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PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

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DIREITO PENAL I
Profª Neida Leal Floriano
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
2.1 Noções introdutórias e classificação 
Princípio → principium: 2 ideias →primus (primeiro) e cipium →capio (pegar ou considerar)
↓
A etimologia da palavra princípio conduz a vários significados, destacando-se o de momento em que algo tem origem, causa primária, preceito, fonte ou causa de uma ação. 
 No sentido jurídico o conceito de princípio implica uma inspiração, uma ordenação que se erradia e magnetiza os sistemas de normas, servindo de base para a interpretação, integração, conhecimento e aplicação do direito positivo.
No sistema normativo brasileiro existem princípios previstos em lei de forma expressa e outros de forma implícita. Dentre esses princípios verifica-se que alguns estão enumerados na Constituição Federal, denominados princípios constitucionais (explícitos ou implícitos), os quais servem “de orientação para a produção legislativa ordinária, atuando como garantias diretas e imediatas aos cidadãos, bem como funcionando como critérios de interpretação e integração do texto constitucional”�.
Os princípios constitucionais se configuram em um sistema próprio, com coerência e autorregulação e são indispensáveis à integração entre os princípios constitucionais penais e processuais penais. Tais princípios coordenam toda a orientação legislativa que conduz à salvaguarda dos direitos humanos fundamentais: dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, CF) e devido processo legal (art. 5º, LIV, CF).
O Direito Penal por ser a atuação estatal mais severa para regular conflitos e aplicar sanções deve amoldar-se ao princípio regente da dignidade da pessoa humana que se configura na matriz principiológica do Estado Democrático de Direito. 
O devido processo legal possui sua essência no princípio da legalidade, garantindo ao indivíduo que somente seja processado e punido se houver lei penal anterior definindo determinada conduta como criminosa, cominando-lhe pena. Modernamente, representa a união de todos os princípios penais e processuais penais, demonstrativo da regularidade singular do processo penal. 
Princípios do Direito Penal → princípios reguladores do controle penal → limitadores do poder punitivo estatal ou, simplesmente, Princípios Fundamentais de Direito Penal de um Estado Social e Democrático de Direito. Tais princípios representam garantias ao cidadão perante o poder punitivo estatal e possuem assento constitucional (art. 5º).
Função dos princípios penais: orientar o legislador ordinário para a adoção de um sistema de controle penal voltado para os direitos humanos.
2.2 Princípios constitucionais explícitos:
a) Relativos à atuação do Estado:
Princípio da legalidade ou da reserva legal: trata-se do fixador do conteúdo das normas penais incriminadoras, ou seja, ninguém poderá ser punido se anteriormente ao fato praticado não houver expressa previsão em lei da conduta considerada criminosa. Base legal: art. 5º, XXXIV, da CF e art. 1º do CP.
Princípio da anterioridade: significa que uma lei penal incriminadora somente pode ser aplicada a um fato concreto, caso tenha tido origem antes da prática da conduta para a qual se destina. De acordo com o art. 1º do CP “não há crime sem lei anterior que o defina”, nem, tampouco, pena “sem prévia cominação legal”. 
Princípio da retroatividade da lei penal benéfica (ou irretroatividade da lei penal): como consequência do postulado da anterioridade, não se pode permitir a retroatividade de leis, especificamente, quando prejudiciais ao acusado. Base legal: art. 5º, XL, CF e art. 2º, parágrafo único, CP.
Princípio da humanidade: significa que o Direito Penal deve pautar-se na benevolência, garantindo o bem estar da coletividade, incluindo-se o dos condenados. Nesse sentido, estabelece a Constituição que não haverá penas: a) de morte (salvo em época de guerra declarada, conforme previsão expressa no CPM); b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis (art. 5º, XLVII), bem como deverá ser assegurado o respeito à integridade física e moral do preso (art. 5º, XLIX)
b) Relativos ao indivíduo: 
Princípio da personalidade ou da responsabilidade pessoal (ou intranscendência): Significa que a punição em matéria penal não deve ultrapassar a pessoa do delinquente. Base legal art. 5º XLV, CF.
Princípio da individualização da pena: significa que a pena não deve ser igual para todos, padronizada, cabendo a cada delinquente a exata medida punitiva correspondente ao crime praticado. Base legal: art. 5º, XLVI, CF.
 
Princípios constitucionais implícitos:
Concernentes à atuação do Estado 
Princípio intervenção mínima e princípios correlatos: significa que o Direito Penal não deve interferir em demasia na vida do indivíduo, retirando-lhe autonomia e liberdade, ou seja, a lei penal não deve ser vista como a primeira opção/razão (prima ratio) do legislador para compor os conflitos existentes na sociedade. 
Subsidiariedade: O Direito Penal é considerado a ultima ratio, ou seja, a última alternativa legislativa, motivo pelo qual possui caráter subsidiário em relação aos demais ramos do Direito. Fracassando outras formas de punição e composição dos conflitos lança-se mão da lei penal para coibir comportamentos desviantes. 
Fragmentariedade: significa que nem todas as lesões a bens jurídicos protegidos devem ser tutelados pelo Direito Penal que, por sua vez, constitui somente parcela do ordenamento jurídico. O Direito Penal deve ocupar-se das condutas mais graves, concretamente, lesivas à vida em sociedade, passíveis de provocar desequilíbrio social. 
Ofensividade (ou lesividade): relaciona-se ao processo prévio de seleção de condutas, não permitindo que sejam criminalizadas aquelas que não representem uma ofensa significativa ao bem objetivado. A intervenção penal só deve ter lugar quando uma determinada conduta represente uma invasão na liberdade ou direito de outrem. 
Princípio da insignificância ou da falta de relevância social: relaciona-se ao grau de danosidade social a fim de justificar a intervenção penal.
Princípio da proporcionalidade: consiste no sentido de que as penas devem ser aplicadas em conformidade com a gravidade da infração penal, não sendo admitidos exageros, tampouco, a extrema liberdade na cominação das penas nos tipos penais incriminadores.
Princípio da vedação da dupla punição pelo mesmo fato (non bis in idem): implica em que ninguém deve ser processado e punido duas vezes pela prática da mesma infração penal. 
Relativo ao indivíduo:
Princípio da culpabilidade: indica que ninguém será penalmente punido, se não houver agido com dolo ou culpa, demonstrando, o Direito Penal, que a responsabilização não será objetiva e, sim, subjetiva (nullum crimen sine culpa). Ver: art. 18 CP.
� NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 9 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 87.
�Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003
Curso de Administração - Reconhecimento Portaria 164 de 16/02/2007 – D.O.U. 21/02/2007
Curso de Arquitetura e Urbanismo – Autorização Portaria 116 de 13/06/2011 – D.O.U. 14/06/2011
Curso de Ciências Contábeis – Reconhecimento Portaria 1.134 de 21/12/2006 – D.O.U. 26/12/2006
Curso de Direito – Autorização Portaria 209 de 27/06/2011 – D.O.U. 29/06/2011
Curso de Psicologia – Autorização Portaria 245 de 05/07/2011 – D.O.U. 06/07/2011
Unidade Navegantes: Av. Sertório, 253, Unidade Concórdia: Av. Presidente Franklin Roosevelt, 770, Unidade São Francisco: Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 4879
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