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VIOLÊNCIA CONTRA MULHER - SLIDES

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VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
Seminário de Criminologia. 
Professor Vinicius D’Andrea de Medeiros.
13/04/2016
Caroline Osório, Gabriela Lemen, Katiélle Zacher, Nataniele Nunes e Nathalia Konzen da Silva. 
SIMONE DE BEAUVOIR
 Ninguém nasce mulher, torna-se mulher (BEAUVOIR, 1967, p. 9).
 Esta brilhante mulher foi um expoente do feminismo, seu livro foi impactante na vida de diversas mulheres, com ideias inovadoras sobre a criação feminina através da cultura em que estamos inseridos. 
 Beauvoir desmente a teoria de que o homem seria dominante por natureza sobre a mulher, e que sim ele se empunha sobre a mesma quando tratava de provir os benefícios para a família. 
 Nesse sentindo, as mulheres que não podiam ser iguais a eles, punham-se a servi-los. 
 Simone de Beauvoir foi uma socióloga francesa que nasceu em nove de janeiro de 1908, e veio a falecer em 14 de abril de 1986.
Ideias de BEAUVOIR persistem 
 Simone de Beauvoir propunha a libertação feminina, a ideia de que todos seriam iguais. Nesse sentido, o erro se estabelece na criação intelectual do ser, o homem age como “alfa” pois assim é criado para crer que seria. Já a mulher age como submissa porque, de mesmo modo, a sociedade impôs sobre ela a ideia de inferioridade. 
 A natureza é utilizada como explicação masculina para ser o dominante, no entanto, estudos como de Simone, provam que em nada esta influencia. No entanto o único aspecto natural visível que diferencia o homem da mulher, o órgão sexual, já na infância apresenta relevância. Um exemplo é a menina sentir vergonha em se agachar para mijar em publico, e o menino além de poder mijar em pé possui o pênis, visto como uma espécie de brinquedo natural (BEAUVOIR, pág. 13). 
 
A CULTURA PATRIARCALISTA
 ‘O termo Patriarcalismo é oriundo de Patriarcado, que, por sua vez, tem origem na palavra grega pater. A primeira vez que o termo foi usado com conotação de preponderância do homem na organização social foi pelos hebreus com o propósito de qualificação do líder de uma sociedade judaica. Mas o grego helenístico também já fazia menção ao termo, pois as mulheres eram concebidas como objetos de satisfação masculina e, consequentemente, julgadas como inferiores’ (JUNIOR, INFO ESCOLA, sem ano, pág. 1).
 Diversos já foram os debates que sustentam esta ideia, sobretudo no Brasil, a Secretária da Mulher no Distrito Federal promoveu um seminário sobre o assunto em 21 de março de 2010, onde defendeu-se a ideia de que o grande erro que permite a permanência do patriarcalismo na sociedade atual é, como dizia também Simone de Beauvoir, o modo de criação que submetem-se as crianças. 
 
 Um grande exemplo é os brinquedos que são definidos como para meninas ou para meninos, cores que homens não deveriam usar, diferença entre os sexos na hora de fazer amigos: pais proíbem as meninas de ter amizades com meninos na infância, etc. 
 A conscientização dos país é a melhor opção para dar a criança a liberdade de escolha, toda criança tem direito a brincar com todos tipos de brinquedo, o que lhe agradar. Afinal, na sociedade atual, tanto a mulher com o homem podem ser o que quiser, como sempre deveria de ter sido.
O QUE É VIOLENCIA CONTRA MULHER? 
 Segundo a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA (Organização dos Estados Americanos) em 1994, a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na privada”. 
(LIMA, 2012, pág. 1).
NÃO É SÓ A VIOLENCIA FISICA QUE MACHUCA
 Muito enganado esta, aquele que acredita que a única violência que machuca uma mulher é a física, outros modelos que também persistem na sociedade de tratamento a mulheres também machucam as mesmas: 
ASSÉDIO SEXUAL Comentários com apelos sexuais indesejados / Cantada ofensiva / Abordagem agressiva 
COERÇÃO Ingestão forçada de bebida alcoólica e / ou drogas / Ser drogada sem conhecimento / Ser forçada a participar em atividades degradantes (como leilões e desfiles) 
DESQUALIFICAÇÃO INTELECTUAL Desqualificação ou piadas ofensivas, ambos por ser mulher 
AGRESSÃO MORAL/PSICOLÓGICA Humilhação por professores e alunos / Ofensa / Xingada por rejeitar investida / Músicas ofensivas cantadas por torcidas acadêmicas / Imagens repassadas sem autorização / Rankings (beleza, sexuais e outros) sem autorização.
VIOLÊNCIA SEXUAL Estupro / Tentativa de abuso enquanto sob efeito de álcool / Ser tocada sem consentimento / Ser forçada a beijar veterano.
VIOLÊNCIA FÍSICA Sofrer agressão física (INSTITUTO AVON/DATA POPULAR, s/a, pág. 7). 
Link com a pesquisa onde pode ser encontrado o gráfico: 
http://www.compromissoeatitude.org.br/central-de-atendimento-a-mulher-ligue-180-registrou-485-mil-ligacoes-em-2014-spm-06032015
 ASSÉDIO SEXUAL COERÇÃO 
 O crime de assédio sexual consiste no fato de o agente “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função” (MAGGIO, 2015, página 1).
 Muito comum entro os jovens de hoje, principalmente universitários, o consumo excessivo de drogas licitas e ilícitas. E alguns casos, principalmente para as mulheres, ingerir ou não as mesma torna-se algo sem opção, onde os homens que pretendem abusar das mesmas as drogam para poderem abusa-las sexualmente e até mesmo psicologicamente eu distribuírem fotos e vídeos das mesmas. 
 DESQUALIFICAÇÃO INTELECTUAL 
 Ainda há quem acredite que exista diferença entre o cérebro masculino e o feminino. Dessa forma, sobretudo homens, buscam maneiras de fazer com que as mulheres sintam-se inferiores a eles intelectualmente, pois são eles a maioria no mercado de trabalho em carreiras de cursos como MEDICINA e DIREITO. 
AGRESSÃO PSICOLÓGICA
 Segundo a ORGANIZAÇÃO MUNDIA DA SAUDE qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularizarão, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação (MARTINELLI, 2014, pág. 1).
ONDE OCORRE A VIOLENCIA
 Segundo o instituto Avon de pesquisa, a violência, principalmente quando se trata das comentadas anteriormente, ocorre no ambiente universitário.
Uma pesquisa feita com 1.823 universitários de todo país, entre eles 60% mulheres, relata que: 
Violência
Meninasque admitem terem sofrido violência
Homensque admitem terem praticado violência
Psicológica/Física
67%
38%
 A maioria da violência física sofrida pelas mulheres ocorre dentro de casa, no entanto há em todos lugares. 
 Bastante comum é uma mulher passar em uma rua onde há construção de algum edifício/casa e ser assediada por homens que trabalham na obra.
VIOLÊNCIA SEXUAL
 Muitas mulheres tem medo de andar sozinhas na rua, a violência, sobretudo a sexual é muito mais comum e enraizada na história mundial do que se imagina. Na idade média, estupros, até mesmo coletivos, eram permitidos, havia até quem dava conselhos de como efetuar o ato, como fazer a mulher sentir mais dor, etc. (LINS, 2014, pág. 1 ). Com uma percepção machista da sociedade, os homens se encontram no direito de abusar de mulheres, é muito comum ouvir vitimas de 
agressão física, comentarem que seus companheiros também as agrediram sexualmente. 
“O estupro não é um ato sexual. É um ataque. Trata-se de vencer, de conseguir um objeto – e a mulher é objetificada neste caso. Trata-se de poder. E há também pessoas que sentem prazer com isso.”
Sahika Yuksel, psiquiatra que estudou a mente de um estuprador.
INDICE DE VIOLENCIA
SEXUAL CONTRA MULHERES
Link com a pesquisa onde pode ser encontrado o gráfico: 
http://combateviolenciaracial.blogspot.com.br/2011/07/dados-sobre-violencia-contra-mulher-no.html
A VITIMA PROVOCANTE
A maior justificativa encontrada pelos abusadores, e até mesmo pela sociedade em geral, quando uma menina é abusada e estava usando uma roupa curta. 
Segundo a Criminologia, este modelo de vitima, imprudentemente estaria colaborando para a conduta do agente (ideias da década de 1950, Vitimologia). 
VIOLENCIA FÍSICA
Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006 são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
 Mesmo sedo proibido por lei, a violência física é uma prática recorrente no Brasil e no mundo, entre algumas das vitimas estão as mulheres. Geralmente o agressor é um familiar, ademais 90% dos agressores são homens, que podem ser: cônjuge, pai, irmão, tio, etc. pesquisas mostram que homens que tem contato com a vitima, e sobretudo com sua família, são os principais criminosos, pois 44% dos crimes acontecem dentro das casas das vitimas
 Alguns dos fatores que agregam a violência contra mulher dentro de casa são o álcool, drogas ilegais e ciúmes, mas, a raiz de tudo esta na maneira como a sociedade diferencia os papeis masculinos e femininos dando mais valor ao homem (LIMA, 2012, pág. 1).
 Estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde, mostram também que os países em desenvolvimento, tendem a violentar mais suas mulheres, sobretudo na zona rural, como mostra o gráfico: 
Link para acessar a pesquisa que contem o gráfico: 
http://www.compromissoeatitude.org.br/alguns-numeros-sobre-aviolencia-contra-as-mulheres-no-mundo/
POR QUE A VIOLÊCIA CONTRA MULHERES OCORRE? 
 Segundo GERHARD, as mulheres em diversas culturas, deveriam ser submissas, servas e obedientes aos homens. Sendo assim, passando de geração em geração, o papel social das mulheres no lar, onde deveriam realizar todas as tarefas domésticas, educar os filhos e reproduzir. Com a evolução das mulheres na sociedade e sua inserção no mercado de trabalho, provocou uma certa ira em seus cônjuges/companheiros, que se apoiam na ideia que o lugar de mulher é em casa. Geralmente, o agressor busca destruir a autoestima da vitima, fazendo com que a vitima se submeta a sua vontade, para domina-la o agressor isola a vitima do mundo exterior, e afasta-a da suas famílias e amigos. Muitas mulheres não denunciam os agressores por não terem condições de sustentar a si e aos filhos. 
PEGAR FONTE COM A GABI 
 Muitos homens acreditam que ser o “chefe da família” os permite agredir de diversas formas tanto seus filhos quanto esposa. Isso decorre da antiguidade, em Roma o homem tinha o direito de agredir, vender, enfim, tratar como objeto sua família porque eles o pertenciam segundo o Estado desse mesmo modo. 
 Um exemplo disso é o relato, divulgado em sala de aula pelo professor Everton José Helfer de Borba, que contou que um homem em julgamento foi condenado por assalto, entre outros crimes, e o promotor ao relatar que ele havia agredido uma mulher, ele defendeu-se dizendo: “mas doutor, não há problemas, era a MINHA mulher.” 
ASSASSINATO DE MULHERES E DIREITOS HUMANOS: LINHA CRONOLÓGICA DO SÉCULO XX NO BRASIL
OBS: as informações a seguir foram retiradas do livro ASSASSINATO DE MULHERES E DIREITOS HUMANOS e são de crédito da autora Eva Alterman Blay.
Site com a pesquisa não localizado, fonte criadora do gráfico ao lado direito da imagem. 
 Entre os anos 1920 e 1930, cresceu a tendência de absolver os assassinos de mulheres. Advogados argumentavam que as mulheres mereciam morrer por serem adulteras, descumpridoras de seus deveres domésticos e porque queria se separar de seus maridos. A justificativa era, na maioria das vezes, “matei por amor” ou então “matei em legitima defesa da honra”. Estes argumentos eram aceitos pois ainda a mulher era vista de forma objetificada pelo homem, como um pertence de sua posse. A mensagem passada na época, era que crimes passionais, cometidos sob forte emoção não deveriam ser condenados. A punição ou não, dependia apenas da boa articulação do advogado. Nessa mesma linha de raciocínio, entendia-se que a vítima era a autora da própria morte, surgiria mais tarde, na década de 1950, a então ideia de Vitimologia. A mídia da época, noticiava os homicídios, e durante a abordagem, deixava exposto o preconceito contra o sexo feminino. O homem que matava por ciúmes incontrolável normalmente era absolvido, pois o “incontrolável” era aceito pela justiça e pela mídia. Já se a mulher cometia algum crime, ela era, má, vingativa, ciumenta, fria e calculista
 Em 1979 surgiu um movimento feminista, em função do julgamento do caso de Ângela Diniz, que não admitia mais que se matasse por amor, ou para defender a honra do homem. Esse movimento, usava como lema “quem ama não mata”. Teve grande repercussão, principalmente na imprensa. Esse acontecimento, marcou o inicio de mudança na forma como as mulheres eram tratadas. Apesar disso, até a década de 80, ainda culpavam a mulher pelo estupro. De vitima, ela passava a ser autora do crime, com argumentos do tipo “usava saia curta”, “ela parecia oferecida” “a calça estava muito justa”. O movimento feminista rebatia, afirmando que estupravam crianças, bebes, mulheres idosas, religiosas, entre outras.
 A partir de 1985, com a criação da Delegacia da Defesa da Mulher, o quadro teve um avanço mais significativo, pois mais mulheres passaram a procurar as delegadas, e as revelações começaram a ter um publicidade maior. A crueldade relatada pelas vítimas, fizeram com que estes tipos de crime, fossem os mais repudiados pela sociedade pós -1990
 Em 1988 o movimento de mulheres que buscava igualdade de gênero, entregou a carta das Mulheres Brasileiras aos Constituintes, que indicava as demandas do movimento feminista e de mulheres. A Carta Magna de 1988 incorporou no Artigo 5°, I: “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”. E no Artigo 226, Parágrafo 5°: “Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos pelo homem e pela mulher”. Esses dois artigos garantiram a condição de equidade de gênero, bem como a proteção dos direitos humanos das mulheres pela primeira vez na República brasileira (PORTAL BRASIL, 2013, pág. 1).
 Segundo BLAY, na década de 1990, o assassinato de mulheres no mundos aumentou mais de 30%, isto decorre dos movimentos feministas: mulheres procuravam emprego e independência, para os homens competir com as mesmas no mercado de trabalho era algo injusto, pois elas, segundo os mesmos, eram inferiores, portanto, indignas as mesmas condições de trabalho. 
 Com a independência feminina vem a consciência, as mulheres percebem que podem ser livres, não dependem de nenhum homem e passam a se divorciar, a trair , etc. práticas antes só cometidas pelos mesmos, que causa revolta em 2000 a dupla Tonico e Tinoco lança a música Cabocla Teresa, que retrata a situação de quando o homem usa como justificativa para o homicídio, o fato de a mulher não querer mais ser sua esposa, e gostar de outro homem. Para o assassino, não confere a felicidade da mulher, para ele, o que conta é sua própria felicidade. O sentido da canção se explica que se a mulher, para realizar seus próprios desejos, contradiz o companheiro, ela paga com a vida. Além disso, essa música destaca a persistência da legitimidade da dominação masculina nas relações sociais de gênero
No inicio dos anos 2000 os noticiários relatavam a revolta da sociedade que, agredia ou tentava, linchar agressores de mulheres e estupradores, sobretudo de crianças. Se a policia não chegava a tempo, eram mortos pela população. E quando o estuprador era preso, era estuprado na cadeia. O repudio desses tipos de casos, facilitava para que as vitima denunciasse. A população pedia, que para esses tipos de crime a pena fosse mais
severa, mas enquanto isso não acontecia, “a justiça seria feita com as próprias mãos”.
Vídeo: diga não a violência: 
https://www.youtube.com/watch?v=_ntJgSTV7DU
 
QUEM É MARIA DA PENHA?
 Em busca da condenação de seu marido, que comentou inúmeras agressões físicas e psicológicas contra a mesma, sem contar duas tentativas de homicídio, Maria da Penha Maia Fernandes ficou conhecida ao ter uma lei sancionada pelo presidente da época, Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu seu nome. Maria é formada em Farmácia e Bioquímica, e foi no final da sua pós-graduação que conheceu seu esposo. 
 Casou-se, e tiveram juntos três filhas, após o nascimento da segunda que Maria afirma que percebeu o marido mudar na forma de trata-la. Foi então que as agressões iniciaram-se, e continuaram a suceder-se até que em maio de 1983 o companheiro a acerta com um tiro de espingarda que a deixa paraplégica. O mesmo declara aos investigadores que ocorrera um assalto e os bandidos que acertaram sua esposa, ele não vai preso. Após 4 meses de recuperação hospitalar, Maria retorna a sua residência onde seu marido tenta mata-la, novamente, desta vez o homem tenta eletrocuta-la durante o banho. Após este atentado os investigadores apontaram Marcos Viveros como autor dos crimes contra a própria companheira, mas, ele não paga por seus crimes. 
 Sob proteção judicial Maria deixa sua casa, e inicia o processo para denunciar seu agressor. Em 1991, Viveros foi condenado, mas, conseguiu ser liberto logo em seguida. Maria publica então um livro intitulado SOBREVIVI ... POSSO CONTAR em 1994 para relatar as agressões que ela e suas filhas sofreram. Através do livro Maria conseguiu contato com entidades internacionais, em 1998 a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos enviou uma petição aos Estado Brasileiro pela impunidade que estava ocorrendo neste caso. Em 2001 a Comissão Internacional de Direitos Humanos responsabilizou o Estado Brasileiro por negligencia ao abuso de mulheres. Assim em 2002 o ex-marido de Maria da Penha foi preso, e o caso desta mulher entrou para a lista da ONU de dez casos que influenciaram a vida de milhares de mulheres (COMPROMISSO E ATITUDE, 2012, pág. 1).
 
MARIA DA PENHA MAIA FERNANDES
LEI MARIA DA PENHA
 LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006, sancionada pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. 
“Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.”
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
O PAPEL DE PREVENÇÃO DA CRIMINOLOGIA
“as políticas específicas para o trato do problema são abertas, permitindo não só adequações necessárias, mas, igualmente, o estabelecimento de metas. O tema, contudo, é complexo e não se fica na perspectivação de gênero, raça ou etnia: muitos outros fatores aderem ao universo fenomênico, incluindo os de ordem econômica e social. Escudero Moratalla, refere a propósito ‘[...] diversas circunstâncias que incidem tanto sobre o surgimento como sobre a configuração da conduta violenta. Fatores genéticos, sociais, educacionais, culturais e psicológicos, mesclados e inter-relacionados, determinam de modo parcial, fragmentário e complementário os comportamentos violentos[...]’”
 Isaac Guimarães, citando o jurista espanhol Escudero Moratalla.
Conclui-se por então, que a criminologia seria a forma de analisar o fenômeno social e através da educação combater a violência, pois deve-se mudar a ideia de conduta machista enraizada na sociedade para obter-se uma sociedade igualitária e justa. 
Link vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_ntJgSTV7DU
Bibliografia (sites). 
SCHILLING, Voltaire. Conheça a Vida da Filósofa Simone de Beauvoir. Disponível em: < http://noticias.terra.com.br/educacao/historia/conheca-a-historia-de-simone-de-beauvoir,48a26c5cefe0d00572b1eed7ef7e240dt6a91osm.html >. Acesso em 3/04/2016, 17:30. 
ATITUDE, Compromisso e. Dados Nacionais sobre Violência Contra Mulheres. Disponível em: < http://www.compromissoeatitude.org.br/dados-nacionais-sobre-violencia-contra-a-mulher/ >. Acesso em 04/04/2016, 12:03. 
LIMA, Gerlane. 20 perguntas sobre a Lei Maria da Penha. Disponível em: < http://www.nominuto.com/mobile/noticias/cidades/20-perguntas-sobre-a-lei-maria-da-penha/82736/ >. Acesso em 04/04/2016, 12:05. 
JUNIOR, Antônio Gasparetto. Patriarcalismo. Disponível em: < http://www.infoescola.com/sociedade/patriarcalismo/ >. Acesso em 04/04/2016, 13:17. 
AVON, Instituto/Data. Violência Contra Mulher em Ambiente Universitário. Disponível em: < http://ced.ufsc.br/files/2015/12/Pesquisa-Instituto-Avon_.pdf >. Acesso em 04/04/2016, 15:48. 
ATITUDE, Compromisso e. Quem é Maria da Penha Maia Fernandes. Disponivel em: < http://www.compromissoeatitude.org.br/quem-e-maria-da-penha-maia-fernandes/ >. Acesso em: 06/04/2016, 13:14. 
JEOVÁ, Testemunhas de. Como Reagir ao Assédio Sexual?. Disponível em: < https://www.jw.org/pt/ensinos-biblicos/familia/adolescentes/perguntam/assedio-sexual/ >. Acesso em 06/06/2016, 13:50. 
MAGGIO, Vicente de Paula Rodrigues. O crime de Assédio Sexual. Disponível em: < http://vicentemaggio.jusbrasil.com.br/artigos/121942480/o-crime-de-assedio-sexual >. Acesso em 06/06/2016, 13:53. 
CAMARGO, Giovana. Precisamos Falar Além do Medo. Disponível em: < http://planofeminino.com.br/precisamos-falar-alem-do-medo/ >. Acesso em 06/06/2016, 14:23
MARTINELLI, Andréa. Violência Psicológica é a forma mais Subjetiva de agressão contra Mulher, saiba como identificar. Disponível em: < http://www.brasilpost.com.br/2014/11/25/violencia-psicologica_n_6214298.html >. Acesso em 06/06/2014, 14:30. 
ABAKAN, Ayca. Psiquiatra explica como funciona a mente de um estuprador. Disponível em: < http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/190217_gch_mente_estuprador_aa_cc >. Acesso em 06/04/2016, 14:53. 
LINS, Regina Navarro. Violência Sexual contra Mulher. Disponível em: < http://reginanavarro.blogosfera.uol.com.br/2014/08/02/violencia-sexual-contra-a-mulher/ >. Acesso em 06/04/2016, 14:54. 
SCHRAIBER, Lilia Blima. Violência contra mulher: estudo em uma unidade de atenção primaria a saúde. Disponível em: < http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v36n4/11766 >. Acesso em 06/04/2016, 16:12. 
BRASIL, Portal. Constituição de 1988 é um marco na proteção ás mulheres. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2013/10/constituicao-de-1988-e-marco-na-protecao-as-mulheres >. Acesso em 06/06/2016, 16:40. 
SILVA, Athila Bezerra da. Infanticídio no Direito Penal Brasileiro. Disponível em: < http://athilabezerra.jusbrasil.com.br/artigos/111884551/infanticidio-no-direito-penal-brasileiro >. Acesso em 06/06/2016, 17:04. 
MOSCOVITS, Levy. Considerações sobre estudos criminológicos relativos a violência domestica sob a ótica da Lei Maria da Penha. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/29583/consideracoes-sobre-estudos-criminologicos-relativos-a-violencia-domestica-sob-a-otica-da-lei-maria-da-penha >. Acesso em 06/06/2016, 17:41. 
Bibliografia (livros). 
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo: a Experiência vivida. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. 
BLAY, Eva Alterman. Assassinato de Mulheres e Direitos Humanos. 34 ed. LOCAL ONDE FOI POSTADO. 2008. 
FONTOURA, Pedro Rui da. Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 2 ed. Porto Alegre. 2012.

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