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PNAN - Política Nacional de Alimentação e Nutrição.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, integra os esforços do Estado Brasileiro que, por meio de um conjunto de políticas públicas, propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação.
A completar-se dez anos de publicação da PNAN, deu-se início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de forma a consolidar-se como uma referência para os novos desafios a serem enfrentados no campo da Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Saúde.
Em parceria com a Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN), do Conselho Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde conduziu um amplo e democrático processo de atualização e aprimoramento da Política, por meio de 26 Seminários Estaduais e do Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição – PNAN 10 anos que contaram com a presença de conselheiros estaduais e municipais de saúde; entidades da sociedade civil; entidades de trabalhadores de saúde; gestores estaduais e municipais de Alimentação e Nutrição e da Atenção Básica; conselheiros estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional; Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição vinculados a universidades e especialistas em políticas públicas de saúde e de alimentação e nutrição.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
A PNAN tem por pressupostos os direitos à Saúde e à Alimentação e é orientada pelos princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde (universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização e hierarquização e participação popular), aos quais se somam os princípios a seguir:
- A Alimentação como elemento de humanização das práticas de saúde.
- O respeito à diversidade e à cultura alimentar.
- O fortalecimento da autonomia dos indivíduos
- A determinação social e a natureza interdisciplinar e intersetorial da alimentação e nutrição.
- A segurança alimentar e nutricional com soberania.
Está organizada, também, em diretrizes que indicam as linhas de ações para o alcance do seu propósito, capazes de modificar os determinantes de saúde e promover a saúde da população. Sendo consolidadas em:
1. Organização da Atenção Nutricional;
Reestruturar os serviços de saúde para que estejam capacitados para o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição, que configuram o atual cenário epidemiológico nutricional do país. Nessa diretriz também devem ser incluídas as ações de vigilância para identificar os determinantes e condicionantes desses agravos, bem como seus principais grupos de risco.
2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável;
Essa diretriz inclui estratégias que proporcionem à população a adoção de práticas alimentares promotoras da saúde e ambientalmente sustentáveis, que sejam adequadas aos seus aspectos sociais, culturais e biológicos.
Envolve ações de educação alimentar e nutricional, além de regulação dos alimentos (rotulagem, publicidade, melhoria do perfil nutricional) e a oferta de alimentos saudáveis nas escolas e no ambiente de trabalho.
O desenvolvimento de habilidades pessoais em alimentação e nutrição implica pensar a educação alimentar e nutricional como processo de diálogo entre profissionais de saúde e a população, de fundamental importância para o exercício da autonomia e do autocuidado.
3. Vigilância Alimentar e Nutricional;
Diretriz que objetiva descrever a importância da identificação da distribuição, magnitude e tendência da transição nutricional, bem como seus principais determinantes.
Essa documentação pode ser obtida por meio da obtenção de informações nos sistemas de saúde, na realização de inquéritos populacionais e na condução de estudos científicos.
Essas ações possibilitam traçar o diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população para orientar o planejamento de políticas governamentais de promoção da saúde e da alimentação saudável.
4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição;
Essa diretriz salienta a importância da articulação da agenda de alimentação e nutrição com os demais setores governamentais e com as ações e políticas do SUS (intersetorialidade).
A diretriz pontua a importância de implementar a PNAN no Sistema Único de Saúde. Para isso, esse sistema deve ser reestruturado para promover melhorias nas condições de alimentação e nutrição da população.
Estratégias prioritárias para implementação das diretrizes da PNAN no SUS:
- A aquisição e distribuição de insumos para prevenção e tratamento das carências nutricionais específicas;
- A adequação de equipamentos e estrutura física dos serviços de saúde para realização das ações de vigilância alimentar e nutricional;
- A garantia de processo de educação permanente em alimentação e nutrição para trabalhadores de saúde;
- A garantia de processos adequados de trabalho para a organização da atenção nutricional no SUS. 
5. Participação e Controle Social;
Firma a importância do envolvimento da população no acompanhamento e na execução das ações descritas na PNAN. Essa diretriz busca estimular o protagonismo da sociedade civil na luta pelos seus direitos de cidadania relacionados à saúde e à nutrição
6. Qualificação da Força de Trabalho;
Descreve a importância da qualificação dos gestores e profissionais de saúde e nutrição para implementar as ações sugeridas pela PNAN: ações de alimentação e nutrição direcionadas à atenção e vigilância alimentar e nutricional, promoção da alimentação saudável e da SAN.
Essa qualificação pode ser alcançada com a educação permanente dos profissionais dessa área.
Os cursos de graduação e pós-graduação na área de saúde, em especial de Nutrição, devem contemplar a formação de profissionais que atendam às necessidades sociais em alimentação e nutrição e que estejam em sintonia com os princípios do SUS e da PNAN.
7. Controle e Regulação dos Alimentos; 
Essa diretriz envolve ações que garantam a segurança sanitária dos alimentos com vistas à prevenção e ao controle dos riscos à saúde da população.
Para alcançar esse objetivo será necessário fortalecer as ações de monitoramento da qualidade dos alimentos do ponto de vista sanitário (microbiológico e toxicológico) e nutricional (teores de macro e micronutrientes).
Pretende-se alcançar a redução dos teores de açúcares, gorduras e sódio dos alimentos processados, bem como monitorar a publicidade de alimentos no país.
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição;
Essa diretriz salienta a importância do apoio a pesquisas na área de alimentação e nutrição que permitam o diagnóstico da situação alimentar e nutricional e a avaliação dos programas e ações propostos pela PNAN. Esse apoio possibilita com que os gestores tenham acesso a informações para a reorganização da atenção nutricional no SUS.
A PNAN sugere que esses estudos documentem o diagnóstico alimentar e nutricional das diversas regiões e grupos populacionais do país a fim de identificar os principais determinantes sociais dos fenômenos estudados.
9. Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional.
De acordo com a PNAN, a garantia da SAN para a população brasileira dependerá do processo de articulação intersetorial para que sejam conduzidas políticas de desenvolvimento econômico e social.
A intersetorialidade justifica-se pela impossibilidade do setor saúde atuar sobre os determinantes da IAN no pais.

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