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UNIVERSIDADE ESTACIO-FAP
PROFESSORA: MARIA ALIDA SOARES VAN DEN BERG DISCIPLINA: PRATICA SIMULADA CIVEL
RENAN MARCELO DOS SANTOS NAZARE MATRICULA: 201903030269
1. Qual é a medida judicial cabível para atender o direito de Roberto? AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E DANOS MATERIAIS
2. Elabore a peça processual para a defesa do direito de Roberto, considerando os requisitos previstos no CPC
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUÍZ (A) DE DIREITO DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE BELEM/PA
ROBERTO, brasileiro, técnico em informatica, inscrito no CPF sob o nº XXXXXX, RG XXXXX, domiciliado à Rua, xxxxxxx, Belem-PA, CEP XXXXX-XXX, neste ato representado pelo seu advogado que a esta subscreve, devidamente constituído, procuração anexa, endereço profissional à Rua, na cidade de Belem – PA, vêm, perante Vossa Excelência, com o devido respeito e vênia, embasando-se nos arts. 186 e 927 do Código Civil e art. 319 do CPC, e demais dispositivos aplicáveis propor a presente:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E DANOS MATERIAIS
em face de RODRIGO, brasileira, inscrita no CPF sob o nºXXXXX , RG XXXXXX, domiciliada à Rua, Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP e MARIA ISABEL, brasileiro, domiciliado à Rua, XXXXX, BELEM, CEP XXXXXX , pelos fatos e fundamentos a serem expostos.
1.	DOS FATOS
No dia 02 de MARÇO de 2021, o veículo pertencente ao autor um PALIO de cor PRATA e MARCA FIAT estava TRAFEGANDO PELA Av. Visconde de Souza Franco A 40K/H, nesta cidade, quando ao cruzar com a Rua João Balbi, foi abalroado na lateral direita, pelo veículo Ka, branco, da marca Ford, conduzido por Rodrigo, que não atentando para a sinalização que advertia aos condutores da Rua João Balbi que a preferência é para quem trafega pela Av. Visconde de Souza Franco, avançou de forma imprudente, causando sérios danos a Roberto.
Roberto sofreu ainda escoriações em diversas partes do corpo, tendo sido atendido pelo Pronto Socorro Municipal e gasto com medicamentos o valor equivalente a R$720,00.
ROBERTO no momento do acidente o condutor do Ka, branco que atende pelo nome de RODRIGO, tomou conhecimento que Rodrigo apenas era o condutor e o veículo pertencia à Maria Isabel, amiga de Rodrigo, domiciliada em Barcarena.
Posteriormente após serem realizados os concertos no veículo de Roberto, em razão do impacto, teve danificadas as duas portas laterais direitas, coluna central, longarina lado direito e lateral traseira direita, tendo sido apresentado três orçamentos de oficinas idôneas, no valor total, incluindo peças de reposição e mão de obra, de R$7.250,00; R$8.170,00 e R$7.380,00, respectivamente pelas oficinas J. Melo, P. Santos e O. Correa. Optando Roberto pelo orçamento da oficina J. Melo, que apresentou o menor valor.
Após o corrido o autor entrou em contato com MARIA IZABEL proprietária do veiculo que se negou a fazer qualquer acordo, alegando que não tinha qualquer responsabilidade pelo acidente .
Diante disso, indignado, arcou com os reparos no veiculo que totalizaram R$ 7.250,00 (trezentos e setenta reais) e propõem a presente demanda, a fim de pleitear, indenização pelos danos causados.
Ademais, Roberto sofreu ainda escoriações em diversas partes do corpo, tendo sido atendido pelo Pronto Socorro Municipal e gasto com medicamentos o valor equivalente a R$720,00.
Ainda, Roberto, técnico de informática possui rendimento diário de R$200 teve que suspender seus serviços devido as lesões causadas pelo acidente e como conseqüência teve seu rendimento familiar afetado diretamente por 15 dias conforme atestado medico em anexo.
1. DO DIREITO
1.1 DA RESPONSABILIDADE SOLIDARIA ACIDENTE DE TRANSITO
É entendimento pacífico do Superior Tribunal de Justiça que o proprietário do veículo responderá, de forma solidária, na hipótese de acidente que traga prejuízos à vítima envolvida, ainda que o proprietário não seja o condutor e causador ou que sequer tenha presenciado o acidente.
0001075-38.2016.8.19.0025 - APELAÇÃO 1ª Ementa Des(a). LUIZ HENRIQUE OLIVEIRA MARQUES - Julgamento: 13/06/2018 - DÉCIMA
PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL EX DELICTO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. COLISÃO TRASEIRA. ART. 932, III, DO CÓDIGO CIVIL. PRESUNÇÃO JURIS TANTUM DE CULPA. DEVER DE OBSERVÂNCIA DA DISTÂNCIA DE SEGURANÇA TRASEIRA. ART. 29, II, DA LEI Nº 9503/97. DANO MATERIAL CONFIGURADO. AFASTADA A RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA 2º RÉ QUANTO AOS DANOS IMATERIAIS. LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DA SEGURADORA QUE NÃO TEM O CONDÃO DE SUSPENDER O CURSO DO
PROCESSO. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM DESACORDO COM OS PARÂMETROS ADOTADOS POR ESTA CORTE DE JUSTIÇA, E EM INOBSERVÂNCIA AOS CRITÉRIOS DA E AZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. REDUÇÃO QUE SE IMPÕE. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. RECURSOS A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO. RETIFICAÇÃO, DE OFÍCIO, DOS JUROS INCIDENTES SOBRE A VERBA COMPENSATÓRIA, PARA QUE PASSEM A FLUIR DA DATA DO EVENTO DANOSO. APLICAÇÃO DO VERBETE SUMULAR Nº 54 DO C. STJ.
Íntegra do Acordao - Data de Julgamento: 13/06/2018
================================================= 0010215-51.2008.8.19.0066 - APELAÇÃO 1ª Ementa
Des(a). PETERSON BARROSO SIMÃO - Julgamento: 13/06/2018 - TERCEIRA
CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL. ACIDENTE DE
TRÂNSITO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. Denunciação da lide à seguradora. Sentença de parcial procedência. Apelo da parte autora e da parte ré. Controvérsia em relação à ocorrência do dano moral e estético, aos valores arbitrados a tais títulos, bem como ao valor do pensionamento imposto. Colisão entre veículo e motocicleta. Depoimento testemunhal afastando a tese de culpa exclusiva da vítima. Incapacidade permanente parcial na proporção de 70% com amputação de membro inferior. Em se tratando de responsabilidade objetiva da ré, não há que se perquirir a existência de culpa para a sua responsabilização, sendo certo que tal responsabilidade somente poderia ser afastada por uma das causas excludentes da relação de causalidade, o que não ocorreu. Danos morais e estéticos caracterizados. Atentando-se para os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, bem como para a grave extensão do dano, afigura-se razoável a majoração das verbas indenizatórias concedidas ao 1º autor para R$ 60.000,00 pelos danos morais e R$ 80.000,00 pelos danos estéticos, além da majoração para R$20.000,00 para a 2ª autora a título de danos morais. Confirmação do pensionamento vitalício, pois, também, vitaliciamente carregará o 1º autor as consequências provenientes do acidente ocorrido com o veículo da parte ré.
Majoração do pensionamento do autor com base no valor de 1,5 salário mínimo mensal. Inclusão dentro na condenação de fornecimento da prótese requerida na inicial de todo o custo necessário ao bom desempenho e êxito na colocação da mesma. Responsabilidade solidária da seguradora, que encontra limite na apólice
de seguro. Cláusula expressa descrevendo as coberturas contratadas. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO DA PARTE AUTORA. DESPROVIMENTO DO RECURSO DO
RÉU.
Íntegra do Acordao - Data de Julgamento: 13/06/2018
DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CONDUTOR DO VEÍCULO
De acordo com a teoria geral do direito civil, em breve resumo, 3 (três) são os fundamentos jurídicos para que exista a responsabilidade, quais sejam: (i) conduta culposa, (ii) dano e
(iii) nexo de causalidade entre a conduta e o dano.
Para que a conduta seja reprovável pelo direito, portanto, apta a se postular uma reparação, referida conduta deve ser praticada com negligência ou imprudência, também denominada de ato ilícito conforme previsto nos artigos 186 e 927 do Código Civil.
RODRIGO que não atentando para a sinalização que advertia aos condutores da Rua João Balbi que a preferência é para quem trafega pela Av. Visconde de Souza Franco, avançou de forma imprudente, causando sérios danos a Roberto.
Pode-se definir como imprudência a falta de cautela ou cuidado, como, por exemplo, o motorista que dirige em excesso de velocidade ou ultrapassa o sinal vermelho, ignora a sinalização de advertência.
Assim, a conduta de RODRIGOé reprovável e, portanto, tutelada pelo direito, pois, em decorrência desta conduta ocorreu um grave dano a um terceiro.
RECURSO INOMINADO. CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. IMPRUDÊNCIA DO CONDUTOR. RESPONSABILIDADE CIVIL CONFIGURADA. DANOS MATERIAIS E MORAIS CONFIGURADOS. CONDENAÇÃO SOLIDÁRIA DO CONDUTOR E EMPRESA PROPRIETÁRIA
DO VEÍCULO MANTIDA. 1) Afastada a ocorrência de culpa concorrente ou exclusiva da vítima, observando que a causa preponderante do acidente foi praticada pelo condutor do automóvel que, de forma imprudente, invadiu repentinamente a contramão sem observar o trânsito da via, e obstruiu a passagem do autor da ação indenizatória que dirigia caminhão, o qual veio a ser abalroado, verifica-se que os pressupostos da responsabilidade civil - a saber, a conduta ilícita do agente, o dano suportado e o nexo de causalidade - foram devidamente demonstrados. 2) Nos termos dos arts. 186 e 927 do CC , aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, e deve repará-lo. Nesse sentido, impõe-se a condenação solidária do condutor do veículo bem como da empresa proprietária, nada havendo que reformar-se quanto a este ponto. 3) Recurso conhecido e não provido nos termos do voto do relator.
Sentença mantida.
ACIDENTE DE VEÍCULO. PROVA DE CULPA DO CONDUTOR DO VEÍCULO. RESPONSABILIDADE CIVIL CONFIGURADA. COMPROVAÇÃO DO
DANO. DEVER INDENIZAR. SENTENÇA MANTIDA. - Dos termos dos artigos 186 e 927 do Código Civil , extrai-se que o ordenamento jurídico brasileiro adota, como regra, a teoria
da responsabilidade civil subjetiva, exigindo-se a comprovação da culpa do agente causador do dano (atuação com dolo, imperícia, imprudência ou negligência), para que subsista o dever de indenizar o ilícito civil. - Considerando a conclusão exarada no laudo pericial realizado pela Polícia Civil de Minas Gerais, devidamente instruído com fotografias e croqui esquemático do acidente, que aponta a culpa da parte ré pelo sinistro, configurado resta o dever de indenizar os danos materiais causados.
1.2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO
O proprietário do veículo tem deveres com o bem e com a própria sociedade ao deixar outrem guiar seu automóvel, a escolha do condutor é estritamente do proprietário, que no caso da má escolha ensejará na culpa in eligendo.
Comprovada a culpa na escolha, isso implicará em nexo, que por consequência fixará a responsabilidade civil do proprietário que responderá solidariamente pelos danos causados.
O Superior Tribunal de Justiça já possui entendimento pacífico no seguinte sentido:
“A culpa do proprietário consiste ou na escolha impertinente da pessoa a conduzir seu carro, ou na negligência em permitir que terceiros, sem sua autorização, tomassem o veículo para utilizá-lo (culpa in eligendo ou in vigilando, respectivamente)”. (Informativo nº 0484, de 2011, do STJ) “O proprietário do veículo que o empresta a terceiro responde solidariamente pelos danos causados por seu uso culposo. A sua culpa configura-se em razão da escolha impertinente da pessoa a conduzir seu carro ou da negligência em permitir que terceiros, sem sua autorização, utilizem o veículo.” (STJ, AgRg no REsp 1519178/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA)
Sendo assim, requer-se o reconhecimento da responsabilidade solidária da proprietária em reparar os danos causados pelo corréu, quando da utilização de seu automóvel.
APELAÇÃO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. PROPRIETÁRIO VEÍCULO. CONDUTOR. CERCEAMENTO DE DEFESA. PROVA TESTEMUNHAL. DANO. MATERIAL.
RAZOABILIDADE. ORÇAMENTOS. I - O proprietário do veículo responde solidariamente pelos prejuízos decorrentes de acidente de trânsito causado pelo condutor. Rejeitada a preliminar de ilegitimidade passiva. II - As fotografias juntadas pela apelada-autora são suficientes para comprovar que a condutora do veículo de propriedade do apelante-réu causou o sinistro descrito nos autos. O apelante-réu, intimado, não manifestou interesse na produção de provas. Rejeitada preliminar de cerceamento de defesa. III - O apelante-réu alega que o dano é irrisório, no entanto deixou de produzir prova de que os valores constantes dos três orçamentos anexados pela apelante-autora seriam desarrazoados, art. 373,
inc. II, do CPC. IV - Apelação desprovida.
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONDUTOR E PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBJETIVA. PRECEDENTES DO STJ E DO TJDFT. SENTENÇA MANTIDA. 1. Conforme
jurisprudência consolidada pelo Superior Tribunal de Justiça e por este egrégio Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, há responsabilidade solidária e objetiva entre o condutor do veículo e seu proprietário. 2. Restando solidificada a culpa exclusiva do condutor do veículo no acidente automobilístico, sob a qual não houve qualquer insurgência quanto ao que fora decidido na r. sentença e, dado seu caráter solidário para com o proprietário do automóvel, correta a r. sentença que determinou o ressarcimento da parte autora, pelos requeridos, com as despesas atinentes ao abalroamento. 3.
Apelação conhecida e não provida.
1.	INDENIZAÇÃO PELO DANO MORAL
A responsabilidade civil é um instituto que busca a reparação integral do dano moral e material causado pela prática de um ato ilícito, conforme está consagrado nos artigos 186 e 927 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Para tanto, o ordenamento jurídico, conforme acima colacionado, exige a existência do elemento culpa que por sua vez abrange a imperícia, imprudência e
negligência. A imperícia é a falta de habilidade para praticar certo ato; a negligência é a inobservância de certas normas que ordenam a agir com cautela e a imprudência é a precipitação ou o ato de proceder sem cautela.
Resta comprovada a culpa do corréu, uma vez ingressou imprudentemente na via, não se abstendo de todo ou qualquer ato que possa causar danos a propriedades privadas e ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, desobedecendo ao procedimento prescrito em lei nos artigos 26, inciso I e 28 ambos do Código de Trânsito Brasileiro, ipsis litteris:
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Ao agir imprudentemente o corréu expôs o autor dor e sofrimento que sem a sua conduta não existiria é, portanto, dever do mesmo reparar o dano causado ou amenizá-lo, para tanto, o ordenamento jurídico resguarda o direito de indenização a quem sofre o dano, direito esse consagrado pela Constituição Federal no artigo 5, V, tutelado como direito fundamental.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Ocorre que o autor está sofrendo o dano e os réus, completamente impunes, seguiram a vida sem se preocuparem com os resultados de sua ação, de forma que se deve considerar a culpa do corréu que desobedeceu a preceitos do Código de Trânsito Brasileiro e causou danos ao autor.
Diante do exposto, requer-se que sejam os réuscondenados ao pagamento de indenização por danos morais ao autor no montante de R$ 6.000,00 (seis mil reais).
1. DANOS MATERIAL
O veículo do autor em decorrência do acidente precisou de ser levado a oficina e o prejuízo computa no montante de R$ 7.250,00 (sete mil duzentos e cinqüenta reais). O custo
com as medicações soma R$720 (setecentos e vinte reais) os lucros cessantes no periodo que ficou sem trabalhar R$3,000,00 (três mil reais) e R$400 de transporte.
Requer-se então, a condenação dos réus ao pagamento o conserto do veículo do autor no valor de R$ 7.250,00 (trezentos e setenta reais) acrésciDos de R$ 720,00 relativos ao tratamento medico e mais R$3.000,00 de lucros cessantes e R$400 de transporte.
1.	DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer:
1. O recebimento e processamento da presente demanda;
2. Nos moldes do Art. 319, § 1º, requerer o devido apoio do juízo para que sejam então realizados todos os esforços necessários para a obtenção de dados que possibilitem a citação do dos REUS RODRIGO E MARIA IZABEL.
3. A citação dos Réus no endereço informado, para comparecerem a audiência de conciliação que será designada e, caso queiram, responder no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;
4. Designação de audiência de conciliação, com fulcro ao artigo 334 do Código de Processo Civil;
5. Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar dos Réus ao pagamento do montante correspondente à R$ 11,970.00 (onze mil noventos e setenta reais) a título de
DANOS MATERIAIS, atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo, punindo e prevenindo;
1. Sejam julgados procedentes os pedidos, para condenar dos Réus ao pagamento do montante correspondente à R$ 6.000,00 (seis mil reais) ou o valor que V.Exa., arbitrar não inferior à R$ 3.000,00 (trê mil reais) ao Autor, a título de DANOS MORAIS, atentando-se à tríplice função do dano, ressarcindo, punindo e prevenindo;
2. A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em especial a prova documental, depoimento pessoal dos Réus e todas as outras provas que se fizerem necessárias à busca da verdade;
3. E por fim, pugna pela condenação dos Réus ao pagamento de honorários sucumbenciais em 20% (vinte por cento) conforme dispõe o art. 85, dada a natureza da causa e o trabalho desenvolvido, nos termos do caput do Código de Processo Civil.
4. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 17.370,00 (dezessete mil, novecentos e setenta reais).
Termos em que, pede deferimento. Belem – PA, 17 de novembro de 2021. ADVOGADO OAB/PA XXX.XXX

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