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Aula Ética em David Hume

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David Hume (1711-1766)	Comment by Samuka Brun: Pertencente a burguesia escocesa. Empirista radical. Influenciado pelos pensamentos empiristas britânicos, ou seja excluem a existência da metafísica. Contemporâneo de Rousseau, Smith, Voltaire
A discussão ética de Hume, tende ao utilitarismo devido a sua concepção enraizada empirista, britânica em particular. A razão e o fundamento pela qual a própria natureza é constituída. O século XVIII é marcado por duas grandes concepções filosóficas: (1) os racionalistas: Kant, por exemplo; (2) os humanistas - defensores das ações sentimentais no homem – tais perspectivas modificaram maneira de pensar burguesa. 
Hume assume a segunda concepção em que as escolhas humanas não partem de uma perspectiva racional, mas de uma perspectiva emocional. O crescente capitalismo é pensado em Hume a partir da concepção emocional. A ordem consumista e capitalista não pode ser respondida pelo viés da razão, porém pela emoção compreendendo que o consumismo é um movimento do interior do homem que busca uma satisfação individual. 
As investigações sobre o ensino da moral pretende corrigir os erros de textos anteriores – “Tratados”, visto que a decadência de público se devia a forma que escrevera. Hume discutiu no segundo tratado, o tema da ética fundamentando, talvez no princípio do utilitarismo: a utilidade como princípio último da moralidade. Hume aponta (cap. V) em suas investigações lógicas que se reconhece como utilitarista. Em Hume encontrar-se-á normas prescritivas, práticas que regulam as ações humanas, desse modo a moral não visa uma felicidade, como pensavam os antigos, mas a autopreservação. 	Comment by Samuka Brun: Associada ao direito, à justiça.	Comment by Samuka Brun: O homem é mal (cf. Hobbes e Maquiavel) por tanto o controle da natureza humana é dada ao Estado, ou seja, a prescrição normativa (direito e justiça).
Na medida em que a ética humana não possui vínculos metafísicos, propõe a partir de elementos empíricos, recorrendo a explicação que é da experiência sensorial que se compreende as ações morais, ou seja mais voltado para as emoções do que para a razão. “Todo homem possui a noção de moral e o mais insensível dele é capaz de distinguir, pela experiência, as impressões causadas pelas virtudes das impressões causadas pelos vícios (p.20)”: todo homem tem noção do que é prazeroso ou não, bom, ou ruim, até mesmo o pior dos homens e consegue atestar por meio da experiência. Toda impressão e sensação é mais vivaz do que qualquer pensamento abstrato. 	Comment by Samuka Brun: As sensações estão mais ligadas às emoções do que com a alma. Nesse sentido verificar-se-á a ligação sensação com a compreensão daquilo que é bom ou não. Exemplo remédio amargo é ruim, mas faz bem ao corpo.
Dessa maneira Hume está em busca dos fundamentos da moral, se derivam ou da razão ou dos sentimentos. Não é a razão que dá ao indivíduo a noção de justo e injusto, mas a própria experiência que informa a noção de certo e errado / justo e injusto. A experiência, para Hume, mostra ou a virtude ou os vícios. A razão não possui resquícios metafísicos, pois ela se baseia em pressupostos empiristas, ou seja, sensoriais.	Comment by Samuka Brun: A razão avalia as sensações, mas não as limita. É nula, apenas julga o peso da ação moral. A observação do público avalia se a ação moral é boa ou ruim. A razão não é princípio ativo. Ela é passiva, a sensação é ativa.
Em Hume a ética não possui nenhum vínculo metafísico, a procura conclui-se a partir de conceitos empíricos. Hume procura os fundamentos da mora: entende que não é a razão que informa o que é justo, mas a própria experiência humana. Em segundo lugar, a ética não possui vínculos metafísicos, recorre a compreensão que é das sensações contidas nas relações estabelecidas pelos indivíduos que surge a ordem moral. A validade das ações morais depende da avaliação coletiva: princípios ou experiências pode ser aceita ou não pela coletividade. Mesmo o homem mal pode ter impressões boas ou más Exatamente por isso, ele faz uma crítica aos valores universais proposta pelos antigos. 
A razão deixa de ter qualquer papel, visto que a aceitação ou censura que se segue não resulta (a priori) pelo entendimento, tem que resultar do coração. Não se trata de uma especulação ativa, mas de uma impressão. O hábito se torna princípio válido se aprovado pela coletividade, ou melhor, pela impressão tida pela coletividade. Aqui compreende-se que as virtudes são os valores aceitos e os vícios os valores reprovados pelo grupo.	Comment by Samuka Brun: = Vontade = critérios da experiência
O interesse próprio é móbil da ação. A justiça media as ações, ela é também um princípio egoísta no sentido de ser autopreservação. O sentimento de humanidade passa a se figurar também como móbil de ação, pois a ação justa não poderia ficar aquém da generosidade. A teoria, entende o Hume, deve sair da descrição para a prescrição. A prescrição se dá pela combinação de sentimentos de humanidade, egoísmo e generosidade, que formam a justiça e concorrem para formação de atos virtuosos.
De qualquer modo a moral aparece como imperativo para o homem, porque esse homem traz impressões causado pelos vícios ou para as virtudes. Hume sugere que a finalidade de toda especulação moral é ensinar-nos nosso dever. Tais noções advêm de representações das deformações dos vícios ou das belezas da virtude, quando temos clareza disso, essa mesma virtude engendra em nós hábitos que nos fazem abraçar as virtudes e recusar os vícios.
A partir disso, podemos afirmar que: (1) a conquista das virtudes é sempre gradativa, ninguém se torna virtuoso de uma hora para outra, mas do hábito; (2) os atos bons são bons por derivam de motivos virtuosos; (3) parece que ele se ocupa mais em descrever como agimos do que em prescrever como devemos agir, portanto, não parte do dever ser (que é metafísica). Para ele dever agir implica em agir conforme a utilidade, no sentido de ser maior felicidade possível, ou para a soma total de prazer. Se há um papel da utilidade, este se limita a auxiliar o observador na aprovação ou não do motivo que é julgado pelos seus efeitos. Ex. A justiça aparece como alho necessário pelo motivo de ser útil socialmente, pois os efeitos da justiça são úteis coletivamente e não individualmente.
Para o Hume a Justiça é o mais importante dos sensores, pois atua sobre o comportamento alheio: ela mantém a sobrevivência da sociedade – desse modo, há a maior utilidade – ela transcende o egoísmo, é equiparada a generosidade; ela é uma virtude fundamental que ocorre nos limites da lei do Estado.
Assim, para Hume a razão não pode ser nunca móbil de ação; não pode influenciar nossas ações morais, a isto cabe exclusivamente aos sentimentos, por exemplo, ao sentimento da justiça, pois regula o que é particular a cada um, o que é escasso e excesso, estabelece os critérios de propriedade. O sentimento de humanidade também é móbil de ação, pois a ação justa não se limita ao egoísmo, para ele a virtude passa por meio dela e assume uma dimensão prescritiva. Assim a utilidade é fonte de nosso sentimento moral e ela deve ser considerada para...

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