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A pratica fonoaudiologica na GAGUEIRA (1)

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A Prática Fonoaudiológica no 
Tratamento da 
GAGUEIRA 
Ignês Maia Ribeiro
Mirela Pollini Caputo
www.gagueiraonline.com.br
consultorio.fono@gmail.com
1
CONTEÚDO:
• Fluência
• Disfluência
• Distúrbios da Fluência: 
• Taquilalia
• Taquifemia
• Gagueira Neurogênica
• Gagueira Psicogênica
• Gagueira do Desenvolvimento
• (Gagueira Oculta ou Encoberta) ;
• Avaliação 
• Tratamento 
2
Fluência 
Definição: Não há consenso. 
ASHA: 
A Fluência é um aspecto da produção da fala que se refere a continuidade, 
suavidade, velocidade (taxa de elocução) e/ou o esforço com o qual as 
unidades fonológicas, lexicais, morfológicas e/ou sintáticas da linguagem são 
expressas.
ASHA (American Speech-Language-Hearing Association), 1999.
www.asha.org
3
DISFLUÊNCIAS
� São rupturas da fluência.
4
DISFLUÊNCIAS
� Tipologia:
1. Disfluências comuns ou típicas;
2. Disfluências atípicas ou gaguejadas.
� Frequência de disfluências esperada em adultos:
� 10% totais (comuns + atípicas)
� 2% atípicas
� Frequência de disfluências esperada em crianças: 12%
5
DISFLUÊNCIAS COMUNS
�Ocorrem na fala de qualquer pessoa;
�Maior incidência no período de aquisição da linguagem;
�A criança não nota.
� Ocorrem principalmente por:
� incertezas no planejamento linguístico ;
� uso de palavras pouco conhecidas ;
� uso de frases complexas. 
6
DISFLUÊNCIAS em crianças
� Não há fortes interrupções/ alterações respiratórias; 
� Não há evidência de tensão vocal; 
� manifestação: entre 2 e 6 anos;
�curto tempo de duração: 
� 6 a 10 semanas – Bohnen,2005
7
DISTDISTÚÚRBIOS DA FLURBIOS DA FLUÊÊNCIA: NCIA: 
� Taquilalia
� Taquifemia
� Gagueira psicogênica (pseudo-gagueira)
� Gagueira neurogênica (lesão detectável) 
� Gagueira do Desenvolvimento 
�persistente ou transitória 
� ����Gagueira Encoberta / Oculta
8
DistDistúúrbios da Flurbios da Fluêênciancia
� Taquilalia:
• Velocidade de fala aumentada.
• Prejuízo da inteligibilidade da mensagem. 
• Não há aumento significativo das disfluências comuns ou atípicas.
• Não há outras alterações de linguagem (dificuldades sintáticas ou linguagem 
confusa). 
� Taquifemia ou “cluttering” :
• Taxa de elocução aumentada e/ou irregular;
• Disfluências comuns excesivas;
• Falta de organização;
• Alteração de linguagem;
• Dificuldades escolares;
• Não percebe sua dificuldade.
���� Podem ocorrer junto com a gagueira.
9
DistDistúúrbios da Flurbios da Fluêênciancia
� Pseudo-gagueira (gagueira psicogênica):
• Adultos que nunca gaguejaram antes;
• História anterior de problemas de saúde mental; 
• Seu início está relacionado a um fato de grande pressão emocional;
• A fala é caracterizada basicamente por repetições da sílaba inicial ou da sílaba tônica; 
• Sua gagueira parece muito estranha;
• Há pouca ou nenhuma mudança do padrão da fala; 
• Ausência de picos de fluência na fala ( incluindo fala em coro/paralela, fala com ruído, 
fala decorada);
• Não há preocupação com suas disfluências;
• É mais rara; 
• Encaminhar para tratamento psiquiátrico e psicológico. 
� Gagueira neurogênica (lesão detectável):
• Traumas ou lesões encefálicas; 
• Enfermidade neurovegetativa;
• Tumores;
• Início tardio, sem histórico de disfluência anterior;
• Há pouca ou nenhuma mudança no padrão de fala nas diversas situações;
• Encaminhar para avaliação/tratamento neurológico.
� Gagueira do Desenvolvimento persistente ou transitória 
• Inclui Gagueira Encoberta / Oculta
10
Gagueira do Desenvolvimento
� A gagueira é um distúrbio da fluência caracterizada por 
interrupções involuntárias e atípicas do fluxo da fala, 
prejudicando a produção de uma fala contínua, suave e 
rápida.
� É involuntária e, em geral, intermitente.
• É um distúrbio que atinge mais a linguagem 
espontânea = linguagem auto-espressiva.
11
Gagueira de Desenvolvimento
O problema central: 
� Dificuldade do cérebro em iniciar um som, sinalizar o término de um 
som/ de uma sílaba e passar para o próximo; 
� A pessoa se mantém “presa” até que o cérebro possa gerar 
comandos necessários para dar continuidade.
Alm, P. 2004
www.gagueira.org.br
Imagem: http://thalamus.wustl.edu/course/
12
Gagueira de Desenvolvimento
� Acredita-se que as estruturas cerebrais envolvidas com a 
gagueira do desenvolvimento são os núcleos da base; 
� Os núcleos da base estão envolvidas na automação de 
sequencias motoras rápidas� não fornece pistas sobre a 
temporalização da fala de forma adequada.
• Gagueira como uma condição neuroquímica: atividade acima 
do normal de dopamina, um neurotransmissor que regular os 
movimentos nos núcleos da base. 
(Maguire, G. 2008) ; 
13
Modelo Pré Motor Duplo: as funções motoras dos núcleos da base dependem 
de um sistema maior, o sistema pré-motor medial, que funciona paralelamente ao 
sistema pré-motor lateral. 
(Alm,P.2004)
Imagem: http://www.uni.edu/walsh/basalganglia-2.jpg 
14
•Indivíduos que gaguejam•Indivíduos fluentes
Fox et al., 1996
Falha na ativação normal do lóbulo temporal durante a 
fala, dificulta a organização do planejamento fonológico 
processado nas regiões pré-motoras do cérebro
(Roland et al.,1980; Fox et al., 1996; Schnitzler et al.,1997; De Nil et al.,2000; 
Ingham et al., 2000, Ingham, 2001).
15
Preparação dos movimentos
•Indivíduos fluentes •Indivíduos que gaguejam
Fox et al., 1996
SMA e Área Pré-motora
16
Movimentos da boca
Indivíduos que gaguejam•Indivíduos fluentes
Fox et al., 1996
Área Pré-Motora Inferior
17
Execução dos movimentos
Indivíduos que gaguejam•Indivíduos fluentes
Área Motora Suplementar
Fox et al., 1996
18
•Indivíduos que gaguejam•Indivíduos fluentes
Coordenação de movimentos
Cerebelo Fox et al., 1996
Disfunção maior nas áreas cortical e subcortical do sistema 
de controle motor (Salmelin et al., 2000; Mulligan et al., 2001; 
Sommer et al., 2002). 19
•Indivíduos que gaguejam•Indivíduos fluentes
Feedback Auditivo
Área Temporal Superior
Fox et al., 1996
Ativação das áreas do hemisfério direito na produção 
de palavras de um canto (Jeffries, Fritz e Braun, 2003).
20
Gagueira e genética
• Hoje: conhecidas 10 mutações genéticas associadas à
gagueira, localizadas em quatro genes diferentes (GNPTAB, 
GNPTG, NAGPA e CNTNAP2). 
• Dr. Dennis Drayna
• 55% gagueira genética � subestimado
21
Gagueira do Desenvolvimento
Etiologia
Multifatorial Poligênico: vários genes que atuam em sistema 
conjunto com determinados fatores emocionais, ambientais e linguísticos.
• Hereditário
• Ambiental
• Orgânico
• Lingüístico
• Psicológico
(Ambrose et al., 1993; Yairi et al., 1996; )
� A genética influencia de modo marcante a tipologia da gagueira.
� A genética não influencia na gravidade da gagueira.
(Pereira, T. 2009)
� Condições tanto biológicas quanto psicológicas � severidade da gagueira. 
22
Gagueira do Desenvolvimento
� Distúrbio de fluência que afeta principalmente a linguagem espontânea;
� É um distúrbio cíclico � períodos mais fluentes / períodos menos fluente
(questões biológicas: bioquimicas; pressão; stress );
� Níveis : muito leve, leve, moderada, severa e muito severa (interferem na 
vida social, profissional, afetiva).
� Início: 
Abrupto ----- Gradual ----- Cíclico
� Idade de incidência: 
� 2 a 4 anos 
� 7 a 8 anos
� 9 anos
� até a puberdade: 12 / 14 anos.
23
Gagueira do Desenvolvimento
� Incidência: ao redor de 5%; 
� 50% meninas, 50% meninos
� Prevalência: ao redor de 1% .
�Correlação: 4 homens para 1 mulher. 
�Aproximadamente 80% de das crianças com 
gagueira se recuperam até 4 anos depois do 
surgimento das primeiras disfluências.
(Andrews y Harris, 1964; Yairi y Ambrose, 1999; Mansson, 2000)
24
Disfluências Comuns� Hesitação
� Silenciosas: 1 a 2”
� Audíveis: ah, hum, eh
� Interjeição
� Uma palavra o expressão que no se relaciona com o texto.
� (tipo assim, mas, daí, entende)
�Palavra não terminada
� Palavra incompleta, não retomada posteriormente.
� (Ele comprou uma bó, um jogo novo). 
�Revisão
� Refazer o discurso.
� Comum depois de uma palavra não terminada.
25
Disfluências comuns 
�Repetição de palavra 
� (Vou-vou-vou agora).
�Repetição de palavras monossilábicas
� (eu-eu-eu). 
�Repetição de segmento 
� Repetição de pelo menos 2 palavras completas 
� (Estou muito - estou muito feliz hoje!)
�Repetição de frase
� (Meu pai foi trabalhar. Meu pai foi trabalhar). 
26
Disfluências atípicas (gaguejadas) 
� Repetição de sílaba (pe-pe-pe-perigo)
� Repetição de som (s-s-s-s-sapato)
� Prolongamento _ (f_aca)
� Bloqueio / (/pato)
� Pausa -----
� Intrusão de som ou segmento (ririri; kiukiukiu)
27
Vídeo
28
// é_ ãhãh que eu me lembro e e de eu e eh de eu hã nunca fui assim éd éd hã hum f éh éd hum *
1
 fluente éh eu já me é e ã u m 
é desde quando eu me enten ando ando ando ando en ando ando en*
1 
entendo por ãh gente eu so_u gaga , então não lembro 
assim de uma # d ãh d’eu ser d’eu d éh éh éh éh d ãh falar bem assim nnum lembro // acho que_ é é né éd éd hã ãh sempre foi éh
mas assim é é é hã é éd hã é é é éd hã quando a gente e édhã cresce né você tem que ed parece que é é é dã ãh falar mais né
então eu assim fui um éd uma_ é é é éd ãh cri_ ãh ança muito é é é é n ãh calada daí acho que_*
2
 porque ando ando é éd ando
a*
3
gora que eu é to mais assim hum solta entendeu é é é d é falo mais #, é isso // tenha sido pior? éd ãh quando eu tava hum éd 
ãh quando eu tava a a quando eu tava a quando eu tava d hum grávida d éd ãh piorou // é piorou mais é é éd éd ãh talvez assim
tanto porque eu é é éd ãh tinha é é éd ãh sem hum Semp p éd éd ãh*
4
 sempre que tá ãh éd éd ando indo às à à às às consultas 
acho que éd ãh isssso é me deixa_anxava mais éé*
5
 éd ãn nervosa // é // é // é isso, tudo isso // # é ficava // Ééééd ãh eu terminei
é eu terminei o*
5
o colegial aí eu fiz é*
5
 é éd ãh cursinho, mas éd parei éd éd ãh por aí // Era assim_*
5
*
6
os dias ... 
 
*
1
: disfluência com duração de 5 segundos. 
*
2
: prolongamento com oscilação do pich vocal. 
*
3
: início tenso, com aumento da intensidade vocal. 
*
4
: trecho com tensão muscular associada à disfluências, na região de testa e nariz. 
*
5
: tremor vocal. 
*
6
: tremor da musculatura orbicular do lábio durante disfluência. 
� Observou-se tensão na região de ombros e alguma rigidez corporal global durante todo processo de avaliação. 
29
Vídeo
30
Fonoterapia
• Abordagem Neuropsicolinguística:
• Modificação da gagueira� terapia cognitiva 
comportamental.
• Promoção da Fluência � suavização da fala, 
lentificação da velocidade, prolongamento 
silábico e modelagem da fala.
31
Tratamento fonoaudiológico 
Estratégias de auto percepção de si e de sua fala.
� instrumentalizá-lo para que modifique.
� Compreender anatomofisiologia da produção da fala e voz. 
� Perceber características da sua gagueira quanto à tipologia das 
disfluências, taxa de elocução verbal , tensões, movimentos 
involuntários, outros.
�Questionários, assistir vídeos, trabalhar a musculatura e práticas 
negativas.
32
Tratamento Fonoaudiológico
• Alongamento/ relaxamento corporal e de musculatura 
específica;
• Respiração:
– padrão natural e relaxado.
• Coordenação Pneumofonoarticulaória
33
Estratégias � gagueira:
• Prática negativa (100% tensão / 50% / 0%);
• Cancelamento;
• Pull-out ;
• Preparatory set.
34
Tratamento Fonoaudiológico
• Inícios suaves
• Transição suaves entre palavras 
• Diminuição da velocidade da fala
• Pré-requisito para aprender a falar fluentemente
35
Tratamento fonoaudiológico
Transferência gradativa para a fala espontânea: 
Do mais simples ao mais complexo 
�Silábico / vocabular;
�Orações curtas;
�Curtas descrições de figuras de ação; 
�Falando sobre “cartoons”
�Responder a perguntas simples;
�Responder a perguntas mais complexas;
� Relatar acontecimentos de sua vida diária;
�Comentar uma notícia/ um fato.
36
Trabalhar :
• Telefone;
• Dados pessoais;
• Saudações ;
• Contato de olho;
• Atitudes comunicativas;
• Gestos apropriados para a comunicação.
37
Processo de alta 
• Quem determina ?
• Qual o momento ?
• - crianças 
• - adolescentes
• - adultos 
38
Distúrbios da fluência: atualização contínua !
39 40
41
Obrigada,com carinho !
Ignês Maia Ribeiro
ignes@uol.com.br
Mirela Pollini Caputo
mirela@gmail.com
www.gagueiraonline.com.br/blog/
www.gagueira.org.br
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