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Aula 05 Auditoria Fiscal p/ SEFAZ/PE Professor: Rodrigo Fontenelle . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 73 AULA 05: Amostragem: tamanho, tipos e avaliação dos resultados. Papéis de trabalho e documentação de auditoria. SUMÁRIO PÁGINA Apresentação 01 1. Amostragem 02 2. Documentação de Auditoria 41 Lista das questões comentadas durante a aula 58 Referências bibliográficas 73 Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Olá, Pessoal! Hoje vamos falar de um assunto muito importante e que tem sido bastante cobrado, que é a Amostragem em Auditoria. O outro assunto (Papéis de Trabalho) é mais simples e menos explorado pelas bancas, inclusive pela FCC. Qualquer dúvida em relação à dinâmica do curso ou comentário, estou à disposição por meio do endereço de email: rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br. Em relação às dúvidas sobre a matéria, responderei a todas que forem postadas no fórum do Estratégia. WWW.FACEBOOK.COM/PROFRODRIGOFONTENELLE 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 73 1. Amostragem em Auditoria Definições importantes para o tema: Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria (ou seja, em partes do universo), de maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a população. População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir. Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não representativo em uma população. Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes (geralmente valor monetário). Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor não seja excedido pela distorção real na população. Principais normas abordadas na aula de hoje: NBC TA 230 NBC TA 530 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 73 Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. A norma do Conselho Federal de Contabilidade ± CFC ± que trata do tema é a Resolução CFC nº 1.222/09, que aprovou a NBC TA 530 ± Amostragem em Auditoria. Assim, a base da nossa aula será essa norma, embora adiantamos que faremos uma complementação na parte teórica, tendo em vista que a norma antiga, a NBC T-11.11, ainda venha sendo cobrada em alguns certames. A literatura disponível sobre o assunto amostragem em auditoria é bastante farta, tendo em vista que a grande maioria dos autores dedica um ponto de suas obras ao tema. Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente quando, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Os meios à disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são: (a) seleção de todos os itens (exame de 100%); (b) seleção de itens específicos; e (c) amostragem de auditoria. O exame de 100% dos itens, na prática, raramente é aplicável, pois as empresas de auditoria não têm estrutura suficiente - nem tempo ± para fiscalizar a totalidade dos registros que fazem parte de sua competência. É por essa razão que definimos as prioridades da auditoria e o escopo dos trabalhos. Mesmo nos objetos selecionados, é comum que a equipe de auditoria verifique, antecipadamente, que não dispõe dos meios necessários para a verificação do universo de itens a serem auditados. Sobre universo, podemos defini-lo como sendo o conjunto integral de elementos a serem verificados, dependendo dos objetivos da auditoria. Pode ser o universo de registros efetuados; o universo de despesas realizadas; o universo de funcionários da empresa auditada, por exemplo. Em certos casos, é possível, ou necessário, realizarmos os testes de auditoria na totalidade dos elementos do universo, como, por exemplo, se a quantidade de empregados constante da folha de pagamento da empresa a ser auditada for muito pequena (é possível), ou no caso do censo promovido pelo IBGE, para que se verifique as características da população brasileira. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 73 Crepaldi (2012) explica que, ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar, o auditor pode empregar técnicas de amostragem, assim a definindo: ³É a utilização de um processo para obtenção de dados aplicáveis a um conjunto, denominado universo ou população, por meio do exame de uma parte deste conjunto denominada amostra�´��*ULIDPRV� O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização das auditorias em situações onde o objeto alvo da açãose apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira bastante pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da necessidade de obtenção de informações em tempo hábil, em casos em que a ação na sua totalidade se torne impraticável. A amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada população a partir de uma parcela representativa. A amostragem tem como objetivo conhecer as características de interesse de uma determinada população a partir de uma parcela representativa. É um método utilizado quando se necessita obter informações sobre um ou mais aspectos de um grupo de elementos (população) considerado grande ou numeroso, observando apenas uma parte do mesmo (amostra). As informações obtidas dessa parte somente poderão ser utilizadas de forma a concluir algo a respeito do grupo, como um todo caso esta seja representativa. A representatividade é uma característica fundamental para a amostra, que depende da forma de seleção e do tamanho da amostra. Potencialmente, a amostra obtém essa característica quando ela é tomada ao acaso. Para uma amostra ser considerada representativa de uma população, ela deve possuir as características de todos os elementos da mesma, bem como ter conhecida a probabilidade de ocorrência de cada elemento na sua seleção. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 73 Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em levantamentos de grandes populações. Uma dessas razões é a economicidade dos meios. Onde os recursos humanos e materiais são escassos, a amostragem se torna imprescindível, tornando o trabalho do auditor bem mais fácil e adequado. Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde as informações das quais se necessitam são valiosas e tempestivas, o uso de amostra também se justifica. Outra razão é o fato de que com a utilização da amostragem, a confiabilidade dos dados é maior. Devido ao número reduzido de elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais, evitando erros nas respostas. Além disso, a operacionalidade em pequena escala torna mais fácil o controle do processo como um todo. Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, tais como: a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra fica relativamente grande; b) quando as características da população são de fácil mensuração, mesmo que a população não seja pequena; e c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, que nada mais é do que o exame da totalidade da população. O método de amostragem se subdivide em dois tipos: a estatística e a não-estatística. Segundo Crepaldi (2012), amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas, sendo seu uso recomendável quando os itens da população apresentam características homogêneas. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 73 Tem como característica fundamental o fato de poder ser submetido a tratamento estatístico, sendo, portando, os resultados obtidos na amostra generalizáveis para a população. Amostragem não estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade. A principal característica do método de amostragem não estatístico é que este se baseia, principalmente, na experiência do auditor, sendo assim, a aplicação de tratamento estatístico a seus resultados se torna inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através da amostra para a população. Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não é passível de demonstração segundo as normas de cálculo existentes. Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal como, na busca exploratória de informações ou sondagem, quando se deseja obter informações detalhadas sobre questões particulares, durante um espaço de tempo específico. Assim, seus resultados podem ser considerados em pareceres e relatórios, em algumas circunstâncias. O método de amostragem não estatístico não serve de suporte para uma argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não é passível de demonstração segundo as normas de cálculo existentes. Entretanto, seus resultados podem ser considerados em pareceres e relatórios, em algumas circunstâncias. 1.1 NBC TA 530 Esta Norma se aplica quando o auditor independente decide usar a amostragem na execução de procedimentos de auditoria, e trata do uso de amostragem estatística e não estatística na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de controles e de detalhes e na avaliação dos resultados da amostra. Segundo o CFC, a NBC TA 530 complementa a NBC TA 500 ± Evidência de Auditoria ±, que trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 73 apropriada e suficiente para chegar a conclusões razoáveis que fundamentem sua opinião de auditoria. A NBC TA 500 fornece orientação sobre os meios disponíveis para o auditor selecionar os itens para teste, dos quais a amostragem de auditoria é um deles. Mas qual o objetivo do auditor ao utilizar a amostragem? Segundo a norma, é proporcionar uma base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada. Fonte: Barbetta (2006) 1.1 Definições Das principais definições apresentadas no começo do tema, abaixo explicamos melhor algumas delas, dada a dificuldade de entendimento. 1.1.1.1 - Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas: (a) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados mais eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de auditoria não apropriada. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shoppingCurso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 73 (b) no caso de teste de controles, em que os controles são considerados menos eficazes do que realmente são ou no caso de teste de detalhes, em que seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas. 1.1.1.2 - Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de amostragem. Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de procedimentos de auditoria não apropriados ou a interpretação errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de um desvio. 1.1.1.3 - Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma população. As unidades de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, cheques relacionados em comprovante de depósito, lançamentos de crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) ou unidades monetárias. 1.1.1.4 - Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes características: 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 73 (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. A abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) é considerada uma amostragem não estatística. A amostragem estatística possui as seguintes características: (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem. Se não tiver as características acima, é amostragem não estatística. 1.1.1.5 - Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor não seja excedido pela distorção real na população. Ao definir uma amostra, o auditor determina a distorção tolerável para avaliar o risco de que o conjunto de distorções individualmente irrelevantes possa fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções relevantes e forneça margem para possíveis distorções não detectadas. Ou seja, é a distorção que o auditor aceita, a fim de que as pequenas distorções, no conjunto, não se tornem grandes distorções. A distorção tolerável é a aplicação da materialidade na execução da auditoria, em procedimento de amostragem específico. A distorção tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor do que o da materialidade na execução da auditoria. 1.1.2 Requisitos Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a finalidade do procedimento de auditoria e as características da população da qual será retirada a amostra. Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deverá considerar os seguintes aspectos: a) os objetivos específicos da auditoria; 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 73 b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra; c) a estratificação da população; d) o tamanho da amostra; e) o risco da amostragem; f) o erro tolerável; e g) o erro esperado. Atenção! Os sete aspectos acima, embora constem de forma literal da NBC T 11 (norma já revogada) também aparecem na doutrina e, por isso, continuam sendo cobrados em prova, razão pela qual trouxemos para vocês. A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a evidência de auditoria em relação a algumas características dos itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre a população da qual a amostra é retirada. Como vimos, a amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística. Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos de auditoria que devem alcançar esses fins. A consideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as eventuais condições de desvio ou distorção ou outras características relacionadas com essa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o que constitui desvio ou distorção e qual população usar para a amostragem. A consideração do auditor sobre a finalidade do procedimento de auditoria inclui um claro entendimento do que constitui desvio ou distorção, de modo que todas essas condições, e somente elas, que são relevantes para a finalidade do procedimento de auditoria estejam inclusas na avaliação de desvios ou na projeção de distorções. Por exemplo, em um teste de detalhes relacionado com a existência de contas a receber tais como confirmação, pagamentos efetuados pelo cliente da entidade antes da data de confirmação, mas que a entidade recebeu pouco depois dessa data, não é considerada distorção. Adicionalmente, um registro errôneo entre as contas de clientes não afeta o saldo total das contas a receber. Portanto, pode não ser apropriado considerar que isso seja uma distorção na avaliação dos resultados da 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 73 amostragem desse procedimento de auditoria em particular, embora isso possa ter um efeito importante em outras áreas da auditoria, como por exemplo, na avaliação do risco de fraude ou da adequação da provisão para créditos de liquidação duvidosa. Ao considerar as características de uma população, para testes de controles, o auditor faz uma avaliação da taxa esperada de desvio com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no exame de pequena quantidade de itens da população. Essa avaliação é feita para estabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho dessa amostra. Por exemplo, se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta, o auditor geralmente decide por não executar os testes de controles. Da mesma forma, para os testes de detalhes, o auditor faz uma avaliação da distorção esperada na população. Se a distorção esperada for alta, o exame completo ou o uso de amostra maior pode ser apropriado ao executar os testes de detalhes. Ao considerar as características da população daqual a amostra será extraída, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada. A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística é uma questão de julgamento do auditor, entretanto, o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas. - Decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou não estatística: questão de julgamento do auditor; - o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre as abordagens estatísticas e não estatísticas; - quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra. O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável. O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 73 auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra. O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmula com base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional. O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser selecionada. Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de modo que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade conhecida de ser selecionada. Pela amostragem não estatística, o julgamento é usado para selecionar os itens da amostra. Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada, é importante que o auditor selecione uma amostra representativa, de modo a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que tenham características típicas da população. Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso de seleção aleatória, seleção sistemática e seleção ao acaso. 1.1.3 Execução de procedimentos de auditoria O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à finalidade, para cada item selecionado. Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o auditor deve executar o procedimento em um item que substitua o anteriormente selecionado. Um exemplo de quando é necessário executar o procedimento em item de substituição é quando um cheque cancelado é selecionado durante teste de evidência de autorização de pagamento. Se o auditor estiver satisfeito que o cheque foi cancelado de forma apropriada de modo a não constituir desvio, um item escolhido de maneira apropriada para substituí-lo é examinado. Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos ou procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o auditor deve tratar esse item como um desvio do Risco Amostra 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 73 controle previsto, no caso de testes de controles ou uma distorção, no caso de testes de detalhes. Um exemplo de quando o auditor não pode aplicar os procedimentos de auditoria definidos a um item selecionado é quando a documentação relacionada com esse item tiver sido perdida. Um exemplo de procedimento alternativo adequado pode ser o exame de recebimentos subsequentes, juntamente com a evidência da fonte dos recebimentos e os itens que eles visam liquidar quando nenhuma resposta tiver sido recebida para uma solicitação positiva de confirmação. 1.1.4 Natureza e causa de desvios e distorções O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria. Ao analisar os desvios e as distorções identificados, o auditor talvez observe que muitos têm uma característica em comum como, por exemplo, o tipo de operação, local, linha de produto ou período de tempo. Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da população que tenham a característica em comum e estender os procedimentos de auditoria para esses itens. Além disso, esses desvios ou distorções podem ser intencionais e podem indicar a possibilidade de fraude. Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que uma distorção ou um desvio descobertos na amostra são anomalias, o auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse desvio não sejam representativos da população. O auditor deve obter esse grau de certeza mediante a execução de procedimentos adicionais de auditoria, para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante da população. 1.1.5 Projeção de distorções Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, as distorções encontradas na amostra, para obter uma visão mais ampla da escala de distorção, mas essa projeção pode não ser suficiente para determinar o valor a ser registrado. Exemplificando... 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 73 Uma amostra de 50 itens selecionados de uma população de R$ 250.000 continha as três distorções a seguir. Valor Correto Valor Auditado Distorção % de Distorção 500 400 100 20,00% 350 200 150 42,86% 600 750 (150) (25,00%) % de erro total (soma dos % de distorção) 37,86% % de distorção média: 37,86% ÷ 50 (tamanho da amostra) = 0,7572% Distorção projetada 0,7572% × R$ 250.000 (população) = R$ 1.893 Entendendo o exemplo: 1. Calcular a porcentagem de distorção de cada item. Se o valor encRQWUDGR�IRU���ǝ��PDV�GHYHULD�WHU�VLGR���ǝ��D�GLVWRUomR�p�GH���ǝ� ou 17% do total. 2. Somar as porcentagens de distorção, compensando as superavaliações com as subavaliações. 3. Calcular a porcentagem média de distorção por item da amostra dividindo o total das porcentagens de distorção pelo número de todos os itens da amostra (com e sem distorção). 4. Multiplicar a porcentagem média de distorção pelo valor monetário total representativo da população (excluindo itens de valor alto e itens-chave). O resultado é a distorção projetada para a amostra. Obviamente, isso exclui qualquer distorção encontrada em itens de valor alto e itens-chave anteriormente removidos da amostra. Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela pode ser excluída da projeção das distorções para a população. Entretanto,o efeito de tal distorção, se não for corrigido, ainda precisa ser considerado, além da projeção das distorções não anômalas. Para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita dos desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa de desvio projetada para a população como um todo. Explicando melhor... A não projeção nos testes de controle se refere ao fato de não estarmos falando de unidades monetárias, mas de procedimentos de controle. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 73 Dessa forma, quando estamos aplicando os testes de detalhes, ao verificarmos uma distorção de 1 milhão de reais em uma amostra que corresponde a 10% de determinada conta das demonstrações contábeis, se projetarmos essa distorção, teríamos uma distorção, para a população, de 10 milhões de reais (projeção linear, apenas para fins exemplificativos). Já numa observação de um controle de acesso ao almoxarifado de determinada empresa, em que se constata que não há um sistema de identificação para a entrada dos funcionários (qualquer um entra), como seria essa projeção? 1.1.6 Avaliação do resultado da amostragem em auditoria O auditor deve avaliar: (a) os resultados da amostra; e (b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. Para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos que sejam obtidas evidências adicionais de auditoria que comprovem a avaliação inicial. Para os testes de detalhes, o valor de distorção inesperadamente alto em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que uma classe de operações ou o saldo de uma conta está distorcido de modo relevante, na ausência de evidências adicionais de auditoria de que não há distorções relevantes. No caso de testes de detalhes, a distorção projetada mais a distorção anômala, quando houver, é a melhor estimativa do auditor de distorção na população. Quando a distorção projetada mais a distorção anômala excederem uma distorção tolerável, a amostra não fornece uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada. Quanto mais próximo o somatório da distorção projetada e da distorção anômala estiver da distorção tolerável, mais provável será que a distorção real na população exceda a distorção tolerável. Além disso, se a distorção projetada for maior do que as expectativas de distorção do auditor usadas para determinar o tamanho da amostra, o auditor pode concluir que há um risco inaceitável de amostragem de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 73 A consideração dos resultados de outros procedimentos de auditoria ajuda o auditor a avaliar o risco de que a distorção real na população exceda a distorção tolerável e o risco pode ser reduzido se for obtida evidência adicional de auditoria. Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma base razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o auditor pode: - solicitar que a administração investigue as distorções identificadas e o potencial para distorções adicionais e faça quaisquer ajustes necessários; ou - ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos adicionais de auditoria para melhor alcançar a segurança exigida. Por exemplo, no caso de testes de controles, o auditor pode aumentar o tamanho da amostra, testar um controle alternativo ou modificar os respectivos procedimentos substantivos. Limite Superior de Desvios ± LSD (Testes de Controle) Desvios encontrados na amostra devem ser adequadamente avaliados. Para cada controle testado o auditor irá calcular uma taxa de desvios da amostra, que é realizada dividindo a quantidade de desvios pelo tamanho da amostra examinada. Realizado esse cálculo, o auditor irá determinar o limite superior dos desvios, que é a taxa máxima de desvios da população, baseada na quantidade de desvios da amostra. LSD = Taxa de desvios da amostra + Provisão para Risco de Amostragem (PRA) Exemplificando: Se 1 desvio é encontrado em uma amostra de 100 unidades, a taxa de desvio será de 1%. Para encontrar o limite superior de desvios, devemos somar essa taxa de 1% à PRA. Encontrado o LSD, o auditor irá comparar com a taxa aceitável de desvios definida na seleção da amostra. Se o LSD for igual ou inferior à taxa aceitável de desvios, os resultados darão suporte ao risco de controle planejado. Caso o LSD seja superior, o auditor deverá revisar a 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 73 estratégia de auditoria ou revisar os procedimentos substantivos planejados. Limite Superior de Desvios ± LSE (Testes Substantivos) Ao utilizar amostragem para testes substantivos, o auditor aplica procedimentos de auditoria sobre os elementos da amostra e determina o valor real de cada unidade. A diferença entre o valor encontrado pelo auditor e o valor registrado na contabilidade será utilizado para projetar o erro (distorção) total na população. Da mesma forma como visto nos testes de controle, o auditor calcula o limite superior (agora de erros) para os testes substantivos. LSE = Erro projetado da população + Provisão para Risco de Amostragem (PRA) Calculado o LSE, o auditor irá compará-lo com o erro aceitável (EA), definido quando da seleção da amostra. Se o LSE for igual ou inferior ao EA, o auditor conclui que a população (saldo da conta analisada) não contém erros relevantes. Se for maior, pode-se suspeitar que a amostra não tenha sido representativa da população e aplicar procedimentos adicionais sobre unidades de amostragem. 1.1.7 Estratificação e seleção com base em valor Ao considerar as características da população da qual a amostra será retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada. 1.1.7.1 Estratificação A eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares. O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem. Atenção! Se compararmos um estrato com outro, eles continuam sendo heterogêneos. O que passa a ser mais homogêneo são os elementos que compõem cada estrato. 83395105172 . Edited with the trial version ofFoxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 73 Na execução dos testes de detalhes, a população é geralmente estratificada por valor monetário. Isso permite que o trabalho maior de auditoria possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que esses itens podem conter maior potencial de distorção em termos de superavaliação. Da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma característica específica que indica maior risco de distorção como, por exemplo, no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa na avaliação de contas a receber, os saldos podem ser estratificados por idade. Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra de itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens que compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a população, o auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a quaisquer outros estratos que componham toda a população. Por exemplo, 20% dos itens em uma população podem compor 90% do saldo de uma conta. O auditor pode decidir examinar uma amostra desses itens. O auditor avalia os resultados dessa amostra e chega a uma conclusão sobre 90% do saldo de uma conta separadamente dos 10% remanescentes (nos quais outra amostra ou outros meios de reunir evidências de auditoria serão usados ou que possam ser considerados não relevantes). Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido em estratos, a distorção é projetada para cada estrato separadamente. As distorções projetadas para cada estrato são, então, combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das classes de operações ou do saldo da conta. 1.1.7.2 Seleção com base em valor Ao executar os testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade de amostragem como unidades monetárias individuais que compõem a população. Após ter selecionado unidades específicas da população, como por exemplo, o saldo das contas a receber, o auditor pode, então, examinar os itens específicos, como por exemplo, os saldos individuais que contêm essas unidades monetárias (cada duplicada a receber). O benefício dessa abordagem para definir a unidade de amostragem é que o trabalho de auditoria é direcionado para itens de valor maior porque eles têm mais chances de serem selecionados e podem resultar em amostras de tamanhos menores. Essa abordagem é muito eficiente quando os itens são selecionados usando a seleção aleatória. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 73 Ao considerar as características da população da qual a amostra será retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com base em valores é apropriada. 1.1.8 Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de controles A seguir apresentamos os principais fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho da amostra para os testes de controles. Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto, pressupõem que o auditor não modifica a natureza ou a época dos testes de controles nem de outra forma modifica a abordagem aos procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados. TESTES DE CONTROLE Fator Relação Taxa tolerável de desvio Inversa Taxa esperada de desvio Direta Nível de segurança desejado Direta Extensão da avaliação de riscos dos controles relevantes Direta Quanto menor a taxa tolerável de desvio que o auditor irá aceitar, maior o tamanho da amostra que irá precisar testar. Quanto mais alta for a taxa esperada de desvio, maior o tamanho da amostra para que o auditor esteja em posição de fazer uma estimativa razoável dessa taxa. Quanto maior for o nível de segurança de que o auditor espera que os resultados da amostra sejam de fato indicativos com relação à incidência real de desvio na população, maior deve ser o tamanho da amostra. Por fim, quanto mais segurança o auditor pretende obter da efetividade dos controles, menor a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante e maior deve ser o tamanho da amostra. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 73 Quando a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante inclui uma expectativa da efetividade operacional dos controles, o auditor tem que executar os testes de controles. Sendo os outros fatores iguais, quanto maior for a confiança que o auditor deposita na efetividade operacional dos controles na avaliação de risco, maior será a extensão dos testes de controles do auditor (e, portanto, maior o tamanho da amostra). Em outras palavras, se o auditor irá depositar uma confiança grande na efetividade dos controles, deverá aplicar mais testes de controle pra se precaver. Assim, de posse dos resultados e confirmando essa efetividade dos controles, aplicará menos testes substantivos, como veremos a seguir. 1.1.9 Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra para os testes de detalhes De forma análoga ao item anterior, apresentamos os principais fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o tamanho da amostra para testes de detalhes. Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto, pressupõem que o auditor não modifica a abordagem aos testes de controles nem a natureza ou a época dos procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados. TESTES DE DETALHES Fator Relação Distorção tolerável Inversa Risco de distorção relevante Direta Distorção esperada Direta Estratificação da população Redução Uso de procedimentos alternativos Inversa Quanto menor for a distorção tolerável aceita pelo auditor, maior deverá ser o tamanho da amostra. Quanto mais alta for a avaliação do risco de distorção relevante, maior deve ser o tamanho da amostra. Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar na população, maior deve ser o tamanho da amostra para se fazer uma estimativa razoável do valor real de distorção na população. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 73 No caso da utilização da estratificação, o conjunto de tamanhos de amostra dos estratos geralmente será menor do que o tamanho da amostra que seria necessário para alcançar certonível de risco de amostragem se uma amostra tivesse sido retirada de toda a população. Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população em particular, menos segurança precisa da amostragem e, portanto, menor pode ser o tamanho da amostra. 1.1.10 - Tamanho da Amostra e Fator de Confiança1 Ao desenhar um teste substantivo, o auditor pode achar útil usar três níveis de segurança, como alto, moderado e baixo. A diferença entre os níveis pode ser baseada no fator de confiança usado para a seleção da amostra. Quanto maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de segurança obtido. O quadro a seguir apresenta os níveis de confiança típicos para alcançar níveis de segurança alto, moderado e baixo. Segurança Necessária Nível de Confiança Fator de Confiança Alta 95% 3,0 Moderada 80%-90% 1,6 ± 2,3 Baixa 65%-75% 1,1 ± 1,4 Um conjunto de procedimentos de auditoria eficazes para responder a riscos avaliados e afirmações específicas pode conter uma combinação de testes de controle e procedimentos substantivos. A tabela a seguir fornece uma lista de fatores de confiança para diversos níveis de confiança. Por exemplo, se for necessário um nível de confiança de 95%, o fator de confiança a ser usado seria 3. Nível de Confiança Fator de Confiança 50% 0,7 55% 0,8 60% 0,9 65% 1,1 70% 1,2 75% 1,4 1 Item adaptado do Guia de Utilização de Normas de Auditoria em Auditorias de Entidade de Pequeno e Médio Portes ʹ Volume 2 ʹ IFAC ʹ International Federation of Accountants 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 73 80% 1,6 85% 1,9 90% 2,3 95% 3,0 98% 3,7 99% 4,6 O tamanho das amostras é determinado a partir da seguinte fórmula: Tamanho da amostra = Fator de confiança ÷ Taxa tolerável de desvio Quando se usa amostragem estatística para testar a efetividade operacional do controle interno, o tamanho da amostra necessário não aumenta com o aumento do tamanho da população. Uma amostra aleatória de apenas 30 itens sem nenhum desvio observado pode fornecer um nível de confiança alto de que o controle está operando de maneira efetiva. Ao desenhar testes de controles, é necessário investir tempo para definir exatamente o que se constitui em um erro ou uma exceção do teste. Isso economizará tempo durante a execução do teste ou da avaliação dos resultados e evitará dúvidas na determinação do que é um desvio do controle. Se algum nível de desvio estiver previsto na efetividade operacional de um controle, recomenda-se considerar abordagens alternativas para coletar evidência de auditoria. Um plano simples que pode ser usado para amostragem por atributos está apresentado a seguir, com base em um nível de confiança de 95% (uma taxa de desvio de 5%): Uma amostra de 10 itens sem nenhum desvio fornecerá um nível de segurança moderado. No caso de ser encontrado um desvio, nenhuma segurança pode ser obtida. Uma amostra de 30 itens sem nenhum desvio fornecerá um nível de segurança alto. No caso de ser encontrado um único desvio, pode ser obtido somente um nível moderado de segurança. Se for encontrado mais de um desvio, nenhuma segurança pode ser obtida. Uma amostra de 60 itens e até um desvio fornecerá um nível de segurança alto. No caso de serem encontrados dois desvios, pode ser obtido somente um nível moderado de segurança. No caso de serem 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 73 encontrados mais de dois desvios, nenhuma segurança pode ser obtida dos testes de controles. 1.1.11 Métodos de seleção da amostra Existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes: (a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios). (b) Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada. Embora o ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios ou de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, o auditor precisaria determinar que as unidades de amostragem da população não estão estruturadas de modo que o intervalo de amostragem corresponda a um padrão em particular da população. (c) Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. (d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma técnica estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística. (e) Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. A seleção de bloco geralmente não pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria das populações está estruturada de modo que esses itens em sequência podem ter características semelhantes entre si, mas características diferentes de outros itens de outros lugares da população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 73 itens, ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas sobre toda a população com base na amostra. QUESTÕES COMENTADAS 1 - (FCC/METRÔ-SP/2014) - Dois analistas de desenvolvimento de gestão foram incumbidos de fazer exames de auditoria interna nos registros realizados pelo setor de contabilidade do Metrô, em 2013. Em razão do volume de informações, utilizaram técnica de auditoria para a seleção de itens que deverão ser testados, representando o todoa ser auditado. Essa técnica utilizada é denominada: (A) dimensionamento do trabalho de auditoria. (B) direcionamento do trabalho de auditoria. (C) amostragem. (D) testes de parcialidade. (E) seleção de suficiência de informações. Comentários: Quando o auditor se utiliza de parte da população para representar o todo a ser auditado ele está aplicando a técnica de amostragem, que pode ser estatística ou não estatística. Resposta: C 2 - (FCC/ICMS-SP/2013) - É correto afirmar, em relação ao fator de confiança na seleção da amostra, que quanto: (A) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido. (B) menor o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e da estratificação permitida. (C) maior o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e menor o nível de segurança obtido. (D) menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da estratificação permitida. (E) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de segurança obtido. Comentários: Para responder a questão devemos nos lembrar da seguinte fórmula: Tamanho da amostra = 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 73 Dessa forma, quanto maior for o fator de confiança exigido mais será o tamanho da amostra e, consequentemente, maior o nível de segurança obtido. Resposta: E 3 - (FCC/TRT 15ª Região/2013) - O auditor da empresa Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas notas fiscais emitidas, para confirmação do saldo de Contas a Receber e da Receita do período. Referido procedimento: (A) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da população inteira. (B) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria. (C) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria. (D) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem ser projetados para a população inteira. (E) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo vedada a utilização. Comentários: A dica dada pela questão é a palavra SELETIVO. Se o exame foi seletivo, trata-se de uma amostragem não estatística que, embora seja um meio eficiente de se obter uma evidência de auditoria, não pode ser extrapolada (projetada) para toda a população. Dessa forma, embora considere que a letra B também está correta, D�³PDLV�FRUUHWD´�RX�PDLV�FRPSOHWD�p�D�OHWUD�'� Resposta: D 4 - (FCC/TRT 12ª/2013) - A técnica utilizada para que, estatisticamente, seja possível formar um conceito mais seguro do todo a ser auditado é chamada de: (A) seleção objetiva. (B) inspeção por pontos relevantes. (C) auditoria especializada. (D) exame qualitativo. (E) amostragem. Comentários: Quando o auditor está impossibilitado (seja por falta de tempo, recursos, etc.) de olhar o todo e elege uma parte para fazer sua análise ele está se utilizando da técnica de amostragem. Resposta: E 5 - (FCC / ISS-SP / 2012) - O aumento no uso de procedimentos substantivos no processo de auditoria para confirmação dos saldos do contas a receber da empresa Financia S.A. (A) exige a estratificação da amostra. (B) obriga que a amostra seja aleatória. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 73 (C) possibilita um aumento da amostra. (D) causa uma diminuição da amostra. (E) não influencia no tamanho da amostra. Comentários: O aumento de uso de procedimentos substantivos (aumento de testes) irá permitir a redução do risco de detecção e, assim, reduzirá o risco de amostragem, fazendo com que o tamanho da amostra também diminua. Resposta: D 6 - (FCC / TRE-SP / 2012) ± A técnica de amostragem que consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes é denominada amostragem: (A) randômica. (B) estratificada. (C) de seleção em bloco. (D) aleatória. (E) de seleção com base na experiência do auditor. Comentários: Segundo a NBC TA 530, Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características semelhantes. Portanto, questão literal trazida pela FCC. Por isso a importância de se apresentar os conceitos. Resposta: B 7 - (FCC / TCE-SE / 2011) - Segundo a NBC TA 530, que versa sobre a utilização de amostragem em auditoria, é correto afirmar: (A) O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a variabilidade dos itens de cada estrato e permitir que o tamanho da amostra seja aumentado. (B) Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o tamanho da amostra. (C) Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo de distorção ou desvio em uma população. (D) O método de seleção da amostra em que o auditor não segue nenhuma técnica estruturada é denominado método de seleção aleatório. (E) Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos (testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos), menor pode ser o tamanho da amostra. Comentários: A estratificação diminui a variabilidade dos itens de cada estrato, o que faz com que a letra A esteja incorreta. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 73 A alternativa B também está errada, pois há uma relação inversa entre risco de amostragem a ser aceito e tamanho da amostra definida. Na letra C faltou um NÃO antes da palavra representativo, conforme vimos na definição da NBC TA 530. Dessa forma, anomalia é uma distorção ou desvio não representativo. Quando o auditor não segue nenhuma técnica estruturada, temos a chamada Amostragem ao acaso. Portanto, a alternativa D também está errada. A letra E apresenta uma relação correta entre confiabilidade do auditor nos procedimentos substantivos e tamanho da amostra, sendo, assim, o gabarito da questão. Resposta: E 8 - (FCC/INFRAERO/Analista Contábil/2011) - Em relação à utilização de amostragem na auditoria, é correto afirmar: A) A amostragem utilizada em auditoria é necessariamente probabilística, sob pena de ocorrerem riscos decorrentes da utilização do julgamento pessoal do auditor sobre os itens a serem selecionados. B) A estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com características heterogêneas. C) O tamanho da amostra a ser determinada pelo auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os erros toleráveis e os esperados. D) O erro tolerável é o erro mínimo na população que o auditor está disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o resultado da amostraatingiu o objetivo da auditoria. E) Quando o erro projetado for inferior ao erro tolerável, o auditor deve reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos. Comentários: Vamos aos erros das alternativas: A ± a amostragem utilizada em auditoria pode ser probabilística ou não probabilística. B ± na estratificação, os componentes dos estratos são homogêneos, e não heterogêneos. Por exemplo, podemos estratificar uma população de pessoas por faixa etária (10 a 20 anos; 21 a 30 anos). C ± alternativa correta. D ± o erro tolerável é o erro máximo, e não mínimo, que o auditor pode aceitar (tolerar). E ± Quando o erro projetado for superior ao erro tolerável é que o auditor deve tomar o procedimento descrito na alternativa. Resposta: C 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 73 9 - (FCC/TCM-CE/ACE/2010) - Conforme normas técnicas de auditoria independente, NÃO se refere à definição de uma amostragem de auditoria: A) a possibilidade de existência de fraude. B) os fins específicos da auditoria. C) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra. D) as condições de desvio ou distorção. E) a natureza da evidência da auditoria. Comentários: A possibilidade de existência de fraude não é considerada na definição da amostra, ao contrário das demais alternativas. Fraude é um ato intencional, que pode ou não ocorrer, mas que não vai interferir no tamanho da amostra a ser definida pelo auditor. Resposta: A 10 - (FCC / ISS-SP / 2012) - A estratificação da amostra pode ser útil quando: (A) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra. (B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros. (C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem selecionados. (D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem selecionados. (E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra. Comentários: Estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações ou estratos, com o intuito de facilitar o processo de amostragem em situações em que existe uma grande variabilidade das unidades de amostragens (itens que compõem a população). Dessa forma, a escolha por esse processo não está relacionada ao tamanho da amostra (letras A e E), nem com a probabilidade de erros na amostra (alternativa B), mas sim com a homogeneidade da população. Se os elementos da população forem homogêneos, não há necessidade de estratificação, se forem heterogêneos, aí sim a estratificação é indicada. Resposta: C 11 - (FCC / SEFAZ/SP - APOFP / 2010) - Para propiciar representatividade da população contábil aplicada nos testes de auditoria, o auditor pode estipular intervalos uniformes entre os itens a serem selecionados como um método de seleção de amostras denominado: a) números aleatórios. b) amostragem de atributos. c) amostragem sistêmica. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 73 d) amostragem por bloco. e) amostragem ao acaso. Comentários: Segundo o apêndice 4 da NBC TA 530, na seleção sistemática, a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem. Portanto, a UHVSRVWD�FRUUHWD�p�D�OHWUD�³F´� $V� GHILQLo}HV� GDV� DVVHUWLYDV� ³D´�� ³G´� H� ³H´� HQFRQWUDP-se na parte WHyULFD�� -i� D� DPRVWUDJHP� GH� DWULEXWRV� �OHWUD� ³E´�� WHP� D� finalidade de estimar a taxa de desvios em uma população e é utilizada em testes de observância (atualmente, testes de controle). Resposta: C 12 - (FCC / SEFAZ/SP ± Fiscal de Rendas / 2009) - O auditor, ao escolher as notas fiscais a serem examinadas, determinou que fossem separadas as notas com último dígito representado pelo número cinco. Esse procedimento representa uma seleção: a) casual. b) sistemática. c) aleatória. d) direcionada. e) geométrica. Comentários: Existem diversos métodos para selecionar amostras. Os principais são os seguintes, conforme definido no apêndice 4 da NBC TA 530 (grifos nossos): a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios). b) Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem. c) Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da amostra resultam em uma conclusão em valores monetários. d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem seguir uma técnica estruturada. A seleção ao acaso não é apropriada quando se usar a amostragem estatística. e) Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens contíguos da população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de itens, ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra apropriada quando o auditor 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 73 pretende obter inferências válidas sobre toda a população com base na amostra. Quando o auditor define que irá verificar apenas as notas cujo último dígito é cinco, ele está sistematizando sua seleção amostral. 3RUWDQWR�� D� OHWUD� ³E´� p� D� DOWHUQDWLYD� FRUUHWD�� 5HVVDOWD-se que a opção DSUHVHQWDGD� QD� OHWUD� ³H´�� VHOHomR� JHRPpWULFD�� QmR� FRQVWD� HP� QHQKXPD� norma de auditoria e nem na doutrina da disciplina. Resposta: B 13 - (FCC / CÂMARA DOS DEPUTADOS / 2007) - Deve o auditor, no Processo de amostragem, a) utilizar somente métodos estatísticos. b) efetuar seleção sistemática. c) proibir o uso de seleção casual. d) eliminar o risco de amostragem. e) desconsiderar o erro tolerável. Comentários: Conforme verificado no item A11 da NBC TA 530, o tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de fórmula com base em estatística ou por meio do exercício do julgamento profissional. Dessa IRUPD��DV�OHWUDV�³D´�H�³F´�HVWmR�LQFRUUHWDV� Risco de amostragem, segundo a norma supra, é o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. Esse tipo de risco pode ser reduzido, mas nunca eliminado. Apenas não haverá risco se o auditor realizar o exame em 100% das transações e/ou registros da empresa, mas nesse caso não terá sido utilizado o processo GH� DPRVWUDJHP� H� VLP� UHDOL]DGR� XP� FHQVR�� 3RUWDQWR�� D� DVVHUWLYD� ³G´� também está errada.Distorção tolerável (anteriormente chamado de erro tolerável) é um valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na população. É sempre um fator considerado pelo auditor na determinação da amostra��3RUWDQWR��D�RSomR�³H´�HVWi�LQFRUUHWD� Por fim, a seleção sistemática é um dos vários métodos que podem ser utilizados para definição de uma amostra de auditoria. Assim, a letra ³E´�p�D�UHVSRVWD�FRUUHWD� Resposta: B 14 - (FCC/TJ-PI/Auditor/2009) - Seleção casual da amostragem é o tipo de seleção: A) aleatória, a ser utilizada quando os valores do componente patrimonial apresentam grande índice de dispersão. B) randômica, com o objetivo de aumentar o risco de detecção. 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 73 C) estratificada, a ser utilizada quando os valores do componente patrimonial apresentam grande índice de dispersão. D) baseada na experiência profissional do auditor. E) com o objetivo de aprofundar riscos de fraude ou de erro nos controles internos. Comentários: A NBC T-11.11, que trata da amostragem em auditoria, não está mais em vigor, como sabemos. Entretanto, previa como método de seleção de amostras a seleção casual, a critério do auditor, baseada em sua experiência profissional, o que torna a alternativa D correta, e o gabarito da questão. No mesmo sentido, ainda que considerássemos a NBC TA 530, podemos dizer que a alternativa estaria correta da mesma forma, pois HVVD�QRUPD�SUHYr�D� VHOHomR� ³DR�DFDVR´�� FRP�DV�PHVPDV�FDUDFWHUtVWLFDV� da seleção casual citada. Resposta: D 15 - (FCC/TCE-AM/ATCE/2008) - Ao utilizar o método de amostragem estatística em substituição ao não-estatístico para a seleção de base de dados, o auditor está reduzindo a possibilidade de risco de: A) controle decorrente da utilização de critérios aleatórios. B) detecção por não utilizar critérios probabilísticos e não-probabilísticos conjuntamente. C) seleção originada do direcionamento da amostra para uma escolha conduzida. D) informação devido à falta de critério na seleção pelo método não- estatístico. E) amostragem decorrente da não utilização das leis de probabilidades. Comentários: Sempre que possível, o auditor deve utilizar o método de amostragem estatístico, por ser o que apresenta a possibilidade de tratamento estatístico, o que trará maior confiabilidade em suas conclusões. Nesse caso, estará reduzindo o risco de amostragem que existiria em função da utilização de métodos não relacionados à lei das probabilidades. Resposta: E 16 - (FCC/TCE-AL/Auditor/2008) - O plano de amostragem probabilística que pressupõe a disposição dos itens de uma população em subgrupos heterogêneos representativos da população global é denominado amostragem: A) aleatória simples B) estratificada C) baseada no julgamento pessoal do auditor 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 73 D) casual E) não randômica. Comentários: De acordo com a NBC TA 530, a eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a população dividindo-a em subpopulações distintas que tenham características similares. O objetivo da estratificação é o de reduzir a variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, permitir que o tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de amostragem. Ou seja, na estratificação, os subgrupos são heterogêneos, formados por integrantes homogêneos. No exemplo da estratificação por idades, cada faixa etária tem características distintas, mas dentro de cada faixa, os indivíduos têm características homogêneas. Resposta: B 17 - (FCC/TCE-AM/Auditor/2007) - Em relação à amostragem estatística em auditoria, é correto afirmar: A) A sua principal característica é estar baseada na experiência pessoal do auditor. B) Ela deve ser utilizada em todos os casos, inclusive quando a população é pequena ou quando há necessidade de alta precisão nas estimativas. C) Na amostragem estratificada, cada elemento da população tem a mesma chance de pertencer à amostra, pois estão distribuídos de maneira uniforme. D) O objetivo da ação de controle é irrelevante para a elaboração do plano amostral. E) O grau de precisão das estimativas está relacionado ao percentual máximo que se admitirá de erros para os resultados obtidos na amostra. Comentários: Erros das alternativas: A ± a experiência pessoal do auditor está relacionada à amostragem não estatística. B ± se a população for muito pequena (uma sala de aula, por exemplo), não faz sentido utilizarem-se métodos estatísticos. Bastaria avaliar toda a população. C ± na amostragem estratificada, os elementos não são distribuídos de maneira uniforme, mas são incluídos em subgrupos distintos. Assim, a chance de que um elemento seja escolhido vai depender do subgrupo escolhido. D ± o objetivo da ação de controle deve ser levado em consideração na elaboração da amostra. Dependendo do objetivo, pode ser que nem se trabalhe com amostragem. E ± alternativa correta. O grau de precisão das estimativas está relacionado ao erro tolerável. Resposta: E 83395105172 . Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Curso de Auditoria para ICMS-PE Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Fontenelle ʹ Aula 05 Prof. Rodrigo Fontenelle www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 73 18 - (FCC/TRE-MS/Analista Contábil/2007) - Com relação à utilização de técnicas de amostragem pelo auditor, pode-se afirmar que: A) somente são considerados como métodos de seleção de amostra válidos, os estatísticos. B) não é permitida a estratificação da amostra para determina- la. C) a seleção da amostra deve ser feita sempre de forma sistemática e não permitindo intervalos constantes entre as transações. D) são fatores a serem considerados: o erro tolerável e o erro esperado. E) sendo aplicado técnicas de amostragem, não há necessidade de proporcionar evidência. Comentários: Novamente, vamos aos erros: A ± a alternativa desconsidera os métodos não estatísticos, igualmente válidos. B ± a estratificação é perfeitamente possível, como vimos. C ± segundo a NBC TA 530, seleção sistemática é aquela em que a quantidade de unidades de amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 50ª unidade de amostragem seguinte é selecionada. D ± a alternativa está correta, pois, como vimos, o erro tolerável e o erro esperado devem ser considerados na elaboração do plano amostral. E ± a amostragem é utilizada justamente para auxiliar o auditor a obter evidências com base na avaliação de parte da população, ao invés de se analisar o universo. Resposta: D 19 - (FCC/Pref.
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