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* Direito Ambiental A Constituição e o Direito Ambiental Prof. João Hélio * A legislação ambiental brasileira: Constituição Federal de 1988 Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. [...] * A legislação ambiental brasileira Art. 225. [...] § 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; * A legislação ambiental brasileira Art. 225. [...] § 1º [...] IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; * Art. 225. [...] § 1º [...] VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. § 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. [reparabilidade do dano ambiental] A legislação ambiental brasileira * Competência ambiental "é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade ou a um órgão para a emitir decisões. Modalidade de poder para realizar suas funções". José Afonso da Silva. EXCLUSIVA: é a atribuída a uma entidade com exclusão das demais. Ex. art. 21, XXIII - competência exclusiva da União para explorar serviços e instalações nucleares. PRIVATIVA: é a enumerada como a da própria entidade, com possibilidade de delegação e de competência suplementar (competência legislativa). Ex. art. 22, e parágrafo único. COMUM: campo de atuação comum a várias entidade (Federalismo cooperativo). Ex. art. 23 - no conflito vige a ação mais restritiva. CONCORRENTE: possibilidade de dispor sobre o mesmo assunto por mais de uma entidade (prevalência das normas da União pois são gerais. Ex. art. 24 (competência legislativa) SUPLEMENTAR: poder de formular normas que complementem normas gerais ou que supram a ausência ou omissão (vácuo). Ex. art. 24, parágrafos 2º e 3º. * Competência ambiental Art. 23. É COMPETÊNCIA COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE sobre: VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; * Competência ambiental EM SÍNTESE: A divisão de competências entre os entes federados, em regra, segue o denominado princípio da predominância do interesse, segundo o qual compete à União as matérias em que predomine o interesse nacional, aos Estados as de interesse regional e aos Municípios as de interesse local. Pela CF/88, coube aos Estados Federados, via de regra, a competência residual ou remanescente, e à União Federal, as competências expressas ou enumeradas, conforme tradicional técnica consagrada mundialmente de repartição constitucional de competências.
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