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Relatório Vistorias Comunidades Terapêuticas MG

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Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS 
SUPERINTENDÊNCIA DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
DIRETORIA DE SISTEMAS LOGÍSTICOS E DE APOIO ÀS REDES 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE VISTORIAS EM 
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DO 
PROGRAMA ALIANÇA PELA VIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS 
COORDENAÇÃO ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS 
ABRIL – 2016 
 
 
 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS 
SUPERINTENDÊNCIA DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE 
DIRETORIA DE SISTEMAS LOGÍSTICOS E DE APOIO ÀS REDES 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................2 
2 VISTORIAS NAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DO PROGRAMA CARTÃO ALIANÇA 
PELA VIDA................................................................................................................................4 
2.1 O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DAS VISTORIAS.......................................................4 
2.1.2 PANORAMA DAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS....................................................6 
2.2 ANÁLISE DOS DADOS ENCONTRADOS NAS VISTORIAS (Gráficos)............................8 
2.3 IRREGULARIDADES ENCONTRADAS NAS VISTORIAS (Quadro descritivo)...............36 
2.3.1 Descumprimento das normas e legislações do Cartão Aliança pela Vida.....................36 
2.3.2 Violações de Direitos Humanos.....................................................................................36 
2.3.2.1 Punições físicas, psicológicas, constrangimentos e maus-tratos...............................36 
2.3.2.2 Violações do direito à liberdade, privacidade e à livre circulação...............................38 
2.3.2.3 Violações do direito à saúde.......................................................................................39 
2.3.2.4 Violações de direitos dos adolescentes......................................................................40 
2.3.3 Exploração de mão de obra, trabalho compulsório, falta de segurança no trabalho....40 
2.3.4 Alimentação e estrutura física de péssima qualidade....................................................41 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................42 
ANEXO....................................................................................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
1. INTRODUÇÃO 
 
Este relatório é a apresentação dos resultados encontrados a partir de vistorias ocorridas no 
período de agosto a dezembro de 2015, em comunidades terapêuticas habilitadas pelo 
Programa Cartão Aliança Pela Vida, um dos eixos do Programa Aliança pela Vida, criado, em 
2012, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. 
 
Para tanto, se faz necessário contextualizar que tal programa estadual preconizava ações de 
investimento de recursos financeiros públicos em entidades privadas relacionadas ao uso de 
drogas, sendo estruturado por três eixos: 1) Realização de convênios com comunidades 
terapêuticas e afins para financiamento de construções, compra de materiais de consumo e 
permanentes, etc; 2) Território Aliança: financiamento para atividades de abordagem de 
pessoas usuárias de drogas em situação de rua e compra de veículos de transporte, e 3) 
Cartão Aliança Pela Vida: custeio de internação em comunidades terapêuticas. A evidente 
priorização, pelo governo estadual da época, do Programa Aliança pela Vida em detrimento 
da implantação e fortalecimento dos serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico e seus 
similares que compõem a Rede de Atenção Psicossocial - RAPS (Portaria Ministerial 
3088/2011) é constatável nos Planos Plurianual de Ação Governamental (PPAG) previstos 
para os anos de 2014 e 2015: 
 
PLANO PLURIANUAL DE AÇÃO GOVERNAMENTAL - PPAG 
INVESTIMENTO ANO 2014 ANO 2015 
PROGRAMA ALIANÇA PELA 
VIDA (AÇÃO 4030) 
26.000.000,00 45.000.000,00 
REDE DE ATENÇÃO 
PSICOSSOCIAL - RAPS (AÇÃO 
4107) 
11.325.450,00 23.000.000,00 
 
 
A Coordenação Estadual de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas de Minas Gerais (gestão 
2015-2018) ao realizar uma avaliação e diagnóstico situacional do referido programa 
3 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
constatou o descumprimento de cláusulas da legislação que institui e regulamenta o 
Programa Cartão Aliança pela Vida, a saber: (1) Contrato assinado entre a Secretaria de 
Estado de Saúde de MG e as comunidades terapêuticas, com a interveniência das 
secretarias municipais de saúde; (2) Termo de Adesão (Anexo Único da Deliberação CIB-
SUS/MG nº 1.297, de 24 de outubro de 2012) celebrado entre a SES/MG e as prefeituras 
municipais; e (3) Edital nº26/2013 e Edital 39/2014, ambos de credenciamento/habilitação de 
comunidades terapêuticas para a ação governamental Cartão Aliança pela Vida, a maioria 
desde o início do programa, ocasionando inexistência de controle e regulação da prestação 
dos serviços e de seu respectivo financiamento, falta de fiscalização e de observância da 
qualidade da assistência prestada pelas comunidades terapêuticas contratadas, assim como 
em relação aos municípios aderidos ao programa que são responsáveis pela regulação dos 
encaminhamentos dos usuários para internação nestas instituições. 
 
Apesar dos documentos citados acima deixarem claro que é responsabilidade da 
Coordenação Estadual de Saúde Mental acompanhar a execução das ações pactuadas do 
Cartão Aliança Pela Vida utilizando-se de procedimentos de supervisão indireta ou local, bem 
como verificar, controlar, regular, avaliar, fiscalizar, e auditar as ações e serviços prestados, 
nada disso foi cumprido pela gestão anterior. 
 
Portanto, assumindo sua responsabilidade e frente à situação encontrada, a Secretaria de 
Estado de Saúde iniciou uma série de medidas, sendo a primeira delas a revogação do Edital 
nº 39/2014, extinguindo a possibilidade de novas habilitações e circunscrevendo o Programa 
Cartão Aliança pela Vida, naquele momento, a 74 comunidades terapêuticas credenciadas e 
suas respectivas 1.275 (um mil duzentos e setenta e cinco) vagas, sendo desembolsado pelo 
estado, o valor mensal de R$ 1.721.250,00 (um milhão, setecentos e vinte e um mil, 
duzentos e cinqüenta Reais) para as referidas instituições. 
 
Através de outra medida necessária, também devido à iminência de vencimento contratual 
de comunidades terapêuticas habilitadas através do Edital 26/2013, que previa prazo de 
vigência de 24 meses, iniciou-se o processo de vistorias nestas instituições, totalizando 42 
(quarenta e duas). Vale lembrar que este total também contempla algumas comunidades 
terapêuticas em outras situações, como por exemplo, mudança de local de funcionamento 
sem aviso prévio, etc. 
4 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936Ponto importante a destacar com relação às estratégias de regulação do Programa Cartão 
Aliança Pela Vida se deu a partir da construção do documento “Alinhamento da Política de 
Drogas da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais”, baseado em toda legislação já 
existente sobre o programa, que se consolidou a partir da realização de reuniões para 
apresentação do mesmo, acompanhamento e monitoramento das ações tanto por parte dos 
municípios aderidos, como das comunidades terapêuticas contratadas. 
 
Neste contexto é que se fez possível uma nova construção diante da realidade encontrada e 
uma inversão com relação a prioridade dos investimentos financeiros e também da 
orientação da Política de Saúde Mental do Estado de Minas Gerais, alicerçada pelos 
princípios do SUS, da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial e da Redução de Danos, em 
conformidade com a Lei 10.216/2001, Portaria MS 3088/2011 e demais legislações vigentes. 
 
Numa próxima oportunidade apresentaremos novo relatório contendo as informações e os 
dados sobre os processos de auditoria de comunidades terapêuticas que foram abertos 
mediante denúncias feitas por usuários e municípios em decorrência de irregularidades e 
ilegalidades na gestão do recurso público e/ou nas condições assistenciais. 
 
A seguir, trataremos de expor a realidade encontrada nas vistorias realizadas em 42 
comunidades terapêuticas do Programa Cartão Aliança Pela Vida. 
 
2. VISTORIAS NAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS DO PROGRAMA CARTÃO 
ALIANÇA PELA VIDA 
 
2.1. O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DAS VISTORIAS 
 
As vistorias nas comunidades terapêuticas do Programa Cartão Aliança Pela Vida foram 
realizadas no período de agosto a dezembro de 2015 e contaram com a participação de 
representantes da Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Minas Gerais – SES/MG, 
através de membros da Coordenação Estadual de Saúde Mental e das Referências de 
Saúde Mental das Regionais de Saúde e representantes da Secretaria de Trabalho e 
5 
 
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Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
Desenvolvimento Social – SEDESE/MG, ambas as secretarias componentes do Grupo 
Gestor do programa. As Secretarias Municipais de Saúde também participaram das vistorias 
 
A avaliação das entidades se deu baseada na Lei Federal nº 10.216/2001, Portaria GM/MS 
nº 3.088, de 23/12/2011, Portaria GM/MS nº131, de 26/01/2012, RDC nº 29, de 30/06/2011, 
Deliberação CIB-SUS/MG Nº 1.297, de 24/10/2012 e seu Anexo Único, na Resolução 
Conjunta SEEJ/SES/SEDESE nº 43/2013 e Editais de Credenciamento/Habilitação de 
Comunidades Terapêuticas para a Ação governamental Cartão Aliança pela Vida nº26/2013 e 
nº 39/2014, na Constituição Federal Brasileira, com destaque para os artigos 1º, 3º e 5º, na 
Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, 
Desumanas ou Degradantes (Resolução 39/46 da Assembléia Geral das Nações Unidas 
internalizada pelo Decreto nº6085/2007) e pela Declaração Universal dos Direitos 
Humanos/ONU, de 1948. A partir da análise destas legislações foram construídos e utilizados 
dois questionários: um para entrevista dos usuários internados e outro para conhecimento 
geral da comunidade terapêutica, ambos com o objetivo de avaliar aspectos como estrutura e 
condições físicas, proposta de trabalho e funcionamento, questões assistenciais, articulação 
de Rede, cuidados em saúde, fontes de financiamento, recursos humanos, etc. 
 
Salienta-se que durante o processo das vistorias foram realizadas entrevistas individuais com 
cada usuário beneficiário do Cartão Aliança Pela Vida, em espaços que respeitassem o sigilo 
das informações, considerando a importância de dar voz àqueles considerados protagonistas 
e ao mesmo tempo diretamente interessados na construção de Políticas Públicas no campo 
do Sistema Único de Saúde - SUS. Muitos falaram abertamente de suas situações de vida e 
das condições das comunidades terapêuticas, alguns mostraram-se inibidos, 
envergonhados, outros tantos amedrontados, temendo retaliações das instituições. Assim, a 
partir da experiência e olhar de cada um sobre as práticas realizadas nas comunidades 
terapêuticas vistoriadas é que se fez possível a construção dos dados que virão a seguir. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
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2.1.2 PANORAMA DAS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS 
 
Segue abaixo panorama das comunidades terapêuticas do Programa Cartão Aliança pela 
Vida por região de saúde (Tabelas): 
 
TABELA 1 
 
1
13
3
16
1
5
2
3 3
1 1
3
5
1 1
4
6
3
2
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
PANORAMA DAS COMUNIDADES 
TERAPÊUTICAS POR REGIONAL 
 
Tabela 1: refere-se às 74 comunidades terapêuticas habilitadas pelo Programa Cartão Aliança pela Vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
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TABELA 2 
 
 
1 1
8
2
5
1
4
2 2
1 1
3
1 1
2
4
3
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
RELAÇÃO DE COMUNIDADES 
TERAPÊUTICAS VISTORIADAS POR 
REGIONAL
 
Tabela 2: refere-se às 42 comunidades terapêuticas do Programa Cartão Aliança pela vida vistorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2 ANÁLISE DOS DADOS ENCONTRADOS NAS VISTORIAS (Gráficos) 
 
GRÁFICO 1 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 95% (40); 5% (2). 
 
De acordo com o Gráfico 1, 5% das comunidades terapêuticas vistoriadas mantinham 
adolescentes internados em locais voltados para público adulto, ou seja, adolescentes e 
adultos no mesmo espaço físico. Tal situação e suas decorrências se configuram violação a 
diversos dispositivos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 
8.069/1990). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
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GRÁFICO 2 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 57% (24); 41% (17); 2% (1). 
Com relação ao Gráfico 2, observa-se que 57% das comunidades terapêuticas 
declaradamente não atendem ao público que apresenta diversidade sexual, o que demonstra 
discriminação e exclusão e impede o acesso universal, igualitário e o respeito às diferenças. 
41% alegam atender a este público, sendo que nestas comunidades terapêuticas, durante o 
processo de vistoria, foi possível localizar práticas de discriminação e preconceito 
direcionadas ao público LGBT, onde foram presenciadas situações como por exemplo: 
travesti não autorizada a vestir-se como mulher numa comunidade terapêutica para o público 
feminino; uma mulher homossexual que relata sofrer exposição, constrangimento e 
perseguição dentro da instituição. 
É possível concluir que a lógica de funcionamento e tais práticas ferem os princípios da 
Constituição Federal Brasileira e do Sistema Único de Saúde e, em particular, da Política 
Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), 
instituída pela Portaria Ministerial nº 2.836, de 1° de dezembro de 2011, e pactuada pelaComissão Intergestores Tripartite (CIT), conforme Resolução n° 2, de 6/12/2011, que orienta 
o Plano Operativo de Saúde Integral LGBT, descumprindo a CLAÚSULA TERCEIRA do 
Termo de Contrato no item “d) Observância integral dos protocolos técnicos de atendimento e 
regulamentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e demais gestores do SUS”. 
 
10 
 
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GRAFICO 3 A 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 28,58% (12); 28,58% (12); 11,90% (5); 9,52% (4); 9,52% (4); 
9,52% (4); 2,38% (1). 
GRÁFICO 3 B 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 47,61% (20); 28,58% (12); 11,90% (5); 11,90% (5). 
11 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
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Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
De acordo com os Gráficos 3 A e 3 B, todas (100%) as comunidades terapêuticas vistoriadas 
são financiadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). Dentre 
elas, 71,42% recebem financiamento público de duas ou mais fontes, ou seja, além de 
receberem recursos públicos da SES/MG, também recebem da Secretaria de Defesa Social 
de Minas Gerais (SEDS/MG) e/ou da Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (SENAD), 
do Ministério da Justiça e/ou de municípios. 
11,90% recebem financiamento público de 3 fontes e 11,90% recebem de 4 fontes, a saber: 
SES/MG, SEDS/MG, SENAD/MJ e municípios. 
 
GRÁFICO 3 C 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto:50%(21); 45,23% (19); 2,38% (1); 2,38 (1). 
De acordo com o Gráfico 3C, 50% das comunidades terapêuticas vistoriadas informam 
receber recursos financeiros exclusivamente públicos e 45% informam que os recursos 
financeiros são públicos e de caráter particular. 
Em praticamente todas as instituições vistoriadas há relato ou constatação da prática de 
recebimento de doações de todas as espécies, principalmente de alimentos, vindos de 
padarias, sacolões, supermercados,etc. 
 
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Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
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Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 4 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 76% (32); 24% (10). 
 
No Gráfico 4, 76% das comunidades terapêuticas contavam com até 45 (quarenta e cinco) 
leitos no total, atendendo ao item 1.3 do Edital de credenciamento/habilitação de 
comunidades terapêuticas do Cartão Aliança pela Vida: “possuir o máximo de 45 
(quarenta e cinco) leitos no total”. 24% das comunidades terapêuticas vistoriadas 
apresentaram número de leitos superior ao permitido pelo Edital. Pode-se perceber, a partir 
deste dado, a inexistência de regulação do cumprimento do Edital e desrespeito aos critérios 
mínimos exigidos pelo programa, o que traz questionamentos com relação à credibilidade e 
qualidade dos serviços prestados por tais entidades e pelo papel regulador e gestor do 
estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 5 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 67% (28); 31% (13); 2% (1). 
 
No Gráfico 5, 67% das comunidades terapêuticas possuíam vagas contratadas/conveniadas 
com diversas esferas do Poder Público (Municipal, Estadual- SES e SEDS, e Federal) para 
além do número de leitos ofertados, apontando irregularidades quanto à sobreposição de 
recursos financeiros para o mesmo leito e inexistência de leitos ofertados apesar de 
pactuado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 6 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 95% (40); 5% (2) 
 
No Gráfico 6, consta informação a respeito da exigência de enxoval para usuários internados 
nas comunidades terapêuticas vistoriadas. 95% solicitam itens que extrapolam os 
considerados pessoais, o que além de onerar o tratamento para os usuários e suas famílias, 
descumprem a Cláusula Terceira do Termo de Contrato item “c) Todos os serviços, 
ações e atividades executadas pelo(a) CONTRATADA em decorrência do presente 
TERMO, não oferecerão ônus para o paciente em hipótese alguma”. Dentre os itens 
solicitados no chamado “enxoval pessoal” constam, por exemplo: balde, sabão em pó, 
rastelo, colchão, lençol, travesseiro, cobertor, papel higiênico, lista de medicamentos, entre 
outros. Somente 5% não possuem tal exigência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 7 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 52% (22); 48% (20). 
 
No Gráfico 7, 52% das comunidades terapêuticas não possuem qualquer funcionário para a 
limpeza ou cozinha, contratados ou voluntários. Isso significa que todo esse trabalho é 
realizado exclusiva e obrigatoriamente pelas pessoas que encontram-se internadas, a título 
de “tratamento” conhecido como laborterapia. 
 
48% possuem funcionários para ambas as funções ou apenas para uma delas. Mesmo 
nestas condições, todas as pessoas internadas participam da limpeza e da cozinha, em 
regime de rodízio ou não, e muitas vezes como punição por descumprimento de alguma 
norma. 
 
Vale lembrar que a maioria destas instituições funcionam em sítios ou fazendas e possuem 
área externa extensa, além de hortas, plantações e criação de animais, trabalho também 
realizado pelos usuários, na maior parte das vezes sem qualquer monitor, funcionário ou 
acompanhante. 
 
 
 
16 
 
Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/n – Prédio Minas - 12° Andar 
Serra Verde – BELO HORIZONTE – MINAS GERAIS - CEP 30.630-900 
Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 8 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 93% (39); 7% (3). 
 
De acordo com o Gráfico 8, 93% das comunidades terapêuticas têm como “monitores” ou 
“conselheiros” pessoas que já estiveram em tratamento, a maioria sem vínculos formais de 
trabalho e muitos sem formação adequada para acompanhar os usuários durante a 
internação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
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Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 9 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 50% (21); 36% (15); 14% (6). 
 
De acordo com o Gráfico 9, 50% das comunidades terapêuticas usam os próprios usuários 
que no momento encontram-se internados para exercerem funções de “coordenador”, “líder”, 
“monitor” ou “técnico” ocasionando, muitas vezes, relações tensas, desiguais e autoritárias 
com os demais usuários, e privilégios para os “escolhidos”. Além disso, não há qualquer 
remuneração pelas atividades e muitas vezes são os únicos “monitores” ou “oficineiros” 
existentes nas instituições, caracterizando-se como descumprimento dos Editais de 
credenciamento/habilitação de comunidades terapêuticas para o Programa Cartão Aliança 
pela Vida que exigem para o módulo I (15 vagas) a contratação de, no mínimo, um psicólogo, 
um assistente social e dois técnicos e para o módulo II ( 30 vagas) a contratação da equipe 
do módulo I mais um nutricionista,um enfermeiro e dois oficineiros. 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 10 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 57% (24); 43% (18). 
 
De acordo com o Gráfico 10, em 57% das comunidades terapêuticas vistoriadas não é 
permitido fazer uso de tabaco. Tal exigência é algo que inviabiliza o acesso à internação para 
alguns usuários que alegam não querer abster-se também do uso do tabaco, não havendo 
qualquer possibilidade de negociação neste sentido já que a proposta da internação é de 
abstinência total e irrestrita. 
 
Em 43% o uso do tabaco é autorizado mas controlado pela instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fone: (31) 3915-9949 / 3915-9936 
GRÁFICO 11 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 100% (42) 
 
De acordo com o Gráfico 11, 100% das comunidades terapêuticas apresentaram 
irregularidades no cumprimento dos Editais nº 26/2013 e nº 39/2014 de 
Credenciamento/Habilitação para o Programa Cartão Aliança pela Vida, seja por não 
atenderem ao disposto na Deliberação CIB-SUS/MG nº 1.297, de 24 de outubro de 2012, 
seja por não atenderem às exigências relacionadas ao número de leitos existentes e 
recursos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
100% 
IRREGULARIDADES NO CUMPRIMENTO DOS 
EDITAIS DE 
CREDENCIAMENTO/HABILITAÇÃO 
SIM
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GRÁFICO 12 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 93% (39); 7% (3). 
 
Conforme o Gráfico 12, dentre as comunidades terapêuticas vistoriadas, a maioria, 93%, não 
possui projeto terapêutico individual constatável em prontuários, anotações ou práticas, não 
havendo intervenções voltadas para a singularidade e diferenças de cada um. A imposição 
das normas, a metodologia e as práticas realizadas são para todos. Em algumas entidades o 
que foi apresentado como projeto terapêutico individual trata-se de uma rotina a ser cumprida 
por todos, sem exceção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 13 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 52% (22); 48% (20). 
 
Conforme o Gráfico 13, 52% das comunidades terapêuticas encontravam-se com estrutura 
física que não compromete o funcionamento. 48% possuíam condições físicas precárias 
apresentando situações como espaço deteriorado, mobiliários impróprios para uso, sofás 
rasgados, banheiros sem portas, cômodos mofados e com odor fétido, colchões impróprios 
para uso, más condições de higiene, paredes com infiltrações, locais escuros sem 
iluminação, fiações de luz expostas, quartos possuindo muitas camas sem espaço de 
circulação entre elas, dentre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 14 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 64% (27); 36% (15). 
 
Conforme o Gráfico 14, em 36% das comunidades terapêuticas vistoriadas foram 
constatadas más condições de alimentação, como quantidade insuficiente, alimentos 
mofados e vencidos, consumo de carne de origem clandestina, precárias condições da 
cozinha, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 15 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 50% (21). 
 
De acordo com o Gráfico 15, 50% das comunidades vistoriadas não apresentam tal 
irregularidade, enquanto em 50% foram encontrados usuários em situações que configuram-
se negligências nos cuidados de saúde, como por exemplo, pessoas em sofrimento mental 
apresentando quadro grave de impregnação neuroléptica, sem assistência; usuária há um 
mês com diagnóstico de sífilis sem tratamento, sendo de conhecimento da CT; usuários em 
situações graves de síndrome de abstinência sem tratamento, entre outros. Tais situações 
encontradas demonstram a negligência da instituição nos cuidados à saúde dos assistidos e 
a falta de articulação com a rede do Sistema Único de Saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 16 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 62% (26); 33% (14); 5% (2). 
 
De acordo com o Gráfico 16, em 33% das comunidades terapêuticas vistoriadas haviam 
armazenamento adequado das medicações, já em 62% foram encontradas situações de 
inadequação do armazenamento e dispensa das medicações, alguns de forma 
desorganizada, sem separação por usuário; ausência de prescrição médica vigente; 
medicações guardadas em armários ou outros locais inapropriados; presença de 
medicamentos fora do prazo de validade; administração medicamentosa realizada por 
“monitores” ou “conselheiros” sem competência técnica; administração excessiva de 
medicações sem prescrições médicas; suspensão de uso de medicação por conduta da 
entidade, sem orientação médica; cartelas de medicamentos violadas e expostas, entre 
outras. 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 17 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 98% (41); 2% (1). 
 
No Gráfico 17, 98% utilizam a chamada “laborterapia” como prática primordial no tratamento 
ofertado. As atividades desenvolvidas são desde as que envolvem limpeza e preparo de 
alimentos até trabalhos braçais pesados, construção civil para ampliação do imóvel da CT, 
abate de animais para alimento, trabalho em pocilgas, corte de cana, entre outros. Observa-
se que, ao mesmo tempo que o trabalho obrigatório é utilizado como “metodologia de 
tratamento” é também para punição dos usuários caso haja descumprimento das normas da 
entidade. Somente 2% alegam não adotar tal prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 18 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 78% (33); 17% (7); 5% (2). 
 
Conforme Gráfico 18, em 78% das entidades vistoriadas foram encontradas práticas 
punitivas e de constrangimento aos usuários internados. Conforme descrito no Gráfico 17, 
além do trabalho ser muitas vezes utilizado como punição, outras situações vão desde o fato 
de usuários serem obrigados a escrever 300 vezes no papel que não deverá descumprir as 
regras da entidade (“não posso esquecer meu crachá” ou “devo respeitar os outros internos”, 
por exemplo), ao fato de ser obrigado a realizar “capina no sol quente” até ocasionar lesões e 
ferimentos nas mãos. 17%alegam não utilizar tais métodos e 5% não há informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 19 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 78% (33); 17% (7); 5% (2). 
 
No Gráfico 19, apesar de 78% das comunidades terapêuticas vistoriadas possuírem alvará 
sanitário em vigência, mesmo nestas foram encontradas inúmeras situações sanitárias 
irregulares, incompatíveis com as normas básicas de fiscalização, tais como, abate e 
consumo de carne clandestinos, alimentos mofados e fora de prazo de validade e estrutura 
física em péssimas condições. 17% das entidades não possuíam alvará sanitário vigente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 20 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 93% (39); 5% (2); 2% (1). 
 
No Gráfico 20, em 93% das comunidades terapêuticas as visitas são autorizadas somente 
após um período de permanência que pode variar de 30 a 60 dias dependendo da data de 
internação do usuário, sendo uma norma para todos e não construída no caso a caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 21 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 81% (34); 17% (7); 2% (1). 
 
De acordo com o Gráfico 21, em 81% das comunidades terapêuticas vistoriadas a realização 
de visitas dos familiares acontece com frequência mensal, e mesmo assim desde que o 
usuário e familiares cumpram as normas e exigências da entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 22 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 54% (22); 41% (17); 5% (2). 
 
Segundo o Gráfico 22, observa-se que em 54% das entidades vistoriadas não é permitido a 
realização de ligações telefônicas em nenhuma ocasião e algumas delas nem sequer 
possuem aparelho de telefone. Em outros casos, o usuário internado pode receber 
telefonema dos familiares ou dar “um toque” para que o familiar retorne, sendo que quando 
há acesso ao telefone este é restrito, no sentido do tempo da ligação, e monitorado pela 
entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 23 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 53% (9); 35% (6); 12% (2). 
 
De acordo com o Gráfico 23, nas comunidades terapêuticas em que é permitido realizar 
telefonemas, 53% das ligações é controlada pelos “monitores” ou “conselheiros”, que 
acompanham os usuários ficando ao lado ou até mesmo utilizando a função do VIVA VOZ do 
telefone para acompanhar a conversa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 24 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 86% (36); 7% (3); 7% (3). 
 
Segundo o Gráfico 24, em 86% das comunidades terapêuticas é permitida a comunicação 
por meio de correspondências, porém há um controle da instituição tanto no sentido da 
escolha a quem enviar uma carta, quanto no teor do conteúdo das informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 25 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 72% (26); 28% (10). 
 
Segundo o Gráfico 25, dentre as entidades que autorizam o envio e/ou recebimento de 
cartas, 72% realizam práticas de violação de correspondências sem autorização prévia do 
usuário. Em algumas entidades houve relato que, inclusive, a leitura da carta é feita em voz 
alta ao usuário por algum profissional (psicólogo ou assistente social, por exemplo) ou há 
situações em que os usuários só recebem cartas que foram antecipadamente abertas pela 
equipe da entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 26 
 
2%
88%
10%
EXIGÊNCIA DE EXAMES LABORATORIAIS
Não informado
Sim
Não
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 88% (37); 10% (4); 2% (1). 
 
De acordo com o Gráfico 26, 88% das comunidades terapêuticas vistoriadas têm como 
exigência para admissão dos usuários a realização de exames laboratoriais específicos não 
previstos pelo Programa Cartão Aliança pela Vida, que tem como critério relacionado à 
saúde, exclusivamente, três avaliações: psiquiátrica, clínica e odontológica. Mesmo de posse 
dessas avaliações, o que ocorre nestas entidades é a exigência de realização de uma lista 
de exames para todos, que inclui testes de HIV, por exemplo, como critério preliminar para a 
internação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GRÁFICO 27 
 
 
Correspondência porcentagem/valor absoluto: 67% (28); 31% (13); 2% (1). 
 
De acordo com o Gráfico 27, 67% das comunidades terapêuticas vistoriadas não possuem 
prontuários com registros freqüentes, inclusive, em algumas delas, as anotações 
praticamente inexistem. Em outras tantas, as informações sobre o histórico e evolução do 
caso não passam de relatos superficiais, estereotipados, carregados de referências 
preconceituosas e pejorativas, e sem qualquer significação clínica ou social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.3 IRREGULARIDADES ENCONTRADAS NAS VISTORIAS (Quadro descritivo) 
Passamos agora a descrever situações encontradas pelas equipes de vistoria e/ou relatadas 
pelos usuários entrevistados que estavam internados nas comunidades terapêuticas. 
 
2.3.1 Descumprimento das normas e legislações do Cartão Aliança pela Vida 
- Exigência de enxoval como condição para admissão, contendo itens que extrapolam os de 
uso pessoal, onerando usuários e familiares; 
- Desrespeito ao fluxo de encaminhamento, reservando vagas no escritório da comunidade 
terapêutica; 
- Número de leitos superior ao exigido pelo Edital; 
- Número de vagas conveniadas/contratadas superior ao número de leitos existentes; 
- Inexistência de RH exigido pelo Edital; 
- RH exigido pelo edital sem qualquer vínculo empregatício; 
- Cobrança de taxas, variando entre R$30,00 a R$70,00, para encaminhar os usuários aos 
serviços de saúde; 
- Não afixação de cartaz, em local visível, informando ser o SUS o financiadordo Cartão 
Aliança pela Vida; 
- Não envio de relatórios mensais descrevendo a evolução de cada usuário, bem como 
atestando sua respectiva adesão a todos os procedimentos executados, explicitando ainda o 
número de dias de internação no mês de referência; 
- Permanência do usuário na comunidade terapêutica além do autorizado (90 dias) e não 
respeito à exigência de avaliação clínica por parte da Unidade Municipal de Atendimento 
embasando a necessidade de prorrogação da internação por mais 90 dias; 
- Ausência de articulação com a rede pública de saúde mental dos municípios que 
encaminham os usuários; 
- Demais cláusulas do Contrato celebrado entre a SES/MG e as comunidades terapêuticas, 
da Deliberação CIB-SUS/MG nº 1.297, de 24/10/2012 e Editais nº26/2013 e 39/2014. 
 
2.3.2 Violações de Direitos Humanos 
2.3.2.1 Punições físicas, psicológicas, constrangimentos e maus-tratos 
- Atitudes consideradas indesejáveis ou descumprimento das regras e normas são punidas 
com aumento do trabalho, restrições alimentares, agressões verbais, constrangimentos 
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públicos, expulsão, e outras práticas punitivas, chamadas pelas comunidades terapêuticas 
de “disciplina” ou “educativa”. 
- Denúncia dos usuários sobre práticas de punição, como por exemplo, ao faltar ao culto, não 
decorar versículos da Bíblia, o usuário perde o direito à visita e a ligações telefônicas; 
queixar-se sobre o volume do trabalho imposto gera advertências e obrigatoriedade de 
trabalho forçado para além da jornada diária; 
- Ao deixar de usar o crachá o usuário deve escrever algumas centenas de vezes a frase: 
“não vou esquecer o crachá”; 
- Descumprimento de normas leva à obrigatoriedade de escrever versículos da Bíblia 200 
vezes; 
- Usuários há 10 dias sem qualquer lazer, substituído por atividades religiosas, ou seja, 
suspensão do tempo de lazer como forma de punição; 
- Lavar louça durante toda a semana ou acordar às 5 horas da manhã em caso de 
descumprimento de regras, como por exemplo, conversar durante as refeições, não 
conseguir decorar os 12 passos; 
- Usuários são obrigados a abrir buraco no chão, tirando e colocando sacos de lixo, 
aleatoriamente, por um tempo determinado; 
- Em caso de “demonstração de afeto” a punição era “capina no sol quente” que levou a 
graves ferimentos nas mãos das usuárias; 
- Usuários denunciam a existência de um monitor muito violento, que faz ameaças como: 
“guerra avisada só morre quem quer”; 
- Constrangimento mental por parte dos monitores, ameaças, falas depreciativas; 
- Comentário feito pelo diretor de uma comunidade terapêutica à equipe de vistoria: “vocês 
sabem, todo usuário de drogas é mentiroso”; 
- Usuários denunciam constrangimento por parte do coordenador; 
- O responsável por uma entidade decide convocar todos internos no refeitório alegando que 
seria importante a equipe vistoriadora saber “quem é o tipo de gente que estava ali” (sic), 
referindo-se aos usuários de maneira vexatória, desrespeitosa, preconceituosa e gerando 
muita exposição a todos. Percebe-se que todos os usuários ficam de cabeça baixa e são 
autorizados a falar somente quando o responsável ordena; 
- A relação de poder exercida pelo responsável da instituição junto aos usuários é algo que 
gera constrangimento e humilhação para os mesmos. Num momento da vistoria, ele convoca 
um dos usuários e começa a perguntar: “Conta pra elas onde você morava? Quem te deu 
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essa roupa? Quem te tirou da rua e te deu um teto?”(sic), enquanto o interno ao qual se 
referia mantinha-se acuado e cabisbaixo. E ainda continua dizendo que muitos dos que estão 
ali são “miseráveis”; 
- Constrangimento coletivo e público ao expor para todos os presentes o que um interno teria 
feito; 
- Queixa de diversos usuários sobre a forma grosseira como são tratados; 
- Realização de revista vexatória na admissão e em alguns casos, nudez com revista íntima; 
- Prática de revista quando os usuários retornam de visita à família; 
- Restrição de acesso à TV como punição para todos, por alguém ter furtado dinheiro dentro 
da instituição; 
- Punição para um, gera punição para todos os internados. 
 
2.3.2.2 Violações do direito à liberdade, privacidade e à livre circulação 
 
- Os usuários são revistados na entrada e na saída da comunidade terapêutica; 
- Sacolas e embrulhos dos familiares são revistados durante a visita; 
- Os usuários ficam trancados nos quartos depois de determinado horário, com cadeados do 
lado de fora dos quartos; 
- Não é permitido circular livremente dentro da instituição; 
- Restrição de circulação após 22hrs; 
- Existência de instituição mista, sendo que as mulheres ficam em quarto atrás de grade; 
- Imposição da chamada “laborterapia”; 
- Obrigatoriedade de participação das atividades de espiritualidade e/ou religiosas; 
- Imposição de credo religioso; 
- Acesso à televisão limitado a poucas horas e canais específicos. 
- Nenhum acesso a televisão, jornal, rádio ou internet; 
- Há relatos de usuários dizendo que foram internados involuntariamente; 
- Existência de internação compulsória; 
- Obrigatoriedade de realização de exame toxicológico quando retornam de visita à família; 
- Realização de exame toxicológico obrigatório em laboratório indicado pela CT em caso de 
suspeita de uso de drogas durante a internação (previsto no programa de tratamento da CT); 
- Proibição do uso de telefones; 
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- As ligações telefônicas, quando permitidas, são restritas a casos extremos e devem ser 
feitas pelo sistema viva voz e na presença de monitores ou dos psicólogos. A maioria dos 
usuários apresenta queixas com relação a esta conduta, em função da ausência de 
privacidade, necessidade de tratar de assuntos pessoais e íntimos de cada um; 
- Violação de correspondências dos acolhidos pelos técnicos da instituição e pelos monitores, 
lidas em voz alta pelo usuário ou pelos funcionários da comunidade terapêutica; 
- Não podem questionar as regras da instituição, caso contrário sofrem punições; 
- Não é permitido demonstração de afeto, como por exemplo, abraço; 
- É proibido conversar durante as refeições; 
- Geladeira da instituição fica trancada; 
- Existência de câmeras de segurança na instituição; 
- A escolha de visitantes não é feita pelo usuário, mas pela família do mesmo; 
- A primeira visita só acontece após 1 ou 2 meses da entrada do usuário na comunidade 
terapêutica e as demais ocorrem mensalmente, em dia definido; 
- A visita da família pode ser suspensa dependendo do “comportamento” do interno; 
- A maioria das comunidades terapêuticas não acolhe o público LGBT e quando aceitam.há 
relatos de discriminação, preconceito, constrangimentos e perseguições; 
- Travesti relata não ter sido autorizada a vestir-se como mulher, mesmo internada numa 
comunidade terapêutica para público feminino. 
 
2.3.2.3 Violações do direito à saúde 
- Negligência nos cuidados à saúde, por exemplo, usuária com sífilis diagnosticada, sem 
tratamento; 
- Presença de pacientes excessivamente medicados, com sinais de intensa impregnação 
neuroléptica; 
- Usuário com histórico de fratura de clavícula há 2 meses, queixando dor e acentuada 
limitação de movimento, sem qualquer avaliação médica;- Presença de um usuário HIV+ para o qual eram separados talheres, pratos, copos; 
- Presença de usuários com transtornos mentais entre os internos, sem acompanhamento 
adequado; 
- Usuário em quadro de abstinência sem tratamento médico; 
- Cobrança de R$50,00 das usuárias para custear transporte até serviços de saúde da região 
e R$70,00 para consultas psiquiátricas com médico particular; 
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- Ausência de projeto terapêutico individual, sem qualquer intervenção singularizada e 
propostas de reinserção social; 
- Prontuários/fichas sem informações sobre os casos e sem evolução com dados 
significativos 
- Anotações em prontuários/fichas preconceituosas e pejorativas; 
- Ausência de articulação com a rede SUS local ou do município que encaminhou o usuário; 
- Apesar da afirmação da existência de psicólogo e assistente social na comunidade 
terapêutica, vários usuários relatam nunca terem conversado com os mesmos; 
- A presença do psicólogo se resume à condução de grupos de espiritualidade; 
- Existência de abate de porcos clandestino e consumo de carne de origem não identificada; 
- Presença comum de alimentos mofados e vencidos; 
- Inexistência de água filtrada disponível; 
- Inexistência de fornecimento de água encanada; 
- Comunidades terapêuticas com alvará sanitário vencido; 
- Medicações psicotrópicas sem receita médica; 
- Armazenamento das medicações em condições e locais inadequados, inexistência de 
receita médica para medicações controladas, dispensação desorganizada com evidente risco 
de troca de medicamentos, remédios vencidos; 
- Solicitado, pela comunidade terapêutica, exames de HIV; 
- Alteração (aumento ou diminuição) da medicação prescrita, de acordo com a crença que a 
comunidade terapêutica tenha do alcance deste dispositivo terapêutico; 
- Internações de longa permanência, para além do prazo estabelecido pelo Programa Cartão 
Aliança pela Vida. 
 
2.3.2.4 Violações de direitos dos adolescentes 
- Presença de adolescentes em comunidades terapêuticas voltadas para adultos; 
- Presença de adolescentes internados compulsoriamente na instituição; 
- Adolescentes sem acesso à educação; 
- Adolescentes relatam assédio sexual. 
 
2.3.3 Exploração de mão de obra, trabalho compulsório, falta de segurança no trabalho 
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- Uso de mão de obra de usuários internados para a construção civil, fabricação de bancos, 
abate de porcos, corte de cana e lenha, capina, ordenha, etc, sem remuneração, orientações 
ou proteção; 
- Uso de mão de obra de usuários internados para o trabalho de manutenção do espaço da 
comunidade terapêutica sem a presença de nenhum funcionário de limpeza ou cozinheiro; 
- Usuários queixam-se de realizar trabalho braçal e pesado; usuários reclamam do excesso 
de trabalho; 
- Cronograma de atividades consta 4 a 5 horas diárias de trabalho obrigatório na instituição, 
denominadas “laborterapia”; 
- Oferta de trabalho remunerado e intenso aos internos com desconto nas compras para 
consumo e o dízimo para a igreja; 
- Precarização dos vínculos trabalhistas junto aos profissionais das comunidades 
terapêuticas, a maioria ex-usuários. 
 
2.3.4 Alimentação e estrutura física de péssima qualidade 
- Alimentos mofados e com data de validade vencidos; 
- A mesma comida era oferecida aos usuários e aos porcos; 
- Alimentação das usuárias somente através de doações, tendo como consequência a baixa 
qualidade do cardápio diário – “carne só às vezes”; 
- Presença na cozinha de frutas estragadas, sacos de pães mofados, pratos com comidas 
esquecidas nas geladeiras; 
- Alimentação dos usuários somente através de doações, com baixa qualidade e pequena 
quantidade das refeições, havendo denúncia de usuários sobre alimentos servidos 
estragados. As refeições da equipe técnica são diferenciadas, além da existência de cantina 
para venda de refeição aos próprios usuários e familiares; 
- Estrutura física e mobiliário em condições precárias; roupas de cama gastas, sujas, camas 
e demais móveis com avarias, espaço interno inadequado com degraus entre os cômodos; 
paredes sujas e com infiltrações; 
- Instituição possui apenas três banheiros, insuficiente para o número de internos, causando 
constrangimentos, dependências sujas e mal conservadas; 
- Falta de portas nos banheiros, não garantindo privacidade; 
- Existência de apenas 1 chuveiro quente para 12 moradoras; 
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- Alojamentos dos usuários localizados em estrebarias de um haras desativado, com odor 
fétido, com precárias condições de iluminação e higiene; 
- Presença de grades ostensivas e cadeados nas portas. 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Todas as 42 (quarenta e duas) comunidades terapêuticas que foram vistoriadas 
apresentaram, em maior ou menor grau, irregularidades e violações de direitos. Há um 
descompasso entre a lógica que rege o funcionamento destas entidades com os princípios e 
diretrizes do Sistema Único de Saúde – SUS, do Sistema Único da Assistência Social - 
SUAS e da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial. A ausência de acompanhamento, 
regulação e monitoramento por parte do Estado, desde a implantação do Programa Aliança 
pela Vida, avalizou esta incompatibilidade. 
 
Diante disso, 22 (vinte e duas) comunidades terapêuticas dentre as vistoriadas não tiveram 
novo contrato pelo Programa em função da gravidade das situações encontradas, tanto do 
ponto de vista do descumprimento de exigências mínimas presentes no Edital de 
Credenciamento, quanto em relação às questões assistenciais e graves violações de direitos 
humanos, sendo notificadas sobre as mesmas e com prazo para se manifestarem. 
 
As outras 20 (vinte) comunidades terapêuticas tiveram a possibilidade de novo contrato do 
Cartão Aliança pela Vida, com prazo para sanarem as irregularidades encontradas, sendo 
passível de nova vistoria para fiscalização, conforme consta na comunicação enviada a cada 
uma delas. Nos casos de irregularidades principalmente relacionadas ao número de leitos ou 
vagas conveniadas maiores que os leitos existentes, foi negociada a possibilidade, caso as 
entidades se adequassem às exigências do edital, de realização de novo contrato. 
 
Tendo em vista a continuidade mais responsável e regulada do Cartão Aliança, foi 
necessário elaborar um instrumento, com orientações e competências, que possibilitasse o 
monitoramento tanto do processo de encaminhamento de usuários realizado pelos 
municípios que assinaram o Termo de Adesão ao Programa, como a prestação de serviços 
pelas comunidades terapêuticas, culminando na produção do documento Alinhamento da 
Política de Drogas do Programa Cartão Aliança (em anexo). Foram realizadas inúmeras 
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reuniões com as comunidades terapêuticas e com os municípios aderidos para apresentação 
do instrumento e orientação sobre as diretrizes e responsabilizações dos envolvidos no 
Programa. Cabe ressaltar que tais ações tiveram como objetivo fazer cumprir o que já era 
previsto nos documentos oficiais que criaram o Programa. 
 
Ainda nesse sentido, a Coordenação Estadual realizoue vem realizando constante 
orientação e supervisão aos municípios, em especial na definição do papel e 
responsabilização da rede substitutiva pública de saúde mental, monitorando situações como 
alto índice de encaminhamento às comunidades terapêuticas ou aos hospitais psiquiátricos, 
ou descumprimento do previsto no Alinhamento e reunindo-se com os gestores municipais, 
coordenadores de saúde mental e dos CAPS ad, sempre que necessário. 
 
A situação da assistência prestada pelas comunidades terapêuticas conveniadas ao 
Programa Aliança pela Vida e a completa falta de monitoramento pelo poder público, 
evidenciaram a gravidade das relações construídas entre Estado e tais instituições, tornando 
urgente o acompanhamento adequado dos serviços prestados e a garantia de autonomia da 
rede SUS na decisão do encaminhamento de usuários e acompanhamento dos mesmos. O 
processo de vistoria das comunidades terapêuticas, bem como as demais ações realizadas 
pela Coordenação de Saúde Mental, entre elas o fortalecimento da Rede de Atenção 
Psicossocial (RAPS) foram passos no sentido de tal objetivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 
 
Alinhamento da Política de Drogas da Secretaria de Estado da 
Saúde de Minas Gerais – SES/SUS-MG 
 
 
Após avaliação realizada pela atual Coordenação de Saúde Mental da Secretaria de Estado 
da Saúde de Minas Gerais (SES/SUS-MG) do Programa Aliança Pela Vida, em especial do 
Cartão Aliança pela Vida, constatou-se que cláusulas do Contrato assinado entre a 
SES/SUS-MG e as comunidades terapêuticas (CT) com a interveniência das secretarias 
municipais de saúde do Termo de Adesão (Anexo único da Deliberação CIB- SUS/MG Nº 
1.297 de 24 de outubro de 2012) celebrado entre a SES/SUS-MG e as prefeituras municipais 
e dos Editais nº26/2013 e nº 39/2014 de Credenciamento/habilitação de comunidades 
terapêuticas para a ação governamental Cartão Aliança Pela Vida não vinham sendo 
cumpridas, a maioria desde o início do Programa, ocasionando inexistência de controle e 
regulação da prestação dos serviços e de seu respectivo financiamento, falta de 
credibilidade, de fiscalização e de observância da qualidade da assistência efetivamente 
prestada pelas comunidades terapêuticas contratadas e das unidades municipais de 
atendimento (conhecidas como PA), além de comprometer a construção e acompanhamento 
de indicadores e metas essenciais para o seu monitoramento. 
 
Os Termos de Adesão (Anexo Único da Deliberação CIB-SUS/MG Nº 1.297 de 24 de outubro 
de 2012) e de Contrato deixam claro que é responsabilidade da Coordenação Estadual de 
Saúde Mental/SES/SUS-MG acompanhar a execução das ações pactuadas do cartão 
Aliança Pela Vida utilizando-se de procedimentos de supervisão indireta ou local, bem como 
verificar, controlar, regular, avaliar, fiscalizar, e auditar as ações e serviços prestados. 
 
Portanto, visando corrigir as distorções e irregularidades encontradas, elaboramos 
orientações que deverão ser cumpridas de acordo com o que se segue, a partir de 01 de 
Novembro de 2015: 
 
 
ÀS UNIDADES MUNICIPAIS DE ATENDIMENTO – RESPONSABILIDADE MUNICIPAL: 
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Em respeito ao Termo de Adesão (Anexo único da Deliberação CIB- SUS/MG Nº 1.297 de 24 
de outubro de 2012), em especial em sua Cláusula Segunda – Das Obrigações e 
competências 2.1. Obrigações do Ente Municipal; Cláusula Quinta – Dos Recursos 
Financeiros; Cláusula Nona – Disposições Gerais. Em respeito ao Contrato, em especial 
Cláusula Primeira – Do Objeto; Cláusula Quinta – Dos Encargos Específicos; Cláusula Nona 
– Da Apresentação das Contas e das Condições de Pagamento dos Serviços. 
 
1- As unidades municipais de atendimento deverão acolher os usuários, receber suas 
solicitações de inscrição ao Cartão Aliança Pela Vida e, caso necessário, encaminhá-los 
às comunidades terapêuticas respeitando critérios e indicações clínicas, e após 
esgotadas todas as possibilidades terapêuticas. Não existe encaminhamento 
compulsório às CT, nem para o usuário nem para a unidade municipal de atendimento. 
O encaminhamento para a CT é de responsabilidade exclusiva da unidade municipal de 
atendimento. 
2- O município indicará um profissional de saúde mental que será referência no 
atendimento ao usuário, comunicando imediatamente às coordenações estadual e 
municipal de Saúde Mental e à CT. 
3- É incumbência do município garantir a referência e contra referência do usuário no 
tratamento; 
4- O município que encaminhou o usuário à CT será responsável por garantir seu 
acompanhamento, a cada 45 dias, de forma presencial. 
5- Caso o usuário necessite permanecer por mais de 90 dias, o município será responsável 
pela avaliação clínica, de forma presencial, que embase a necessidade de prorrogação 
do prazo. 
6- O município garantirá a visita da família, no mínimo mensal, à CT onde se encontra o 
usuário; 
7- O município receberá mensalmente, até o último dia de cada mês, relatório assinado 
pelo profissional da CT responsável, descrevendo a evolução de cada usuário, bem 
como atestando sua respectiva adesão a todos os procedimentos executados, 
explicitando, ainda, o número de dias de internação no mês de referência. Qualquer 
incongruência que conste neste relatório quanto ao usuário encaminhado, relatório de 
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evolução ou dias de permanência na internação, a unidade municipal de atendimento 
deverá comunicar à Coordenação Estadual de Saúde Mental. 
8- O município deverá reportar à Secretaria de Estado de Saúde qualquer indício de 
irregularidade; 
9- O município é responsável pelo encaminhamento de seu usuário às CT, estando 
proibida a utilização de unidade municipal de atendimento de outras cidades para este 
fim. 
10- Será função exclusiva da unidade municipal de atendimento a utilização da ferramenta 
“Liberar a vaga”, que desvincula o usuário da CT e torna possível novo encaminhamento 
para a vaga. Portanto, fica determinado que a CT deverá fazer contato com a unidade 
municipal de atendimento de origem do usuário para que a mesma faça a liberação no 
sistema. 
11- A unidade municipal de atendimento e a CT são co-responsáveis pelo cartão que 
entregam e que acompanha o usuário, portanto deverão orientar ao mesmo que assim 
que terminar sua internação na CT deverá devolver o cartão à unidade municipal de 
atendimento. Os cartões somente serão repostos pela Coordenação Estadual de Saúde 
Mental após justificativa por escrito da unidade municipal de atendimento sobre a 
situação dos cartões, caso a caso. 
12- A unidade municipal de atendimento deverá informar, mensalmente, à Coordenação 
Estadual de Saúde Mental, os nomes dos usuários e respectivas CT para onde foram 
encaminhados. O não pronunciamento da unidade municipal de atendimento será 
entendido como encaminhamento zero. 
 
 
ÀS COMUNIDADES TERAPÊUTICAS 
 
Em respeito ao Termo de Adesão (Anexo único da Deliberação CIB- SUS/MG Nº 1.297 de 24 
de outubro de 2012), em especial em sua Cláusula Segunda – Das Obrigações e 
Competências 2.2. Obrigações da Instituição Habilitada; Cláusula Quinta – Dos Recursos 
Financeiros; Cláusula Nona – Disposições Gerais. Em respeito ao Contrato, em especialCláusula Primeira – Do Objeto; Cláusula Terceira – Das Condições Gerais, Cláusula Quinta – 
Dos Encargos Específicos; Cláusula Nona – Da Apresentação das Contas e das Condições 
de Pagamento dos Serviços. 
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1- As CT devem remeter à unidade municipal de atendimento que encaminhou o usuário 
e à Coordenação Estadual de Saúde Mental, até o último dia de cada mês, relatório 
mensal assinado pelo profissional da CT responsável, descrevendo a evolução de 
cada usuário, bem como atestando sua respectiva adesão a todos os procedimentos 
executados, explicitando, ainda, o número de dias de internação no mês de referência. 
2- As CT só poderão incluir no Cartão Aliança pela Vida, exclusivamente, os usuários 
encaminhados pelas unidades municipais de atendimento. 
3- Caso o usuário necessite permanecer por mais de 90 dias, a CT deverá comunicar à 
unidade municipal de atendimento responsável pelo usuário, com 15 dias corridos 
antes do vencimento do prazo, para que a mesma providencie a avaliação clínica do 
usuário que embase a necessidade de prorrogação da internação, sendo proibida sua 
permanência e respectiva cobrança sem esta avaliação. 
4- O usuário não poderá permanecer na CT por mais de 180 dias e sua alta deverá ser 
comunicada com 15 dias corridos de antecedência à unidade municipal de 
atendimento que o encaminhou para que ambos providenciem sua inserção na rede 
municipal de saúde e de assistência social, com cópia à coordenação estadual de 
saúde mental. 
5- Todos os serviços, ações e atividades executadas pelas comunidades terapêuticas 
em decorrência de sua assinatura do contrato que garante seu credenciamento para a 
chamada Ação Governamental Cartão Aliança Pela Vida, não poderão oferecer ônus 
para o usuário em hipótese alguma. É proibida a exigência de enxoval com itens que 
extrapolem os de uso reconhecidamente pessoal. 
6- A CT deverá comunicar imediatamente à unidade municipal de atendimento que 
encaminhou o usuário o abandono ou outras intercorrências e proceder à imediata 
suspensão do benefício, comunicando também à Coordenação Estadual de Saúde 
Mental e a seus familiares. Seu retorno à CT dependerá de justificativa apresentada à 
referência em saúde mental do município, que o decidirá, com cópia para a 
Coordenação Estadual de Saúde Mental. 
7- A unidade municipal de atendimento e a CT são co-responsáveis pelo cartão que 
entregam e que acompanha o usuário, portanto deverão orientar ao mesmo que assim 
que terminar sua internação na CT deverá devolver o cartão à unidade municipal de 
atendimento. No caso de cartões abandonados ou esquecidos na CT, deverão ser 
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remetidos pela CT de volta à PA, identificando os usuários. Os cartões somente serão 
repostos pela Coordenação Estadual de Saúde Mental após justificativa por escrito da 
unidade municipal de atendimento sobre a situação dos cartões, caso a caso. 
8- Não mais serão aceitas listas de presença físicas com assinaturas ou digitais. As CT 
deverão usar o sistema offline. Visando a atualização deste sistema, a SES/MG 
realizará novo treinamento com as CT. Em data a ser divulgada. 
9- Caso a CT deseje mudar de local de funcionamento, deverá comunicar com 
antecedência de 2 meses para a Coordenação Estadual de Saúde Mental, que 
procederá, juntamente com o restante do Grupo Gestor, a novo procedimento de 
habilitação. 
10- Será função exclusiva da unidade municipal de atendimento a utilização da ferramenta 
“Liberar a vaga”, que desvincula o usuário da CT e torna possível novo 
encaminhamento para a vaga. Portanto a CT deverá fazer contato com o PA de 
origem do usuário para que a mesma faça a liberação no sistema. 
 
 
Finalizamos esclarecendo que o monitoramento da política apresentada ocorrerá sob a 
responsabilidade da Coordenação Estadual de Saúde Mental/SES/SUS-MG que, após 
avaliação, procederá às mudanças e atualizações que se fizerem necessárias. 
 
 
 
22 de setembro, 2015 
 
 
COORDENAÇÃO ESTADUAL DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

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