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Pastejo Rotacionado

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Fundamentos do Pastejo Rotacionado 
Método de lotação rotacional 
Este método caracteriza-se pela mudança dos animais de forma periódica e freqüente de um piquete para outro de forma sucessiva, voltando ao primeiro após completar o ciclo. 
Este processo exige elevado investimento em instalações, principal­mente bebedouros e cercas, caracterizando-se por restringir a seletivi­dade animal. O pastejo e a distribuição de excrementos são feitos de maneira mais uniforme e a forragem pode ser mantida em estado mais tenro e com melhor valor nutritivo. O sistema rotativo, quando correta­mente executado, dificulta o estabelecimento de plantas invasoras e permite o aproveitamento do excesso de forragem produzida na estação das chuvas, sob a forma de feno. 
O método de pastejo rotacionado tem sido recomendado com base na pressuposição de que as plantas necessitam de um período de des­canso a fim de se recuperarem dos efeitos da desfolhação, possibilitan­do a reposição de folhas e o restabelecimento dos níveis de reservas 
	(HUMPHREYS, 1978)." 	. 
O número de subdivisões deve ser minuciosamente calculado, para que o investimento não se torne antieconõmico, ou proporcione retor­no menor do que o investimento com fertilizantes para a recuperação ou renovação da pastagem. O número de piquetes pode ser calculado através da seguinte fórmula:
Período de descanso (di as) + 1 Número de piquetes = Período de pastejo (dias)
O sistema de pastejo rotacionado apresenta inúmeras variações em função do número de subdivisões e períodos de ocupação e descanso utilizados, os quais variam de acordo com a área disponível, clima da região, fertilidade do solo, tipo de exploração, características morfológi­cas e fisiológicas das plantas forrageiras, etc. 
No método de pastejo rotacionado convencional o grupo de animais é deslocado de um piquete para outro à medida que a altura da vegeta­ção ou a matéria seca residual desejada é atingida. A disponibilidade de forragem é alta no início do pastejo de cada piquete e baixa ao final do período de ocupação. 
Conceituação e Modalidades de Sistemas Intensivos de Pastejo Rotacionado 
pastejo em faixas 
o método de pastejo em faixas, também denominado de pastejo racionado, é caracterizado pelo acesso dos animais a uma área limitada ainda não pastejada. Neste método o manejo é conduzido com o auxílio de duas cercas elétricas, de fácil remoção, de tal forma que a cerca de trás impede o retorno dos animais às áreas pastejadas anteriormente. 
O tamanho da área de cada faixa é calculado para fornecer aos ani­mais a quantidade de volumoso de que necessitam por dia. Este tipo de exploração é recomendado para animais leiteiros de produção elevada, devendo ser utilizadas forrageiras que apresentem elevado valor nutritivo. 
Pastejo primeiro-último 
Dentre as modalidades de pastejo rotativo, o método de pastejo iprimeiro-últimoi, também conhecido como método de pastejo com dois grupos de animais ou ainda como método de pastejo ilíderes-seguidoresi (despontadores - rapadores) é um procedimento vantajoso quando se dispõe de animais de diferentes categorias e que apresentem diferenças na capacidade de resposta a forragem de alta qualidade. Assim, os ani­mais que respondem mais às melhores condições de qualidade da for­ragem pastejam na frente, constituindo o primeiro grupo, ou grupo de desponte. A alta disponibilidade inicial de forragem permite pastejo seletivo e alta ingestão de nutrientes, o que resulta em maior produção animal. 
Os animais de desponte pastejam por dois a três dias, consumindo a forragem de melhor qualidade e, a seguir, passam para outro piquete cedendo lugar ao segundo grupo de animais, denominado grupo de rapadores, que são obrigados a consumir o que sobrou. O número de piquetes pode ser calculado através da seguinte fórmula: 
N
	' 	d' 	Período de descanso (dias) 2 
umero e pIquetes = ----------+ 
Período de pastejo (dias) 
Resultados obtidos por BLASER et al. (1986) demonstraram que a resposta por animal para o primeiro grupo sobre o segundo grupo é apreciável (Tabela 2). 
Fundamentos do Pastejo Rotacionado 
Tabela 2. Comparação das respostas no método de pastejo primeiro-último obtidas em pastagens de gramíneas associadas com leguminosas. 
Primeiro grupo 
Segundo grupo 
Diferença 
Média do grupo combinado 
Total 
 
Ganho em peso por novilhos 
Vacas 
holandesas 
Diário (kg) 
Estacional (kg/ha) 
em lactação 
kg de leite/dia 
0,61 
267 
13,1 
.QdZ 
161 
!1.Q 
0,24 
106 
4,6 
0,49 
000 
10,8 
428 
Adaptado de BLASER et aI. (1986). 
"Creep Grazing" 
Este método permite que bezerros jovens ou cordeiros passem atra­vés de uma abertura na cerca para uma pequena área contendo forra­gem de melhor qualidade do que aquela onde suas mães são mantidas. 
O sistema não exige gastos elevados haja vista que requer somente a formação da área com forrageiras de alta qualidade (milheto, alfafa, etc.) para os animais jovens e as despesas adicionais para cercá-Ia. Como regra o ganho/bezerro aumenta e a condição da vaca é melhorada. 
"Creep grazing avançado" 
Em princípio, este método é semelhante ao método primeiro-último no qual os animais nutricionalmente mais exigentes têm acesso prefe­rencial à forragem disponível. A diferença é que duas (ou mais) classes de animais são agrupadas na mesma pastagem mas uma barreira física é instalada para permitir a passagem preferencial dos animais mais exigentes para o piquete seguinte no esquema de rotação. Isto permite, a esses animais, pastejar seletivamente sem competir com os outros. 
Conceituação e Modalidades de Sistemas Intensivos de Pastejo Rotacionado 
Pastejo limite 
Este método tem por objetivo manter os animais em pastagem de baixa qualidade ou recebendo feno. Porém, permite que tenham acesso a uma pastagem anual de alta qualidade durante poucas horas diaria­mente ou a cada dois dias, para reduzir as perdas por pisoteio. 
Pastejo diferido 
O método de pastejo diferido, também denominado protelado, con­siste na vedação de uma parte da área da pastagem, durante um perío­do da estação de crescimento, com a finalidade de revigorar a pastagem e permitir acúmulo de forragem no campo, para ser utilizado durante o período de inverno. Este sistema reconhece que existem períodos críti­cos na fenologicí' das plantas desejáveis na pastagem como por exemplo flores cimento e produção de sementes (WHITEMAN, 1980). Assim, o diferimento ou protelamento tem por objetivo permitir que as espécies mais palatáveis se recuperem e aumentem a sua capacidade de compe­tição com as espécies menos desejadas. 
Esta prática deve ser aplicada de forma alternada em cada piquete com intervalos de alguns anos. Nas áreas sob pastejo a taxa de lotação deverá ser controlada de modo a evitar o superpastejo e alterações in­desejáveis na composição botânica da pastagem. Neste sentido, a utili­zação de duas ou mais espécies de gramíneas com ciclos vegetativos diferentes e mesmo a introdução de leguminosas que mantêm o valor nutritivo com a idade seriam práticas vantajosas em sistemas que utili­zam o pastejo diferido (CORSI, 1976). 
O pastejo diferido tem a vantagem de dispensar investimentos em máquinas utilizadas na conservação de forragens. Contudo, é importan­te salientar que a eficiência do sistema de pastejo diferido está estritamen­te associada com a qualidade que a planta forrageira, na área diferi da, terá na ocasião de ser consumi da (CORSI, 1976; MARASCHIN, 1986). 
Obviamente, um sistema de pastejo ideal é aquele que permite maximizar a produção animal sem afetar a persistência das plantas for­rageiras. Assim, a utilização de plantas forrageiras sob condições de pastejo é um fator de grande importância a ser considerado na explora­ção de pastagens. 
Jllllldlllllt'lItO~ do i'lIstejo Hotacionado 
. AI.GUMAS CONSII)EHAÇOES sonHE A REBROTA DE PLANTAS II()lUli\GElRAS QUANDO PASTEJADAS 
Sob condições de paslejo vários componentes da rebrota são afeta­dos devido ao pisoteio, distribuição de excrementos pela pastagem e seletividadede pastejo exercida pelos animais à procura de forragem de melhor qualidade. 
A freqüência e intensidade com que um perfilho é pastejado pode variar de acordo com a taxa de lotação, densidade de folhas e altura das plantas. Mesmo sob condições de utilização intensiva de pastagem ex­clusivas de gramíneas pode-se observar um padrão de pastejo. 
Fatores tais como o desenvolvimento de um sistema radicular vigo­roso e a habilidade de produzir sementes, aliados a condições ambien­tais como luminosidade, temperatura, umidade e fertilidade do solo influenciam a resposta das forrageiras à desfolha e condicionam a per­sistência e a produtividade da pastagem. 
A recuperação das plantas após a desfolha pode ser influenciada pelas suas características morfológicas (isto é, pelo número de pontos de crescimento pelos quais a rebrota pode ocorrer), pelos teores de carboidratos não estruturais armazenados no tecido residual, e pela área foliar remanescente após o corte ou pastejo (HUMPHREYS, 1981; HARRIS, 1978; GOMIDE et al., 1979; VICKERY, 1981). 
Tradicionalmente as orientações sobre manejo de pastagens esta­vam apoiadas na utilização de substâncias orgânicas, principalmente carboidratos não estruturais acumulados nas raízes e bases de caule das plantas. De fato, a associação entre o teor de reservas e a rebrota das plantas foi demonstrada com espécies de clima temperado. Entretanto, os resultados de algumas investigações com gramíneas tropicais e subtropicais tem indicado que a produção de matéria seca da rebrota, avaliada 20 a 30 dias após a desfolha, não dependeria do teor de carboi­dratos por ocasião do corte ou pastejo (GOMIDE et al., 1979; DOVRAT et al., 1980; JONES & CARABALY, 1981). Por outro lado, é bem aceito o fato de que a redução de carboidratos nos órgãos de reserva da planta está associada com a manutenção da respiração e o crescimento do sistema radicular logo após a desfolha. 
Na realidade, quando a pastagem é utilizada de forma contínua, sem que haja tempo para o restabelecimento de um nível mínimo de reser­vas através de fotossíntese, as plantas desfolhadas se debilitam e aca­bam por desaparecer, cedendo lugar às espécies indesejáveis. 
Conceituação e Modalidades de Sistemas Intensivos de Pastejo Rotacionado 
Posteriormente postulou-se que a recuperação de plantas desfolha­das dependeria da área remanescente. Essa hipótese foi esclarecida atra­vés do trabalho clássico de BROUGHAM (1956), que demonstrou que a velocidade de recuperação do azevém anual é inversamente proporcio­nal ao grau de desfolhação sofrido pela planta. Desde então, o conceito de índice de área foliar (IAF) tem sido utilizado em estudos de plantas forrageiras. 
O uso do conceito de IAF apresenta algumas limitações práticas, que resultam de alterações na arquitetura foliar e nas características fotossintéticas das plantas e de mudanças na composição botânica da pastagem. 
Os efeitos do IAF e da matéria seca residual sobre a taxa de cresci­mento relativo e produção de matéria seca da rebrota de espécies estoloníferas e cespitosas foram estudados por JONES & CARABALY (1981). Estes autores concluíram que, no manejo de espécies cespitosas, deve-se evitar desfolhas excessivas para se manter a produtividade das plantas, pois o vigor da rebrota, tanto em espécies estoloníferas como em espécies cespitosas, estava correlacionado com a área foliar e a quan­tidade de matéria seca remanescente após a desfolha. 
Na verdade, as diferenças observadas entre gramíneas com relaçãil ao seu hábito de crescimento condicionam as respostas das forrageiras ao pastejo. Como se sabe, plantas de crescimento prostrado, estoloníferas ou rizomatosas (ex. grama coast-cross, grama batatais, etc.), são mais tolerantes ao pisoteio e ao pastejo contínuo do que plantas cespitosas (de crescimento ereto) como o capim colonião e o capim elefante, que se adaptam melhor ao pastejo rotacionado. 
No caso de plantas eretas, melhores rebrotas são possíveis de ocor­rer quando os períodos de pastejo são de curta duração (3-8 dias), pois permitem melhor controle da condição do resíduo para valores desejá­veis de índice de área foliar (IAF) e de carboidratos não estruturais (MARASCHIN, 1994). 
8. CONCLUSÕES 
- Os dados disponíveis na literatura não permitem estabelecer con­clusões definitivas sobre sistemas de pastejo. Muitas variáveis como precipitação, tipos de solo, estacionalidade da produção de espécies e 
variedades, tipos de animais utilizados, taxas de lotação e outras POlll'l1I invalidar as comparações; 
- Há uma tendência natural por parte dos criadores a Il;lO 1I( ('11.11 certas inovações sobretudo se estas vão requerer maior cmprego d.' capital, fato que tem limitado a utilização de sistemas espccializadol1 d.' condução de pastagens; 
- A sofisticação que envolve certos sistemas, muitas vezes (1(':-;111'( I' sária, exigindo constante acompanhamento técnico, além dc I'n'qOI'lllt" decisões de manejo, é fator limitante a sua adoção uma vez <]11(' II'HII! tados semelhantes podem ser obtidos por processos mais simpleH t' d.' menor custo; 
- A produção de carne ou leite nos diferentes sistemas de' 11111111'I0 depende fundamentalmente da lotação utilizada; 
- O desempenho animal poderá ser satisfatório e scmcllwlIll' t'lIl qualquer sistema de pastejo se houver igual quantidade c qualldlldc· d.' forragem disponível. Alta lotação provoca redução na sclcl ividlldt, c' consequentemente redução no ganho animal; 
- Aumentos na produção por unidade de área em pastejo rollldllllil do precisam ser cuidadosamente analisados para verificar se os ( tlllfll' adicionais de sua implantação são compensadores; 
- O sistema de pastejo tem influência marcante sobre a COl11pOSil, 110 botânica da pastagem; 
- Espécies cespitosas, de porte alto, adaptam-se melhor no pnSlt'lo rotacionado enquanto que espécies de porte baixo, prostrad:ls Oll estoloníferas, são mais apropriadas para o pastejo contínuo; 
- A simplicidade, a flexibilidade de manejo e a manutenção d:l !ll'l sistência e produtividade da pastagem são características quc 11<10 dtO vem ser esquecidas ao se escolher um sistema de pastejo.

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