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QUIMIOTERAPIA DA HANSENÍASE E TUBERCULOSE UESB UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA DEPARTAMENTO DE SAÚDE I DOCENTE: ALESSANDRA SALES CURSO DE FISIOTERAPIA Discentes: Alana Amaral Laís Sales Letícia Silva Lorena Silva Talita Araújo 2016 HANSENÍASE CONCEITO É uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: • Lesões na pele e nos nervos periféricos, nos olhos, mãos e pés. Fonte: Google imagens 2 ETIOLOGIA O Mycobacterium leprae é um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de bastonete. É um parasita intracelular, que infecta nervos periféricos, especificamente as células de Schwann. HANSENÍASE Fonte: Google Imagem 3 HANSENÍASE 4 HANSENÍASE 5 DIAGNÓSTICO Fonte: Google Imagem FORMAS CLÍNICAS HANSENÍASE Paucibacilares (PB): • Tuberculóide (HT); Fonte: Hanseníase no Brasil • Indeterminada (HI). FORMAS CLÍNICAS HANSENÍASE Multibacilares (MB): • Virchoviana (HV); 7 Fonte: Hanseníase no Brasil • Dimorfa (HD)* FÁRMACOS: HANSENÍASE Rifampicina (RFM) • Mecanismo de Ação: Formação do complexo estável com RNA- polimerase bacteriana, impedindo a constituição do RNA-mensageiro . Fonte: pt.slideshare.net 8 HANSENÍASE EFEITOS ADVERSOS (RFM): Rubor; Distúrbio gastrointestinais; Hemoglobinúria; Hepatotoxicidade; Confusão mental. Conjuntivite e prurido Cefaleia Icterícia Fonte: Google Imagem 9 HANSENÍASE Sufona (Dapsona - DDS) • Mecanismo de Ação: Compete com o PABA e inibitória da síntese , impedindo a formação do RNA e DNA; • Efeitos adversos: Formação de meta-hemoglobina, em níveis de 30 a 40%, leva a tontura, cefaleia , dispneia e confusão mental. Fonte: Google Imagem 10 FÁRMACOS: HANSENÍASE EFEITOS ADVERSOS (DDS): Síndrome de Stevens Johnson; Distúrbio gastrointestinais; Síndrome nefrótica. Urticária Eritema pigmentar fixo Fonte: Google Imagem 11 HANSENÍASE Clofazimina (CFZ) • Mecanismo de Ação: Formação estáveis com o DNA e RNA-mensageiro; Fonte: Google Imagem 12 FÁRMACOS: HANSENÍASE EFEITOS ADVERSOS (CFZ): 13 Fonte: Google Imagem TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Apresentação HANSENÍASE Fonte: Caderno de Atenção Básica, n° 21, 2007 14 HANSENÍASE 15 Fonte: Caderno de Atenção Básica, n° 21, 2007) TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Esquema Terapêutico - Paucibacilares (6 Cartelas) HANSENÍASE 16 Fonte: Caderno de Atenção Básica, n° 21, 2007) TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Esquema Terapêutico - Multibacilares (12 Cartelas) HANSENÍASE 17 Fonte: Google imagem TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Esquema Alternativo HANSENÍASE 18 Fonte: Google imagem TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Esquema Alternativo REAÇÕES HANSENÍASE Surto Reacional tipo 1 / Reação reversa (RR) • É causado por um aumento da resposta da imunidade celular contra o bacilo, levando a processo inflamatório na pele e nos troncos nervosos. 19 SURTO REACIONAL TIPO 1 - TRATAMENTO HANSENÍASE Corticosteroide • Utilizado nas reações do tipo eritema polimorfo, sem resposta à talidomida. Podendo ser associados à Clofazimina nos casos de neurites e em paciente grávidas. 20 REAÇÕES HANSENÍASE Surto Reacional tipo 2 (ENH) • Ocorre pela deposição extravascular de imunocomplexos e pela produção elevado do fator necrose tumoral TNF-Alfa. 21 SURTO REACIONAL TIPO 2 - TRATAMENTO HANSENÍASE Talidomida: Inibi seletivamente a produção de TNF- alfa, reduzido a meia vida do RNA-mensageiro para produção dessa citocina. • Efeito Adversos: sonolência, tontura, lesões dermatológicas, neurite, queimor nas plantas e palmas. Fonte: Google Imagem 22 SURTO REACIONAL TIPO 2 - TRATAMENTO HANSENÍASE Pentoxifilina: diminuição da produção de TNF-alfa e da resposta leucocitária IL-1 e TNF-alfa. • Efeito colaterais: náuseas, vômitos dispepsia, tontura e cefaleia. 23 Fonte: Google Imagem O fisioterapeuta desenvolve uma avaliação minuciosa que consiste da realização de testes, como: teste de sensibilidade e força muscular das mãos e pés e palpação de nervos periféricos. Os exercícios e técnicas utilizadas durante as sessões afetam diretamente na qualidade de vida dos portadores, melhorando-a muito. TRATAMENTO FISIOTERÁPICO HANSENÍASE 24 Fonte: Google Imagem Cinesioterapia TRATAMENTO FISIOTERÁPICO HANSENÍASE 25 Fonte: Google Imagem Laser TUBERCULOSE CONCEITO A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa tendo algumas características marcantes como: longo período de latência; maior incidência em pulmões, mas podem ocorrer em outros órgãos do corpo como ossos, rins, intestinos, meninges entre outros. 27 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE ETIOLOGIA Mycobacterium tuberculosis é um patógeno intracelular aeróbico. Foi descrito por Robert Koch, bacteriologista alemão, em 1882, sendo, por isso, também chamado de bacilo de Koch (BK), em sua homenagem. Fonte: Google Imagem 28 TUBERCULOSE 29 DIAGNÓSTICO É feito através da história clínica, da radiografia de tórax e do exame de escarro (catarro). O diagnóstico das formas extrapulmonares é habitualmente feito pela biópsia do órgão acometido. Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE FORMAS CLÍNICAS Tuberculose pulmonar; Tuberculose extrapulmonar: • Pleural; • Sistema nervoso central; • Ossos; • Rins; • Urinária; • Intestinal; • Oftálmica; • Cutânea. 30 TUBERCULOSE COMO TRATAR A TUBERCULOSE Deve ser tratada em regime ambulatorial. A hospitalização será indicada nas seguintes condições: • Meningite tuberculose; • Interação medicamentosa incontrolável; 31 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE Bases bacteriológicas da quimioterapia: dizem respeito ao tempo de duplicação e à resistência bacteriana. • Resistência Natural; • Resistencia Adquirida; • Resistencia primária. PRINCIPIOS GERAIS DA QUIMIOTERÁPICO: 32 TUBERCULOSE Bases Patobiológicas da quimioterapia: na lesão tuberculosa existem bacilos em situações distintas: • Dentro dos macrófagos; • No caséo sólido; • Com a liquefação do caséo. PRINCIPIOS GERAIS DA QUIMIOTERÁPICO: 33 TUBERCULOSE 34 Isoniazida (INH) • Mecanismo de ação: Não é inteiramente conhecido, a captação da INH pelo bacilo se faz através de processo ativo ,e a maior parte da droga é um metabólito do ácido isonicotínico. • Efeitos adversos: febre, erupções cutâneas, hepatite, convulsões em menos de 1% dos pacientes e de um processo de vasculite. Fonte: Google Imagem FÁRMACOS: TUBERCULOSE 35 Etambutol • Mecanismo de ação: Não é conhecido. Verificou-se que a droga inibe a incorporação do acido nicótico a parede celular da microbactérias. • Efeitos adversos: Na dose de 15 mg/kg de peso/dia é raramente toxico,entretanto o principal efeito é dose dependente. Fonte: Google Imagem FÁRMACOS: TUBERCULOSE MECANISMO DE AÇÃO: 36 Isoniazida; Rifampicina; Etambutol. Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE 37 Estreptomicina(SM) • A SM foi a primeira droga usada no tratamento da tuberculose. Quando usada com outras drogas é bastante eficaz fazendo parte do arsenal terapêutico de primeira linha no tratamento da tuberculose. • Efeitos adversos: Apresenta efeitos adversos envolvendo a função vestibular e auditiva do 8º par craniano e erupção cutânea. FÁRMACOS: TUBERCULOSE 38 Ácido para-aminossalicílico (PAS) • O PAS é bacteriostático e específico para o M. tuberculosis. Quando usado sozinho é menos eficaz que a estreptomicina e a hidrazida. • Efeitos adversos: Anorexia; dor epigástrica; náusea; e diarreia são os principais efeitos adversos. FÁRMACOS: TUBERCULOSE 39 Pirazinamida( PZA) • Mecanismo de ação: Não se conhece o mecanismo de ação da PZA, mas há evidências de que a PZA possa ativar a resposta imune celular. • Efeitos adversos:Anorexia, náuseas, vômitos; disúria; febre e astenia. FÁRMACOS: TUBERCULOSE Etionamida (ETH) • Mecanismo de ação: Não está elucidado mas, pode está relacionado com a inibição da biossíntese microbacteriana. • Efeitos adversos: Irritação gástrica, anorexia , náuseas, vômitos, hipotensão postural, depressão mental, astenia 40 FÁRMACOS: TUBERCULOSE Rifabutina • Mecanismo de ação: inibição do RNA-polimerase microbacteriano, mas é mais ativa in vitro e em tuberculose murina experimental do que a da RMP • Efeitos adversos: Erupção cutânea, intolerância gastrointestinal, neutropenia, síndrome gripal, Hemólise, dor torácica, miosite e hepatite. 41 FÁRMACOS: TUBERCULOSE Ciclosserina (CS) • Mecanismo de ação: inibe reações em que D-alanina está envolvida na síntese da parede celular bacteriana. • Efeitos adversos: alterações do sistema nervoso central ( sonolência, cefaleia, tremores, vestígio, irritabilidade, estado psicótico depressivo, catatônico ou paranoide). 42 FÁRMACOS: TUBERCULOSE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Tuberculose pulmonar e Tuberculose extrapulmonar exceto Meningite tuberculosa (ESQUEMA I). 43 Fase do tratamento Droga Dosagem Diária mg/kg Peso Máxima Mg/dia 1.ª Fase (2 meses) RMP 10 600 INH 10 400 PZA 35 2.000 2.ª Fase RMP 10 600 INH 10 400 Fonte: Farmacologia, Penildon. TUBERCULOSE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Meningite isolada ou concomitante com outra localização de Tuberculose (ESQUEMA II). 44 Fonte: Farmacologia, Penildon. Fase do tratamento Droga Dosagem Diária mg/kg Peso Máxima Mg/dia 1.ª Fase (2 meses) RMP 20 600 INH 20 400 PZA 35 2.000 2.ª Fase (7 meses) RMP 12 600 INH 12 400 TUBERCULOSE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO: Indicado nos casos de Falha do esquema I (ESQUEMA III). 45 Fonte: Farmacologia, Penildon. Fase do tratamento Droga Dosagem Diária mg/kg Peso Máxima Mg/dia 1.ª Fase (3 meses) SM 20 1.000 ETH 12 750 EMB 25 1.200 PZA 35 2.000 2.ª Fase (9 meses) ETH 12 750 EMB 25 1.200 TUBERCULOSE OUTROS TRATAMENTO: Capreomicina; Canamicina; Amicacina; Tioacetazona (TZA); Macrolídios; Quinolônicos. 46 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NOS NÍVEIS DE PREVENÇÃO Nível Primário • Prevenção. Nível Secundário • Tratamento de pessoas tuberculosa a fim de evitar a progressão e possíveis complicações da doença que poderão causar sequelas. Cinesioterapia respiratória. 47 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NOS NÍVEIS DE PREVENÇÃO Nível Terciário • Tratamento das sequelas deixadas pela tuberculose, que geralmente se resumem em alterações posturais, atelectasia e acúmulo de secreção. 48 TUBERCULOSE TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NOS NÍVEIS DE PREVENÇÃO Nível Terciário • Alterações posturais. 49 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NOS NÍVEIS DE PREVENÇÃO Nível Terciário • Atelectasia (Respiron) 50 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NOS NÍVEIS DE PREVENÇÃO Nível Terciário • Acúmulo de secreção. (Flutter) 51 Fonte: Google Imagem TUBERCULOSE 52 REFERÊNCIAS SILVA, Peni ldon. Farmacologia . 6. ed . São Paulo: Guanabara Koogan , 2002. 1374 p . ISBN 85-277-0703-9. Minis tér io da Saúde . Caderno de atenção básica: Manual t écnico para contro le da tuberculose . Disponível em: < h t tp : / /bvsms .saude .gov.br /bvs /publ icacoes /caderno _a tencao_basica .pdf > . Acessado em: 23 de agos to de 2016 Minis tér io da Saúde . Caderno de atenção básica: Vigi lância em saúde . Disponível em: < h t tp : / /bvsms .saude .gov.br /bvs /publ icacoes /cadernos_atencao_basica_ v ig i lancia_saude .pdf > . Acessado em: 23 de agos to de 2016 Boechat , N. ;Pinhei ro , L . C. S . A Hanseníase e a sua Quimioterapia . Rev. Vir tual Quim. , 2012 , 4 (3 ) , 247-256. Data de pub l icação na Web: 23 de junho de 2012 CAMPO, Hisbel lo S . Et iopatogenia da tuberculose e formas cl ínicas . Disponível em: < h t tp : / / sopter j .com.br /prof iss ionais /_educacao_cont inuada/curso_tuberculose _2 .pdf > . Acessado em: 23 de agos to de 2016 CAMPO, Hisbel lo S. Tuberculose: uma abordagem geral dos pr incipai s aspectos . Disponível em: < h t tp : / /www.rbfarma .org .br / f i les / rbf -2012-93-1-1 .pdf > . Acessado em: 23 de agosto de 2016 53
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