pelo governo. Esses armazéns devem dar garantias de higiene, tratamento diferenciado a produtos perecíveis, etc. Os titulos de deposito são específicos. Ver lei 11.076/2004 Conhecimento de deposito agropecuário Corresponde a conhecimento de deposito Warrant agropecuário Ver Warrant. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !7 MANDATO MERCANTIL Arts. 653 CC. Do latim, "manus" + "dare" = dar a mão. Uma pessoa representa outra, agindo em nome dessa. A procuração é o instrumento do mandato. O contrato de mandato mercantil é aquele realizado por empresários, ou, pelo menos, o mandante é empresário. Esse contrato habilita o mandatário à pratica de atos negociais (clausula "ad negotia"). Estrutura do contrato Objeto O objeto do contrato é a mercantilidade, que pode ser representada por uma gestão de empresa, venda ou aquisição de bens, ou assinatura de contratos. A idéia é a Representação em nome de terceiro, é uma extensão da personalidade do mandante. A característica principal desse contrato é a submissão do mandatário às instruções do mandante. O mandatário deve corresponder às vontades do mandante, não extrapolando as permissões que lhes foram concedidas. Remuneração Em contratos de mandato mercantil a remuneração e despesas eventuais são sempre remunerados (pro labore). O direito de retenção do mandatário existe se a obrigação assumida por ele em nome do mandatário não for respondida por esse, ou esse não compensar despesas do mandatário no exercício das atividades do mandato. Aula 04 (23.08.2012) - Contratos de representação As principais formas de representação em âmbito empresarial São o mandato mercantil, a comissão, agencia, e distribuição. MANDATO MERCANTIL Conceito Contrato realizado entre empresários que habilita o mandatário à pratica de atos negociais. (clausula ad negotia) C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !8 Características O principal objeto desse mandato é a mercantilidade. A remuneração sempre existe e é "pro labore" ou seja, é realizada conforme o trabalho. A responsabilidade é de meio e não de resultado, e, assim sendo, ainda que não atingindo o resultado esperado, o mandatário ainda deverá receber. Na eventualidade de não pagamento, o mandatário goza do direito de retenção. Representação O mandatário esta submisso às ordens do mandante, pois age em nome e por conta do mandante. Da-se a isso o nome de representação pura, que pode ser geral, destinando-se a administração de todos os negócios do empresário, ou especial, quando destinado a uma negociação especifica. Observações O mandatário tem obrigação de meio, e não de resultado. COMISSÃO Fundamentação legal - art. 693 a 709 CC. Conceito Intermediação e simultaneamente uma prestação de serviço. Aqui não existe representação. A comissão mercantil é o contrato onde uma das partes, o comissário, se obriga a pratica de atos por conta de outra pessoa mas em nome próprio, figurando no contrato como parte. Art. 693. O contrato de comissão tem por objeto a aquisição ou a venda de bens pelo comissário, em seu próprio nome, à conta do comitente. Análise dos Arts. Art. 709. São aplicáveis à comissão,no que couber, as regras sobre mandato. Na presença de lacuna normativa, utilizamos as regras do instituto do mandato. Por interpretação da peiem seu art. 693, podemos presumir que só se aplica a bens moveis. Pagamento da comissão O pagamento será realizado por valor, em porcentagem, proporcional aos valores das mercadorias vendidas. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !9 A remuneração é sempre devida, mesmo no caso de insolvência do comprador. Partes Comitente (aquele que delega) e o comissário (o delegado) Diferença entre mandato e comissão No mandato o mandatário age em nome do mandante, e por isso há representação. Por outro lado, na comissão, o comissário age em nome próprio por conta do comitente, e portanto não há representação. Consequências A principal conseqüência dos dois contratos é que o fornecedor é responsável pela entrega do bem, pela evicção (transação com direito ou coisa que não é dele), pelos vícios redibitorios (defeitos ocultos) e pelo pagamento da comissão da mandatário ou comissário. Os atos praticados pelo colaborador ocorrem por conta e risco do contratante. Com relação aos vícios redibitórios, no caso do mandato, são imputáveis diretamente ao mandante. E no caso da comissão, são imputáveis diretamente ao comissário, que terá posteriormente direito de regresso em face do comitente. Se o adquirente não paga o preço, quem sofre a perda é o mandante ou comitente. A remuneração é sempre devida, mesmo no caso de insolvência do comprador, salvo disposição expressa em contrario. Aplicabilidade Se destina a coisas moveis. Se aplica principalmente no comercio cafeeiro, de armazenagem, de venda de automóveis, de veículos e maquinas, e atividades agrícolas em geral. Natureza jurídica É um contrato autônomo, bilateral, típico, oneroso, comutativo, consensual e "intuitu personae". É um contrato de duração indeterminada e não solene. Comissão com clausula "del cledere" Existe a possibilidade de inserir essa clausula. Quando esse contrato é celebrado com essa clausula, o risco do descumprimento das obrigações por parte do comprador transfere-se do comitente para o comissário, que assume solidariamente a responsabilidade pela solvência das pessoas com quem vier quer contratar. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !10 Não existindo essa clausula o risco é todo do dono da mercadoria, mas caso ela exista, então a responsabilidade pela insolvência do comprador passa a ser solidariamente do comitente e comissário. Normalmente quando há essa clausula, então a comissão passa a ser muito maior. Se há vícios redibitórios a responsabilidade é integral do fornecedor. Aula 05 (30.08.2012) - mandato Mercantil Tipos Comissão Agencia Distribuição Representação comercial autônoma Corretagem Contrato de agencia Fund. Legal art. 710 CC. (1ª parte) Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o represente na conclusão dos contratos. Conceito O contrato de agencia se realiza quando uma pessoa (agente) assume com autonomia obrigação de promover por conta de outra (agenciado ou proponente) e com remuneração a intermediação de determinados negócios. Características É um contrato bilateral, oneroso, intuitu personae. A finalidade desse negocio é a aproximação útil das partes pelo agente sem representação. O agente é apenas um C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !11 promotor de negócios. O serviço é feito de forma habitual e o agente tem autonomia de ação. A retribuição pelos serviços vem na base de porcentagem ou conforme os serviços concluídos (comissão). O agente não precisa ser empresário. A forma escrita não é obrigatória. Assim sendo, esse contrato pode ser provado de varias formas, como troca de correspondências, publicidade, etc. É prestação de serviço. Quanto ao prazo, ele pode ser determinado ou indeterminado. Sendo o prazo determinado o contrato termina com o esgotamento do prazo. Se indeterminado o contrato se resolve com aviso prévio de noventa dias. O agente não precisa ter em sua posse os bens que oferece. Da mesma forma, ele não é um negociador, ele só aproxima as partes interessadas Delimitação de zona Havendo delimitação de zona, o agente não pode promover produtos concorrentes. Exclusividade de zona Há também a exclusividade de zona. Isso significa que o agenciado não pode constituir na mesma praça mais de um agente. Partes Proponente ou agenciado, e agente Aplicabilidade É muito comum em futebol, musica, seguros, viagens, etc. Contrato de distribuição Fund. Legal art. 710 CC (parte final) Conceito Será contrato de distribuição todo aquele que a coisa a ser negociada esta à disposição do agente, ou seja, tem posse da coisa. Características O distribuidor também não negocia, mas aproxima as partes interessadas e distribui os bens que possui. Portanto, a diferença da distribuição para a agencia é que na C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !12 distribuição há a disponibilização dos bens negociados ao distribuidor, para que esse possa intermediar essa entrega. Não se trata de revenda, visto que o distribuidor não compra a mercadoria. A responsabilidade do distribuidor é de transferir. Ele não é responsabilizado pelo perecimento da coisa, mas no entanto sua situação é de depositário. A extinção do contrato pode se dar pelo termino do prazo, pela denuncia unilateral, pela não renovação do contrato. Analise do art. 720 Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto do investimento exigido do agente. Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do valor devido. No contrato de distribuição há a possibilidade de fazer o prazo prévio ser maior que o mínimo legal, pois muitas vezes o distribuidor faz um grande investimento e precisa de maior tempo para se recompor de seu negocio, fazendo novos investimentos ou realizando novos contratos. Na falta de um consenso, o juiz de direito decidirá a razoabilidade do prazo de término. Representação comercial autônoma Fund. Legal art. 710 par. Único e lei M° 4886/65 e 8420/92 Conceito Ocorre contrato de representação quando uma das partes (representante) se obriga a obter pedidos de compra dos produtos fabricados pelo representado, que pode aceita- los ou não. Nesse contrato, as partes são necessariamente empresários. Para se caracterizar esse contrato se torna necessário que as duas partes contratantes sejam empresarias pois é um contrato inter empresarial. Não é contrato trabalhista, e não se vincula à CLT na categoria dos vendedores, viajantes e pracistas. Registro Por determinação legal (lei 8420/92), o representante deverá estar registrado no registro dos representantes dos conselhos regionais C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !13 A remuneração somente será realizada nessas condições, ou seja, ao representante devidamente registrado. O contrato é necessariamente escrito, e por determinação legal deverá indicar o produto a ser negociado, o prazo convencionado, a zona de representação com exclusividade ou não, o prazo de pagamento, e a retribuição, que pode ser dependente de resultadopositivo. No contrato constará também as obrigações e responsabilidades das partes. Outro elemento que deverá constar é a indenização devida ao representante no caso de rescisão do contrato sem justa causa. Esse contrato contém esses elementos obrigatórios cuja falta invalida o contrato, pois se tratam de elementos de ordem pública. O representante por sua vez deve satisfação ao representado, obediência e deveres éticos. Obrigações semelhantes às do mandato. O representado pode conferir ao representante poderes para concluir uma negociação, transformando a representação em um mandato mercantil. O artigo 43 da lei 84, proíbe a possibilidade das partes contratarem a clausula "del cledere", que seria o caso do representante arcar solidariamente ao representado com sua inadimplência ou vícios Aula 06 (06.09.2012) - Contrato de corretagem Fundamentação legal - art. 722 CC. Lei 6530/78, regulamentada pelo Dec. 81.871/78 e resolução 695/2001 (corretor de imóveis) CONCEITO Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas. Tem obrigação de resultado. O corretor é um elemento neutro, não ligado às partes, mas que tem a função de aproxima-las. O corretor aproxima as partes interessadas para a realização de um negocio e fará jus à retribuição se o negocio se concretizar. Analise da figura do corretor Ele não esta vinculado a contrato, a prestação de serviço, ou qualquer outra relação de dependência. A atuação do corretor é sempre no interesse do cliente, que assume a C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !14 responsabilidade pelo pagamento e pela remuneração de acordo com a própria tabela. O pagamento pode ser realizado pelo vendedor (é a praxe) ou pelo comprador se esse procurar o corretor, ou ainda ser partilhado por ambos. Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em virtude de arrependimento das partes. A obrigação é de resultado útil, e a remuneração será devida ainda que ocorra arrependimento das partes depois de concluído o negocio. No caso se arrependimento, o arrependido pagará a corretagem, ainda que a outra parte tenha contratado o corretor Art. 727. Se, por não haver prazo determinado, o dono do negócio dispensar o corretor, e o negócio se realizar posteriormente, como fruto da sua mediação, a corretagem lhe será devida; igual solução se adotará se o negócio se realizar após a decorrência do prazo contratual, mas por efeito dos trabalhos do corretor. O corretor pode ser pessoa física ou jurídica, profissional ou não, e o exercício de sua função não é fixa. NATUREZA JURÍDICA Contrato típico e nominado, com legislação especial, bilateral, oneroso, consensual, acessório, comutativo, e sem nenhum vinculo de subordinação. Modalidades de corretagem Livre Regulado pelo código civil. A mediação se restringe à aproximação das partes. Não tem nomeação judicial. Oficial/público O mais relevante para a presente matéria por tratar-se de âmbito empresarial. A empresa habilitada pode acuar também para a concretização do negocio. Essa é a maior diferença entre eles, pois, se autorizados, podem levar até o fim o negocio. Os corretores públicos atuam para a venda de valores públicos, mercadorias, navios, seguros e cambio. É uma profissão legalmente disciplinada com investidura de cargo público e, por decorrência disso, gozam de fé pública. Para ser corretor judicial são necessários determinados requisitos, como idade, idoneidade e cidadania. Esses corretores devem estar matriculados na junta comercial ou outro órgão competente. Manifestam sua atuação através dos cadernos manuais, oficializando toda a negociação que fazem, para registro público das operações em que atuam. A C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !15 importância de suas funções são tão grandes que na investidura são obrigados a prestar fiança para garantir seu bom desempenho. Contrato de seguro Fund. Legal CC. Art. 757 e seguintes; e legislação especial (será abordada posteriormente) Art. 757. Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Parágrafo único. Somente pode ser parte, no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada. As regras sobre seguro do código civil são supletivas e aplicáveis no que couber aos contratos de seguro, pois são regidos por leis próprias. É um contrato de massa, baseado na estatística e na álea. Seguro é o contrato pelo qual o segurador, mediante o recebimento de um prêmio, se obriga a pagar um valor convencionado ao segurado ou a terceiro beneficiado caso se verifique o sinistro. O prêmio é o pagamento periódico feito pelo segurado ao segurador para garantir um futuro pagamento no caso eventual da ocorrência do sinistro. A seguradora é sempre uma sociedade empresaria constituída sob a forma de sociedade anônima, mutua, ou cooperativa. Dada a sua relevância econômica, torna-se necessária autorização do estado e a fiscalização da SUSESP (superintendência de seguros privados) Aula 07 (13.09.2012) - Contrato de seguro cont. Fundamentação legal CF. Art. 21 Inc. VIII; CC. Arts. 757 e seguintes; C. Com. Seguro marítimo; Dec. Lei 73/66 Algumas categorias de seguro são obrigatórios, outras facultativas e outras especiais. O. S. N. SP (sistema nacional de seguros privados) compreende: C. N. S. P. (conselho nacional de seguros privados) SUSEP (Superintendência de seguros privados) C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !16 IRB (Instituto de resseguros do Brasil) Sociedades autorizadas e corretoras INSS (seguro social de acidente do trabalhador) Tem como segurador o INSS que é o instituto nacional de seguridade social A lei 5.488/68 - correções monetárias das indenizações. CARACTERÍSTICAS GERAIS Objeto do contrato É o interesse segurável, ou seja, objeto material sujeito a risco Prêmio É o preço pago periodicamente pelo segurado à seguradora. Indenização É a quantia paga pela seguradora ao segurado Sinistro Risco assumido Apólice É o instrumento do contrato de seguro por determinação da lei pode ser nominativa, à ordem, e ao portador. Nessa apólice deverá constar o risco assumido, o inicio e o fim da validade, o limite de garantia, o prêmio devido, o nome do segurado e do beneficiado. Art. 760. A apólice ou o bilhete de seguro serão nominativos, à ordem ou ao portador, e mencionarão os riscos assumidos, o início e o fim de sua validade, o limite da garantia e o prêmio devido, e, quando for o caso, o nome do segurado e o do beneficiário. Parágrafo único. No seguro de pessoas, a apólice ou o bilhete não podem ser ao portador. Portanto, Seguro é uma promessa condicional de indenização na hipótese de ocorrência do sinistro, logo, trata-se de acontecimento futuro e incerto causador de prejuízo. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !17 NATUREZA JURÍDICA É um contrato bilateral, oneroso, aleatório, consensual, solene, de adesão, e dirigido (quando o estado determina imposições a determinadas questões do contrato. Nesse caso é por causa da lei 5488, que fixa as correções monetárias na indenização) Direito de regresso O segurador tem ação regressiva contra o causador do dano de que decorreu o sinistro Observações adicionais É um contrato que não admite interpretação extensiva ou analógica. E, por cota dalei do consumidor, sendo um contrato de adesão, incidem sobre ele todas as implicações do CC. E CDC. Acerca dos contratos de adesão, significando que toda a interpretação será realizada em beneficio do segurado, que é o hipossuficiente na relação. Esse contrato não pode contrariar normas de ordem pública nem tampouco princípios de boa fé. A indenização não pode ultrapassar o valor do interesse segurado, nem ser objeto de segundo seguro, a não ser que a seguradora não tenha o porte ou não se sinta cômoda para realizar o seguro do patrimônio. Por exemplo, o limite do seguro é de quinze milhões. Se uma empresa quer seguro e seu patrimônio ultrapassa esse limite. Então podem ser chamadas outras seguradoras para que dividam entre si o risco. A vida é a única exceção de bem que pode ter mais de um seguro. A vida é um bem que pode ser estimada em qualquer valor. Espécies de seguro a) seguro social - são os obrigatórios. Tutelam determinada classe de pessoas, como idosos, inválidos e acidentados no trabalho. Todos esses são considerados seguros sociais. b) Seguro privado - os seguros privados são facultativos. Dizem respeito a coisas e a pessoas. Podem ser divididos em terrestres, marítimos e aéreos. c) Seguro de ramos elementares - fogo, transporte, vida e acidentes pessoais. Esses são os chamados ramos elementares, que podem ser ou não realizados. d) Seguro de pessoas - se desdobra em seguro de vida e de acidentes pessoais. Detalhe do suicídio: ver artigo 798 e sumula 61 STJ. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !18 Art. 798. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois anos de vigência inicial do contrato, ou da sua recondução depois de suspenso, observado o disposto no parágrafo único do artigo antecedente. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese prevista neste artigo, é nula a cláusula contratual que exclui o pagamento do capital por suicídio do segurado. STJ Súmula nº 61 - 14/10/1992 - DJ 20.10.1992 Seguro de Vida - Suicídio O seguro de vida cobre o suicídio não premeditado. No seguro de vida o segurado pode substituir o beneficiário em atos entre vivos. Na falta de indicação o capital será pago por metade ao cônjuge ou companheiro e o restante aos herdeiros. A soma paga pelo seguro não é considerada herança, e portanto é impenhorável e não esta sujeita às dividas do penhorado. Formas especiais de seguro São chamadas especiais pois em alguns casos são obrigatórios e) contra fogo - é obrigatório em edifícios coletivos e automóveis. f) Agrário - destinado à colheitas e rebanhos. Instituído pela lei 2168 e dec. 2063 de 1940, que formou a CNSA (companhia nacional de seguros agrários); temos também o decreto lei 73/1966, esse decreto possibilita a constituição de cooperativas destinadas ao seguro agrícola ou de saúde. Elas não estão sujeitas à falência mas sim à liquidação extrajudicial. COSSEGUROS É a pulverização da responsabilidade. Essa é dividida em varias empresas seguradoras para garantir o cumprimento da obrigação de ressarcimento. É o seguro múltiplo onde a cobertura é dividida. Nesse caso existem varias apólices, ou seja, mais de um segurador dando cobertura simultânea ao mesmo risco. Note que a responsabilidade NÃO é solidaria, ou seja, cada um tem uma parcela a pagar e o segurado não pode cobrar o valor integral dos seguradores. RESSEGURO Aplica-se a bens de alto valor e oferece um reforço de garantia. O resseguro é um acordo entre seguradoras onde uma empresa que figura como seguradora em um contrato de seguro se garante contratando outra seguradora para, em caso de não conseguir arcar com sua obrigação, acionar a resseguradora para que essa arque com C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !19 isso. O segurador compartilha sua responsabilidade com o ressegurador mas continua responsável exclusivo pelo segurado. Retrocessão Permite que o ressegurador saia de sua condição de ressegurador indicando outro segurador para ocupar seu lugar. Aula 08 (20.09.2012) - Contrato de arrendamento mercantil (leasing) Fundamentação legal - lei n° 6099/1974 com alteracão introduzidas pela lei 7132/83; Resolução - 2309/1996 -> VGR; sumula 293 do STJ; lei n° 10188/2001 (arrendamento residencial) CONCEITO DE "LEASING" E CONSIDERAÇÕES INICIAIS É um negocio jurídico complexo por meio do qual uma pessoa jurídica financiador ou arrendador, adquire e aluga à outra, pessoa física ou jurídica, chamado arrendatário um bem móvel ou imóvel para uso desta por certo prazo, facultando ao arrendatário aquisição do bem pelo preço residual ou sua permuta ou a continuidade da locação. É o contrato onde há uma triangulação de interesses. O arrendatário é empresário e precisa de bens de produção para continuar sua atividade mas não tem o dinheiro para fazê-lo. Assim, ele procura o arrendador, que será uma financeira, e pede para que essa compre os bens que ele precisa e ceda-os a ele por prestações periódicas (aluguel). No fim desse período, será facultado ao arrendatário três possibilidades. Ele poderá comprar os bens por um valor residual; poderá continuar com a locação finda; ou poderá propor a permuta desses bens, na hipótese deles, durante o tempo de uso, terem se tornado obsoletos. Assim, a principal característica é que ao final do prazo de locação o arrendatário terá três opções: nova locação; permuta; ou aquisição pelo preço residual. A lei 6099 admite que o residual garantido possa ser pago em qualquer momento a título de garantia. A sumula 292 do STJ dá respaldo à resolução 2309 garantindo o adiantamento referido. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !20 Eu fui pesquisar essa sumula e acho que a prof. se enganou por uma. Na verdade ela se referia a sumula 293: STJ Súmula nº 293 - 05/05/2004 - DJ 13.05.2004 - Cobrança Antecipada - Valor Residual Garantido - Contrato de Arrendamento Mercantil - A cobrança antecipada do valor residual garantido (VRG) não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil. A lei 10188 permitiu o arrendamento residencial, ou seja, Leasing imobiliário, destinado à população de baixa renda. O Leasing tem lei genérica. É regulamentada pelo banco central do Brasil e pelo conselho monetário nacional mediante circulares e resoluções. Partes Arrendador (financiador) é sempre pessoa jurídica. O arrendatário pode ser pessoa física ou jurídica. Vantagens Mantém o capital de giro do interessado; portanto a empresa se equipa sem investir. Permite aquisição à prazo sem financiamento bancário. Permite a troca de equipamentos que se tornam rapidamente obsoletos. Possibilita lançar como despesa, para fins de tributação, as quantias pagas às empresas de Leasing. Características gerais As benfeitorias feitas pelo locatário (arrendatário) incorporam-se à coisa e não são indenizáveis. A publicidade do contrato é necessária para se evitar alienações fraudulentas. Durante o período do Leasing, o arrendatário é depositário do bem, então ele não pode aliena-lo pois o bem não é dele. Existe a resolução 2659/1999, que dispõe no artigo 7º da destruição, perecimento ou desaparecimento de bens arrendados. Esse artigo determina: "se a coisa móvel desaparece por culpa ou dolo do arrendatário, ele será responsabilizado. Se a coisa móvel desaparece por força maior, quem sofre a perda é a arrendadora. Se há roubo da coisa ao arrendador cabe o valor do seguro." C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !21 Natureza jurídica Escrito, por instrumento público ou particular, (se particular será registrado no cartório de títulos e documentos.), bilateral, oneroso, consensual, de execução sucessiva, nominado, de adesão. Elementos obrigatórios para validade doato No contrato deverá haver a descrição detalhada dos bens e prazo de arrendamento. Em relação aos prazos nós temos os prazos mínimos de dois anos para bens com vida útil de cinco anos; mínimos de três anos para outros bens; e de noventa dias para o chamado Leasing operacional. Modalidades de Leasing Leasing financeiro É o Leasing principal, de relação triangular, explicado acima. É verdadeira relação de Leasing com uma operação entre uma financeira, o alienante de bens de produção, e o arrendatário. O Leasing tem seu cumprimento obrigatório, ou seja, não é possível interrompe-lo! Todas as prestações deverão ser pagas, mesmo que o arrendatário queira por fim ao contrato, devolvendo o bem antes do termino do contrato. Como o Arrendador já pagou o valor integral do bem, ele não pode ser prejudicado pela desistência do arrendatário. Leasing operacional Trata-se de bens de rápido consumo. O Leasing operacional é realizado com bens adquiridos pelo arrendador que dispõe de um estoque de mercadorias. Há então um contrato sem intervenção de instituição financeira mas é valido pois tem autorização da resolução 2309/96 emitida pelo conselho monetário nacional. Nesse contrato há obrigatoriedade de manutenção por parte do arrendador. O cumprimento do contrato não é obrigatório em sua totalidade, podendo o contrato ser rescindido a qualquer tempo. No Leasing normal, os vícios redibitórios são de responsabilidade do fabricante, mas nesse o arrendador tem responsabilidade por ser ele o próprio fabricante. Lease Back (Leasing de retorno) Resolucao 2309/96, art. 13 C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !22 O lease back é uma operação em que a empresa (arrendatário) vende um bem de sua propriedade para o Arrendador, que por sua vez o arrenda ao próprio cliente, permitindo assim liberação de recursos para outros investimentos. Em outras palavras, O leasing back, ou leasing de retorno, é a modalidade na qual a arrendatária, sendo proprietária de um bem, vende-o à arrendadora e esta o aluga àquela. Geralmente ocorre quando uma empresa necessita de capital de giro. Ela vende seus bens a uma empresa que aluga de volta os mesmos.Essa modalidade está disponivel apenas para arrendatários pessoas jurídicas. Art. 13. As operações de arrendamento mercantil con- tratadas com o próprio vendedor do bem ou com pessoas a ele coligadas ou interdependentes somente podem ser contratadas na modalidade de arrendamento mercantil financeiro, aplicando-se a elas as mesmas con- dições fixadas neste Regulamento. Parágrafo 1º As operações de que trata este artigo somente podem ser realizadas com pessoas jurídicas, na condição de arrendatárias. Parágrafo 2º Os bancos múltiplos com carteira de in- vestimento, de desenvolvimento e/ou de crédito imobiliário, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, as caixas econômicas e as sociedades de crédito imobiliário também podem realizar as ope- rações previstas neste artigo. Em outras palavras, O leasing back, ou leasing de retorno, é a modalidade na qual a arrendatária, sendo proprietária de um bem, vende-o à arrendadora e esta o aluga àquela. Geralmente ocorre quando uma empresa necessita de capital de giro. Ela vende seus bens a uma empresa que aluga de volta os mesmos.Essa modalidade está disponivel apenas para arrendatários pessoas jurídicas. Aula 09 (27.10.2012) - prova! Aula 10 (04.10.2012) - arrendamento imobiliário Contrato de Leasing Imobiliário: É um sistema usado pela CEF, onde as instituições financeiras promovem o arrendamento imobiliário especial com opção de compra. O preço do bem será o valor de mercado, mas a avaliação será feita por um perito do CREA. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !23 Nesse Contrato obrigatoriamente deverá conter a identificação detalhada do imóvel, prazos de arrendamento, valor da prestação com opção de compra final, direito de vistoria, a previsão de não devolução das quantias pagas. Esse contrato será formalizado por instrumento particular com força de escritura publica e será registrado no cartório de registro de imóveis. A falta de pagamento de três parcelas mensais constitui o arrendatário em mora, configurando o esbulho possessório, que autoriza a reintegração de posse. Resolução n. 1863/91 – Banco Central e Lei n. 10931/2004 Contrato de fomento mercantil É contrato bancário impróprio. Consiste na venda do faturamento de uma empresa. É bilateral, oneroso, consensual, de trato sucessivo atípico (não tem lei própria). Não é regulado por lei especifica, mas sim por cessão de credito da sessão art. 286 a 289 e 693 a 709 CC. Partes da relação Factor ou faturizador - é aquele que compra os créditos de uma empresa, que pode ser pessoa física ou jurídica, necessariamente empresário, e não é uma operação privativa de instituições financeiras, conforme lei 9294/95 e resolução 2144 do conselho monetário nacional. Faturizado - é aquele que vende os créditos. É um industrial ou empresário, pessoa física ou jurídica e titular dos créditos adquiridos. Devedor - comprador da mercadoria. É aquele que gerou os créditos. Esse devedor deverá sempre ser notificado para que ele possa efetuar o pagamento aos factor. Conceito Consiste na aquisição por empresas especializadas de créditos faturados por um comerciante ou industrial e sem direito de regresso contra o mesmo, ou seja, no momento que o factor compra esses créditos, o faturizado esta sem responsabilidade. O devedor entrega créditos à prazo ao faturizado, por exemplo, cheques pré datados. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !24 Características O faturizador presta serviços de administração de credito que garante, com respaldo no seguro, o pagamento das faturas emitidas ou efetua a antecipação dos créditos em uma operação de financiamento. Historicamente tem origem na pratica comercial norte americana, expandindo-se por volta de 1960 para a Europa e os outros países. Esse instituto trabalha com ativos realizáveis. É destinado principalmente às pequenas empresas para obter capitalização. O factoring é composto por um seguro de credito e serviços de gestão de créditos pessoais. Outro elemento é o pagamento da comissão ao factor. Portanto, de uma forma geral, o factor se compromete a cobrar os créditos por meio de uma ação judicial, e garantir e financiar os créditos. Sub-roga-se, nos direitos do faturizado, por conta do endosso. Atenção, não existe ação de regresso nesse instituto!!! Então, é um contrato bancário? Segundo o banco central, a faturização não é atividade bancaria, ou seja, o factor não poderá cobrar juros superiores às taxas legais. Se isso ocorrer, desconfigurar-se-á o instituto, podendo ser considerado agiotagem, que é ilegal. Modalidades Conventional factoring - o pagamento das faturas é realizado com antecipação do valor. Portanto, nessa modalidade, temos cessão de credito (faturizado) + prestação de serviço (factor); sempre com seguro. Maturity factoring - nesse sistema, o pagamento das faturas se da somente no vencimento. Nesse caso, não ocorre financiamento mas somente prestação de serviço e administração de créditos e aplicação do seguro no caso de inadimplemento do devedor. A extinção pode se dar com vencimento, por meios comuns (distrato), ou pela morte de um dos contratantes. Aula 11 (11.10.2012) - contratos bancários Bancos e financeiras Bancos ou instituições financeiras são instituições que atuam com o controle e fiscalização estatal por meio do conselho monetário nacional e do banco do brasil.C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !25 Atividades bancarias Desenvolvem atividades de banco comercial, banco de investimento, sociedade de financiamento e corretoras de valores. Ver Lei de reformas bancarias número 4595/64. Conceito de contratos bancários Corresponde a um grupo de contratos concluídos entre uma instituição financeira e usuários. São as chamadas operações bancarias. Esses contratos tentam ao máximo primar pela segurança dos usuários e garantir a permanência das instituições financeiras. Natureza jurídica É Sui generis, real, oneroso, sujeito a juros e correções monetárias, dupla disponibilidade, por parte do banco e do cliente. O objeto do contrato é o dinheiro e não poderá ser realizado em moeda estrangeira. Forma Não tem forma especial, e valem todos os meios de prova admitidos em direito para a comprovação contratual. Até mesmo um cheque ou extrato poderá servir para esse intento. Privacidade O banco é obrigado a preservar os dados do cliente, salvo quando demandado por autoridade judicial ou fiscal. Principais atividades Bancarias 1. Operações de credito - é possível realizar com o banco operação bancária chamada desconto bancário, que é similar ao factoring. No entanto, diferente dessa, o banco não assumirá a responsabilidade pela insolvência dos devedores que emitiram aqueles créditos. 2. Operações financeiras - o banco garante linha de credito destinada à industria, comercio ou agricultura, cobrando juros, correção monetária e comissão. Nessa operação ele também exigirá uma garantia monetária ou hipotecária passível de execução 3. Contratos de deposito - nessa operação, há a relação jurídica que se aperfeiçoa por meio de contrato onde o banco recebe quantia em dinheiro e se obriga a restituir C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !26 uma quantia na mesma espécie e na mesma quantidade na data estabelecida ou quando solicitado. Relação do deposito com o mutuo O mutuo é o empréstimo irregular. Há uma similaridade dos mútuos bancários com os feneratícios, mas entende-se que são diferentes. Aplicação do código de defesa do consumidor Há a sumula 297 do STJ que dispõe que o CDC é aplicável nas instituições financeiras. Reforçando esse posicionamento, temos um julgado do STF, a ADIn 2591/2006, que utilizou o CDC nas operações bancarias. STJ Súmula nº 297 - 12/05/2004 - DJ 09.09.2004 Código de Defesa do Consumidor - Instituições Financeiras - Aplicação O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras. Analise das operações de financiamento Contrato de deposito bancário Espécies de deposito bancário 1. Depósitos em conta corrente - as partes são banco e correntista. Podemos conceituar essa operação bancaria como sendo uma operação pela qual o banco administra a quantia depositada pelo correntista efetuando o registro do debito, do credito, remessas e saques, podendo o saldo ser verificado a qualquer tempo. 2. Deposito em caderneta de poupança - são depósitos cuja quantia fica a disposição da instituição para aplicação, e, em virtude disso, é devido ao cliente por ocasião do resgate da quantia, além dela própria, juros em favor do cliente pela utilização do banco de seu dinheiro. Veremos a caderneta de poupança mais aprofundadamente a seguir. Prazo O prazo é de tempo indeterminado em regra, mas poderá haver prazo fixo. Modalidades de conta corrente G) à vista ou em conta de movimento - é a mais comum, com possibilidade de saques constantes de acordo com a conveniência do correntista. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !27 H) Com aviso prévio - mais utilizada por lojistas. Só se pode realizar o saque mediante previa comunicação. I) A prazo fixo - esta sujeita a correção monetária e juros e será realizada a retirada somente no prazo fixado. Se há interesse a realizar quantias fora do prazo, o banco pode recusar. Essa determinação de proibição do saque vem da lei 4728, de mercado de capitais. J) Com permissão de saque à descoberto - é o cheque especial. "Quando se vai além daquilo que se tem". O banco pode ceder créditos adicionais sob cobrança de juros especiais. Encerramento de conta Se dá mediante verificação do saldo e balanço dos créditos e débitos. Será definitivo e com extinção do contrato. Caderneta de poupança Características Oferece menor rentabilidade, mas apresenta a maior garantia. Os critérios de remuneração são fixados pelas autoridades monetárias. Nesse caso, tanto a remuneração quanto a correção são depositadas na conta do correntista na data determinada. A conta individual tem apenas um titular e as operações são de sua exclusiva responsabilidade C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !28 Individual CONTA Conjunta Simples Solidária A conta conjunta se divide entre mais de uma pessoa. Será Simples a conta conjunta cujas movimentações só ocorrem com a assinatura de todos os correntistas, e solidaria quando as movimentações puderem ser realizadas com a assinatura de qualquer dos depositantes. Juros e correção monetária No resgate, a quantia deverá ser devolvida na mesma espécie e quantidade acrescida de juros e correções. Servem para manter o equilíbrio econômico do contrato. Custodia de valores É um contrato simples, de deposito, onde são depositados valores, documentos, ou bens infungíveis, que podem ser retirados a qualquer tempo, mediante remuneração. Essa relação contratual é realizada por escrito, onde o banco assume a posição de depositário, onde entregará ao cliente o recibo e a relação documentada dos bens que estão sob custódia. Aluguel de cofre É um contrato pelo qual o banco faculta ao cliente, sempre mediante remuneração, a utilização de cofres na sua casa forte. A diferença para a custodia é que são guardados objetos, documentos, etc que apenas o cliente sabe do que se trata. Não há responsabilidade do cliente em dizer ao banco o que esta sendo guardado. É um contrato impropriamente chamado de locação, mas não é! Na verdade é atípico, pois é um misto de locação, prestação de serviço e depósito. Esse cofre tem duas chaves, uma com o cliente e outro com o banco. A abertura só será realizada com a utilização simultânea de ambas as chaves. O acesso ao cofre esta ligado ao expediente bancário. O banco assume obrigação de vigilância e de resultado. Ele não pode eximir sua responsabilidade em caso de furto, assalto, etc. Apenas por força maior. Aula 12 (25.10.2012) - contrato de franquia CONTRATO DE FRANQUIA (FRANCHISING) Observações iniciais Precisamos saber que há uma transferencia de tecnologia. Há a passagem de um conhecimento. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !29 "Know how" (Saber como se faz) - quando uma das partes se obriga a transferir à outra uma tecnologia ou conhecimento técnico exclusivo empregado na produção e comercialização de bens ou serviços. Portanto trata-se de uma transmissão onerosa de conhecimento. A forma de remuneração desse contrato é realizada através de royalties. Nesse contrato se inclui sempre uma clausula de confidencialidade. Engineering - consulting engineering - por meio do contrato de engineering, se visa obter uma industria construída e instalada. No caso do consulting engineering, há uma consultoria, um projeto industrial adaptado à empresa que deseja se industrializar. Corresponde à uma prestação de serviço de natureza intelectual. Commercial - no caso desse contrato, além da etapa de estudo e projetação, há uma fase de execução, que compreende fornecimento de material, processo de fabricação, e entrega de uma industria em funcionamento. Há a entrega de uma caução para reintegração no caso de atraso oumal funcionamento da industria. Conceito de franquia Franquia é a operação na qual o empresário titular de marca ou patente cede seu uso em um setor geográfico definido a outro empresário. Modalidades - franquia de serviço - franquia de produção - franquia de distribuição e industria Características principais O beneficiário da operação, que é o franquiado, assume integralmente o financiamento de sua atividade e remunera o franqueador com uma porcentagem calculada sob o volume de negócios. O franquiado tem direito à clausula da exclusividade, garantindo a ele o monopólio da atividade e a identidade dos produtos. O franqueador se compromete a dar assistência técnica aos franqueados, cessão de know how e garantir a independência do franqueado, significando que as relações trabalhistas entre o franqueado e seus empregados são de responsabilidade do franqueador. Essa liberdade é restringida pelo gerenciamento e pesquisa de mercado do franqueador, no sentido de que esse define os produtos a serem comercializados, promoções, etc. Nesse sentido, não é possível inovação por parte do franqueado. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !30 Aquele que assume as responsabilidade é o franqueado, mas isso não é absoluto. No caso de maquinas que são fornecidas pelo franqueador, é possível que esse seja atingido. Prazo De um à cinco anos. Ocorre o Fornecimento de: tecnologia, treinamento, marketing Fundamentação legal: Lei n° 8.955/94. Diz-se esse contrato atípico, pois além dessa lei esse contrato é celebrado com muitas clausulas estipuladas entre as partes, não estando ainda as consequências destas ou mesmo sua validade previstas em lei. Partes - franqueador Franqueado Natura jurídica Atípico, híbrido, bilateral, oneroso, comutativo, de adesão, e intuito personae. Formas de comercialização - licença de uso de marca nome e insígnia - Com esse exemplo, se passa o nome, a marca e uma insígnia. - prestação de serviço - Técnica operacional A técnica operacional desse contrato é realizada com um credenciamento de agentes, franqueamento de marcas e produtos, publicidade, técnicas de venda, e transferencia de conhecimentos técnicos. Pagamento: taxa inicial + royalties. A taxa inicial é a taxa de adesão, e os royaties serão periódicos e calculados sobre uma porcentagem dos lucros. O advogado que atua nessa área deverá ter conhecimentos societários, tributários, contratual e imobiliários. Geralmente esse contrato é confeccionado por um grupo de advogados. Circular de oferta de franquia É o principal documento do contrato, e contem todos os elementos previstos na lei 8955, e essa circular determina o grau de comprometimento das partes, estabelecendo-se as regras, a responsabilidade das partes, o procedimento, etc. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !31 Sob a ótica do código de defesa do consumidor Segundo o CDC, qualquer dessas empresas (franqueador ou franqueado) é responsável perante o consumidor, estabelecendo-se portanto uma responsabilidade solidaria perante esse. Constituição Aula 13 (01.11.2012) - franquia cont. e alienação fiduciária Contrato de franquia (Franchising) Fundamento legal: lei 8955/94 - Anulabilidade do contrato - ocorre com o descumprimento das obrigações. Nesse caso, a parte lesada poderá requerer a devolução dos valores pagos corrigidos. - Franqueados com sede no exterior - o franqueado, encontrando-se no brasil, se submete à lei brasileira, e o contrato de franquia deverá se submeter à averbação do INPI (instituto nacional de propriedade industrial) ou registrado no cartório de títulos e documentos. Portanto, embora a franquia possa ser estrangeira, ela será regida pela lei nacional. - Promoções e descontos - apenas o franqueador poderá promover os descontos e promoções, visando a uniformidade de atendimento. C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !32 MASTER FRANCHISING (piloto) Subfranqueador Subfranqueador Franqueado Franqueado Franqueado Franqueado - Falência - Ocorrendo falência de qualquer das partes, o contrato será cumprido pelo gestor da massa falida. Causas extintivas do contrato Distrato - vontade comum de extinção do contrato. Expiração do prazo contratual - decorre-se integralmente o prazo previamente cominado. Resilição unilateral - Apenas uma das partes deseja terminar o contrato. Pela conduta do franqueado - condutas que gerem o fim do contrato, como o descumprimento de desobrigações. A.B.F. - concede o selo de excelência - trata-se da associação brasileira de Franchising. Essa associação emite avaliações às franquias, sendo um órgão de consulta dos futuros franqueados. Contrato de alienação fiduciária Fundamentação legal: art. 1361 CC; lei de mercado de capital; n° 4728/65 art. 69; alterações introduzidas pelo decreto lei 911/69 Conceito É a venda na confiança, onde o adimplemento da obrigação de uma das partes se dá anteriormente ao cumprimento da outra. O melhor exemplo são as comuns vendas à prestações, tendo em vista que quando o comprador sai da loja, ele já tem a posse da coisa. Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. § 1º - Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. Quando se compra um carro ou outro objeto de alienação fiduciária, deve-se verificar no órgão supracitado se ele encontra-se quitado e apto à venda. Partes Credor - a posse indireta e domínio são do credor C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !33 Devedor - a posse direta passa a ser do devedor. Características Esse contrato pode ser realizado por qualquer pessoa, física ou jurídica, consórcios e instituições financeiras. É negocio jurídico formal, por determinação do art. 1361. É exigido o registro do contrato, constando no contrato o total da divida, o prazo e a taxa de juros a ser aplicada, A descrição detalhada do objeto. No caso de descumprimento, ocorrerá a busca e apreensão do objeto, com venda judicial ou extra judicial. Também deverá ser realizado o seguro necessário pelo devedor, para os casos de perda e deterioração. Natureza jurídica De natureza híbrida. É Negócio atípico. Objeto Coisa Móvel infungível. Poderá também ser um bem que já integra o patrimônio do devedor. Alienação fiduciária de bens imóveis Introduzida posteriormente pela lei 9514/97. É o compromisso de compra e venda. Término do conteúdo! Matéria que cairá na prova • Contrato estimatório (consignatório) • Concessão mercantil • Franquia • Deposito mercantil (contrato de armazenagem) • Comissão e mandato mercantil • Seguro • Contratos bancários • Factoring (fomento mercantil) • Leasing (arrendamento mercantil) • Alienação fiduciária e garantia C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !34 Não poderá usar o código, mas a professora poderá requerer a interpretação de um artigo. Nesse caso esse artigo estará transcrito na prova. FIM Rommel Andriotti C. EMPRESARIAIS POR ROMMEL ANDRIOTTI !35
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