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EPIDEMIOLOGIA

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INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA
PROFESSORA
JOANA DARC PRADO.
UNIVAG
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
EPIDEMIOLOGIA
2013/1
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A Epidemiologia
é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais.
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Conceitos
Podemos delimitar conceitualmente a epidemiologia, através de várias definições; uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa idéia de sua abrangência e aplicação é a seguinte: 
 “Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde" (J. Last, 1988).
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Histórico
No final do século XIX, vários países da Europa e os Estados Unidos iniciaram a aplicação do método epidemiológico na investigação da ocorrência de doenças na comunidade.
Nesse período, a maioria dos investigadores concentraram-se no estudo de doenças infecciosas agudas. 
Já no século XX, a aplicação da epidemiologia estendeu-se para as moléstias não-infecciosas. Um exemplo é o trabalho coordenado por Joseph Goldberger, pesquisador do Serviço de Saúde Pública norte-americano.
 
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Histórico
Em 1915, Goldberger estabelece a etiologia carencial da pelagra através do raciocínio epidemiológico, expandindo os limites da epidemiologia para além das doenças infectocontagiosas.
No entanto, é a partir do final da Segunda Guerra Mundial que assistimos ao intenso desenvolvimento da metodologia epidemiológica com a ampla incorporação da estatística, propiciada em boa parte pelo aparecimento dos computadores.
 
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Histórico
A aplicação da epidemiologia passa a cobrir um largo espectro de agravos à saúde.
 Os estudos de Doll e Hill, estabelecendo associação entre o tabagismo e o câncer de pulmão, e os estudos de doenças cardiovasculares desenvolvidas na população da cidade de Framingham, Estados Unidos, são dois exemplos da aplicação do método epidemiológico em doenças crônicas.
 
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Atualmente,
A epidemiologia constitui importante instrumento para a pesquisa na área da saúde, seja no campo da clínica, seja no da saúde pública. 
O objetivo da disciplina é justamente apresentar e discutir a epidemiologia como uma prática da saúde pública.
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Usos e Objetivos da Epidemiologia
Disciplina multidisciplinar por excelência, a epidemiologia alcança um amplo espectro de aplicações.
As aplicações mais freqüentes da epidemiologia 
 em saúde pública são: 
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Aplicações mais freqüentes:
 Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural;
 Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam maior risco de serem atingidos por determinado agravo; 
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Aplicações mais freqüentes:
 Prever tendências; 
 Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das populações; 
 Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos de saúde na comunidade.
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 A saúde pública tem na Epidemiologia o mais útil instrumento para o cumprimento de sua missão de proteger a saúde das populações. 
 A compreensão dos usos da Epidemiologia nos permite identificar os seus objetivos.
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Objetivos da Epidemiologia
Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde;
Entender a causação dos agravos à saúde;
Definir os modos de transmissão;
Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde;
Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
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Objetivos da Epidemiologia
Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde;
Estabelecer medidas preventivas;
Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde;
Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde.
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A epidemiologia na Prática dos 
Serviços de Saúde 
 Se, por um lado, o uso da Epidemiologia na Saúde Pública já trilhou em nosso país uma longa trajetória, por outro, deve existir uma preocupação de aprimorar a sua aplicação, adequando-a a uma nova realidade, em que a organização dos serviços de saúde caminha para a descentralização.
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A Epidemiologia na prática dos Serviços de Saúde 
Para tanto, é indispensável a delimitação das áreas de aplicação da epidemiologia no Sistema Nacional de Saúde e, em particular, nos Serviços Locais de Saúde. 
O pressuposto para atingirmos tal objetivo é o desenvolvimento e a implementação de programas de formação e capacitação de Epidemiologistas.
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A Epidemiologia na prática dos Serviços de Saúde 
 Desde meados da década de 1980, tem sido amplamente aceita a existência de quatro grandes áreas de aplicação da Epidemiologia nos serviços de saúde:
Análise da situação de saúde.
Identificação de perfis e fatores de risco.
Avaliação epidemiológica de serviços.
Vigilância em saúde pública
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Medindo a Frequência de casos e óbitos 
Definição de caso 
pode ser entendido como um conjunto de critérios que se utilizam para decidir se uma pessoa tem ou não uma particular doença ou apresenta um determinado evento adverso à saúde.
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Por exemplo: 
 
Como definimos um caso de “Cárie Dental” ???
Quais são os sinais e sintomas que definem uma doença Cárie ???
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Estabelecida a definição de caso, pode-se comparar a ocorrência de número de casos de doença ou evento adverso à saúde, em determinado período e lugar, com o número de casos no mesmo lugar num momento anterior ou em momentos e lugares diferentes.
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Medidas de Frequência em Epidemiologia
Se retomarmos a definição de Epidemiologia apresentada inicialmente, verificaremos que a mensuração da frequência de estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações está entre seus objetos de estudo;
O domínio das técnicas de mensuração da frequência de doenças e de óbitos constitui pré-requisito para profissionais que desenvolvem atividades rotineiras de vigilância e investigação de surtos em serviços locais de saúde;
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Medidas de Frequência em Epidemiologia
É fundamental que essa mensuração seja efetuada de forma apropriada, de maneira a permitir a caracterização do risco de determinada doença acontecer na população; ou, estimar a magnitude de um problema de saúde expresso em termos de mortalidade;
Isso se faz por meio do cálculo das taxas em diferentes subgrupos da população, que podem ser delimitados segundo sexo, idade, história de exposição a determinado fator ou outra categoria que permita a identificação de grupos de alto risco e fatores causais. 
Tais informações são vitais para a elaboração de estratégias efetivas de controle e prevenção de doenças. 
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Medidas de Frequência de Morbidade
Para descrevermos o comportamento de uma doença numa comunidade, ou a probabilidade (ou risco) de sua ocorrência, utilizamos as medidas de freqüência de morbidade.
Em saúde pública podemos entender como morbidade: 
 
Doença, 
Traumas e lesões, 
Incapacidade. 
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Medidas de Frequência de morbidade
As fontes de dados, a partir das quais os casos são identificados, influenciam sobremaneira as taxas que calculamos para expressar a freqüência da doença. 
Portanto, antes de analisarmos as taxas relativas à ocorrência de certa doença, precisamos identificar as fontes dos casos e como eles foram identificados, para depois interpretarmos as taxas encontradas e compará-las com aquelas verificadas em outras populações ou na mesma população em momentos diferentes.
 
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Medidas de Frequência de morbidade
INCIDÊNCIA (ou Taxa deIncidência) 
Expressa o número de casos novos de uma determinada doença durante um período definido, numa população sob o risco de desenvolver a doença. 
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INCIDÊNCIA
A expressão matemática para o cálculo da Incidência é a seguinte:
Incidência = 1000*
* a incidência está expressa por 1.000 habitantes. No entanto, a escolha dessa unidade de referência é arbitrária. Da mesma forma, poderíamos ter escolhido 10.000, 100.000 ou 1.000.000 de habitantes.
Nº de casos novos de uma doença ocorridos numa população em determinado período e lugar 
Nº de pessoas sob risco de desenvolver a doença durante o mesmo período e lugar
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INCIDÊNCIA
O ponto fundamental da definição de Incidência é o de incluir somente casos novos no numerador, medindo, portanto, um evento que se caracteriza pela transição do estado de ausência da doença para o de doença;
Logo, a Incidência mede o risco ou probabilidade de ocorrer o evento doença na população exposta.
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Medidas de freqüência de morbidade
PREVALÊNCIA (ou Taxa de Prevalência) 
Mede a proporção de pessoas numa dada população que apresentam uma específica doença ou atributo, em um determinado ponto no tempo; *No cálculo da Prevalência o numerador abrange o total de pessoas que se apresentam doentes num período determinado (casos novos acrescidos dos já existentes). 
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PREVALÊNCIA
A expressão matemática para o cálculo da prevalência é a seguinte:
Prevalência = 100.oo0*
* A prevalência está expressa por 100.000 habitantes. 
Nº de casos conhecidos da doença num determinado período 
População durante o mesmo período
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INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA
A Prevalência é muito útil para medir a freqüência e a magnitude de problemas crônicos, enquanto que,
A Incidência é mais aplicada na mensuração de frequência de doenças de curta duração;
A Prevalência pode ser entendida como um corte da população em determinado ponto no tempo. Nesse momento, determina-se quem tem e quem não tem certa doença;
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INCIDÊNCIA X PREVALÊNCIA
Conforme as características da doença investigada, podemos encontrar pessoas que adoeceram há uma semana, um mês, um ano ou ainda cinco, dez ou quinze anos;
A Prevalência é mais difícil de interpretar do que a Incidência porque depende do número de pessoas que desenvolveram a doença no passado e que continuam doentes no presente;
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Relações entre Incidência e Prevalência
Na figura 2 são apresentadas algumas relações entre Incidência e Prevalência. 
Na figura 2a temos um tanque que representa uma Comunidade e o líquido, a Prevalência.
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Relações entre Incidência e Prevalência
Como poderíamos aumentar a prevalência?
Conforme a figura 2b, a Prevalência pode aumentar com a elevação da Incidência sem um correspondente aumento das mortes e/ou cura
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Relações entre Incidência e Prevalência
Como poderíamos diminuir a Prevalência? 
A figura 2c mostra-nos que a Prevalência pode diminuir com a elevação do número de curas e/ou mortes, mantido o mesmo nível da incidência ou com sua diminuição;
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Relações entre Incidência e Prevalência
Como poderíamos manter um determinado nível de Prevalência?
Analisando o esquema apresentado na figura 2d, verificamos que isso é possível quando mantemos a Incidência e mortes ou curas constantes;
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Medida de Frequência de morbi-mortalidade
LETALIDADE 
mede a probabilidade de um indivíduo, atingido por um agravo, morrer devido a esse mesmo agravo;
Expressa o grau de gravidade de uma determinada doença, constituindo, juntamente com a frequência de seqüelas, um dos indicadores utilizados na identificação de prioridades para o desenvolvimento de programas de controles de doenças (a severidade do dano);
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LETALIDADE
A expressão matemática da letalidade é a seguinte:
Taxa de Letalidade = 100
Nº de óbitos por determinada causa 
Nº de doentes pela mesma causa
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Descrição da Frequência e Distribuição de dados gerados em Serviços Públicos 
A organização preliminar de dados gerados por Sistemas de Informação de morbi-mortalidade, como, por exemplo, aqueles gerados por sistemas de vigilância e de informações de mortalidade, é efetuada segundo três categorias ou variáveis epidemiológicas: 
 
Variáveis relativas ao tempo – Quando? 
Variáveis relativas ao lugar – Onde? 
Variáveis relativas à pessoa - Quem?
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Assim procedendo, tornamos os dados mais fáceis de serem apresentados e compreendidos, além de podermos identificar, com maior facilidade, grupos mais expostos ao risco de serem atingidos por uma determinada doença. 
A análise dos dados, segundo essas variáveis, nos oferece pistas de possíveis causas de doenças, permitindo a elaboração de hipóteses a serem posteriormente testadas.
 
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Epidemiologia Descritiva
Onde, quando e sobre quem ocorre determinada doença?
Há grupos especiais mais vulneráveis?
Existe alguma época do ano em que aumenta o número de casos?

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