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DIRETRIZ 2

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DIRETRIZ 2: PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAÚDÁVEL (PAAS)
Uma das vertentes da Promoção de Saúde. É um conjunto de estratégias que proporciona aos indivíduos e coletividades a realização de práticas alimentares apropriadas aos seus aspectos biológicos e socioculturais bem como ao uso sustentável do meio ambiente.
Alimentação adequada e saudável é entendida pela prática alimentar apropriada, ou seja, há um conjunto de estratégias que proporcionam práticas alimentares de acordo com cada população, respeitando cada cultura, raça, etnia, necessidade por conta da idade, são práticas alimentares de acordo com cada um, individualmente. O alimento deve ser acessível a todos tanto fisicamente quanto financeiramente. Deve ser mantido a harmonia entre qualidade e quantidade do alimento, mantida as boas práticas de higienização; alimentos com menor teor de agrotóxicos, que sejam mais sustentáveis. 
PAAS então tem por objetivo melhorar a qualidade de vida da população por meio de ações voltadas ao coletivo, indivíduos e ambientes com caráter amplo e que respondam a necessidades de saúde da população tendo a contribuição da diminuição do sobrepeso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, entre outras doenças que estão relacionadas a alimentação e nutrição.
A PAAS tem como estratégia então incentivo da criação de ambientes promotores de alimentação adequada e saudável, oferecendo alimentos saudáveis em escolas, ambientes de trabalho, pequenos comércios. Tem como estratégia a educação alimentar e nutricional envolvendo a rotulagem e informação melhorando o perfil nutricional dos alimentos.
Papel do nutricionista: começar a promoção de saúde, alimentação saudável desde a gestante, também nas escolas com aulas para crianças aprenderem sobre os alimentos, implementação da horta comunitária, ou seja, educação nutricional nas escolas, estimular exercícios físicos. Há uma grande dificuldade do profissional nutricionista conseguir garantir a saúde, hoje é muito mais comum as crianças serem obesas do que antigamente, o meio em que vive também pode influenciar, os pais não dando bons exemplos de alimentação, as crianças também não vão ter uma alimentação adequada e saudável.
DIRETRIZ 3: VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Descrição contínua e predição de tendências de condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes.
SISVAN é o órgão que monitora o padrão alimentar, verifica se o que foi proposto está sendo seguido corretamente, por exemplo, a alimentação na escola, incentivo ao aleitamento materno, entre outros. Deve ser incorporado também o acompanhamento nutricional e de saúde das populações assistidas por programas de transferência de renda com o sentindo de potencializar os esforções desenvolvimentos pelas equipes de saúde. O SISVAN também faz o diagnóstico de segurança alimentar.
Os dados que devem ser fornecidos: gênero, idade, sexo, etnia, população específica como os indígenas.
Ou seja, a dificuldade do nutricionista neste caso é o trabalho com populações difíceis de lidar, como os índios que tem uma cultura muito forte, seguem os padrões alimentares há vários anos, várias gerações, para conseguir implementar algo novo, é muito complicado.
A vigilância alimentar e nutricional deve contribuir também com outros setores do governo, como as vistas ao monitoramento do padrão alimentar e indicadores nutricionais que compõem conjunto de informações para a Segurança Alimentar e Nutricional.
Existem também as chamadas nutricionais que permitem estudos sobre alimentação e nutrição infantil bem como de políticas sociais de transferência de renda e acesso a alimentos direcionados a públicos específicos. 
DIRETRIZ 4: GESTÃO DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Articula dois sistemas: SUS e SISAN.
Devem possibilitar a construção de estratégias que serão capazes de elaborar e concretizar processos, procedimentos, fluxos de gestão que promovam a formulação, implementação e monitoramento das ações de alimentação e nutrição.
Estratégias para implementação das diretrizes do PNAN: - aquisição e distribuição de insumos para a prevenção de carências nutricionais específicas;
- adequação de equipamento e estrutura física de serviços de saúde para realização de ações de vigilância alimentar e nutricional;
- garantir processo de educação permanente em alimentação e nutrição para trabalhadores de saúde;
- garantia de processos adequados de trabalho para organização da atenção nutricional no SUS;
Para esta finalidade então, a construção do monitoramento das ações do PNAN parte da identificação da produção e processos desenvolvidos pela gestão federal, acrescidos em cada esfera dos processos de adequação das diretrizes. 
Então, o governo federal, estadual e municipal são o apoio para o SUS e SISAN para adquirirem medicamento, distribuírem este medicamento, fornecimento de treinamentos para os profissionais da área, distribuição de recursos, equipamentos para o melhor atendimento.
DIRETRIZ 5: PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL
A formulação dos planos de saúde deve ter a participação da população, com poder deliberativo e/ou de caráter consultivo. Ou seja, a população deve fazer parte das decisões. 
O debate sobre o PNAN e suas ações criam condições para a reafirmação de seu projeto social e político e devem ser estimuladas. Foram criadas então as Comissões Intersetoriais de Alimentação e Nutrição (CIAN) tanto estadual, distrital e municipal que potencializa o debate sobre o PNAN, neste sentido então, deverá ser fortalecido o papel dos conselheiros de saúde em relação aos direitos humanos à saúde e alimentação, definição e acompanhamento de ações derivadas do PNAN em seu âmbito de atuação.
A participação social deve estar presente nos processos cotidianos do SUS. Assim, deve ser reconhecido e apoiado o protagonismo da população na luta pelos seus direitos à saúde e alimentação. 
Equipe multidisciplinar: o nutricionista ajuda na implementação dos programas, identifica fatores e famílias que estão em risco nutricional, crianças, gestas; atua na educação nutricional, treinamento de equipes de saúde.
DIRETRIZ 6: QUALIFICAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO 
Qualificação dos profissionais que estão relacionado a área da saúde, profissionais devem ser qualificados para a resolução de problemas da população. Ou seja, é necessário a qualificação destes de acordo com as necessidades de saúde, alimentação e nutrição da população.
É necessário desenvolver mecanismos de qualificação da força de trabalho para a gestão e atenção nutricional, valorização dos profissionais da saúde estimulando e viabilizando a formação e educação permanente, garantia de direitos trabalhistas e previdenciários, qualificação de vínculos de trabalho e implantação de carreiras que associem desenvolvimento de trabalhos com a qualificação dos serviços ofertados.
Educação permanente em saúde revela a principal estratégia para qualificar as práticas de cuidado, gestão e participação popular. Os cursos de graduação e pós-graduação na área da saúde, especialmente na área da nutrição, deve contemplar a formação de profissionais que atendam às necessidades sociais em alimentação e nutrição e que estejam relacionados com os princípios do SUS e do PNAN. Os Centros Colaboradores de Alimentação e Nutrição (CECAN são parceiros para articular as necessidades do SUS com a formação e qualificação dos profissionais de saúde. 
CECAN é localizado em instituições públicas e credenciados pelos Ministério da Saúde apoiando o desenvolvimentos do PNAN.
DIRETRIZ 7: CONTROLE E RPlanejamento de ações que vão garantir a qualidade nutricional dos alimentos, controlando e prevenindo riscos à saúde se faz presente para a promoção da alimentação adequada e saudável e proteção da saúde. 
É de grande preocupação também a oferta de alimentos saudáveis com a garantia de qualidade biológica, sanitária (microbiológico e toxicológico), nutricional (teor de macro e micronutrientes) e tecnológica à população desde a produção até a distribuiçãodeste alimento onde a responsabilidade é partilhada com diferentes setores do governo e sociedade.
Deve-se também ter fortificação obrigatória de alimentos e reformulação do perfil nutricional de alimentos processados, diminuição de gorduras, açúcares e sódio. 
Monitoramento de propagandas e publicidade de alimentos que devem passar informações claras e precisas tentando proteger o consumidor de práticas abusivas e enganosas. A rotulagem nutricional dos alimentos constitui o direito à informação. O acesso a essa informação fortalece a capacidade de análise e decisão do consumidor, ou seja, a rotulagem deve ser clara e precisa para auxiliar o consumidor na hora da escolha de alimentos mais saudáveis.
DIRETRIZ 8: PESQUISA, INOVAÇÃO E CONHECIMENTO EM ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Governo dá apoio ao desenvolvimento de pesquisas, tecnologias, na área da alimentação e nutrição em saúde coletiva possibilitando assim a geração de evidências e instrumentos necessários para a implementação do PNAN.
Em relação ao conhecimento da situação alimentar e nutricional, o Brasil tem o SISVAN como sistema de informação de saúde bem como as pesquisas periódicas de base populacional nacional e local.
É importante que as fontes de informação sejam mantidas e fortalecidas e que a documentação do diagnóstico alimentar seja realizada por regiões, etnias, gêneros, grupos populacionais, escolaridade permitindo visualizar a determinação social do fenômeno. 
Deve ser mantido agenda de prioridades para cada região, cada uma tem um tipo de carência, ou seja, é feito uma agenda de prioridades para saber qual região está mais prejudicada e após isso é pautada na agenda nacional (governo nacional) para que seja elaborado políticas para ajudar nessas carências.
Há também o apoio dos Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição (CECAN) que cooperam técnico-cientificamente vendo o que deve ser aprimorado e fortalecido a medida que evidências são produzidas para contribuir para o fortalecimento da gestão e atenção nutricional na rede de atenção à saúde do SUS.
DIRETRIZ 9: COOPERAÇÃO E ARTICULAÇÃO PARA A SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Segurança alimentar e nutricional (SAN) consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidades suficientes sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base as práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis.
Ações direcionadas: - melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas de transferência de renda;
- visar o aumento de acesso a alimentos saudáveis;
- promoção de alimentação saudáveis em ambiente escolar, creches, presídios, locais de trabalho, hospitais, restaurantes comunitários;
- articulação com redes de educação e sócio-assistencial para promoção de educação alimentar e nutricional; 
- articulação com a vigilância sanitária para regular a qualidade dos alimentos processados e apoio à agricultura familiar, reforma agrária e comunidades que fazem parte da produção de alimentos do país.

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