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Semana 6 TEMA: PODER JUDICIÁRIO Garantias dos Membros do Poder Judiciário. Asseguram a independência desse órgão, que poderá decidir livremente, se, se abalar com qualquer tipo de pressão que venha dos outros poderes. - Institucionais: protegem o Judiciário como um todo, como instituição. Dividem-se em: a) Autonomia orgânico-administrativa: art. 96 Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. b) Autonomia financeira: art. 99. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) - Funcionais: a) Independência dos órgãos judiciários: art. 95, I a III: - vitaliciedade: o magistrado só perderá o cargo (uma vez vitaliciado) por sentença judicial transitada em julgado, sendo-lhe asseguradas todas as garantias inerentes ao processo jurisidicional. - Inamovibilidade: garante-se ao juiz a impossibilidade de remoção, sem ou com consentimento, de um local para o outro, de uma comarca para outra, ou mesmo sede, cargo, tribunal, câmara, grau de jurisdição. Mas essa regra não é absoluta, pois o art. 93, VIII, prevê que o magistrado poderá ser removido por interesse público, fundando-se tal decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa. - Irredutibilidade de subsídios: o subsídio dos magistrados não poderá ser reduzido, garantindo-se, assim, o livre exercício das atribuições jurisdicionais. b) Imparcialidade dos órgãos judiciários: vedações do art. 95, p. único, I a V: foram impostas algumas vedações no art. 95, em um rol taxativo, exaustivo, por restringir direitos. É vedado aos juízes: - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; - dedicar-se à atividade político-partidária; - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Estrutura Do Judiciário - Órgãos de convergência e órgãos de superposição: art. 92 a 126 da CF/88 STF e Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM) – órgãos de convergência com sede na Capital Federal (Brasília) – exercem jurisdição sobre todo o território nacional. Além dos órgãos de superposição (STF e STJ), existem várias Justiças, dividas em comum e especial (especializada). - Justiça Comum: a) Justiça Federal: Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais – art. 106 a 110; além da criação de Juizados Especiais (art. 98, §1º, CF); b) Justiça do Distrito Federal e Territórios: organizados e mantidos pela União (art. 21, XIII e 22, XVII); c) Justiça Estadual Comum (ordinária): art. 125 – juízos de primeiro grau de jurisdição, incluídos os Juizados Especiais; art. 98, I – Justiça de Paz; art. 98, II – segundo grau de jurisdição, compostos pelos Tribunais de Justiça. - Justiça Especial: a) Justiça do Trabalho: composta pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) e pelos Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho) – arts. 111 a 116; b) Justiça Eleitoral: composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais (arts. 118 a 121); c) Justiça Militar da União: Superior Tribunal Militar (STM) e Conselhos de Justiça, Especial e Permanente, nas sedes das Auditorias Militares (Arts 122 a 124); d) Justiça Militar dos Estados, do Distrito Federal e Territórios: Tribunal de Justiça (TJ), ou Tribunal de Justiça Militar (TJM), nos Estados em que o efetivo militar for superior a 20.000 integrantes e em, primeiro grau, pelos juízes de direito togados (juízes de direito da Justiça Militar Estadual) e pelos Conselhos da Justiça, com sede nas auditorias militares (arts 125, §§ 3º, 4º e 5º - EC n. 45/2004). - Juizados Especiais: não cabe recurso especial para o STJ e o cabimento de Rcl. É formado pelos: Juizados Especiais Cíveis; Juizados Especiais Criminais; e Juizados Especiais da Fazenda Pública. - O segundo grau de jurisdição é exercido pelas Turmas Recursais, compostas por três juízes togados, em exercício de primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado. - Quinto Constitucional – art. 94, CF. 1/5 (20%) dos lugares dos Tribunais Regionais Federais (TRFs), dos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério Público, com mais de 10 anos de carreira,e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Essa regra refere-se aos Tribunais (Regionais Federais, dos Estados e do DF e Territórios), mas também se aplica aos Tribunais do Trabalho e seu procedimento orienta a composição do STJ (art. 104, § único), mas nesse caso, os advogados e membros do Ministério Público representam 1/3 e não 1/5, do Tribunal. Supremo Tribunal Federal (STF) - Composição: 11 Ministros; - Investidura: o Presidente da República escolhe e indica o nome para compor o STF, devendo ser aprovado pelo Senado Federal, pela maioria absoluta (sabatina no Senado Federal). Aprovado, passa-se à nomeação, momento em que o Ministro é vitaliciado; - Requisitos para ocupar o cargo de Ministro do STF - ser brasileiro nato (art. 12, §3º, IV); - ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade (art. 100); - ser cidadão (art. 101) – estando no pleno gozo dos direitos políticos; - ter notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101); - Competência: - Originária: (art. 102, I, a – r) - Recursal ordinária: (art. 102, II) - Recursal extraordinária: (art. 102, III) - Repercussão Geral: O STF já estabeleceu alguns procedimentos para a implantação da repercussão geral, o que passamos a reproduzir: - A existência da repercussão geral da questão constitucional suscitada é pressuposto de admissibilidade de todos os recursos extraordinários, inclusive em material penal. - Exige-se preliminar formal de repercussão geral, sob pena de não ser admitido o recurso extraordinário. - Contudo, a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido. - (...) Questões: 1. Quais as garantias dos membros do Poder Judiciário? 2. O que são órgãos de convergência e de superposição? 3. O que é o instituto da repercussão geral? 4. Leituras: Indicação da leitura básica: LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2012. Indicação de leituras complementares: SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2012.
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