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___________________________________________________________________________________ Av.Paulista, nº 341 – sala 04 – Consolação– São Paulo/SP CEP.: 070.123-456 – Tel./Fax.: (11) 2424.1234 / 2424.4321 _________________________________________________________________________ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SANTOS NO ESTADO DE SÃO PAULO. Aurélia, brasileira, solteira, estagiária, portadora da carteira de identidade RG n° xx.xxx.xxx-xx e inscrita no CPF sob n° xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliada na Rua Bataguassu, nº 123, bairro Flóripa, CEP 071234-000, Santos, estado de São Paulo, por seus advogados que esta subscreve, constituídos na forma do incluso instrumento de mandato, vêm, a presença de Vossa Excelência, propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO PARA REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS contra, causados em acidente de veículo de via terrestre, com fulcro nos artigos 186, 927 e 932, III do Código Civil, em desfavor da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, pessoa jurídica de direito público, CNPJ nº xxxxxx, com sede na Rua CEL Antonino , nº5.612, em São Paulo/SP, na pessoa de seu representante legal, pelos fatos a seguir expostos: ___________________________________________________________________________________ Av.Paulista, nº 341 – sala 04 – Consolação– São Paulo/SP CEP.: 070.123-456 – Tel./Fax.: (11) 2424.1234 / 2424.4321 DOS FATOS No dia 13 de Outubro do ano de 2013, por volta das 10h45min, a autora trafegava com seu veículo Chevrolet Ônix, ano 2014, cor azul, pela Av. Paulista, na cidade de São Paulo, quando o policial militar Soldado Gilberto, condutor da Viatura da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sem a devida cautela e com manifesta imprudência, colidiu com o carro da mesma, atirando seu carro contra um poste. Em razão do acidente, o veículo da Autora teve perda total, não podendo ser recuperado, conforme laudo acostado (doc. 3). Além disso, a Autora ficou hospitalizada pelo prazo de 20 (vinte) dias, como demonstra o atestado médico incluso (doc. 4), ocasionando o abandono do estágio profissional que fazia em escritório de Advocacia onde seria aproveitada como advogada e acabou perdendo o Exame de Ordem, exatamente porque, na data de sua realização, estava hospitalizada. Não obstante do dano material anteriormente mencionado, a Autora teve de ser hospitalizada devido as graves lesões corporais que resultaram em 2 (duas) cirurgias corretivas no joelho, sendo necessária, ainda, uma terceira, que se realizará no próximo mês ,como demonstra o laudo médico juntado (doc. 5) . Assim, nada mais justo, venha a Autora requerer judicialmente uma reparação por tal fato. DO DIREITO Em razão dos fatos anteriormente narrados, podemos concluir que a Autora tem direito de ser totalmente indenizada pelos prejuízos que sofreu em decorrência da total imprudência dita. ___________________________________________________________________________________ Av.Paulista, nº 341 – sala 04 – Consolação– São Paulo/SP CEP.: 070.123-456 – Tel./Fax.: (11) 2424.1234 / 2424.4321 Em nosso direito é certa e pacífica a tese de que quando alguém viola um direito de outrem, juridicamente protegido, fica obrigado a reparar o dano daí decorrente. Basta adentrar na esfera jurídica alheia, para que venha certa a responsabilidade civil. Segundo prescreve o art. 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Não há dúvidas que no caso em questão o dano causado a autora se revestiu de imprudência e negligência, uma vez que o condutor do veículo, em desobediência às leis de trânsito, ao conduzir seu veículo, não teve a atenção necessária e, sem justo motivo, colidiu seu automóvel contra a lateral esquerda do veículo do autora jogando-a em um poste. Também preceitua o art. 927 do Código Civil: “Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Quanto à obrigação de reparar o dano pela colisão o soldado Gilberto em questão estava alta velocidade em via urbana, a responsabilidade é atribuída à empresa jurídica demandada por força do art. 932, inciso III que assim prescreve: “Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.” Assim, de acordo com as normas positivadas em nosso ordenamento jurídico, o dano causado à autora é proveniente de ato ilícito, gerando a obrigação de reparar e indenizar. No mesmo sentido, diz a jurisprudência: CIVIL – ACIDENTE DE TRÂNSITO – COLISÃO DE VEÍCULOS – REPARAÇÃO DE DANOS – ECT – 1- A responsabilidade resultante do art. 159 do Código Civil pressupõe a existência do comportamento do agente, do dano, da relação de causalidade e da culpa ou dolo. Preenchidos tais requisitos, impõe-se a observância da seguinte regra: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano". 2 - Com efeito, como acima explicitado, a Responsabilidade subjetiva tem como requisitos a conduta, o dano, o nexo causal e a culpa. A partir do momento em que alguém, mediante conduta ___________________________________________________________________________________ Av.Paulista, nº 341 – sala 04 – Consolação– São Paulo/SP CEP.: 070.123-456 – Tel./Fax.: (11) 2424.1234 / 2424.4321 culposa, viola direito de outrem e causa-lhe dano, está diante de um ato ilícito, e deste ato deflui o inexorável dever de indenizar. Assim, configurado o nexo causal entre o dano e a culpa, é devida a indenização. In casu, o dever de indenizar surgiu com a conduta culposa da Ré, que agiu de forma imprudente que é a falta de cautela ou cuidado por conduta comissiva, positiva, por ação. Com efeito, foi exatamente o ocorrido quando da colisão, a falta de cuidado da Ré ao adentrar em uma a pista do lado oposto, sem observar as condições de tráfego do local, ou seja, sem a prudência de olhar se viria outro carro no sentido contrário. Deste modo, encontra-se presente, portanto, o requisito imprescindível para caracterizar a responsabilidade prevista no art. 159 do CC. 3 - Apesar da tentativa da apelante em rechaçar o depoimento prestado por José Ricardo Rodrigues, foi o que formou o convencimento do juízo para o deslinde da causa 4 - Recurso conhecido, porém desprovido. (TRF 2ª R. – AC 93.02.14728-2 – 6ª T. – Rel. Des. Fed. Poul Erik Dyrlund – DJU 04.12.2003 – p. 238) JCCB.159 Com base na disposição legal supra, bem como na jurisprudência citada, o réu tem a obrigação de indenizar o autor pelos danos causados por seu empregado. Quanto à responsabilização da pessoa jurídica demandada, além do que dispõe o art. 932, II do Código Civil, a jurisprudência também é unânime: “DIREITO CIVIL – RESPONSABILIDADE CIVIL EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTE DE VEÍCULO –CULPA DO PREPOSTO DE EMPRESA DE ENTREGA ATRAVÉS DE MOTOCICLETA – ART. 83, III, DO CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO – ELEMENTOS DE PROVA – 1 - Os elementos de prova constantes dos autos demonstram a presença dos pressupostos da responsabilidade civil relativamente à empresa de entregarápida de documentos e mercadorias por intermédio de motocicleta, empregadora do motorista do veículo que causou o acidente de trânsito noticiado nos autos. 2 - Os documentos apresentados, com fotografias esclarecedoras e croqui do local, aliados às circunstâncias em que ocorreu o acidente, são demonstrativos da culpa do motorista da motocicleta, a ensejar o reconhecimento da responsabilidade civil do empregador. 3 - Ação, dano e nexo de causalidade comprovados pela prova existente nos autos relativamente à responsabilidade civil da pessoa jurídica empregadora. Aplicação do disposto no art. 1.521, do Código Civil. 4 - Apelação conhecida e provida, com a reforma da sentença. (TRF 2ª R. – AC 1999.02.01.038641-8 – 5ª T. – Rel. Juiz Fed. Conv. Guilherme Calmon Nogueira da Gama – DJU 04.09.2003 – p. 153) JCCB.1521” ___________________________________________________________________________________ Av.Paulista, nº 341 – sala 04 – Consolação– São Paulo/SP CEP.: 070.123-456 – Tel./Fax.: (11) 2424.1234 / 2424.4321 No mesmo sentido: “RESPONSABILIDADE CIVIL – ACIDENTEDE TRÂNSITO - COLISÃO DE VEÍCULOS EM RODOVIA ESTADUAL - VÍTIMA FATAL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS -DEMONSTRADA CULPABILIDADE DO MOTORISTA – RESPONSABILIDADE CONSEQÜENTE DO PROPRIETÁRIO SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA COM TRÂNSITO EM JULGADO. INDENIZAÇÃO DEVIDA. Comprovada a culpa do condutor do caminhão de propriedade da empresa empregadora pelo acidente de trânsito ocorrido, que resultou na morte do cônjuge e pai das autoras, de rigor sua responsabilidade pelos prejuízos causados em decorrência do ato culposo. VEÍCULO - PROPRIEDADE – A compra e venda de caminhão não prevalece contra terceiros, de boa fé, se o contrato não foi transcrito no Registro de Títulos e Documentos, nos estritos termos da Súmula n°. 489 do Supremo Tribunal Federal, DANO MORAL - A indenização por dano moral estabelecida no artigo 5o, X, da CF, deve ser fixada segundo uma prudente estimativa, sopesando a dor da vítima, o caráter afetivo e o grau da culpa. RESPONSABILIDADE DA DENUNCIADA À LIDE - Comprovada a transferência inequívoca do Veículo causador do dano anteriormente a data do sinistro à empresa denunciada, resta demonstrada a obrigação desta em assegurar o resultado da demanda indenizatória, sendo de rigor o acolhimento da lide secundária. RECURSO PROVIDO. (TJSP – APC 992051376848, 27ª CDP, Rel. Emanuel Oliveira DJE).” Tendo em vista o amparo legal, bem como os fatos narrados, verifica-se a legitimidade das partes, a possibilidade jurídica e a necessidade do pedido. DO PEDIDO Posto isso, requer a Vossa Excelência: a) condenação da Ré ao pagamento dos danos materiais experimentos pela à Autora, no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), compreendendo a indenização pelo veículo deteriorado. b) condenação da Ré ao pagamento de indenização por danos morais e danos estéticos sofridos pela Autora R$60.000,00 (sessenta mil reais), e pelas despesas médicas até a presente ___________________________________________________________________________________ Av.Paulista, nº 341 – sala 04 – Consolação– São Paulo/SP CEP.: 070.123-456 – Tel./Fax.: (11) 2424.1234 / 2424.4321 data, bem como ao pagamento do tratamento prescrito à Autora, cujo valor será apurado em liquidação; c) condenação da Ré ao pagamento de Lucros cessantes pela perda do estágio e exame da ordem, (R$ 7.000,00); d) condenação da Ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do Código de Processo Civil; e)E a citação do representante legal da pessoa jurídica que figura no pólo passivo para, querendo, no prazo legal, contestar a ação; DAS PROVAS Pretende-se provar por todos os meios de prova permitidos no direito, tais como depoimento do frentista do posto de gasolina proxímo, prova testemunhal e outras que se fizerem necessárias à comprovação do alegado. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais). Termos em que, Pede e aguarda deferimento. Campo Grande, 16 de outubro de 2013. Geiziel Nunes Rodrigues Roberto Cieslak Filho OAB/MS XXXX-B OAB/MS XXXXX-MS
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