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1_-_BREVE_HISTÓRICO_DA_PSICOLOGIA_E_SUA_IMPORTÂNCIA_PA RA_A_FISIOTERAPIA

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1 - BREVE HISTÓRICO DA PSICOLOGIA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A FISIOTERAPIA
	A Psicologia é um ramo das Ciências Humanas que estuda, cientificamente, o comportamento e os processos mentais humanos. Isso abrange todos os aspectos do pensamento e dos comportamentos não se restringindo apenas aos comportamentos anormais. Morris e Maisto, 2004
	Para entender a diversidade da Psicologia como ciência é necessário resgatar um pouco de sua história que teve início entre os gregos no Ocidente, no período anterior à era cristã, 700 a.C.. Nessa época, Platão e Aristóteles já questionavam sobre o comportamento humano e os processos mentais, dedicando-se a compreender o espírito empreendedor do conquistador grego. É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia e é deles que vem o termo psyché, que significa alma, e de logos, que significa razão, ou seja, “estudo da alma”. A alma ou espírito era concebido como parte imaterial do ser humano e abrangeria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.
	Na antiquidade,a Psicologia ganhou consistência com Sócrates (469-399 a.C.). A principal preocupação deste filósofo era entre o limite que separa o homem dos animais. Para Sócrates, a razão é definida como uma peculiaridade do homem ou como essência humana. 
Platão também teve destaque nesse período procurando definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem e assim a medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo. Platão concebia a alma como separada do corpo, quando alguém morria, a matéria (corpo) desaparecia, mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo.
	Somente no século XIX a Psicologia conquistou o status como ciência, separada da Filosofia e o que era até então exclusivo desta ciência, passa a ser investigado também pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços nessa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema. Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário então, compreender os mecanismos e o funcionamento do cérebro.	
	O primeiro laboratório de psicologia experimental surgiu na Alemanha, com Wilhelm Wundt (1879) e tornou-se conhecido como Estruturalismo. Mas foi nos Estados Unidos que a Psicologia encontrou campo para um rápido crescimento e ali surgiram as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem até hoje. 
No século XX, para diversos autores, as três mais importantes tendências teóricas da Psicologia são:
- Behaviorismo: nasceu nos Estados Unidos com Watson que argumentou que a psicologia deveria ocupar-se apenas com comportamentos possíveis de ser observados e medidos. Skinner acrescentou a ele o conceito de reforço e recompensas, fazendo com que o sujeito se tornasse um agente ativo no processo de aprendizagem.
- Gestalt (cognitivismo): na Europa, é a tendência teórica mais ligada a Filosofia. De acordo com a Psicologia da Gestalt, a percepção depende da tendência humana de ver padrões de distinguir figuras de seu fundo e de completar imagens a partir de poucas pistas. Os gestaltista estavam preocupados em compreender quais processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade. A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria.
- Psicanálise: na Áustria, nasceu com o médico Sigmund Freud que a partir da prática médica, recuperou para a Psicologia a importância da afetividade postulando o inconsciente como objeto de estudo e quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.
Aparelho Psíquico Freudiano 
Id – reservatório da energia psíquica, onde se “localizam” as pulsões: de vida e de morte. 
Ego - sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id e as exigências da realidade e as “ordens” do superego. Procura dar conta dos interesses da pessoa. É regido pelo princípio de realidade, que com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico. 
Superego – A moral, os ideais são funções do superego. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais. 
Psicologia e a Fisioterapia 
	 A psicologia se aplica a todas as especialidades da Fisioterapia. O homem é um ser biopsicossocial e qualquer alteração em uma dessas unidades irá alterar as outras; é necessário levar em conta a unidade humana sabendo que não se pode separar a psique e o soma. Para que se obtenha um bom resultado do tratamento, é necessário conhecer o indivíduo como um todo, sabendo que as alterações ao nível do corpo e dos processos mentais ocorrem em termos fisiológicos ou funcionais, simultaneamente.
	O fisioterapeuta precisa saber como os fatores psicológicos estão interferindo na doença e no tratamento do sujeito. Os conhecimentos sobre psicologia propiciam ao fisioterapeuta um melhor e completo atendimento ao paciente e do que ele apresenta, aprendendo também que existem distúrbios psicogênicos, que interferem e agravam determinadas doenças e sintomas, além das doenças psicossomáticas.
Referências: 
MORRIS, C.G. & MAISTRO, A.A. Introdução à Psicologia. 6ª Ed. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2003. Cap.1 
BOCK, A.M.B.; FURTADO,O.; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias uma introdução ao estudo da psicologia. 9ªed. São Paulo: Saraiva, 1996. Cap.2

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