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Aula Extra - Contabilidade_Geral_para_Auditor_Fiscal

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Contabilidade Geral para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula Extra
AULA EXTRA: PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO............................................................................................................. 1
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. ..................................................................................... 1
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC............................................... 2
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA) . ...........2
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA. .................................................. 2
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO................................ 3
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE. ..............................................................................4
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE. ..................................................................... 5
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE. ................................................................... 5
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL...........................................6
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA. ................................................................... 10
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA. ...................................................................... 11
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS. ................................................................................................................ 12
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS. ........................................................ 13
RELEVÂNCIA................................................................................................................ 13
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA. ....................................................................................... 14
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA. ........................................................... 15
COMPARABILIDADE ...................................................................................................... 15
VERIFICABILIDADE ...................................................................................................... 16
TEMPESTIVIDADE . ....................................................................................................... 16
COMPREENSIBILIDADE ................................................................................................. 16
QUESTÕES COMENTADAS - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS. ...................................................... 18
QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA. .......................................................................... 50
GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA. ................................................... 59
APRESENTAÇÃO
Olá, meus amigos. Como estão?!
Estamos disponibilizando a seguir uma aula inteira sobre os chamados 
princípios de contabilidade.
Embora esta ementa tenha sido excluída do edital de 2012, é salutar ter 
conhecimento sobre tal matéria, visto que os princípios são as vigas mestras da 
disciplina.
Portanto, para não perder tanto tempo, leiam a parte teórica, assimilem e façam 
as questões rapidamente.
PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE.
Como ciência a contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode ser definido 
como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, uma ação ou 
um conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é diferente.
Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa W W W .e S tra teg ia C O n C U rS O S .C O m .b r 1 de 59
Contabilidade Geral para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa - Aula Extra
Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como 
princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho Federal de 
Contabilidade n. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas mudanças, 
contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas pela Resolução 
do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo desta aula.
De antemão, as principais alterações promovidas pela Resolução de 2010 foram:
PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC
1 - Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados 
princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios de 
contabilidade.
2 - Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade, 
continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e 
prudência.
3 - O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro pelo valor 
original.
Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as 
questões.
RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE 
(ATUALIZADA)
CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1° Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por 
esta Resolução.
§ 1° A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício 
da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC).________________________________________________
Eis aqui um primeiro aspecto importante da norma. Houve mudança de 
nomenclatura. Antes os princípios eram chamados de Princípios 
Fundamentais da Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados 
como Princípios de Contabilidade. Esse já é um primeiro aspecto que pode 
ser cobrado em prova, por que não?
Com efeito, se sou contabilista legalmente habilitado, deverei observar sempre a 
aplicação dos princípios de contabilidade quando do exercício da profissão.
De igual sorte, quando da elaboração de alguma norma de contabilidade, os 
órgãos que a emitir deverá sempre o fazer em consonância com os princípios de 
contabilidade.
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Contabilidade Geral para Auditor Fiscal da Receita Federal
Teoria e exercícios comentados
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§ 2° Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a 
essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação 
dada pela Resolução CFC n°. 1.282/10)_________________________________
Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens 
registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da empresa. 
Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o 
imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser muito provável 
que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é feito no 
arrendatário, considerando a essência sobre a forma.
Assim, quando ALFA promove o arrendamento de um veículo de BETA e este 
arrendamento caracteriza-se, nos termos do CPC 06, como um arrendamento 
mercantil financeiro, devemos considera-lo como um ativo de ALFA, mesmo que 
juridicamente seja uma propriedade de BETA. Esta é, pois, uma exceção à regra 
de que na contabilidade devemos registrar somente os bens, direitos e 
obrigações da entidade que elabora as demonstrações contábeis.
CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2° Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e 
teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, 
pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é 
o patrimônio das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC n°. 
1.282/10)________________________________________________________
A importância deste artigo está em enaltecer a importância dos princípios de 
contabilidade, sendo a essências das doutrinase teorias das ciências contábeis.
Reconhece, ainda, o patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade.
Continuemos...
Art. 3° São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC n°. 
1.282/10)
1) da ENTIDADE;
2) o da CONTINUIDADE;
3) o da OPORTUNIDADE
4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC n°. 1.282/10)
6) o da COMPETÊNCIA
7) o da PRUDÊNCIA.________________________________________________
Antes das alterações possuíamos 7 princípios de Contabilidade. Agora, restaram- 
nos somente 6.
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O princípio da atualização monetária foi incorporado ao princípio do 
registro pelo valor original.
SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição.
Parágrafo único - O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é 
verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não 
resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Quando A e B celebram contrato para constituir uma sociedade LTDA e 
entregam para esta entidade cada um o montante de R$ 100.000,00, não 
poderão, a seu bel prazer e a qualquer tempo, reaver tal dinheiro em caso de 
necessidade. Uma vez constituída, passa a existir distinção entre a sociedade e a 
figura de seus sócios. No direito empresarial, tal distinção é conhecida como 
princípio da autonomia patrimonial da pessoa jurídica. Para nós, na 
contabilidade, será chamada de princípio da entidade.
O cerne deste princípio está em separar o patrimônio dos sócios do 
patrimônio da pessoa jurídica.
É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios. Assim, é a 
sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos 
sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas pela entidade 
também e não como patrimônio pess» al dos sócios e assim por diante.
Acerca do parágrafo único, façamos as considerações pertinentes. O parágrafo 
único do artigo 4° propõe que o "patrimônio pertence à entidade, mas a 
recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil".
Imagine-se que uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. 
Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à 
empresa, mas a empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo 
sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a 
natureza da entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade, 
mas a recíproca não é verdadeira.
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A segunda parte da norma diz que a soma ou agregação contábil de patrimônios 
autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza 
econômico-contábil. Assim, no caso de consolidação de balanços entre empresas 
controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos uma nova 
entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, que será 
evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas.
SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5° O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC n°. 1.282/10)_____________________________________
O princípio da continuidade teve sua redação alterada. Contudo, sua essência é 
a mesma: a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que 
a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. As
mudanças apenas facilitaram o entendimento anterior.
O princípio da continuidade está diretamente ligado à avaliação dos ativos e 
passivos da empresa.
Basicamente, todo o ativo fica registrado por valores de entrada. Por
exemplo, as máquinas e equipamentos ficam registrados pelos valores que a 
empresa pagou, menos a depreciação acumulada e eventual ajuste para perdas. 
Esse critério de avaliação é válido em função da continuidade esperada da 
empresa.
Se não houver continuidade (se a empresa for fechar as portas), aí não importa 
mais quanto a empresa pagou pelas máquinas; interessa saber por quanto elas 
serão vendidas.
Assim, na ausência de continuidade, saímos de uma contabilidade 
basicamente a preços de entrada para uma contabilidade a preços de 
saída.
No caso do passivo, se a empresa tiver dívidas a longo prazo e houver 
descontinuidade, as dívidas passam a ter vencimento antecipado (ninguém vai 
ficar com dívidas de uma empresa fechada; se houver falência, os credores irão 
se habilitar junto à massa falida, enfim , vão tomar as providências necessárias 
para receber a dívida).
SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6° O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas.
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Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na 
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por 
isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. (Redação dada pela Resolução CFC n°. 1.282/10)_______________
Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação 
contábil necessita ser tempestiva e íntegra (essas são as duas palavras 
chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de 
informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva 
(rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida 
produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que 
provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa.
Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à 
realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente 
na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi 
tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se pautou em 
documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a 
fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a ponderação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7° O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores 
originais das transações, expressos em moeda nacional.____________________
Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se 
compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá constar na 
contabilidade,o chamado custo histórico.
§ 1° As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, dei diferentes formas:
I - Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem 
pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que 
são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; 
e
Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo 
histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo. Se, ao 
revés, adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo 
histórico, pois é o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso
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normal das operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem 
sofrer variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750 
alude no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor 
realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária.
Atenção: Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies de 
variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior 
tenacidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por 
exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade 
(previsto no artigo 183, §3° da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se o 
veículo tiver um valor recuperável de somente R$ 25.000,00, faremos um ajuste 
em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor recuperável. Não trabalhamos, 
neste caso, com o conceito de valor presente, valor justo, atualização monetária 
e custo corrente. A este caso aplicou-se tão-somente o ajuste a valor 
recuperável. É essencial que isso fique claro.
II - Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os 
componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações 
decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos 
equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes 
de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na 
data ou no período das demonstrações contábeis;_________________________
O que vem a ser o custo corrente? Vejamos...
Os estoques são contabilizados pelo valor de compra (valor original). Depois, 
devem ser avaliados pela regra custo ou mercado, dos dois o menor. 
Atualmente, o "valor de mercado" é chamado de "valor justo". Então agora 
temos custo ou valor justo, dos dois o menor.
Pois bem. Imagine-se que uma empresa comprou matéria prima, digamos, 
comprou ácido sulfônico para usar em alguns produtos químicos.
Chegado a época de fechar o balanço, a empresa ainda tem ácido sulfônico em 
estoque.
O que seria o valor justo para o ácido sulfônico?
Se a empresa não costuma vender esse material, não podemos usar o valor que 
a empresa conseguiria numa eventual venda de ácido sulfônico. Se ela não tem 
tradição, não fabrica ácido sulfônico, não conhece ou não tem relacionamento 
comercial com possíveis compradores desse produto, então o preço que ela
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poderia estimar numa eventual venda não é o valor justo (provavelmente seria 
menor que o valor justo).
Assim, para as matérias primas, o valor justo é o valor que a empresa iria 
gastar para comprar o produto dos fabricante/vendedores de ácido sulfônico.
Veja o texto da lei 6404/76:
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: 
(Redação dada pela Lei n° 11.941, de 2009)
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual 
possam ser repostos, mediante compra no mercado;
O que isso tem a ver com o custo corrente?
Veja a definição de custo corrente: os ativos são reconhecidos pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou 
ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações 
contábeis.
Ou seja, o custo corrente é o custo de reposição, ou melhor, o valor que a 
empresa pagaria hoje pela matéria prima, se fosse comprá-la.
Os estoques destinados à venda (estoques de produtos acabados) só podem 
gerar dinheiro (futuros benefícios econômicos) para a empresa com a venda.
No caso de matéria prima, elas podem ser vendidas ou podem ser usadas na 
fabricação de produtos acabados.
Vamos voltar ao exemplo do ácido sulfônico: se o valor do estoque for de R$
10.000, e o custo corrente (custo de reposição, o preço que vai custar para 
comprar mais ácido sulfônico) cair e for de R$ 9.500, em princípio, deveriamos 
reconhecer uma perda (debita "despesa com perda em estoque - resultado" e 
credita "ajuste para perdas prováveis em estoque - retificadora do ativo).
Mas se os produtos nos quais o ácido sulfônico não tiver queda de preço, então 
não há perda.
É semelhante ao teste de recuperabilidade, temos o valor realizável líquido (no 
caso é o custo corrente) e o valor em uso (referente ao uso da matéria prima 
para fabricar os produtos acabados).
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou 
equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de 
caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;______
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Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O 
CPC 16, que trata sobre estoques prescreve:
9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor 
de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda.
Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com 
despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto, de 
R$ 85,00.
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no 
curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor 
presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera 
seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da 
Entidade;
Em lição comezinha, valor presente é quanto vale hoje um ativo ou passivo 
pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está previsto na Lei 6.404/76 
para ativos e passivos de longo prazo e para os de curto prazo (estes apenas 
quando houver efeito relevante) - artigo 183, VIII e artigo184, III. Se tenho 
um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo, no valor de R$
200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu valor 
presente? É no valor de R$ 150.000,00.
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras l dispostas a isso, em uma transação sem 
favorecimentos; e
Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre 
partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com 
ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que 
caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a palavra "trocado". 
Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ATIVO x 
DINHEIRO, o que configuraria uma venda. Geralmente esse valor justo vai 
corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura 
alguém que tenha esse algo e tenha também interesse na venda, fecham um 
negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo.
Segundo a Lei 6.404/76:
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Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes 
critérios:
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos 
e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo 
prazo:
a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à 
negociação ou disponíveis para venda;
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da 
moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o 
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2° São resultantes da adoção da atualização monetária:
I - a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não 
representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II - para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim 
de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes 
patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e
III - a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente o
ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação 
de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela 
Resolução CFC n°. 1.282/10)_________________________________________
O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que 
prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a mudança de 
posicionamento, tornando-se "espécie" do genérico princípio do Registro pelo 
Valor Original.
SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9° O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, 
independentemente do recebimento ou pagamento._________________
Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês 
de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em janeiro de 2011. 
Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá a 
que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa despesa? Bem, em 
dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro, 
independentemente do pagamento. O mesmo vale para as receitas.
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Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade 
da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela 
Resolução CFC n°. 1.282/10)._________________________________________
Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, 
devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as despesas que 
correspondam a essa venda.
Atenção: O regime a se utilizar na contabilidade é o da competência, que 
contabiliza receitas e despesas quando incorridas. Todavia, as micro e pequenas 
empresas podem se utilizar do regime de caixa.
Dispõe a Resolução n. 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional que:
Art. 61. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá adotar para os 
registros e controles das operações e prestações por ela realizadas: (Lei 
Complementar n ° 123, de 2006, art. 26, §§ 2 ° e 4 ° )
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação 
financeira e bancária;
(...)
§ 3 ° A apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do 
Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.______________________
O livro caixa escritura receitas e despesas conforme haja pagamento ou 
recebimento. Por seu turno, livros diário e razão coadunam com o princípio da 
competência. Portanto, a questão tomou como absoluto algo que comporta uma 
pequena exceção.
SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.____________________________
O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para 
quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL, escolhe-se o menor 
valor para o ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a 
conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no montante de R$
100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não 
serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em homenagem ao 
princípio da prudência.
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Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de 
precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas 
condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo 
maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC n°. 1.282/10)
Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser 
tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos que envolvam 
condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em 
que o contabilista reconhece as variações patrimoniais decorrentes, por 
exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do 
princípio do registro pelo valor original deve ter o zelo necessário para retratar 
sempre a realidade existente na empresa.
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas 
alíneas "c", "d" e "e" do art. 27 do Decreto-Lei n.° 9.295, de 27 de maio de 1946 
e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação 
dada pela Resolução CFC n°. 1.282/10)
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.° 530/81, esta Resolução entra em vigor 
a partir de 1° de janeiro de 1994.______________________________________
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Prezados alunos, aoestudarmos hoje os princípios contábeis, temos de tomar 
cuidado para não confundi-los com as características qualitativas das 
demonstrações contábeis. E que são essas características qualitativas, 
professor? Vejamos.
As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações 
contábeis úteis para os usuários. Estão previstas no CPC 00, que versa sobre a 
Estrutura conceitual básica da contaby I idade.
Texto do Pronunciamento Conceitual básico
QC4. Se a informação contábil-financeira é para ser útil, ela precisa ser 
relevante e representar com fidedignidade o que se propõe a representar. A 
utilidade da informação contábil-financeira é melhorada se ela for 
comparável, verificável, tempestiva e compreensível.
3 Ao longo de toda esta Estrutura Conceitual, os termos características 
qualitativas e restrição irão se referir a características qualitativas da informação 
contábil-financeira útil e à restrição da informação contábil-financeira útil.______
Comentário:
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As características qualitativas foram divididas em duas categorias:
- Características qualitativas fundamentais (relevância e representação 
fidedigna); e
- Características qualitativas de melhoria (comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade)
Quanto à Restrição mencionada no Pronunciamento, refere-se ao custo de gerar 
as informações.
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS FUNDAMENTAIS
QC5. As características qualitativas fundamentais são relevância e 
representação fidedigna.
RELEVÂNCIA
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer 
diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários.
A informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões se tiver 
valor preditivo, valor confirmatório ou ambos.
A informação contábil-financeira tem valor preditivo se puder ser utilizada 
pelos usuários para predizer futuros resultados. A informação contábil- 
financeira não precisa ser uma predição ou uma projeção para que possua valor 
preditivo. A informação contábil-financeira com valor preditivo é empregada 
pelos usuários ao fazerem suas próprias predições.
A informação contábil-financeira tem valor confirmatório se retro- 
alimentar - servir de feedback - avaliações prévias (confirmá-las ou 
alterá-las).
QC10. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil- 
financeira estão inter-relacionados. A informação que tem valor preditivo 
muitas vezes também tem valor confirmatório. Por exemplo, a informação 
sobre receita para o ano corrente, a qual pode ser utilizada como base para 
predizer receitas para anos futuros, também pode ser comparada com predições 
de receita para o ano corrente que foram feitas nos anos anteriores. Os 
resultados dessas comparações podem auxiliar os usuários a corrigirem e a 
melhorarem os processos que foram utilizados para fazer tais predições.
Materialidade
QC11. A informação é material se a sua omissão ou sua divulgação 
distorcida (misstating) puder influenciar decisões que os usuários
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tomam com base na informação contábil-financeira acerca de entidade 
específica que reporta a informação. Em outras palavras, a materialidade é 
um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza 
ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está 
relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em 
particular.
Consequentemente, não se pode especificar um limite quantitativo uniforme 
para materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma 
situação particular._________________________________________________
Comentário:
A materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade, baseado na 
natureza ou na magnitude. Ou seja, o que é material para uma empresa pode 
não ser para outra. Não é possível determinar um valor ou um percentual 
uniforme para todas as empresas.
Um item pode ter valor pequeno, mas ser material devido à sua natureza. Por 
exemplo, se uma grande empresa inicia um novo negócio, este pode ter, 
originariamente, valor pequeno em relação às operações da empresa. Mas pode 
ter muito potencial de rentabilidade e crescimento, ou de inovação, o que 
justifica a sua materialidade. Por exemplo, quando as empresas começaram a 
fabricar aparelhos de DVD, esse era um negócio pequeno, frente à operação de 
vídeo cassete (que já estava estabelecida). Após alguns anos, os aparelhos de 
vídeo cassete sumiram, e só restaram os DVD (que estão sumindo também - 
estão perdendo espaço para os aparelhos de Blu-ray).
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
QC12. Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico 
em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem 
só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar 
com fidedignidade o fenômeno c ue se propõe representar. Para ser 
representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter 
três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a 
perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos 
atributos na extensão que seja possível._________________________________
Comentário:
A Representação Fidedigna refere-se a três atributos, precisando ser completa, 
neutra e livre de erro.
Para ser completa, a informação deve conter o necessário para que o usuário 
compreenda o fenômeno sendo retratado.
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Para ser neutra, deve estar livre de viés na seleção ou na apresentação, não 
podendo ser distorcida para mais ou para menos.
Finalmente, ser livre de erros não significa total exatidão, mas sim que o 
processo para obtenção da informação tenha sido selecionado e aplicado livre de 
erros. No caso de estimativas, ela é considerada como tendo representação 
fidedigna se, além disso, o montante for claramente descrito como sendo 
estimativa e se a natureza e as limitações do processo forem devidamente 
revelados.
QC16. Representação fidedigna, por si só, não resulta necessariamente em 
informação útil. Por exemplo, a entidade que reporta a informação pode receber 
um item do imobilizado por meio de subvenção governamental. Obviamente, a 
entidade ao reportar que adquiriu um ativo sem custo retrataria com 
fidedignidade o custo desse ativo, porém essa informação provavelmente não 
seria muito útil. Outro exemplo mais sutil seria a estimativa do montante por 
meio do qual o valor contábil do ativo seria ajustado para refletir a perda por 
desvalorização no seu valor (impairment loss). Essa estimativa pode ser uma 
representação fidedigna se a entidade que reporta a informação tiver aplicado 
com propriedade o processo apropriado, tiver descrito com propriedade a 
estimativa e tiver revelado quaisquer incertezas que afetam significativamente a 
estimativa. Entretanto, se o nível de incerteza de referida estimativa for 
suficientemente alto, a estimativa não será particularmente útil. Em outras 
palavras, a relevância do ativo que está sendo representado com fidedignidade 
será questionável. Se não existir outra alternativa para retratar a realidade 
econômica que seja mais fidedigna, a estimativa nessecaso deve ser 
considerada a melhor informação disponível._____________________________
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE MELHORIA
QC19. Comparabilidade, verificabilidade, tempestividade e 
compreensibilidade são características qualitativas que melhoram a 
utilidade da informação que é relevante e que é representada com 
fidedignidade. As características qualitativas de melhoria podem também auxiliar 
a determinar qual de duas alternativas que sejam consideradas equivalentes em 
termos de relevância e fidedignidade de representação deve ser usada para 
retratar um fenômeno.
COMPARABILIDADE
QC20. As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por 
exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou 
noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta 
informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar 
sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para 
outro período ou para outra data.
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QC21. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os 
usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e 
diferenças entre eles.________________________________________
Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não 
está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens.
QC22. Consistência, embora esteja relacionada com a comparabilidade, não 
significa o mesmo. Consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos 
para os mesmos itens, tanto de um período para outro considerando a mesma 
entidade que reporta a informação, quanto para um único período entre 
entidades. Comparabilidade é o objetivo; a consistência auxilia a alcançar 
esse objetivo.
QC23. Comparabilidade não significa uniformidade. Para que a informação 
seja comparável, coisas iguais precisam parecer iguais e coisas diferentes 
precisam parecer diferentes. A comparabilidade da informação contábilfinanceira 
não é aprimorada ao se fazer com que coisas diferentes pareçam iguais ou ainda 
ao se fazer coisas iguais parecerem diferentes.___________________________
VERIFICABILIDADE
QC26. A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a 
informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se 
propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, 
cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem 
necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade 
econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação 
quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. 
Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode 
também ser verificável.
TEMPESTIVIDADE
QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para 
tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.
Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa 
informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o 
encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por 
exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências._____________________
COMPREENSIBILIDADE
QC30. Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e 
concisão torna-a compreensível.
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QC31. Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser 
facilmente compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos 
dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante em 
referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios 
seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading).
QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm 
conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e 
analisem a informação diligentemente.
Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a 
necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação 
sobre um fenômeno econômico complexo._______________________________
Comentário:
As Características qualitativas de melhoria são comparabilidade, verificabilidade, 
tempestividade e compreensibilidade.
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários 
identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.
A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa 
fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão 
a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.
Compreensibilidade significa que a classificação, a caracterização e a 
apresentação da informação são feitas com clareza e concisão, tornando-a 
compreensível. Mas não é admissível a exclusão de informação complexa e não 
facilmente compreensível se isso tornar o relatório incompleto e distorcido.
As características qualitativas de melp oria devem ser maximizadas na extensão 
possível. Entretanto, as características qualitativas de melhoria, quer sejam 
individualmente ou em grupo, não podem tornar a informação útil se dita 
informação for irrelevante ou não for representação fidedigna.
Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil- 
financeiro útil
QC35. O custo de gerar a informação é uma restrição sempre presente na 
entidade no processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. 
O processo de elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro impõe 
custos, sendo importante que ditos custos sejam justificados pelos benefícios 
gerados pela divulgação da informação. Existem variados tipos de custos e 
benefícios a considerar.
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O custo para gerar a informação é uma restrição, que impede a geração de toda 
a informação considerada relevante para o usuário. Assim, é necessária a 
consideração da relação custo-benefício da informação, por parte dos órgãos 
normatizadores.
Um forte abraço e, precisando, estamos à disposição!
G A B R IE L RAB ELO /LU C IAN O R O S A
QUESTÕES COMENTADAS - PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
1. (ESAF/AFRFB/2009/Adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade, 
considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência Contábil reclamava a 
atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de 
dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles. Sobre o assunto, 
abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa 
falsa.
a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade (NBC)
b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias 
relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante 
nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à 
Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
patrimônio das entidades.
c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade 
e afirmaa autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um 
Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma 
ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, 
mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da 
oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da 
prudência.
Comentários
QUESTÃO ADAPTADA PARA OS NOVOS DISPOSITIVOS EMANADOS PELO 
CFC 1.282/2010.
Vamos lá! Comentando...
a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é 
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de 
legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
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Ora, pergunto a vocês: Se sou um contabilista legalmente habilitado terei, no 
exercício da profissão, de observar as normas que a regem? É claro! Imaginem 
se todo contabilista pudesse trabalhar a seu bel-prazer, da forma que lhe 
conviesse. Pois bem, com este fito, o §1°, do artigo 1° da Res. CFC 750 trouxe:
Art. 1°, § 1° A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é 
obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das 
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).______________________________
Vejam que se tratou de literalidade, preto no branco! Item perfeito.
b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas 
e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominante nos universos científico e profissional de nosso País. 
Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência 
social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.
A letra b também seguiu a literalidade da Resolução que trata sobre os 
princípios fundamentais de contabilidade, senão vejamos:
Assim, desta assertiva abstraiam o entendimento de que os princípios 
fundamentais são, como era de esperar, a essência da Contabilidade, 
concebendo o patrimônio como objeto da contabilidade. Repita-se: o
patrimônio é o objeto da contabilidade. O item está correto.
c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes.
Segundo a resolução 750 atualizada:
Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a NECESSIDADE da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição.________________________________________________________
O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade! 
Esta parte está escorreita.
Afirma, também, a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de 
um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
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independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma 
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins 
lucrativos.
Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com 
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição. Há, pois, a NECESSIDADE (e não desnecessidade) de 
diferenciação.
Portanto, falar em princípio da entidade é distinguir o patrimônio dos sócios do 
patrimônio da pessoa jurídica. OK? Item incorreto, portanto, gabarito da 
questão.
d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. 
A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta 
em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Esse item está correto e também reproduz a literalidade da norma (art. 4°, 
parágrafo único). Exemplifiquemos!
Uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. Suponhamos que 
essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à empresa, mas a 
empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo sofrer 
operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a natureza da 
entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade, mas a 
recíproca não é verdadeira.
A segunda parte também está correta. A soma ou agregação contábil de 
patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de 
natureza econômico-contábil. No caso de consolidação de balanços entre 
empresas controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos 
uma nova entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, 
que será evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações consolidadas.
e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o 
da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o 
da prudência.
O item também está correto. São estes os princípios que a Resolução do CFC 
traz como fundamentais. Com a edição do CFC 1.282/10, o princípio da 
atualização monetária foi incorporado ao princípio do registro pelo valor 
original.
Gabarito ^ C.
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2. (ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única opção 
correta.
a) Ativo
b) Capital Social
c) Passivo
d) Patrimônio
e) Patrimônio Líquido
Comentários
Conforme regramento do artigo 2° do CFC 1.282, o objeto da contabilidade é o 
PATRIMÔNIO DAS ENTIDADES.
Gabarito ^ D.
3. (ESAF/APOF/SP/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa 
falsa.
a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas 
não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por 
período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.
c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo
e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base 
de valor para a Contabilidade.
d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem 
como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem 
condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.
e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente 
válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que 
apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.
Comentários
Item a item, comentemos...
a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas 
destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.
O que é a questão quer dizer, em outras palavras é: o patrimônio dos sócios é 
distinto do da entidade. Correto ou errado? Correto.
Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da
diferenciação de um Patrimônio particular no universodos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de
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pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição.________________________________________________________
b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar 
por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências 
em contrário.
Esta alternativa é de 2009 e versa sobre a Deliberação CVM n. 29/1986. Ocorre 
que referida norma fora revogada com o surgimento do CPC 00 e edição pela 
CVM da Resolução 539/2008 (Estrutura conceitual básica da contabilidade). 
Inobstante, mesmo sendo posterior à revogação da CVM n. 29, a banca cobrou o 
assunto, tal como estivesse em vigor.
Segundo a revogada deliberação, item 2 - Postulado da continuidade das 
entidades: "Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá viver 
(operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam fortes 
evidências em contrário...”.
Assim, a Contabilidade, entre a vida e a morte, escolhe sempre a primeira. De 
fato, esta é uma constatação do histórico dos negócios; não existe, a priori, 
nenhum motivo para julgar que um organismo vivo venha a ter morte súbita ou 
dentro de curto prazo. Ainda mais, as entidades são organismos que renovam 
suas células vitais através do processo de reinvestimento.
O Postulado da Continuidade tem outro sentido mais profundo que é o de 
encarar a entidade como algo capaz de produzir riqueza e gerar valor 
continuadamente sem interrupções.
Portanto, a ESAF cobrou a questão desta forma, a despeito de estar a norma 
inteiramente revogada. Item correto.
c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para 
fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade 
representa a base de valor para a Contabilidade.
Esta assertiva também versou sobre item revogado da antiga deliberação sobre 
Estrutura Conceitual Básica. Trata-se do princípio do registro pelo valor original. 
Todavia, mesmo se não conhecéssemos tal enunciado, conseguiriamos acertar. 
Senão vejamos:
Art. 7° O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE REGISTRADOS PELOS 
VALORES ORIGINAIS DAS TRANSAÇÕES, expressos em moeda nacional.
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§ 1° AS SEGUINTES BASES DE MENSURAÇÃO DEVEM SER UTILIZADAS em
graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I - CUSTO HISTÓRICO. OS ATIVOS SÃO REGISTRADOS PELOS VALORES 
PAGOS OU A SEREM PAGOS EM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA OU 
PELO VALOR JUSTO DOS RECURSOS QUE SÃO ENTREGUES PARA 
ADQUIRI-LOS NA DATA DA AQUISIÇÃO. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;
O item, portanto, está correto.
d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de 
servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não 
constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de 
Contabilidade.
Este é o nosso GABARITO. O item está incorreto.
Segundo a Resolução atualizada do CFC 750:
Art. 1° § 1° A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no 
exercício da profissão e CONSTITUI CONDIÇÃO DE LEGITIMIDADE DAS 
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE (NBC).____________________
e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, 
igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a 
Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o 
ativo e o maior para as obrigações.
Trata-se do já falado princípio contábil da prudência, transcrito:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.____________________________
Gabarito ^ D.
4. (ESAF/AFRE/MG/2005) Assinale a opção que contém afirmativa correta sobre 
princípios fundamentais de contabilidade.
a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da 
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio 
líquido.
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b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a 
adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do 
período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência.
d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é 
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas 
não atende ao princípio da continuidade.
e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade 
e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no 
universo dos patrimônios existentes.
Comentários
a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da 
competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor 
patrimônio líquido.
Esta alternativa se refere, na verdade, ao princípio da prudência (e não o da 
competência, como proposto).
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se 
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações 
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.____________________________
Pelo princípio da competência as receitas e despesas devem ser apropriadas ao 
resultado do exercício a que pertencerem.
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: TEMOS DE OLHAR PARA O MÊS AO QUAL 
A CONTA SE REFERE (O MÊS DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, O MÊS EM 
QUE FOI UTILIZADA A LUZ, A ÁGUA, ENTREGUE UMA MERCADORIA 
VENDIDA, ETC). NÃO IMPORTA A DATA EM QUE FOI PAGO/RECEBIDO 
EM ESPÉCIE O VALOR.
Por exemplo:
Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao mês de 
novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010.
Quando lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência? 
Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz 
em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo 
lançamento:
D - Despesa com energia elétrica (Despesa - Resultado)
C - Contas a pagar (Passivo)
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Estratégia
C O N C U R S O S ^
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Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no passivo, 
assim:
D - Contas a pagar XXXXX 
C - Caixa XXXXX
Item incorreto.
b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência 
impõe a adoção do menor valor parao ativo e do maior valor para o 
passivo.
A alternativa também corresponde ao princípio da prudência.
Item incorreto.
c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do 
resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da 
prudência.
A questão trouxe à tona o princípio da competência, conforme explanado no 
item a.
d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é 
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua 
geração, mas não atende ao princípio da continuidade.
A questão se refere ao princípio da competência. Vocês precisam saber, 
contudo, que a observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à 
correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar 
diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do 
resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de 
geração de resultado. Assim, devemos apropriar receitas e despesas no 
resultado no pressuposto de que a entidade continuará funcionando.
e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da 
contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o 
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.
Este é o nosso gabarito! Quando sócios decidem explorar um negócio mediante 
sociedade, entregando a ela bens e direitos, devem ter a plena convicção de que 
estes valores não mais pertencerão a eles, mas, sim, à sociedade. Assim, não 
podemos confundir os bens dos sócios (pessoais), com os bens da sociedade.
Gabarito ^ E.
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5. (ESAF/Analista Contábil/SEFAZ/CE/2006) Assinale abaixo a opção que contém 
a assertiva verdadeira.
a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social as 
despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento, 
enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem 
efetivamente realizadas.
b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente 
válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for 
do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.
c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem 
adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos 
que o valor tenha sido alterado já na época da compra.
d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de 
patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de 
bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o 
menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.
Comentários
a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício 
social as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu 
vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em 
que forem efetivamente realizadas.
O item está incorreto. A questão está se referindo ao regime de caixa.
REGIME DE CAIXA;
Consideramos os pagamentos e os recebimentos, independente de quando 
ocorreu a receita ou despesa. Por exemplo. Venda de mercadoria em maio, para 
entrega em julho, para recebimento em setembro.
A receita será reconhecida em setembro.
Conta de energia recebida em maio, referente à utilização do mês de maio, para 
pagamento em julho. A despesa será reconhecida somente em julho.
Isso tudo sob a ótica do regime de caixa.
REGIME DE COMPETÊNCIA
Temos de olhar pra quando a receita ou despesa se refere. No exemplo acima, a 
receita seria reconhecida em julho (com a tradição, isto é, entrega da 
mercadoria). Já a despesa seria reconhecida em maio (que é quando utilizamos 
a luz).
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Item incorreto. Na contabilidade devemos utilizar o regime de competência.
b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores 
igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o 
menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.
Pelo princípio da prudência deverá considerar:
MAIOR VALOR PARA O PASSIVO;
MENOR VALOR PARA O ATIVO.
Item incorreto.
c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um 
bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de 
aquisição, a menos que o valor tenha sido alterado já na época da 
compra.
O item está incorreto. O princípio contábil do custo como base de valor ou 
registro pelo valor original indica que:
Art. 7° O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os 
componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE REGISTRADOS PELOS 
VALORES ORIGINAIS DAS TRANSAÇÕES, expressos em moeda nacional.
§ 1° As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos 
e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I - Custo histórico. OS ATIVOS SÃO REGISTRADOS PELOS VALORES 
PAGOS OU A SEREM PAGOS EM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA OU 
PELO VALOR JUSTO DOS RECURSOS QUE SÃO ENTREGUES PARA 
ADQUIRI-LOS NA DATA DA AQUISIÇÃO. Os passivos são registrados pelos 
valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em 
algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os 
quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; 
e
Isto é, os ativos são registrados pelo custo. Se o preço de aquisição ou mercado 
houver sido alterado já na data da compra, isto não importará. O que importa é 
o quanto se pagou no momento pela aquisição da mercadoria.
Por exemplo. Compramos mercadoria por R$ 100,00. No momento da entrega, 
todavia, a mercadoria tinha valor de mercado de R$ 90,00. Vamos registrar a 
mercadoria pelo valor de custo. Apenas posteriormente é que faremos uma 
provisão para ajuste ao valor de mercado.
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Questão mal redigida (como típico em algumas da ESAF). Item incorreto.
d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito 
de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o 
conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa.
Este é o nosso gabarito. O conjunto de bens, direitos e obrigações de uma 
pessoa é definido como PATRIMÔNIO. É importante haver essa distinção entre 
o patrimônio social (da sociedade) e o patrimônio pessoal dos sócios. Existe uma 
imputação das relações de direito sobre a pessoa jurídica. Ela é que passa a ser 
sujeito de direito, e não os sócios. Os bens, direitos e obrigações ficam a ela 
(sociedade) atribuídos e responderão por estes atos.
Portanto, a letra d se refere ao princípio da entidade e é o nosso gabarito.
e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, 
dos dois o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil 
da Consistência.
A questão trata, em verdade, do princípio da prudência, da adoção para o menor 
valor o ativo, sempre que possível fazer uma estimativa.
Gabarito ^ D.
6. (ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou um 
caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação 
final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto 
aceitou entregar o caminhãopara integralizá-las, mas combinou com os outros 
sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele, 
João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação. 
O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma 
sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais de 
contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João, 
mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:
a) continuidade.
b) competência.
c) oportunidade.
d) prudência.
e) entidade.
Comentários
João, ao tentar misturar os bens da sociedade com os bens próprios, está 
desrespeitando o princípio contábil da entidade.
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Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da 
diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios 
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com 
ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se 
confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou 
instituição.________________________________________________________
Gabarito ^ E.
7. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção que contém 
uma afirmativa verdadeira.
a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo 
estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo 
Histórico.
b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou 
mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que 
representar um maior ativo ou um menor passivo.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser 
incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem 
os recebimentos ou pagamentos respectivos.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos 
com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade, 
pelo seu valor completo.
e) Existe um princípio contábil chamado "Princípio da Atualização Monetária" que 
reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não 
o valor original; por isso, não se trata de uma "correção", mas apenas de uma 
"atualização" dos valores.
Comentários
Como já estamos fazendo, comentaremos um a um...
Item a: Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante 
o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio 
contabilizado a Custo Histórico.
O item está incorreto. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade 
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação 
dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.
Ademais, não há correlação entre o princípio da continuidade e o contrato social.
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As demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de 
que a entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma, 
presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em 
liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal 
intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis terão que ser 
preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada.
Portanto, item incorreto.
b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver 
duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser 
utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor passivo.
Segundo a Resolução 750 do CFC atualizada:
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO (o inverso do que 
propôs a questão), sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas 
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio 
líquido.___________________________________________________________
Item também incorreto.
c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem 
ser incluídas na apuração do resultado do período em que, 
efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.
A alternativa trouxe à tona o regime de caixa, o qual leva em conta o efetivo 
pagamento ou recebimento das receitas e despesas.
Item também incorreto.
d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis 
sejam feitos com tempestividade! no momento em que o fato ocorra, e 
com integralidade, pelo seu valor completo.
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras 
e tempestivas.
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da 
informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é 
necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação.
Item correto.
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e) Existe um princípio contábil chamado "Princípio da Atualização 
Monetária" que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o 
valor de mercado e não o valor original; por isso, não se trata de uma 
"correção", mas apenas de uma "atualização" dos valores.
O princípio da atualização monetária foi revogado pela resolução 1.282/2010 do 
CFC, sendo incorporado ao princípio do registro pelo valor original.
Gabarito ^ D.
8. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo o princípio 
contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que surjam 
evidências em contrário,
a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro.
b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos 
administrativos.
c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.
d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos 
períodos.
e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos. 
Comentários
Trata a questão do princípio da continuidade, segundo o qual:
Art. 5° O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos 
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC n°. 1.282/10)_____________________________________
O gabarito da questão, portanto, é a letra a. 
Gabarito ^ A.
9. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME utiliza um 
sistema de controle de seus negócios bastante simplificado: as receitas 
correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as despesas 
correspondem às saídas de caixa, como salários pagos, pagamento de contas de 
água, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, a vista ou a 
prazos curtíssimos. A implantação de um sistema tão simples de controle em 
uma indústria de médio porte não poderia ser aceita por não atender ao 
Princípio Contábil
a) da Competência de Exercícios.
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