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TEORIA GERAL DO PROCESSO – Aula 08 e 09 
Profª: Neida Leal Floriano
7. JURISDIÇÃO
7.1 Conceito: a jurisdição é uma das funções do Estado, mediante a qual este substitui as partes, titulares dos interesses em disputa para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve, com o máximo de justiça. A jurisdição é uma função do Estado e de seu monopólio. Assim sendo a jurisdição pode ser concebida como poder, função e atividade.
7.1.1 Jurisdição como poder: é o poder do Estado enquanto capacidade de decidir imperativamente, impondo decisões.
7.1.2 Jurisdição como função: expressa o encargo que têm os órgãos estatais de promover a pacificação de conflitos interindividuais
7.1.3 Jurisdição como atividade: é entendida como o conjunto de atos praticados pelo juiz no processo. 
 
 	Jurisdição, portanto, é ato de soberania, uma vez que consiste em um poder-dever do Estado, através do Poder Judiciário.
7. 2 Características da jurisdição
7.2.1 Unidade: a jurisdição é uma e indivisível, pois decorre da atividade estatal.
7.2.2 Substitutividade (ou secundária): a atuação estatal substitui as atividades daqueles que estão envolvidos no conflito trazido à apreciação do Poder Judiciário. 
7.2.3 Definitividade: somente os atos jurisdicionais são suscetíveis de se tornarem imutáveis, após o trânsito em julgado, ganhando o caráter de definitividade e irrevogabilidade.
7.2.4 Inércia: os órgãos jurisdicionais são inertes (nemo judex sine actore)
7.2.5 Lide: a existência do conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida é uma característica constante na atividade jurisdicional.
7.3 Finalidade da Jurisdição → correta aplicação do direito e a justa composição da lide. “O fim do processo é a entrega da prestação jurisdicional, que satisfaz à tutela jurídica” (Pontes de Miranda)
7.4 Princípios inerentes à Jurisdição
7.4.1 Princípio da investidura: a jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz. 
7.4.2 Princípio da aderência ao território: corresponde à limitação da própria soberania nacional ao território do país. 
7.4.3 Princípio da indelegabilidade: resulta do princípio constitucional segundo o qual é vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições. 
7.4.4 Princípio da inevitabilidade: significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo uma emanação da soberania estatal, impõe-se por si mesma, independentemente da vontade das partes ou de eventual pacto de aceitarem os resultados do processo.
7.4.5 Princípio da inafastabilidade da jurisdição (ou princípio do controle jurisdicional ou princípio da indeclinabilidade): o órgão constitucionalmente investido no poder de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional e não a simples faculdade, ou seja, garante a todos o acesso ao Poder Judiciário. Encontra-se expresso no art. 5º, XXXV, da CF e, ainda, há previsão no art. 126 do CPC.
7.4.6 Princípio do juiz natural: assegura que ninguém pode ser privado do julgamento por juiz independente e imparcial.
7.4.7 Princípio da improrrogabilidade: os limites do poder jurisdicional são taxativamente fixados pelo ordenamento jurídico, não sendo permitido ao legislador ordinário alterá-los, nem para reduzí-los nem para ampliá-los.
7.5 Poderes da Jurisdição
7.5.1 Poder de polícia: as decisões do Poder Judiciário devem ser cumpridas, sob pena do uso, se preciso for, da força pública;
7.5.2 Poder de decisão: é imanente ao Poder Judiciário a possibilidade de emitir decisões e determinar o seu cumprimento;
7.5.3 Poder de documentação: tem o Poder Judiciário não apenas o poder, mas, sobretudo, o dever de documentara a prática dos atos processuais.
7.6 Espécies de Jurisdição
7.6.1 Quanto ao objeto (matéria): a jurisdição pode ser cível (lides extrapenais) ou penal (lides criminais);
7.6.2 Quanto aos organismos judiciários que a exercem: jurisdição comum ou ordinária ou jurisdição especial;
7.6.3 Quanto à posição hierárquica dos órgãos: inferior ou superior
7.7 Divisão da jurisdição: contenciosa e voluntária
7.8 Distinção entre as funções estatais: jurisdição, legislação e administração
7.8.1 Função jurisdicional: atividade destinada a compor, por meio da aplicação da lei, os conflitos intersubjetivos de interesses existentes na sociedade.
7.8.2 Função legislativa: destina-se à elaboração de normas gerais e abstratas para disciplinar as condutas humanas em sociedade.
7.8.3 Função administrativa: consiste na realização do bem comum, por intermédio dos órgãos integrantes da administração pública.
7.9 Elementos da jurisdição
7.9.1 Cognitio ou notio: designa o conhecimento. É o poder atribuído ao juiz para que conheça do processo;
7.9.2 Vocatio – designa o chamamento. É o poder do órgão investido da jurisdição de fazer comparecer em juízo todos aqueles cuja presença seja útil à justiça e ao conhecimento da verdade.
7.9.3 Coercio ou coertitio: É o poder de determinar medidas coercitivas, ou seja, é o Poá realização de certos atos necessários para a eficácia do provimento jurisdicional
Iudicium: É o direito de julgar e de pronunciar a sentença.
Executio: É o poder de fazer cumprir as sentenças ou acórdãos preferidos jurisdicionalmente.
7.10 Limites da jurisdição
7.10.1 Limites internos: como exercício de sua soberania, cada Estado tem poder jurisdicional nos limites de seu território, ou seja, cada Estado (nação) dita sua normas internas.
7.10.2 Limites internacionais: diante da necessidade de coexistência com outros Estados soberanos o legislador mitiga esse poder soberano, atendendo às seguintes ponderações: a) a conveniência (não convém criação de áreas de atritos por questões irrelevantes porque o que interessa, afinal, é a paz social); b) a viabilidade (evitam-se os casos em que não será possível a imposição autoritária do cumprimento da sentença). A doutrina enumera três motivos que recomendam a observância dessas regras: 
a) a soberania de outros Estados; 
b) o respeito às convenções internacionais; 
c) razões de interesse do próprio Estado.
�Faculdade São Francisco de Assis - Credenciamento Portaria 3.558 de 26/11/2003 – D.O.U. 28/11/2003
Curso de Administração - Reconhecimento Portaria 164 de 16/02/2007 – D.O.U. 21/02/2007
Curso de Arquitetura e Urbanismo – Autorização Portaria 116 de 13/06/2011 – D.O.U. 14/06/2011
Curso de Ciências Contábeis – Reconhecimento Portaria 1.134 de 21/12/2006 – D.O.U. 26/12/2006
Curso de Direito – Autorização Portaria 209 de 27/06/2011 – D.O.U. 29/06/2011
Curso de Psicologia – Autorização Portaria 245 de 05/07/2011 – D.O.U. 06/07/2011
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