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Aula 12 Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE Professor: Daniel Mesquita . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita AULA 12: Lei 12.527/ 2011 e Lei Estadual 14.804/2012 SUMÁRIO 1) INTRODUÇÃO À AULA 12 2 2) NOÇÕES CONSTITUCIONAIS 2 3) DISPOSIÇÕES GERAIS 3 3.1 PRINCIPAIS CONCEITOS 5 4) ACESSO À INFORMAÇÃO E SUA DIVULGAÇÃO 7 5) DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO 18 5.1 DA CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU E PRAZOS DE SIGILO 19 5.2 DOS PROCEDIMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO 20 5.3 DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS 24 6) DAS RESPONSABILIDADES 26 7) LEI ESTADUAL Nº 14.804/2012 33 7.1 PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO 34 7.2 DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO 36 7.3 DOS PROCEDIMENTOS DE CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E DESCLASSIFICAÇÃO. 38 7.4 DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS. 39 8) RESUMO 42 9) QUESTÕES 54 10) REFERÊNCIAS 58 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 1) Introdução à aula 12 Bem vindos à nossa aula 12 de direito administrativo, do curso preparatório para o concurso da SEFAZ/PE. Considerando que esta lei é relativamente recente, não temos uma quantidade considerável de questões. Por esse motivo, utilizaremos questões de bancas que cobram mais esse assunto, como o Cespe. Nesta aula 12, abordaremos a matéria ³22. Lei de acesso à informação (Lei Federal no 12.527/ 2011 e Lei Estadual no 14.804/2012).´. Não se esqueça de que, ao final, você terá um resumo da aula. Chega de papo, vamos a luta! 2) Noções Constitucionais A Lei 12.527/2011 tem como objetivo garantir o acesso à informação, que, na verdade, é uma garantia Constitucional. A Constituição garante a todos o direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Ainda, no art. 37, § 3º, II, o texto da Constituição informa que uma lei disciplinará as formas de participação do usuário na DGPLQLVWUDomR�S~EOLFD�H�HVVD�OHL�GHYHUi�UHJXODU�³R�DFHVVR�GRV�XVXiULRV�D� registros administrativos e a informações sobre atos de governo´. A Constituição bem ressalta que essa regulamentação deve respeitar o art. 5º, ;� H� ;;;,,,�� GD� &)�� �D�� ³são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação´; �E�� ³todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado´; Cabe à administração pública, ainda, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem (art. 216, §2º). 3) Disposições Gerais O acesso à informação é um dever do Estado e deve ser proporcionado mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. Desde a nossa primeira aula venho enfatizando a importância dos princípios. A Lei 12.527/2011 enfatiza alguns princípios, utilizando-os como diretriz. São eles: a) Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; Veja que o sigilo também será observado, mas como exceção! b) Divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; c) Utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; d) Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita e) Desenvolvimento do controle social da administração pública. Estão submetidos à Lei da informação: x Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; x As autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (perceba que a lei é de caráter nacional!). ATENÇÃO! A lei também será aplicada no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Mas, cuidado, publicidade a que as entidades privadas sem fins lucrativas estão submetidas refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. 1. (2012/CESPE/TCU-TÉCNICO) Os órgão e entidades públicas têm o dever de promover a divulgação, em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas, independentemente de requerimentos. É isso mesmo, caros alunos. Vamos conhecer algumas restritas exceções a essa regra, mas, no geral, a lei veio para promover o acesso Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita e permitir uma facilidade de veiculação das informações que interessam à sociedade. Para isso, a publicação deve ser em local de fácil acesso e as mais genéricas devemser publicadas independentemente de requerimentos. Portanto a resposta é: correto. 2. (CESPE ± TCU- Técnico -2012) As entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres estão obrigadas a divulgar o montante e a destinação de todos os recursos que movimentam, uma vez que estão sujeitas às disposições da referida lei. Como acabei de chamar sua atenção, a publicidade a que as entidades privadas sem fins lucrativas estão submetidas refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Vejam que não se aplica ao montante e a destinação de todos os recursos que movimentam. UMA DICA��6H�D�TXHVWmR�YHP�FRP�DV�SDODYUDV�³VHPSUH´��³WRGRV´�� ³QXQFD´��HOD�WHQGH�D�HVWDU�HUUDGD� Gabarito: Errado. 3.1 Principais conceitos A lei nos dá alguns conceitos, que você dever ler com atenção! 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a) Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; b) Documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; c) Informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado; d) Informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável; e) Tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; f) Disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; g) Autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; h) Integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; i) Primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 3. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento - Arquivologia) Segundo a lei de acesso à informação, a autenticidade é a qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Pessoal, veja como definições são importante. O conceito de autenticidade, pela lei 12.527/2013, envolve os aspectos do recebimento, produção, expedição e também modificação por algum indivíduo para que se avalie o grau de autenticidade. O examinador colocou essa casca de banana para aqueles que não leram a lei, para que se confundissem com um conceito leigo. A partir de agora, você não erra mais. Resposta: errado. 4) Acesso à informação e sua divulgação Além das funções típicas de cada órgão, os órgãos e entidades do poder público possuem uma função que é comum a todos, a função administrativa. Todos eles devem possuir uma gestão transparente da informação, com amplo acesso e divulgação. Afinal, o princípio da publicidade é um princípio geral a ser aplicado. A informação divulgada deve ser protegida. Mas isso não quer dizer que o conteúdo dela deva ser limitado. Pelo contrário! Isso quer dizer que ela deve ser protegida no sentido de se garantir que ela sempre estará disponível, sempre será autêntica e sempre será íntegra. A disponibilidade está associada à facilidade da população em ter acesso às informações divulgadas. A informação que será prestada a população dever ser verdadeira, por isso a autenticidade. A veracidade da informação deve ser intacta, inalterável, por isso a integridade. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Além disso, tendo em vista os mencionados incisos X e XXXIII da Constituição, cabe aos órgãos, ainda, assegurar a proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. Professor, mas afinal, quais informações eu tenho direito de obter? Para responder a esse seu questionamento, leia com atenção o seguinte artigo: Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. Vamos deixar uma coisa mais clara, pessoal. Você não leu nessas linhas que a remuneração do servidor público deve ser divulgada nominalmente, não é isso? Pois é, apesar de não haver no texto legal a determinação expressa de que os vencimentos e subsídios dos servidores públicos devem ser 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquitawww.estrategiaconcursos.com.br 9 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita divulgados nominalmente ± o único inciso que menciona isso de forma indireta é o V ± a União e alguns estados já divulgaram os contracheques de seus servidores na internet, acompanhados do nome de cada um deles. E o Supremo Tribunal Federal, por meio da decisão proferida por seu Presidente, Min. Ayres Britto, na Suspensão de Liminar nº 623, afirmou que essa conduta do Estado está correta, ou seja, os contracheques podem ser divulgados nominalmente, identificando o servidor que percebe cada remuneração. O ministro ressaltou que ³D�SUHYDOrQFLD�GR�SULQFtSLR�GD�SXEOLFLGDGH� administrativa outra coisa não é senão um dos mais altaneiros modos GH� FRQFUHWL]DU� D� 5HS~EOLFD� HQTXDQWR� IRUPD� GH� JRYHUQR´�� Ademais, afirmou TXH�D�UHPXQHUDomR�GRV�VHUYLGRUHV�S~EOLFRV�p�³JDVWR�GR�3RGHU� Público que deve guardar correspondência com a previsão legal, com o teto remuneratório do serviço público e, em termos globais, com as PHWDV�GH�UHVSRQVDELOLGDGH�ILVFDO´� O próprio STF já divulgou na internet a remuneração paga a seus ministros ativos e aposentados e a todos os seus servidores (ativos, inativos e pensionistas). Outras situações, contudo, requerem sigilo. Nos casos em que as informações fizerem referência a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, o acesso à informação não será garantido. Se apenas parte da informação for sigilosa, a parte não sigilosa será divulgada por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. Se a informação solicitada for extraviada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita para apurar o desaparecimento da respectiva documentação, nesse caso o responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. Mas as informações só serão apresentadas se solicitadas por um interessado, professor? Não! Independentemente de requerimento por parte da sociedade, é dever dos órgãos e entidades públicas promover, a divulgação em LOCAL DE FÁCIL ACESSO, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. 4. (CNJ 2013 - CESPE - Analista Judiciário - Arquivologia) Os órgãos ou entidades públicas deverão autorizar ou conceder acesso imediato a toda e qualquer informação contida em seus arquivos, quando requerida pelo cidadão. Pessoal, sempre que nos deparamos com uma questão utilizando WHUPRV� PXLWR� DPSORV� FRPR� ³WRGD´� H� ³TXDOTXHU´�� GHYHPRV� GHVFRQILDU�� Essa está falsa, por que existem documentos com grau de sigilo que não podem ser abertas aos cidadãos de maneira geral. Resposta: errado. 5. (CESPE/UNB ± INPI-2013) O serviço de busca, fornecimento e reprodução da informação concedido pela entidade pública ou órgão consultado é gratuito. Essa questão é sobre o artigo 12 da Lei em estudo. Que deixa claro: Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983. Resposta: Correto. 6. (CESPE/UNB ± INPI-2013) Não é facultado ao cidadão o acesso a informações sobre administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitações e contratos administrativos. Apesar de haver determinadas restrições ao acesso, que representam exceções a esse direito, a Lei de Acesso a informação veio justamente com o propósito de permitir o maior conhecimento por parte da sociedade dos aspectos que envolvem a Administração. Investimento dos recursos públicos, lista de patrimônio, licitações e contratos estão todos sob o manto do princípio da publicidade e portanto, o acesso deve ser garantido. Resposta: Errado. 7. (CESPE ± TCU ±Técnico - 2012) Os órgãos e entidades públicas têm o dever de promover a divulgação, em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas, independentemente de requerimentos. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Questão fácil! Independentemente de requerimento por parte da sociedade, é dever dos órgãos e entidades públicas promover, a divulgação em LOCAL DE FÁCIL ACESSO, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. Gabarito: Certo. 0DV� TXDLV� VHULDP� HVVDV� LQIRUPDo}HV� GH� ³LQWHUHVVH� FROHWLYR� RX� JHUDO´" São elas (art. 8º, § 1º): I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. (�TXDLV�VHULDP�RV�³ORFDLV�GH�IiFLO�DFHVVR´" A lei nos fala que os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet), hoje considerado meios de fácil acesso. Contudo, os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação na internet, devendo os mesmos divulgar as informações por outros meios. Até os requisitos que para que as informações sejam divulgadas pela internet, a Lei 12.527 regulamentou:83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar- se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9o da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008. O acesso às informações públicas será ASSEGURADO através da realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação e também através da criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para: a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; Mas, professor, se eu quiser uma informação de um órgão público, como eu devo proceder? Essa resposta está nos arts. 10 e seguintes da Lei nº 12.527/12. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita especificação da informação requerida. O pedido deve ser facilitado pelos órgãos e entes públicos, inclusive com a disponibilização de canal de encaminhamento por meio dos seus sites oficiais na internet. Os órgãos e entes não podem vedar o acesso às informações em razão dos motivos que levaram o cidadão a requerê-las. Isso quer dizer que se um cidadão procurar um órgão e requerer a informação de quanto o seu vizinho ganha, pois precisa cobrar dele uma dívida, o órgão não poderá se recusar a lhe prestar a informação. E qual o prazo que o Estado tem para me dar a informação, professor? ATENÇÃO: A lei determina, em seu art. 11, TXH� ³R órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível´. Se não for possível conceder o acesso imediato, a Administração, em até 20 dias (prorrogáveis por mais 10, justificadamente), deverá: x comunicar ao cidadão a data e o modo que a informação poderá ser acessada (se o interessado concordar, a informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato); x indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou x comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. Você deve levar pra sua prova, ainda, o seguinte: o serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. O valor das cópias só não será cobrado daquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família. E se a informação que o cidadão requerer já estiver disponível em algum site ou em algum impresso de público acesso, a Administração, ainda assim, é obrigada a fornecer a cópia nas mãos do interessado? Não, nesse caso, a Administração informará ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação. Basta o órgão fazer isso que se desonera da obrigação de fornecer diretamente a informação. Contudo, se, por exemplo, um cidadão humilde declarar ao órgão onde se encontra a informação que não dispõe de meios para acessar a internet, a Administração será obrigada a entregar-lhe em meio escrito a informação. E se a informação for negada pelo órgão ou ente, o que fazer? Primeiramente, é importante mencionar que o cidadão tem o direito de obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. Se foi negado apenas o acesso ao documento, sob a alegação de que a manipulação do mesmo possa prejudicar a sua integridade (documentos velhos e raros, por exemplo), uma cópia do mesmo deve ser fornecida pela Administração. Se o acesso foi negado por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. O prazo para recurso da decisão que indefere o acesso é de 10 (dez) dias, a contar da ciência da decisão. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada. Essa autoridade tem 5 (cinco) dias para apreciar o recurso. No âmbito da União, se o Poder Executivo negou acesso a informação e já houve pelo menos um recurso a autoridade imediatamente superior, o interessado pode recorrer à Controladoria- Geral da União, nos seguintes casos: x for negado acesso à informação não classificadacomo sigilosa; x a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; x os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos na Lei nº 12.527/12 não tiverem sido observados; e x estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei. Se a CGU também negou o acesso à informação, o cidadão ainda tem mais uma instância administrativa para recorrer: recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações. Você percebeu que não é cabível recurso para a CGU da decisão que nega acesso a uma informação classificada como sigilosa (a não ser 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita que a decisão não indique a autoridade classificadora ou que não tenha adotado os procedimentos de classificação da informação). Contudo, é cabível pedido de desclassificação de informação diretamente àquela autoridade que classificou a informação como sigilosa. Se essa autoridade mantiver a classificação de sigilo, o interessado pode recorrer a autoridade hierarquicamente superior e, em seguida, ao Ministro de Estado da área. Se negado o recurso também pelo Ministro, cabe, ainda, recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, seja a informação secreta ou ultrassecreta. Você está percebendo que a lei de acesso a informação prevê alguns procedimentos administrativos. Certamente esses requerimentos e recursos são autuados em processos administrativos que serão regulados pelas disposições da Lei nº 12.527/12 e, subsidiariamente, pela Lei nº 9.784/99 (lei do processo administrativo). 8. (CNJ 2013 - CESPE - Analista Judiciário - Arquivologia) O acesso à informação compreende, entre outros direitos: orientação sobre como e onde obtê-la e acesso imediato à informação contida em documentos produzidos, acumulados ou custodiados por órgãos públicos, pessoa física ou entidade privada que tenham vínculos com o poder público, ainda que esses documentos tenham sido recolhidos a arquivos públicos. Essa afirmativa traduz o conceito de acesso, de democratização da informação aliado a uma prestação adequada de informações e auxílio do Poder público aos administrados que necessitam da informação. Resposta: correta. Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 9. (CESPE ±ANCINE- 2012- TÉCNICO ADMINISTRATIVO) A realização de audiências públicas para incentivar a participação popular constitui modo de garantir o acesso às informações públicas. Como foi falado em aula, o acesso às informações públicas será ASSEGURADO através da realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação. Gabarito: Certo. 10. (CESPE - 2013 - ANP - Analista Administrativo - Área 1) Na divulgação de informações de interesse coletivo ou geral, produzidas ou custodiadas por órgãos e por entidades públicas, deve constar, no mínimo, o registro das receitas dessas instituições. A Lei em estudo traz diversas informações que devem ser divulgadas, a título de transparência. Porém, receita não está previsto nesse rol. Caso a administração entenda pertinente, poderá fazê-lo, mas, o que se demanda, é a divulgação das despesas, conforme disposição do artigo art. 8º, parágrafo 1º, I da 12.526. Gabarito: Errado. 5) Das restrições de acesso à informação Já vimos acima que nem tudo pode ser divulgado. Para você ter em mente os limites da divulgação, leia novamente os incisos X e XXXIII do art. 5º da Constituição: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Com base nesses incisos, a Lei 12.527 nos traz algumas situações em que o acesso à informação não será permitido. Importante mencionar também que essa lei não revoga as hipóteses legais de sigilo. Também não são revogados o segredo de justiça e o segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público (art.22). Antes de entrarmos nas exceções ao acesso previstas na lei, um ALERTA: saiba que não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais (art. 21). Dessa forma, as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso. 5.1 Da classificação da informação quanto ao grau e prazos de sigilo A lei 12.527/2011 prevê algumas informações que serão classificadas como sigilosas e, dentro dessa classificação, traz o grau de sigilo a que a informação está submetida. O art. 23 fala que são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação como sigilosas as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; V - prejudicarou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. 5.2 Dos procedimentos de classificação, reclassificação e desclassificação Considerando a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado, as informações poderão ser classificadas em: ULTRASECRETA SECRETA RESERVADA PRAZO DE SEGREDO 25 ANOS (RENOVÁVEL UMA ÚNICA VEZ) 15 ANOS 5 ANOS COMPETÊNCIA PARA CLASSIFICAR Do Presidente da República, VicePresidente da República, Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas, Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, Chefes Das autoridades mencionadas no campo anterior, mais: titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista. Das autoridades supracitadas, mais: as que exercem funções de direção, comando ou chefia, de hierarquia equivalente ou superior ao nível DAS 101.5; as que compõe o grupo - Direção e Assessoramento 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A Lei nº 12.527/12 impõe que todos os órgãos devem reavaliar, no prazo máximo de 2 anos a contar da vigência da lei, as informações até então classificadas como secretas e ultrassecretas. Quando consumado o prazo de classificação, a informação tornar- se-á, automaticamente, de acesso público. As autoridades competentes para classificar as informações em ultrassecreta e secreta, poderão delegar sua competência ao agente público, inclusive em missão no exterior, porém é vedada a subdelegação. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os seguintes elementos: x assunto sobre o qual versa a informação; x fundamento da classificação; x indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final; e x identificação da autoridade que a classificou. Não vai achando que a autoridade classifica a informação da forma que achar conveniente e fica por isso mesmo. No caso dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e dos Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior, a classificação deverá ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado. de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior Superiores, conforme regulamentação específica de cada órgão ou entidade. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita E ainda, a autoridade ou outro agente público que classificar informação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de à Comissão Mista de Reavaliação de Informações. A classificação das informações será reavaliada pela própria autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo. Para que ocorra a reavaliação deverão ser examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação. Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da classificação (art. 30, § 2º). Veja que interessante: o art. 30 da Lei traz alguns dados e informações que deverão ser divulgadas pela autoridade máxima de cada órgão anualmente. Essas informações estarão disponíveis em exemplar de publicação, para consulta em sua sede. São elas: x rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses; x rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência futura; x relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes. 11. (CESPE ±ANCINE- 2012- TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O prazo limite de restrição ao acesso a informações classificadas como Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita secretas em poder de entidade pública, como a ANCINE, por exemplo, é de, no máximo, cinco anos. Combina aqui comigo, você vai DECORAR esses prazos, ok? Veja que para informação secreta é de 15 anos, o prazo de 5 anos é para informação reservada. Gabarito: Errado. 12. (CNJ 2013 - CESPE - Analista Judiciário - Arquivologia) Informações classificadas como sigilosas por serem imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado se subdividem, quanto ao grau de sigilo, em: ultrassecretas, secretas e confidenciais. Pela lei, não existe a categoria sigilosas, com subdivisões em ultrassecretas, secretas e confidenciais. Cada uma dessa é uma categoria separada da outra. Resposta: errado. 13. (Cespe/UnB ± TJ-AL/2012) O acesso restrito a um documento ultrassecreto deve ser mantido por A 10 anos. B 15 anos. C 20 anos. D 25 anos. ULTRASECRETA SECRETA RESERVADA PRAZO DE SEGREDO 25 ANOS (RENOVÁVEL UMA ÚNICA VEZ) 15 ANOS 5 ANOS 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita E 5 anos. Esse prazo deve estar na sua mente, candidato. Prazo para documento ultrassecreto é de 25 anos. Se errou, volte na tabelinha acima. Resposta: letra D 5.3 Das Informações Pessoais Prezado aluno, publicidade e divulgação de informações oficiais não quer dizer o massacre ou o extermínio dos direitos individuais relativos à vida privada. O direito à informação é um direito fundamental assimcomo o direito à intimidade. Quando dois direitos fundamentais entram em conflito, um não aniquila o outro, pelo contrário, eles devem conviver com as limitações que um impõe ao outro. Informações pessoais são aquelas relacionadas à pessoa natural identificada ou identificável, cujo tratamento deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. A Lei nº 12527/12 deixa claro que as informações pessoais terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo, pelo prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da sua data de produção. CUIDADO: Apesar da proteção à intimidade, a lei disciplina que essas informações relativas à vida privada, honra, imagem, liberdades e garantias individuais das pessoas podem ser acessadas por terceiros ³GLDQWH�GH�SUHYLVmR� OHJDO�RX� FRQVHQWLPHQWR�H[SUHVVR�GD�SHVVRD�D�TXH� elas se rHILUDP´��2X�VHMD��D�SHVVRD�SRGH�DEULU�PmR�GR�VLJLOR�TXH�LQFLGH� 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita sobre suas informações pessoais e, em hipóteses excepcionais, a lei pode excluir esse sigilo pessoal. Entretanto, aquele que obtiver acesso a essas informações será responsabilizado por seu uso indevido. ATENÇÃO! Em hipóteses excepcionais, definidas taxativamente na Lei nº 12.527/12, não será necessário o consentimento para que as informações pessoais sejam acessadas. Isso ocorre para as informações necessárias: À prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico; À realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem; Ao cumprimento de ordem judicial; À defesa de direitos humanos; ou À proteção do interesse público e geral preponderante. Por fim, a Lei nos fala, ainda, em seu art. 31, § 4º, que a restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa NÃO PODERÁ SER INVOCADA com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância. 14. (CESPE-ANCINE02012-Técnico em regulação) De acordo com a Lei 12.527/2011, que regulamenta o acesso a informações, o Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Estado responderá diretamente pelos danos causados devido à divulgação não autorizada de informações pessoais. Conforme foi visto, sim, o Estado deve responder, afinal, as informações que estão sob a guarda estatal não devem ser divulgadas, em regra. Como a questão não ventilou exceções, devemos levar pela regra geral. Resposta: correto. 6) Das Responsabilidades Se você leu com atenção todos os pontos até aqui, sinta-se um guerreiro! Ao tratar das Responsabilidades, a Lei nos traz as situações ilícitas em que o servidor público civil ou militar poderá ser responsabilizado, são elas: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública; III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Perceba que o agente público, seja ele civil ou militar, não pode se recusar a fornecer informação, tampouco retardar o seu fornecimento ou fornecê-la de forma incorreta. Também não pode o agente destruir, ocultar ou subtrair informação que tem sob sua guarda ou a que tenha acesso. Não pode, ainda, o agente agir com dolo ou má-fé nas respostas aos interessados. Não se esqueça de que também é ilícito divulgar informação sigilosa ou impor sigilo a informação para se beneficiar, beneficiar a terceiros ou para ocultar ato ilegal. E o que acontece com o agente que incorre nessas violações, professor? Quando a responsabilidade couber as Forças Armadas, as condutas mencionadas serão consideradas transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção penal. Se a ilegalidade for cometida por servidor público federal sujeito à Lei nº 8.112/90, ela será considerada infração administrativa, apenada, no mínimo, com suspensão. Além disso, o militar ou agente público poderá responder por improbidade administrativa. A responsabilização também alcança aqueles que possuem vínculos com entidades paraestatais ou com pessoas jurídicas ou físicas que detenham informações em razão de vínculo de qualquer natureza com o poder público. Nesses casos, essas pessoas estarão sujeitas as seguintes sanções (art. 33): I - advertência; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superiora 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. (Essa situação é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista.) Perceba que as sanções são aplicadas diretamente às pessoas jurídicas que possuem vínculo com o poder público. Nos casos de advertência, rescisão do vínculo com o poder público e da suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública, a MULTA, poderá ser aplicada conjuntamente, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. Em todas as hipóteses de aplicação de penalidades, qualquer que seja o vínculo (militar, servidor público civil ou pessoas jurídicas que se relacionam com o Estado), deverão ser observados os princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal na apuração das irregularidades e na aplicação das sanções. Não podemos encerrar nosso estudo sem mencionar que os órgãos e entidades públicas também respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais. Isso porque, em atenção ao art. 37, § 6º, da Constituição, a responsabilidade civil do Estado é REMHWLYD� �³As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa´�. Assim, se um servidor divulga dados sigilosos, ele sofrerá as sanções administrativas (advertência, suspensão, demissão etc.), contudo, o Estado deverá ressarcir o indivíduo que teve seus dados divulgados impropriamente. Ou seja: é o Estado quem vai colocar a mão no bolso para indenizar o indivíduo. Depois que o Estado pagar o indivíduo, ele poderá cobrar do seu servidor o valor desembolsado se a Administração demonstrar que esse servidor agiu com dolo ou culpa. É o chamado direito de regresso que tem o Estado contra o seu servidor (art. 34 da Lei). 15. (CESPE- ANCINE- 2012- Técnico em regulação) De acordo com a Lei nº 12.527/2011, que regulamenta o acesso a informações, o Estado responderá diretamente pelos anos causados devido à divulgação não autorizada de informações pessoais. Os órgãos e entidades públicas também respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais. Gabarito: Certo. 16. (CESPE - 2013 - ANP - Analista Administrativo - Área 1) Cabe à comissão mista de reavaliação de informações rever, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, a classificação de informações ultrassecretas ou secretas. Questão de concurso 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Pessoal, chegou o momento de comentar com você sobre o artigo 35. Ela nos diz como as classificações dos documentos podem ser alteradas após uma primeira classificação. O caput do artigo foi vetado, mas os parágrafo estão mantidos. Leia com atenção. Art. 35. (VETADO). § 1º- É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para: I - requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação; II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; e III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1o do art. 24. Dispensando maiores comentário, a partir de agora, você sabe que a classificação de um documento como secreto ou ultrassecreto pode ser alterada a pedido do interessado ou de ofício, cabendo à Comissão Mista de Reavaliação de Informações a reavaliação. Resposta: Correto 17. (CESPE - 2013 - ANP - Analista Administrativo - Área 1) No âmbito da administração pública federal, a reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas e secretas poderá ser revista a qualquer tempo. Ótimo, professor, sabemos quem pode rever a classificação de um documento (Comissão Mista de Reavaliação de Informações). Porém, até isso pode ser feito? Alunos, a resposta para vocês é simples: a qualquer tempo. Isso mesmo, não há prazo estabelecido de 1 ano, 2 anos etc. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita Pelo artigo 39, parágrafo 2º, isso pode ser feito a qualquer momento, lembrando, quando, que pode ser de ofício ou a pedido de interessando. Resposta: Certo. 18. (CESPE - 2013 - ANP - Analista Administrativo - Área 1) O núcleo de segurança e credenciamento deverá requisitar da autoridade que classificar a informação como ultrassecreta ou secreta esclarecimento ou conteúdo parcial ou integral da informação. Talvez o candidato fique na dúvida, mas aquele que tem conhecimento da lei, mesmo não lembrando desse detalhe específico, tem condições de acertá-la. Partindo também do bom senso, você, aluno do Estratégia, sabendo que após a classificação do documento como sendo secreto ou ultrassecreto, de fato, as informações ali contidas não poderão ser repassadas a nenhum outro órgão não autorizado. O único órgão que necessita, obrigatoriamente, de conhecer o conteúdo, para exercer suas funções, é a Comissão Mista de Reavaliação de Informações. Por que é ela quem vai reavaliar o documento e sua classificação. Para isso, necessariamente, precisa conhecer o conteúdo, mesmo que parcial. Ou seja, o que a questão nos fala é competência da Comissão Mista de Reavaliação de Informações e não do núcleo de segurança. Resposta:Errado. 19. (CESPE/UnB ± TJ-AL) Assinale a opção em que são apresentadas informações que não se submetem à Lei de Acesso à Informação brasileira. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A Informação sobre projetos de pesquisa relacionados ao desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional. B Informação resultante de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. C Informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos. D Informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas a sua política, organização e serviços. E Informação referente à implementação, ao acompanhamento e aos resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como às metas e aos indicadores propostos. Pessoal, para fechar o tema, só falta essa questão sobre o que não está coberto pela lei 12.527. Aqui a resposta correta é a leta A. Trata-se de uma situação em que questões estratégicas são muito importantes para o país e o sigilo pode representar um verdadeiro trunfo. Esse é o inciso V do artigo 23, que expõe um rol de situações em que a divulgação poderia comprometer a segurança nacional. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 7) Lei Estadual nº 14.804/2012 Agora, trataremos da Lei Estadual nº 14.804/2012, que regula o acesso a informações, no âmbito do Poder Executivo Estadual. Vamos comparar essas duas leis? Para começo de conversa, a lei cita quem está subordinado a ela. São: a) os órgãos públicos integrantes da administração direta do Poder Executivo Estadual; b) as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Executivo Estadual. c) no que couber, as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Ou seja, toda Administração Pública no âmbito do Poder Executivo Estadual. O Poder Executivo Estadual garantirá o acesso às informações públicas, nos termos dos artigos 8º e 9º da Lei Federal nº 12.527, mediante: I ± atendimento à distância por meio: a) do Portal da Transparência do Estado de Pernambuco; b) dos sítios dos órgãos governamentais e demais entidades estaduais; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita c) do sistema de Ouvidoria do Estado de Pernambuco; II ± atendimento presencial, por meio de unidades prestadoras de informação ao cidadão, instaladas em prédios públicos e em ambientes especializados na prestação de serviços públicos. 7.1 Procedimento de acesso à informação Quem poderá apresentar pedido de acesso a informações ao Poder Executivo Estadual? QUALQUER interessado!!! Porém, deve ser feito por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. Ademais, os órgãos ou entidades do Poder Executivo Estadual deverão viabilizar o acesso imediato à informação disponível. E quando o acesso imediato não é possível? O órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias (podendo ser prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa expressa): a) Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; b) Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; c) Comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita de seu pedido de informação, independentemente do local do recebimento. . OBS.: O termo inicial do prazo começa a contar a partir da data do recebimento do pedido pelo órgão ou entidade detentor da informação. O serviço de busca e fornecimento da informação é GRATUITO!!!!! EXCEÇÃO: Salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade abrangidos pela Lei 14.804/2012, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. NOS CASOS DE INDEFERIMENTO DE ACESSO A INFORMAÇÕES: Poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. Desta forma, o recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. IMPORTANTE: Caso seja negado o acesso à informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Estadual, o requerente poderá recorrer ao Comitê de Acesso à Informação, que deliberará no prazo de 15 (quinze) dias, na hipótese de: 1. O acesso à informação não classificada como sigilosa tiver sido negado; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 2. A decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificadacomo sigilosa não tiver indicado a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; 3. Os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos na Lei não tiverem sido observados; 4. Os prazos ou outros procedimentos previstos na Lei estiverem sendo descumpridos. OBS.: Este recurso somente poderá ser dirigido ao Comitê de Acesso à Informação, depois de submetido à apreciação de, pelo menos, uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 05 (cinco) dias. 7.2 Das Restrições de Acesso à Informação Lembra que já vimos este tópico na Lei Federal 12.527/2013?? Esta lei Estadual dispõe que, sem prejuízo do disposto na lei federal específica, são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação, as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: I - por em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; II - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos de órgãos de segurança pública do Estado; III - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico estadual; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita IV - por em risco a segurança de instituições ou de autoridades estaduais; ou V - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. Bem parecidas as hipóteses, não?! O que muda é o âmbito em elas incidem. A informação em poder dos órgãos e entidades, dada a imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, ou seu teor, poderá ser classificada como ULTRASSECRETA, SECRETA OU RESERVADA. PRAZOS MÁXIMOS DE RESTRIÇÃO DE ACESSO À INFORMAÇÃO: a) Ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; b) Secreta: 15 (quinze) anos; e c) Reservada: 5 (cinco) anos. OBS.: 1. Prazos vigoram a partir da data de sua produção. 2. Alternativamente a estes prazos, poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. 3. Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar- se-á, automaticamente, de acesso público. Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser observado seu interesse público e utilizado o critério menos restritivo possível, considerados: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita a) A gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e b) O prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. 7.3 Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e Desclassificação. A competência para classificação do sigilo de informações no âmbito do Poder Executivo Estadual é das seguintes autoridades: x Governador do Estado; x Vice-Governador do Estado; x Secretários de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas. A competência poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, vedada a subdelegação. Caso seja delegada a competência, o agente público que classificar informação como ultrassecreta ou secreta deverá encaminhar a decisão ao Comitê de Acesso à Informação, no prazo previsto em regulamento. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que será mantida no mesmo grau de sigilo da informação classificada, e que conterá, no mínimo, os seguintes elementos: x assunto sobre o qual versa a informação; x fundamento da classificação; x indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final; e x identificação da autoridade que a classificou. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo. Ademais, deverão ser consideradas as peculiaridades das informações produzidas no exterior por autoridades ou agentes públicos e deverão ser examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação na reavaliação. Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade abrangidos pela Lei publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de regulamento, relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes e sobre a classificação dos documentos demandados. Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publicação para consulta pública em suas sedes. 7.4 Das Informações Pessoais. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Direito Administrativo p/ SEFAZ/PE. Teoria e exercícios comentados Prof Daniel Mesquita ʹ Aula 12 Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 59 Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita As informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem: a) terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e b) poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.
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