Buscar

CONTRATO MERCANTIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONTRATOS MERCANTIS 
Compra e venda mercantil e cláusulas especiais – Compra e venda mercantil é contrato consensual, bilateral e oneroso. Opera-se em regra, a partir do simples consentimento das partes quanto o objeto e ao preço, resultando para ambas as partes direito e obrigações. O contrato em geral é comutativo, isto é, refere-se a coisas certas e determinadas, podendo, entretanto, estabelecer-se como aleatório, voltado a transferir o domínio de coisa desconhecida e incerta o que envolve riscos assumidos conscientemente assumidos pelas partes que, sujeitando-se a fato desconhecido, ignoram, quando de sua celebração, os contornos da coisa a ser transferida ou paga.
O Código Civil traz três regras especiais, uma exclusivamente para compra e venda de coisas móveis e outras duas para operação com imóveis
Bem móvel à vista de Amostra - Na venda por amostras, protótipos ou modelos, o vendedor garante ao comprador que a mercadoria alienada tem as qualidades correspondentes às da amostra (art. 484 do CC). Além disso, o novo Código deixa claro que, se houver contradição ou diversidade entre a descrição da coisa no contrato e as características das amostras, dos protótipos ou dos modelos, prevalecem estas últimas (parágrafo único do art. 484).Trata-se, pois, de uma espécie de venda condicional que somente se torna perfeita e acabada comprovando-se a identidade da mercadoria ou do objeto entregue com a amostra que deu margem ao pedido.
Bem Imóvel - Ad mensuram - a venda “ad mensuram” faz-se o preço por medida de extensão, situação em que a mesma passa a ser condição essencial ao contrato efetivado.
Ad Corpus -a venda ad corpus é a alienação de imóvel, como coisa certa e discriminada, sendo apenas enunciativa ou descritiva a referência às dimensões.
Melhor comprador, pacto comissório - O pacto de melhor comprador é a faculdade concedida ao vendedor, pelo contrato, de rescindir a venda já realizada se dentro de certo prazo aparecer melhor comprador, aplicando-se somente aos imóveis. Vale o pacto de melhor comprador como verdadeira condição resolutiva, assegurando-se, todavia, ao primeiro comprador a preferência para manter a venda feita em seu favor, caso pague preço igual ao do melhor comprador encontrado no prazo de exercício do pacto.
 O Código Civil deixou de disciplinar o pacto de melhor comprador, sob a justificativa do desuso dessa figura contratual tipificada pelo Código de 1916. Entretanto, nada impede que as partes, usando da sua autonomia da vontade, estipulem de forma similar, observado o regime dos negócios jurídicos.
Preferência ou preempção - A preferência ou preempção é uma faculdade pessoal que se assegura ao vendedor para readquirir a coisa vendida em igualdade de condições com um terceiro comprador, na hipótese de revenda do bem. Na hipótese de exercício do direito de preferência, o comprador fica obrigado a pagar o preço nas condições ofertadas ou ajustadas. O CC estipulou um prazo máximo para o exercício do direito de preferência, sendo de cento e oitenta dias, se a coisa for móvel, ou de dois anos, se imóvel (art. 513, parágrafo único).
Distingue-se da retrovenda por ser aplicável tanto a móveis como a imóveis, importando apenas na criação de um direito obrigacional, que se resolve em perdas e danos, e não num direito real, como ocorre na retrovenda. O direito de preferência é intransferível por ato mortis causa ou inter vivos. Ciente da venda que está para ser realizada, o titular do direito de preferência pode notificar o alienante de sua vontade de exercê-la, adquirindo o bem.
Existindo preferência em favor de mais de uma pessoa, só poderá ser exercido em relação à totalidade do objeto, ou seja, à coisa em seu todo, não se admitindo exercício parcial do direito de preferência que viria cindir a venda. A preferência tem sido assegurada, por lei, ao locatário para aquisição do imóvel residencial alugado, em condições de igualdade com qualquer terceiro interessado na compra do prédio, tendo, todavia, efeitos pessoais, ou seja, resolvendo-se em perdas e danos. A Lei do Inquilinato (Lei n. 8.242/91) lhe dá efeitos reais (art. 33).
Venda com reserva de domínio – É aquela em que o vendedor, por cláusula contratual escrita, reserva para si a propriedade de coisa móvel infungível objeto da alienação, até que o preço esteja inteiramente pago. Para validade contra terceiros, o contrato contendo a cláusula de reserva deve ser levado a registro no cartório de títulos e documentos e o objeto deve ser infungível, suscetível de caracterização perfeita, distinta de outros congêneres, isto é, infungível (CC, art. 522-523).
Venda sobre documentos - A definição desse instituto é dada pelo art. 529, de modo que se caracteriza não pela tradição da coisa, mas pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato, ou até, caso o contrato nada mencione, pelos usos.
Ao comprador não cabe recusar o pagamento alegando vício ou estado da coisa vendida, uma vez que a documentação esteja em ordem, ressalvados os casos em que o defeito tiver sido comprovado (parágrafo único do art. 529).
Salvo estipulação em contrário, o pagamento deverá ser efetuado na data e no lugar da entrega dos documentos (art. 530).
Usa-se tal modalidade no comércio internacional, em que se prova o embarque das mercadorias, por exemplo, pelo conhecimento marítimo, em geral contendo as cláusulas CIF (cost, insurance, freight = custo, seguro e frete incluídos) ou FOB (free on board = livre a bordo).
Incoterms - (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto padronizado de definições e determinando regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro. Em resumo: trata de regras internacionais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios internacionais e objetivam promover sua harmonia.
Contrato estimatório - Contrato estimatório ou de vendas em consignação é aquele que uma pessoa (consignante) entrega bens móveis a outra (consignatária), ficando está autorizada a vendê-los, obrigando-se a pagar um preço ajustado previamente, se não preferir restituir as coisas consignadas no prazo estabelecido.
Nesse contrato, segundo os artigos 535 a 537, do Código Civil: I) "o consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável"; II) "a coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou sequestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço"; e III) "o consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição".
Hedging - Incide em operação de compra e venda, com vistas à cobertura de riscos de oscilações de preços. São operações realizadas pelo investidos na comercialização de produtos no mercado futuro, visando à proteção de seus investimentos contra risco de variações, e se resumem à contra ações em sentido contrário ao do investimento. 
Nos contratos dessa natureza, envolvendo riscos consideráveis, o investidor é orientado a realizar no mercado futuro operações que lhe permitam minimizar as perdas no mercado à vista.
Troca ou permuta - (Artigo 533 CC)
As partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro ou prestação de serviços. Operam-se, ao mesmo tempo, duas vendas, servindo as coisas trocadas de compensação recíproca. É bilateral, oneroso, comutativo, consensual.
 Não tem caráter real, pois gera para os permutantes a obrigação de transferir, um para o outro, a propriedade da coisa. Aplicam-se as disposições relativas à compra e venda, no que couber. Quanto ao objeto: Dois bens, mesmo de espécies e valores diversos. Se um dos contratantes der dinheiro ouprestar serviços, não será permuta. Efeitos: cada permutante paga metade das despesas da troca, incluindo os impostos sobre o valor do bem trocado. A troca de vens de valores desiguais entre ascendentes e descendentes é anulável se não houver expresso consentimento dos outros descendentes e seu cônjuge.
Bancários - Contratos bancários são aqueles em que uma das partes é, necessariamente, um banco. Isto é, se a função econômica do contrato está relacionada ao exercício da atividade bancária, ou seja, se o contrato configura ato de coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, então somente uma instituição financeira devidamente autorizada pelo governo poderá praticá-lo. Neste caso, o contrato será definido como bancário.As operações bancárias são costumeiramente divididas pela doutrina em típicas e atípicas. São típicas as relacionadas com o crédito e atípicas as prestações de serviços acessórios aos clientes, como a locação de cofres ou a custódia de valores. As operações bancárias típicas, se subdividem em passivas (em que o banco assume a posição de devedor da obrigação principal) e ativas (em que o banco assume a posição de credor da obrigação principal).
Contrato de mútuo - É um dos instrumentos contratuais tipificados no nosso código civil e é amplamente utilizado no Direito brasileiro. Ele consiste em uma relação de empréstimo entre dois particulares, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas. O art. 586 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002) define o mútuo como o empréstimo de coisas fungíveis, em que o mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Este tipo de operação pode ser concedido por entidades físicas ou jurídicas, desde que não sejam instituições financeiras. A operação mais comum é de empréstimo de dinheiro, mas também poderá ser em forma de bens, tais como títulos públicos, ouro, entre outros. Esta transação abrange taxa de juros, a dedutibilidade das despesas (para empresas sujeitas ao regime do lucro real) e a incidência do imposto de renda sobre juros.
Contrato de depósito - O contrato de depósito é aquele por meio do qual recebe o depositário um objeto móvel para guardar até que o depositante o reclame (Artigo 627 do CCB), podendo ser necessário ou voluntário.
CDC – Define-se como contrato pelo qual a instituição financeira entrega determinada quantia em dinheiro para ser utilizada pelo mutuário no pagamento de determinado bem ou empregada para a execução de empreendimento previamente contratado. 
O contrato pode prever a alienação de bem em garantia do financiamento, resultando, com isso, taxas menores que as que seriam devidas no mútuo bancário comum. Essa modalidade é frequentemente utilizada em políticas de crédito em linhas de crédito subsidiárias pelos governos.
Cartão de crédito – É contrato atípico, bilateral e oneroso, pelo qual uma das partes contratantes, sempre sociedade empresária, fica autorizada a emitir, em base física ou não, instrumento de amplo reconhecimento como meio de pagamento, apto a permitir ao outro contratante a aquisição de bens e serviços oferecidos pela emitente ou por fornecedores por ela previamente cadastrados, mediante identificação com código numérico único, complementando ou não com o uso de senha pessoal ou assinatura de seu portador. Entre as pessoas fornecedoras de bens e de serviços e a emitente forma-se outra relação jurídica contratual, pela qual está se obriga a pagar o valor total decorrente do uso desses códigos numéricos.
Conta corrente - designa também um contrato mediante o qual duas pessoas jurídicas que têm relações mercantis, acordam em conceder créditos de forma recíproca, sendo apenas pago o respectivo saldo no fim de determinado período. O termo generalizou-se no meio contabilístico, passando a ser usado com o sentido do extrato de conta, ou seja, uma listagem dos movimentos a débito e a crédito registados pela contabilidade numa conta qualquer, num certo período de tempo.
Alienação fiduciária em garantia - é a transmissão da propriedade de um bem ao credor para garantia do cumprimento de uma obrigação do devedor, que permanece na posse direta do bem, na qualidade de depositário. Essa garantia, criada pela Lei n° 4728, de 14 de julho de 1965, artigo 66, veio resolver o problema das financeiras que, ao financiar a aquisição de bens, utilizavam institutos obsoletos para garantir o pagamento da obrigação.
Essa forma de garantia desobriga o credor de ter que acionar o devedor e somente depois ir à busca do bem objeto da garantia, facilitando e apressando o retorno de seu investimento.
Na Alienação Fiduciária em garantia dá-se a transferência do domínio do bem móvel ao credor, denominado fiduciário (em geral, uma financeira que forneceu o numerário para a aquisição), em garantia do pagamento, permanecendo o devedor (fiduciante) com a posse direta da coisa, o domínio e a posse indireta passam ao credor em garantia, não se dá tradição real, mas sim ficta (constituto possessório).
O domínio do credor é resolúvel, pois resolve-se automaticamente em favor do devedor alienante, sem necessidade de outro ato, uma vez paga a última parcela da dívida; de acordo com a legislação mencionada, somente bens móveis e alienáveis podem ser objeto de alienação fiduciária, mesmo fungíveis ou já integrantes do patrimônio do devedor (Súmula 28 do STJ).
Não se tem admitido, entretanto, a alienação fiduciária de bens fungíveis que seja também consumível, ainda que por destinação, como os que compõem o estoque de comércio do devedor.
Contratos de colaboração - Os contratos de colaboração inserem-se nesse contexto de instrumentalização do escoamento de mercadorias. Neles, os empresários articulam suas iniciativas e esforços com vistas à criação ou consolidação de mercados consumidores para certos produtos.
Nesses termos, os contratos de colaboração empresarial definem-se por uma obrigação particular, que um dos contratantes (colaborador), assume, em relação aos produtos ou serviços do outro (fornecedor), a criação ou ampliação do mercado e identifica como contratos de colaboração, a comissão, a representação comercial, a concessão mercantil, a franquia e a distribuição, definindo-os como:
No contrato de colaboração, o colaborador tem, perante o fornecedor, a obrigação de criar mercado para a coisa vendida, diferente das relações de fornecimento verificáveis nos contratos de compra e venda, em que tal situação não se verifica.
Contrato de comissão - O contrato de comissão é aquele no qual uma das partes adquire ou aliena bens em benefício da outra parte, seguindo as suas instruções, mas em seu próprio nome. O mesmo possui como partes o comissário (ou comissionário), que é aquele que adquire ou vende bens para o comitente; e o comitente, sendo esta a pessoa a favor de quem o comissário efetiva atos ou negócios.
O referido contrato é celebrado através de uma autorização do comitente para que o comissário realize atos ou negócios que o beneficiem, mediante um pagamento, geralmente equivalente a uma porcentagem da transação executada, denominada de comissão.Nesse tipo de contrato, aplica-se o vínculo que se estabelece entre pessoas determinadas, em virtude do que uma delas deve uma prestação à outra, que pode ser de dar, fazer ou não fazer alguma coisa; mas é importante destacar que o comissário não se responsabiliza pela realização da contraprestação de terceiros. Quem assume os riscos do negócio é o comitente, a menos que conste do contrato cláusula Del Credere.
Contrato de representação comercial - O contrato de representação comercial está disposto na lei 4.886/65, no qual podemos ver duas figuras, uma o representante e outra o representado, relação essa que nasce a partir do momento em que o representante se obriga a fazer pedidos de compra e venda das mercadorias que o representado fabrica ou comercializa. O representante pode ser pessoa física ou jurídica, sendo importante ressaltar que para o contrato ser válido deve exercer sua atividadede caráter não eventual. 
Durante a formalização do contrato as partes devem estar cientes da presença ou não da clausula de exclusividade, cuja mesma fala da área onde o representante pode realizar suas vendas, dizendo que nem mesmo o representado pode realizar vendas neste local de forma direta, e se ocorrem vendas desse produto ou produtos e não tiver sido ele que vendeu, os valores serão revertidos ao representante. É importante ressaltar que essa clausula depende de ajustes e pode haver vedação da mesma, o que de certa forma beneficia o representado.
Contrato de distribuição - Os contratos de distribuição consistem em atos do colaborador de aproximação, pelo qual se identifica pessoas interessadas em adquirir (e, no caso da comissão, também vender) produtos do outro empresário contratante, ou de intermediação, em que o próprio colaborador adquire os produtos (e, no caso da franquia, também serviços) do outro contratante e os oferece de novo ao mercado.A criação, consolidação ou ampliação de mercados, por meio da colaboração empresarial, podem resultar de atos do colaborador de aproximação ou de intermediação. No primeiro caso, o colaborador identifica pessoas interessadas em adquirir (e, no caso da comissão, também vender) produtos do outro empresário contratante; no segundo, ele mesmo adquire os produtos (e, no caso da franquia, também serviços) do outro contratante e os oferece de novo ao mercado. O contrato de distribuição é modalidade de colaboração empresarial que se pode enquadrar em qualquer uma dessas espécies. Na distribuição-aproximação, o distribuidor ou agente são remunerados por um percentual dos negócios que ajudam a realizar (a “comissão”). A obrigação principal do proponente é a de pagar a comissão, podendo o contrato condicioná-la ao efetivo pagamento do preço pelo terceiro adquirente das mercadorias. A obrigação principal que distribuidor ou agente assumem é a de encontrar interessados em adquirir os produtos do proponente e, encontrando-os, receber deles o pedido de compra.
Por conta do proponente (aproximação) – Nos contratos de colaboração por aproximação, o colaborador não participa da cadeia de circulação de mercadorias porquanto ele não compra o produto do fornecedor, mas encontra aproxima e cria oportunidades para que os compradores realizem o negócio com o fornecedor.
A diferença entre as modalidades de colaboração é na forma como se obtém a renda. Na colaboração por intermediação, o colaborador tem seu lucro através da revenda do produto; na colaboração por aproximação, o colaborador é um prestador de serviços que obtém sua receita através da remuneração paga pelo fornecedor, sendo esta a comissão.
 Agência- No contrato de agência, agenciamento ou representação uma das partes obriga-se, contra retribuição, a promover habitualmente a realização de certos negócios, por conta da outra, em determinada zona, de operações mercantis, agenciando pedidos para esta e, eventualmente, representando-a na conclusão dos contratos.
A realização de determinada atividade (promoção de negócios em cera área, a conta e, eventualmente, também em nome de outrem) contra uma retribuição.
Atualmente o contrato de agência é regulado pelas normas do Código Civil de 2002, mas também pelas normas da Lei 4.886/65.
O que leva um tipo contratual ser regido por duas normas é a peculiaridade do contrato de agencia na Lei 4.886/65. Nesta o contrato tem por objeto a promoção de negócios mercantis, de modo a constituir um súbito de contrato de agência.
Tendo em vista que as regras gerais do Código Civil de 2002 fixam a disciplina básica do tipo contratual, devem ser consideradas revogadas as normas da lei especial que forem incompatíveis.
São elementos do contrato de agência: a obrigação do agente de promover a conclusão de contratos por conta do preponente, também chamado no Código Civil de 2002, proponente; habitualidade do serviço; delimitação da zona onde deve ser prestado; direito do agente à retribuição do serviço que presta; exclusividade e independência de ação.
Com relação aos elementos supracitados é interessante destacar alguns pontos. A condição de estabelecer uma zona delimitada para a atividade é um elemento intrínseco do contrato de agência, sem o qual não seria o tipo contratual em epígrafe.
Com relação à exclusividade, a regra é que para toda zona e todo ramo de atividade, um só agente; e um só preponente para cada agente.
A concorrência natural entre os preponentes impede que o agente trabalhe ao mesmo tempo para os que produzem ou vendem mercadorias semelhantes, por exemplo, dois preponentes produtores de suco de laranja.
No entanto, o elemento de exclusividade não é essencial para a configuração do contrato de agência, tanto para o agente quanto para o preponente, assim, as leis permitem que a clausula de exclusividade seja eliminada, sendo expressamente acordado entre as partes.
Ainda no que concerne à exclusividade, a exclusividade recíproca entre as partes não impede que o preponente atue diretamente na área do agente, no entanto, este receberá uma comissão pelas vendas concluídas por aquele, como se estivesse participado da realização do negócio, caso contrário, a figura do agente seria dispensável.
A característica de independência do agente o diferencia da condição de empregado, é permitido no contrato de agência que o agente seja pessoa jurídica. A subordinação existente na relação entre agente e preponente se dá porque aquele precisa seguir as instruções do preponente e prestar lhe contas das atividades.
Tal espécie de contrato tem como particularidade a autonomia na prestação de serviço.
A caracterização das partes pode se dar da seguinte forma: estabilidade da relação jurídica; delimitação da zona de atividade; ação autônoma do agente; registro em órgão competente (no caso do tipo da agência regulada por lei especial). Já os agentes podem ser:
Agente depositário: encarrega-se de depósito do preponente ou dele próprio, entregando a mercadoria diretamente ao comprador.
Agente livreiro: sua atividade é a venda de livros por conta das editoras, mediante comissão.
Agente propagandista: exerce atividade colateral pela distribuição de amostras.
Agente teatral ou cinematográfico: exerce, por exclusiva conta do autor, uma atividade de colaboração continua para a obtenção de contratos.
Agente de seguros: colaborador necessário no auxilio às companhias seguradoras.
A figura do agente distingue-se do pracista e do viajante, pois estes são empregados, ou seja, possuem vínculo empregatício com o preponente, trabalham sob a dependência do preponente e, portanto, sujeitos à legislação diversa daquele.
A posição do agente na relação contratual de agência que lhe define a qualificação, sendo que esta requer adequação das atividades aos elementos distintivos do contrato.
Devem constar necessariamente a indicação do objeto da representação, a determinação da zona em que a atividade será executada, a exclusividade e o importe da indenização por rescisão sem justa causa.
Celebrado o contrato de agência surgem obrigações e direitos recíprocos.
Com relação ao agente, mesmo sendo prerrogativa da sua atividade a autonomia, deve se submeter as determinações feitas pelo preponente.
Como outra obrigação do agente, este deve informar a outra parte sobre as condições do mercado e perspectiva de venda.
O agente deve usar o esforço razoável para que os clientes recebam com regularidade as mercadorias compradas.
Salvo disposição em contrário, é por conta do agente as despesas incorridas da sua atividade, diretas e indiretas. O agente deve prestar contas dos negócios realizados ao preponente.
No tocante aos direitos, o agente tem o direito de ter seus pedidos atendidos a fim de poder exercer a sua atividade profissional.
Direito de exclusividade e direito à remuneração também fazem parte das prerrogativas do agente.
O agente é livre para organizar a sua atividade de modo que lhe pareça mais conveniente para conseguir a execução do seu objetivo profissional. Também o agente pode ter sob suas responsabilidades,subagentes sob sua direta direção.
Outro direito do agente é o direito à retribuição que se calcula na base de porcentagem sobre o valor do negócio concluído.
A retribuição pode ser percebida em forma de comissão e será condicionada à execução do contrato celebrado, se a execução for parcial, o agente receberá proporcionalmente.
Nos contratos de execução fracionada em prestações, o agente não receberá a execução de uma só vez, mas a medida que as prestações se vencem.
Na hipótese de não terem sido estabelecidas a forma e o montante da retribuição, prevalece a prática utilizada no local.
Nenhuma retribuição será devida ao agente no caso de insolvência do comprador ou desfazimento da compra por ele próprio.
Sobre a rescisão contratual, verifica-se sua possibilidade nas seguintes situações:
 Redução da zona da atividade;
Quebra de exclusividade, se prevista;
 Prática de atos tendentes a impossibilitar o exercício da atividade do representado. 
Representação empresarial- O contrato de representação comercial é aquele no qual uma das partes (colaborador/representante) se obriga a obter pedidos de compra e venda de mercadorias fabricadas ou comercializadas pela outra parte (fornecedor/representado). O representante comercial não detém poderes para concluir o negócio em nome do representado, uma vez que depende da aprovação deste. Representado, dependendo da aprovação ou não deste em relação aos pedidos de compra. Trata-se de um contrato típico, e a norma que disciplina esta espécie de contrato é a Lei nº 4.886/65, alterada pela Lei nº 8.420/92. Para que sua função seja exercida, o representante deve ser registrado no Conselho Regional dos Representantes Comerciais, podendo ser pessoa física ou jurídica – sendo pessoa jurídica deverá ser registrado perante a Junta Comercial.
Entre representante e representado, verifica-se vínculo de natureza empresarial, sendo este regido pelo direito comercial, contudo, passa a ser regido pelo direito trabalhista na hipótese elucidada por Fábio Ulhôa Coeolho: “somente se utilizada a representação comercial como forma jurídica destinada a ocultar a subordinação pessoal de empregados (e furtar-se o contratante ao cumprimento das obrigações sociais e fiscais pertinentes), afasta-se a incidência do direito comercial [...]”.
No tocante aos deveres do representante, o principal seria a efetiva finalidade do contrato de colaboração firmado entre as partes: a criação ou ampliação do mercado do produto fabricado ou comercializado pelo representado. O colaborador também deve arcar com os investimentos e despesas necessárias que se fizerem necessárias para o cumprimento de tal obrigação.
Já no que tange aos direitos do representante, destaque-se o de ser indenizado uma vez terminado o contrato, uma vez que este perdeu a oportunidade de explorar o mercado por ele criado ou consolidado.
Por conta própria (intermediação) – Revenda e concessão- Nesse contrato, diferentemente da representação comercial, o concessionário se obriga a comercializar, com ou sem exclusividade, com ou sem cláusula de territorialidade, os produtos fabricados por outra concedente. Em geral esses contratos são atípicos.
A Lei nº. 6.729, de 1979, com as alterações introduzidas pela Lei nº. 8.132, de 1990, disciplina a concessão comercial, entretanto apenas no que se refere ao comércio de veículos automotores terrestres, como automóveis, caminhões, ônibus, tratores, motocicletas e similares batizados de Lei Ferrari, assim, quando for o caso de concessões que envolvam mercadorias diversas daquelas, ter-se-á um contrato atípico, de distribuição, vinculado apenas às normas gerais que envolvem as relações contratuais, mas sem legislação específica. Entretanto, tais contratos são mais comuns nas áreas de distribuição de veículos automotores, por isso a necessidade de regulamentação específica, assim tem-se como obrigações dos concedentes: a) permitir, gratuitamente, o uso de suas marcas pelo concessionário; b) vender ao concessionário os veículos de sua fabricação, na quantidade prevista em cota fixada; c) observar, na definição da área operacional de cada concessionária, distâncias mínimas segundo o critério de potencial de mercado e d) não vender, diretamente, os veículos de sua fabricação na área operacional de uma concessionária, salvo à Administração Pública, direta ou indireta, ao Corpo Diplomático ou a clientes especiais.
Aos concessionários, a referida lei dispõe com deveres: a) respeitar a cláusula de exclusividade se houver; b) observar o índice de fidelidade para a aquisição de componentes que vier a ser estabelecido, de comum acordo com os demais concessionárias e concedentes, na Convenção de Marca; c) comprar do concedente os veículos na quantidade prevista na cota respectiva, sendo-lhe facultativo limitar o seu estoque e d) organizar-se, empresarialmente, de forma a atender os padrões determinados pelo concedente, para a comercialização dos veículos e para a assistência técnica dos consumidores. Dar-se-á a resolução do contrato, por acordo das partes ou força maior; pela expiração do prazo determinado, estabelecido no início da concessão, salvo se prorrogado nos termos do artigo 21, parágrafo único; por iniciativa da parte inocente, em virtude de infração a dispositivo desta Lei, das convenções ou do próprio contrato, considerada infração também a cessação das atividades do contraente.O concessionário pode comercializar livremente os acessórios, pois a lei cogita atualmente fidelidade apenas para os componentes, assim como, quanto aos preços dos veículos vendidos ao consumidor, serão fixados pelo concessionário e não mais pelo concedente.
Contrato de franquia (Franchinsing) - O contrato de Franquia teve a sua origem no ano de 1960 nos EUA, a partir da indústria de máquinas de costura Singer Sewing Machine. Podemos chamá-lo também de "franchising" tendo por isso origem norte-americana e grande destaque atualmente para a maior franqueadora do mundo McDonalds, na qual foi fundada em 1955 . No Brasil esse contrato encontra-se disciplinado na lei 8.955/94, sabe-se que na prática o contrato de franquia continua regido pelas cláusulas então pactuadas e que o objetivo dessa lei foi trazer uma transparência nas negociações que antecedem a adesão do franqueado a franquia.
Em sua estrutura temos o Franqueador (a) também chamado de “franchisor”, que é o titular da franquia, na qual possui a licença para o então uso da marca ou patente, ele também é o detentor da distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e além disso tudo também é o que faz a transferência do know- How, que é o conhecimento técnico para o então franqueado ou “franchise”. Nessa relação não existe um vínculo empregatício.
Um documento muito importante na franquia é o COF (circular de oferta de franquia), em que o franqueador tem o dever de fornecer aos interessados as informações necessárias da operação, esse documento deve ser entregue com antecedência mínima de dez dias e não poderá conter informações falsas, sob pena de anulabilidade do contrato.
Arrendamento mercantil (Leasing) - “É um contrato pelo qual uma pessoa jurídica ou física, pretendendo utilizar determinado equipamento, comercial ou industrial, ou certo imóvel, consegue que uma instituição financeira o adquira, arrendando-o ao interessado por tempo determinado, possibilitando-se ao arrendatário, findo tal prazo, optar entre a devolução do bem arrendado mediante um preço residual, previamente fixado no contrato, isto é, o que fica após a dedução das prestações até então pagas. Trata-se do financial leasing, norte americano e do creditbail dos franceses.”
Contrato de fomento mercantil (Factoring) - É uma prática comercial que tem crescido exponencialmente no Brasil, principalmente por permitir o acesso a um rápido capital de giros às pequenas e médias empresas. Esse tipo de negócio é ideal para empresas que precisam aumentar o capital rapidamente, visto que nesta operação uma empresa, a faturizada, transfere mediante uma remuneração previamente ajustada o seucrédito a outra empresa, a faturizadora.
Geralmente esses valores antecipados se tratam de créditos de vendas a prazo, dessa forma há uma imediata obtenção de recursos da empresa que vende essas “dívidas”.
É muito importante, antes de comprar os créditos de outra empresa, verificar a solvência do devedor, ou seja, se ele terá ou não dinheiro para pagar aquela dívida, visto que nos contratos de Fomento Mercantil a empresa que adquire os títulos não tem direito de regresso contra a empresa cedente.
Então, caso o devedor não pague a dívida, não será possível cobrar a mesma do credor original. Esta vedação ocorre, pois, caso fosse permitida caracterizaria uma operação bancária, que é prática exclusiva dos bancos, ou seja, se a empresa de Factoring adquire créditos e, ao cobrar o devedor, não consegue perceber os valores que lhe são devidos, não vale ir cobrar da faturizada, mesmo que seja declarada a insolvência ou falência do devedor.
Esse tipo de transação é vantajosa à faturizada, pois permite a obtenção de valores sem a necessidade de contratar empréstimos bancários, que geralmente são acompanhados de muitas condições e burocracia, e também transfere a quem comprou a dívida os eventuais custos de uma cobrança do devedor inadimplente.
Mas as vantagens não ficam só para um lado do negócio, visto que o faturizador não possui direito de cobrar do faturizado a dívida não paga, então cobrará um valor de remuneração pela operação, e o valor da remuneração é coerente com o risco que a empresa adquirente corre.
O objetivo principal de uma empresa de Factoring é o fomento mercantil, ou seja, viabilizar o crescimento de outras empresas, porém, mediante uma justa remuneração e consciente que o risco é uma característica intrínseca deste tipo de negócio. Mas a regra de não responsabilização não é absoluta, a empresa que vendeu os créditos, a faturada, poderá ser responsabilizada caso haja algum vício de legalidade, legitimidade ou veracidade dos títulos negociados.
Por exemplo, caso a venda a prazo seja falsa, frente a frustação do faturizador de receber o valor que lhe é devido este poderá cobrar de quem o vendeu, conforme estipula o art. 295 do Código Civil.
Para que não haja confusão no momento do pagamento é importante notificar o devedor sobre a mudança dos credores, a fim de que o pagamento possa ser realizado para a empresa certa e assim evitando um protesto indevido, mesmo porque às vezes o devedor pode ser outra empresa, mas pode também ser um consumidor, e neste caso a relação será regida pelo Código de Defesa do Consumidor e a devida cautela deverá ser tomada antes de partir para a negativação do nome desta pessoa frente as regras protetivas impostas 
pela legislação consumerista.
Qualquer cláusula contratual que defina alguma responsabilização para a empresa cedente do crédito no caso de inadimplemento do devedor é nula, inclusive a estipulação de garantias como aval, fiança, hipoteca e até mesmo notas promissórias. Neste tipo de relação o que se garante é a cessão do crédito e não a garantia do seu pagamento.
Caso sua empresa esteja enfrentando algum problema desta natureza entre em contato com a nossa equipe para que possamos ajudar, pois, apesar de não ser válida esse tipo de cláusula, é muito comum que empresas tentem burlar essa regra e inserir algum tipo de garantia ou meio de responsabilização das empresas cedentes.
Transporte – “ Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para outro, pessoas ou coisas” CC, art 730) por meio terrestre, aquaviário ou aéreo. Extrai-se dessa definição legal a existência de duas espécies contratuais, cuja cuja distinção reside no objeto a ser deslocado: passageiros ou carga. É um contrato bilateral, oneroso, consensual e comutativo, isto é, refere-se a coisas certas e determinadas, não se sujeitando a eventos futuros ou incertos, como ocorre com os contratos aleatórios. 
 Coisas – No transporte de coisas, o transportador obriga-se a transferir objetos individualizados pelo expedidor, do ponto de expedição até determinado local ou endereço, mediante remuneração de frete.
Pessoas – Por esse contrato o transportador obriga-se a conduzir pessoas e suas respectivas bagagens de um ponto a outro ponto geográfico, regendo-se por distintas normas, conforme o meio utilizado e o limite territorial percorrido. Além das disposições do Código Civil (arts. 734-742), das leis e tratados internacionais, regulamentos baixados pelas agências reguladoras e ainda, legislação nos âmbitos municipal, estadual, nacional e internacional.
Seguro- O contrato de seguro encontra-se definido no art. 757 do Código Civil brasileiro: “Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento de prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou coisa, contra riscos predeterminados”. O contrato de seguro é bilateral, oneroso, aleatório, consensual e de adesão.
Contratos Intelectuais: São aqueles "do interesse de empresários, relacionados com os chamados direitos intelectuais, isto é, com a propriedade industrial (a cessão de patente, cessão de registro industrial, licença de uso de patente de invenção, licença de uso de marca e transferência de tecnologia) ou com o direito autoral..." Para conferir a eficácia do instrumento perante terceiros, notadamente em face das autoridades monetárias e ao fisco, a lei exige a formalidade do registro do pacto no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Cessão de Direito Industrial - O objeto desta modalidade pode ser uma patente ou registro industrial, temas abordados em textos anteriores. A cessão pode ser parcial ou total, dependendo da extensão dos direitos cedidos ao cessionário. As regras são observadas nos artigos 58 a 60 da LPI. Nota importante se refere ao caso do cedente aperfeiçoar o seu invento, e poderá desta maneira obter o direito ao aperfeiçoamento, não sendo obrigado a transferi-lo para o cessionário, salvo se tratar-se de cessão total.
Licença de Uso de Direito Industrial - Licencia-se o uso da patente ou do registro por terceiros. Está disciplinado nos artigos 61 a 74, 139 e 140 da LPI. A natureza do contrato é intuitu personae, ou seja, não se pode transferir a terceiros pelo licenciado, justamente por ser pessoal. Não existe a necessidade da licença de ser exclusiva, portanto, mais de uma pessoa pode ser licenciada. O objeto do contrato é a autorização da exploração econômica por parte do licenciado.
Transferência de Tecnologia (Know-How) – Consiste na transferência de tecnologia, intrinsecamente ligada aos ramos da física, química, biologia, engenharia etc. Em termos jurídicos, é o saber industrial. Tem valor de mercado. A partir da resolução do INPI 20/91, não há mais a ingerência estatal no que tange aos termos do contrato, exigindo apenas a averbação do instrumento no referido órgão.
Comercialização de Software - Esse modelo consiste em uma modalidade de negócio jurídico através do qual alguém, denominado licenciante, concede ao licenciado o direito de exploração econômica e/ou utilização do programa de computador.
No licenciamento ocorre a transferência do direito de uso, fruição, e gozo daquela tecnologia, por isso, tendo em vista a natureza e a função dos softwares, essa é a modalidade mais comum para quem comercializa tais tecnologias. Nessa modalidade, o detentor da tecnologia do software, desenvolvedor ou licenciante, estabelece junto ao licenciado uma forma de uso, bem como pode ou não determinar o tempo e algumas formas de utilização.
À comercialização de software, não está abarcado pela propriedade industrial, e sim tem as normas dispostas na Lei 9.609/98.
 
REFERÊNCIAS
COELHO, Fábio Ulhôa. Manual de Direito Comercial: direito de empresa. 25. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013.
EMPRESARIAL, Liga de Direito. Resumo: Representação Comercial: CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL – LEI N.º 4886/65. 
NEGRÃO, Ricardo. Comercial de empresa: títulos de créditos e contratos empresariais / Ricardo Negrão. – ColeçãoCurso de direito volume 2 – 9 ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 
https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=15878 acessado em 14 de maio de 2020. 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/879/Contrato-de-leasing-Arrendamento-mercantil acessado em 14 de maio de 2020. 
https://braghiniadvogados.jusbrasil.com.br/artigos/749474916/contratos-de-fomento-mercantil-factoring-e-suas-caracteristicas?ref=serp acessado em 14 de maio de 2020.

Outros materiais