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Aula 13
Direito Constitucional p/ SEFAZ/PE - com videoaula
Professores: Ricardo Vale, Nádia Carolina
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Direito Constitucional p/SEFAZ-PE 
Profa. Nádia Carolina / Prof. Ricardo Vale 
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AULA 13: DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1- Ordem Econômica e Financeira 1 - 25 
2- Lista de Questões e Gabarito 26 - 31 
Ordem Econômica e Financeira 
1- Introdução: 
A ordem econômica consiste em um conjunto de normas que regulam o 
sistema econômico do País, definindo, dentre outros pontos, a forma de 
intervenção do Estado na economia. 
A disciplina constitucional da ordem econômica forma aquilo que a doutrina 
denomina “Constituição econômica”, que, nas palavras do Prof. Uadi 
Lammêgo Bulos, “consiste em um microssistema normativo, integrado à 
própria carta constitucional positiva, em cujo esteio erigem-se normas e 
diretrizes constitucionais que disciplinam, juridicamente, a macroeconomia”.1 
Há que se destacar, ainda, que a “Constituição econômica” não se esgota no 
texto constitucional: ela também se manifesta por meio de normas 
infraconstitucionais. É a partir disso que se pode fazer a distinção entre 
Constituição econômica material (núcleo essencial de normas que regem o 
sistema econômico, quer constem ou não do texto constitucional) e 
Constituição econômica formal (normas que regem o sistema econômico e 
que estão positivadas no texto constitucional, ainda que não dotadas de 
relevância material).2 
A constitucionalização da ordem econômica foi um movimento que ganhou 
força com a Primeira Guerra Mundial. Em virtude daquele conflito, o 
Estado teve que assumir um papel mais ativo na regulação da economia, o que 
se acentuou ainda mais com a Crise da bolsa de Nova York (1929) e com a 
Segunda Guerra Mundial. 
Constata-se que a inserção da ordem econômica nos textos constitucionais foi 
uma das características da transição do Estado liberal para o Estado 
social. O Estado liberal era eminentemente não intervencionista; o Estado 
social, por sua vez, é marcado pela maior atuação governamental, seja 
intervindo na economia, seja ofertando prestações positivas em favor dos 
indivíduos. Dessa forma, a constitucionalização da ordem econômica é 
resultado do aparecimento da ideia de Estado de bem-estar social. 
 
1 BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional, 6a edição. Ed. Saraiva. São 
Paulo: 2011, pp. 1490. 
&
! CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição. Ed. Juspodium. 
Salvador: 2012, p. 1276 – 1277. !
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No Brasil, a Constituição de 1934 foi a primeira a trazer em seu texto a 
disciplina da ordem econômica, o que se deveu à forte influência da 
Constituição alemã de Weimar (1919). Destaque-se que a Carta de 1934 
também tratou com pioneirismo a disciplina da ordem social, que está 
intimamente relacionada à ordem econômica. 
Na CF/88, a ordem econômica e financeira é dividida da seguinte forma: 
- Princípios Gerais da Ordem econômica (art. 170 – art. 181) 
- Política Urbana (art. 182 – art. 183) 
- Política agrícola e fundiária e a reforma agrária (art. 184 – art. 191) 
- Sistema Financeiro Nacional (art. 192) 
Essas normas, que consubstanciam a chamada “Constituição econômica”, 
podem ser classificadas, segundo a doutrina do Prof. José Afonso da Silva, 
como elementos socioideológicos. São elementos socioideológicos o 
conjunto de normas que refletem a existência do Estado social, 
intervencionista, prestacionista. 
 
2- Fundamentos e Princípios gerais da Ordem econômica: 
2.1- Princípios constitucionais da ordem econômica: 
A doutrina considera que a Constituição Federal de 1988, ao tratar da ordem 
econômica, estabeleceu princípios e soluções um tanto quanto 
contraditórios. Ao mesmo tempo em que consagra a liberdade de iniciativa, a 
CF/88 busca, em diversos momentos regulamentar a atividade econômica. 
Assim, liberalismo e intervencionismo se alternam na formulação dos 
princípios da ordem econômica, o que demonstra o resultado consensual de 
um debate entre as diversas correntes que participaram da formulação da 
CF/88.3 
Segundo o art. 170, CF/88, a ordem econômica, fundada na valorização do 
trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos 
existência digna, conforme os ditames da justiça social. Por meio desse 
dispositivo, a CF/88 consagra a existência de uma economia de mercado, de 
índole capitalista. Isso fica claro ao estabelecer-se que o fundamento da ordem 
econômica é a livre iniciativa; com efeito, a livre iniciativa é característica 
central do sistema capitalista. 
 
%
! MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada e Legislação 
Constitucional, 9ª edição. São Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 1875-1877. !
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Ao mesmo tempo, percebe-se que o art. 170, CF/88, estabeleceu que a 
finalidade da ordem econômica é promover a existência digna de todos, 
conforme os ditames da justiça social. Nesse sentido, busca-se compatibilizar 
o desenvolvimento econômico com o princípio da dignidade da pessoa 
humana. 
Os princípios constitucionais da ordem econômica são os seguintes: 
a) Soberania nacional. A soberania é um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil (art. 1º, I). Aqui, ela aparece no sentido 
de “soberania econômica”. Com isso, o legislador constituinte quis deixar 
claro que o Brasil deve buscar o seu desenvolvimento e evitar a situação 
de dependência em relação aos países industrializados. 
b) Propriedade privada. A propriedade privada dos meios de produção 
é a grande característica do sistema econômico capitalista. 
c) Função social da propriedade. O direito à propriedade não é 
absoluto; em outras palavras, a propriedade é garantida, desde que 
cumpra sua função social. Nos termos do art. 5º, XXIII, “a propriedade 
atenderá a sua função social”. 
d) Livre concorrência. A livre concorrência é um princípio que deriva 
do princípio da livre iniciativa. Ao estabelecer a livre concorrência como 
um princípio geral da ordem econômica, a CF/88 reconhece, 
implicitamente, a tese de que mercados competitivos geram maior 
eficiência econômica, possibilitando maior bem-estar e qualidade de vida 
aos cidadãos. 
Destaque-se, entretanto, que, embora o legislador constituinte tenha 
optado pela livre concorrência, esta não é absoluta. O Estado possui 
diversas formas de intervenção na economia. A intervenção estatal 
pode ser direta (como no caso de monopólios em setores estratégicos) 
ou indireta (através da regulação econômica). 
Em consonância com o princípio da livre concorrência, o art. 173, § 4º, 
dispõe que “a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à 
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento 
arbitrário dos lucros.” Perceba que a livre concorrência é a regra geral 
na ordem econômicado Estado brasileiro, admitindo-se a intervenção 
estatal para reprimir condutas anticoncorrenciais, caracterizadas 
pelo abuso do poder econômico. 
Segundo o STF, os regimes jurídicos sob os quais, em regra, são 
prestados os serviços públicos importam em que essa atividade seja 
desenvolvida sob privilégio, inclusive o da exclusividade. Por esse 
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motivo, o privilégio de entrega de correspondência da ECT (Empresa de 
Correios e Telégrafos) não violaria a proteção à livre concorrência4. 
e) Defesa do consumidor. A ordem econômica tem como finalidade 
assegurar a todos uma existência digna; dito de outra maneira, ela visa 
garantir a dignidade da pessoa humana. É justamente nesse contexto 
que se busca assegurar a defesa do consumidor, que é a parte 
hipossuficiente em uma relação de consumo. 
f) Busca do pleno emprego. Conforme já comentamos, a ordem 
econômica tem como um de seus fundamentos a valorização do trabalho 
humano. Nesse sentido, a busca do pleno emprego é diretriz 
constitucional que tem como objetivo assegurar que toda a força de 
trabalho disponível seja utilizada na atividade econômica. 
g) Redução das desigualdades sociais e regionais. Nos termos do 
art. 3º, III, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil é “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais”. 
h) Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento 
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de 
seus processos de elaboração e prestação. 
i) Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e 
administração no País. Esse tratamento diferenciado se materializa no 
art. 179, CF/88: 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, 
assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a 
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações 
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou 
pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 
 
O Prof. José Afonso da Silva chama de princípios de 
integração os seguintes princípios da ordem 
econômica: 
a) defesa do consumidor; 
b) defesa do meio ambiente; 
c) redução das desigualdades sociais e regionais; 
 
∋∋
!ADPF 46, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 05.08.2009. 
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d) busca do pleno emprego. 
Essa denominação se deve ao fato de que esses 4 
(quatro) princípios têm como objetivo resolver os 
problemas da marginalização regional ou social. 
 
 
Há que se mencionar também o que estabelece o art. 170, parágrafo único, 
CF/88. Segundo esse dispositivo, é assegurado a todos o livre exercício de 
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de 
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Trata-se do princípio da 
liberdade de exercício de atividade econômica. 
Todos esses princípios devem ser interpretados em conjunto, em harmonia, 
evitando contradições aparentes entre si. Neles, verifica-se que o constituinte 
adotou o modelo capitalista, porém não se esqueceu da finalidade da 
ordem econômica: assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames 
da justiça social. 
P
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SOBERANIA NACIONAL 
PROPRIEDADE PRIVADA 
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE 
LIVRE CONCORRÊNCIA 
DEFESA DO CONSUMIDOR 
BUSCA DO PLENO EMPREGO 
REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS E SOCIAIS 
DEFESA DO MEIO AMBIENTE, INCLUSIVE MEDIANTE 
TRATAMENTO DIFERENCIADO CONFORME O IMPACTO 
AMBIENTAL DOS PRODUTOS E SERVIÇOS E DE SEUS 
PROCESSOS DE ELABORAÇÃO E PRESTAÇÃO 
TRATAMENTO FAVORECIDO PARA AS EMPRESAS DE PEQUENO 
PORTE CONSTITUÍDAS SOB AS LEIS BRASILEIRAS E QUE 
TENHAM SUA SEDE E ADMINISTRAÇÃO NO PAÍS 83395105172
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2.2- Investimentos estrangeiros no Brasil: 
A disciplina dos investimentos estrangeiros no Brasil está prevista no art. 172, 
CF/88: 
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os 
investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e 
regulará a remessa de lucros. 
A regulação do investimento estrangeiro é corolário do princípio da 
soberania nacional. Note que a CF/88 não impede o ingresso de capital 
estrangeiro no País; ao contrário, ela permite que sejam feitos 
investimentos estrangeiros, uma vez que estes podem funcionar como 
importante instrumento para o desenvolvimento econômico nacional. 
A legislação ordinária irá, portanto, disciplinar os investimentos de capital 
estrangeiro, incentivar os reinvestimentos e regular a remessa de lucros 
para o exterior. 
 
2.3 – Empresa nacional x Empresa estrangeira: 
A Emenda Constitucional nº 06/1995, a fim de incentivar a realização de 
investimentos estrangeiros no País, acabou com a distinção entre empresa 
brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. 
Agora, só há que se diferençar a empresa brasileira da empresa estrangeira. 
E qual o conceito de empresa brasileira? 
Empresa brasileira é aquela constituída sob as leis brasileiras e que 
tenha sua sede e administração no País. Assim, não interessa se o capital é 
nacional ou estrangeiro; caso a empresa seja constituída sob as leis brasileiras 
e tenha sede e administração em nosso território, ela será considerada uma 
empresa brasileira. 
 
2.3- Atuação estatal no domínio econômico: 
Embora a Constituição Federal de 1988 tenha estabelecido que a livre iniciativa 
é um princípio geral da ordem econômica, desenhou-se, paralelo a isso, um 
modelo de Estado intervencionista. A doutrina considera que há 3 (três) 
formas de intervenção estatal na economia:5 
 
 
(
!CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional, 6ª edição. Ed. Juspodium. 
Salvador: 2012, p. 1280. !
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a) Intervenção direta. 
A intervenção direta do Estado fica caracterizada quando o Estado explora 
diretamente uma atividade econômica. Trata-se de situação excepcional, 
regulada no art. 173, CF/88: 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conformedefinidos em 
lei. 
O art. 173 consagra, assim, o princípio da subsidiariedade na atuação 
direta do Estado na economia, ou seja, este somente atuará quando o setor 
privado não tiver capacidade ou interesse de atuar em determinado setor 
econômico ou, ainda, por imperativos de segurança nacional ou relevante 
interesse coletivo. 
 
É bastante comum que as bancas examinadoras digam que o 
Estado somente pode explorar diretamente atividade 
econômica em caso de imperativo de segurança nacional ou 
de relevante interesse público. Isso está ERRADO! 
Com base no art. 173, que ressalva “os casos previstos na 
Constituição”, é possível afirmar que os imperativos da 
segurança nacional e o relevante interesse coletivo não são 
os únicos casos em que o Estado poderá explorar 
diretamente atividade econômica. Há outros casos 
previstos na CF/88, como as atividades submetidas ao regime 
de monopólio da União (art. 177). 
Essa atuação direta do Estado no domínio econômico é feita por meio das 
empresas públicas e das sociedades de economia mista exploradoras de 
atividades econômicas. Cabe destacar que, nos termos do art. 173, § 2º, “as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”. 
A CF/88 prevê a elaboração de um estatuto jurídico para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade 
econômica: 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços, dispondo sobre: 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 
sociedade; 
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II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributários; 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 
observados os princípios da administração pública; 
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e 
fiscal, com a participação de acionistas minoritários; 
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos 
administradores. 
Note que esse dispositivo se refere às empresas públicas e sociedades de 
economia mista exploradoras de atividades econômicas em sentido 
estrito. Não trata das empresas públicas e sociedades de economia mista 
prestadoras de serviços públicos. Destaque-se que essas pessoas jurídicas em 
regra são alcançadas por todas as normas constitucionais aplicáveis à 
Administração Pública. Entretanto, possuem algumas características 
próprias do setor privado, devido à “sujeição ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas”, conforme previsto pela Carta Magna. 
 
b) Intervenção indireta. 
A intervenção indireta na economia fica caracterizada quando o Estado assume 
o papel de agente normativo e regulador da atividade econômica. O 
fundamento da intervenção indireta é o art. 174, CF/88: 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o 
Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e 
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo 
para o setor privado. 
§ 1º - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do 
desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e 
compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento. 
§ 2º - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de 
associativismo. 
§ 3º - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em 
cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a 
promoção econômico-social dos garimpeiros. 
§ 4º - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão 
prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos 
recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam 
atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da 
lei. 
Quando o Estado intervém indiretamente na economia, ele exerce três 
funções: i) fiscalização; ii) incentivo e; iii) planejamento. 
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A fiscalização é atividade tipicamente estatal, que engloba o poder 
regulamentar, a investigação e aplicação de sanções. Como exemplo da 
atividade de fiscalização estatal, podemos citar o art. 173, § 4º e § 5º: 
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação 
dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos 
lucros. 
§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes 
da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a 
às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a 
ordem econômica e financeira e contra a economia popular. 
Como se pode perceber, esses dois dispositivos são normas de eficácia 
limitada, dependentes de regulamentação por lei para que produzam todos os 
seus efeitos. 
Para dar efetividade a esses dispositivos constitucionais, foi editada a Lei nº 
12.529/2011, que estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência 
(SBDC) e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a 
ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de 
iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos 
consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. A Lei nº 12.529/2011 
também prevê a atuação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica) no controle das práticas anticoncorrenciais. 
O incentivo, por sua vez, é a atuação estatal no sentido de estimular 
determinados setores da economia. É a atividade de fomento estatal, que se 
evidencia no art. 174, §§ 2º, 3º e 4º (estímulo ao cooperativismo) e art. 179 
(estímulo às microempresas e empresas de pequeno porte). 
Por último, cabe tratar sobre a função de planejamento, que é 
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
Segundo o art. 174, § 1º, CF/88, “a lei estabelecerá as diretrizes e bases do 
planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e 
compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento”. 
 
c) Intervenção mediante a instituição de monopólios. 
O art. 177, CF/88, prevê que determinadas atividades serão exploradas sob o 
regime de monopólio. Veja sua redação: 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros 
hidrocarbonetos fluidos; 
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; 
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos 
resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; 
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IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de 
derivados básicosde petróleo produzidos no País, bem assim o 
transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás 
natural de qualquer origem; 
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus 
derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, 
comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de 
permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 
desta Constituição Federal. 
§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a 
realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo 
observadas as condições estabelecidas em lei. 
A atividades a serem exploradas sob o regime de monopólio são apresentadas, 
no dispositivo supratranscrito, em rol exaustivo (lista “numerus clausus”). 
Todas elas foram atribuídas exclusivamente à União. 
É necessário enfatizar, todavia, o seguinte: 
a) As atividades descritas nos incisos I a IV podem ter seu exercício 
contratado, pela União, com empresas estatais ou privadas, observadas 
as condições estabelecidas em lei. 
b) As atividades previstas no inciso V, relacionadas aos radioisótopos, 
poderão ser autorizadas sob o regime de permissão, segundo as regras do 
art. 21, XXIII: 
- sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a 
utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas 
e industriais; 
- sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização 
e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas 
horas. 
Trata-se de regra que visa flexibilizar o controle da União, que passa a se 
limitar a casos muito específicos, de modo a permitir o avanço das 
pesquisas em medicina nuclear. A submissão ao regime de permissão 
garantirá o necessário controle da referida atividade pelo Poder Público. 
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2.4- Serviços Públicos: 
Inicialmente, é importante destacar que a Constituição Federal e a legislação 
infraconstitucional não estabelecem o conceito de serviço público. No 
entanto, é possível afirmar que o Estado é o titular exclusivo dos serviços 
públicos. Assim, nenhum serviço público será livre à iniciativa privada. 
O art. 175 versa sobre a prestação de serviços públicos pelo Estado, que 
pode ser feita direta ou indiretamente (sob o regime de concessão ou 
permissão). 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob 
regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem 
como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão 
ou permissão; 
II - os direitos dos usuários; 
III - política tarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
A prestação direta de um serviço público é aquela realizada pelo próprio 
Estado, por meio de seus órgãos ou entidades da administração indireta. Já a 
prestação indireta é a realizada por particulares, mediante delegação 
estatal, sob o regime de concessão ou permissão. 
SOB REGIME DE 
PERMISSÃO, SÃO 
AUTORIZADAS... 
A 
COMERCIALIZAÇÃO 
E A UTILIZAÇÃO DE 
RADIOISÓTOPOS... 
PARA PESQUISA 
PARA USOS 
MÉDICOS, 
AGRÍCOLAS E 
INDUSTRIAIS 
A PRODUÇÃO, 
COMERCIALIZAÇÃO 
E UTILIZAÇÃO DE 
RADIOISÓTOPOS... 
DE MEIA-VIDA 
IGUAL OU 
INFERIOR A DUAS 
HORAS 
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A titularidade do serviço público será sempre do Poder 
Público. A execução do serviço público é que poderá ser 
delegada a um particular, sob o regime de concessão ou 
permissão. 
Os conceitos de “concessão” e de “permissão” estão previstos no art. 2º, da 
Lei nº 8.987/1995: 
a) Concessão de serviço público: delegação de sua prestação, feita 
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de 
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre 
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado. 
b) Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, 
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco. 
Na concessão, a delegação do serviço público não poderá ser feita a 
pessoa física, mas somente a pessoa jurídica ou consórcio de empresas, 
devendo ser precedida de licitação na modalidade de concorrência. Além 
disso, a concessão é feita por prazo determinado e não possui caráter 
precário. 
Na permissão, a delegação do serviço público poderá ser feita tanto a pessoa 
física quanto a pessoa jurídica. Também é precedida de licitação, mas não 
há previsão de qual modalidade deverá ser usada. Além disso, possui caráter 
precário, podendo ser revogada a qualquer tempo. 
Em ambos os casos (concessão e permissão), o particular será responsável 
pela execução do serviço público por sua conta e risco, sendo 
remunerado por tarifas cobradas diretamente dos usuários do serviço. 
A delegação de serviço público, seja por concessão ou permissão, deverá ser 
sempre precedida de licitação, nos termos do art. 175, caput. Nesse 
sentido, o STF declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que pretendia 
prorrogar contratos administrativos indefinidamente (ADI nº 3521). 
Há previsão constitucional (art. 175, parágrafo único) para a edição de lei 
que disponha sobre o regime das concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos, os direitos dos usuários, a política tarifaria e a obrigação de manter 
serviço adequado. Trata-se de lei de normas gerais de caráter nacional 
(aplicável à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios), já 
editada: a Lei 8.987/1995. Destaque-se, ainda, que há outras leis de 
abrangência nacional que também tratam de serviços públicos, a exemplo da 
Lei 9.074/1995 e da Lei 11.079/2004. 
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Aprofundando no tema, é importante que você saiba que, além da permissão e 
da concessão, também é possível a prestação indireta de serviços públicos 
por meio de autorização (art. 21, XII, CF). Esta, ao contrario da permissão e 
da concessão, dispensa procedimento de licitação, de forma geral. 
 
2.5- Exploração de Recursos minerais e potenciais de energia 
hidráulica: 
A exploração de recursos minerais e de potenciais de energia hidráulica é 
regulada pelo art. 176, CF/88. Esse dispositivo deixa bastante claro que a 
propriedade do solo não se confunde com a propriedade dos recursos 
minerais e dos potenciais de energia hidráulica. 
A propriedade dos recursos minerais e dos potenciais de energia 
hidráulica será sempre da União, por força do que determina o art. 20, VIII 
e IX,CF/88. A propriedade do solo, por sua vez, pode ser de um particular ou 
mesmo do Poder Público. Isso é exatamente o que dispõe o art. 176, caput: 
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os 
potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do 
solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, 
garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. 
 
 
 
A LEI 
ORDINÁRIA 
REGULADORA 
DOS 
SERVIÇOS 
PÚBLICOS 
DEVERÁ 
DISPOR 
SOBRE: 
O REGIME DAS EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS 
E PERMISSIONÁRIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, 
O CARÁTER ESPECIAL DE SEU CONTRATO E DE 
SUA PRORROGAÇÃO, BEM COMO AS 
CONDIÇÕES DE CADUCIDADE, FISCALIZAÇÃO E 
RESCISÃO DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO 
OS DIREITOS DOS USUÁRIOS 
A POLÍTICA TARIFÁRIA 
A OBRIGAÇÃO DE MANTER SERVIÇO 
ADEQUADO 
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A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos 
potenciais de energia hidráulica somente poderão ser efetuados mediante 
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros 
ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e 
administração no País, na forma da lei. Assim, a União delega essas atividades 
a um particular (minerador), o qual é denominado de concessionário. 
O concessionário realizará a pesquisa e a lavra dos recursos minerais e ficará 
com a propriedade do produto da lavra. Nada mais natural! Segundo o 
Ministro Eros Grau, “a concessão seria materialmente impossível sem que o 
proprietário se apropriasse do produto da exploração da jazida”.6 Como 
contrapartida, o concessionário (mineradora) deverá recolher uma 
compensação financeira, nos termos do art. 20, § 1º: 
Art. 20. (...) 
§ 1º - É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, 
participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de 
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por 
essa exploração. 
A CF/88 também assegura ao proprietário do solo participação nos 
resultados da lavra, na forma e nos valor que dispuser a lei. É o que dispõe 
o art. 176, § 2º, CF/88: 
Art. 176 (...) 
§ 2º - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados 
da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. 
Para finalizar, vejamos o que dispõem os § 3º e § 4º, do art. 176: 
§ 3º - A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e 
as autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser 
cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do 
poder concedente. 
§ 4º - Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do 
potencial de energia renovável de capacidade reduzida. 
Suponha que em um sítio exista uma pequena cachoeira com capacidade para 
gerar energia elétrica suficiente para atender a família que ali vive. Nesse 
caso, por se tratar de aproveitamento de potencial de energia renovável de 
capacidade reduzida, não será necessária concessão ou autorização. 
 
)
! In: CANOTILHO, J.J. Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira; SARLET, Ingo Wolfgang; STRECK, 
Lenio Luiz. Comentários à Constituição do Brasil. Ed. Saraiva, São Paulo: 2013, pp. 1850. !
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2.6 – Ordenação dos Transportes / Incentivo ao Turismo / Requisição 
de documentos: 
Segundo o art. 178, a lei disporá sobre a ordenação dos transportes 
aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte 
internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio 
da reciprocidade. 
Cabe destacar que a atual redação do art. 178 é fruto da EC nº 07/1995, que 
realizou mudanças substanciais nesse dispositivo. Uma das alterações de maior 
destaque foi a extinção da exclusividade das embarcações brasileiras na 
navegação de cabotagem. 
O art. 180, CF/88, por sua vez, dispõe que a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator 
de desenvolvimento social e econômico. Trata-se de norma programática, que 
estabelece uma diretriz para todos os entes federativos. 
Por fim, mencionamos o art. 181, CF/88, que trata da requisição de 
documentos por autoridades estrangeiras. Segundo esse dispositivo, o 
atendimento de requisição de documento ou informação de natureza 
comercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a 
pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de 
autorização do Poder competente. 
 
1. (FCC/SABESP-2014) Sobre a Ordem Econômica e Financeira, nos 
termos preconizados pela Constituição Federal e os princípios gerais 
da atividade econômica: 
a) como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado 
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, 
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
b) o Poder Executivo Municipal, Estadual ou Federal, por meio de Decreto, 
estabelecerá o estatuto jurídico da sociedade de economia mista que explore 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação 
de serviços. 
c) o estatuto jurídico da sociedade de economia mista disporá sobre a sujeição 
da sociedade ao regime jurídico próprio das empresas privadas quanto aos 
direitos e obrigações civis e comerciais e as obrigações trabalhistas e 
tributárias serão reguladas pelo regime jurídico de direito público. 
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d) admite-se, em qualquer hipótese, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado. 
e) o atendimento de requisição de documento ou informação de natureza 
comercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a 
pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País independe de 
autorização do Poder competente. 
Comentários: 
A letra A está correta. É o que prevê o art. 174 da Carta Magna. O 
planejamento é indicativo para o setor privado e determinante para o setor 
público. 
A letra B está incorreta. Não é decreto, mas sim a lei que estabelecerá o 
estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de 
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços. 
A letra C está incorreta. A Constituição (art. 173, § 1º) prevê que a lei 
estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de 
economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo 
sobre a sujeição ao regime jurídico própriodas empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. 
A letra D está incorreta. Salvo as exceções previstas pela Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante 
interesse coletivo, conforme definidos em lei (art. 173, CF). 
A letra E está incorreta. A Constituição (art. 181) prevê que esse atendimento 
dependerá de autorização do Poder competente. 
2. (FCC / TRF 5ª Região - 2012) Ao disciplinar a atuação do Estado 
no domínio econômico, a Constituição da República estabelece que a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Comentários: 
Segundo o art. 173, ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante 
interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Com base nesse dispositivo, é possível afirmar que os imperativos da 
segurança nacional e o relevante interesse coletivo não são os únicos casos em 
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que o Estado poderá explorar diretamente atividade econômica. Há outros 
casos previstos na CF/88, como as atividades submetidas ao regime de 
monopólio da União (art. 177). Questão incorreta. 
3. (FCC / DPE-PR - 2012) Consta da Constituição Federal o elenco 
de situações que autorizam o exercício da atividade econômica pelo 
Estado. 
Comentários: 
De fato, somente em situações excepcionais, definidas expressamente pela 
Constituição, é possível a exploração direta da atividade econômica pelo 
Estado. Questão correta. 
4. (FCC / DPE-PR - 2012) O Estado pode explorar diretamente 
atividade econômica quando necessário à segurança nacional ou a 
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Comentários: 
É o que dispõe o art. 173 da Constituição. O Estado poderá, nesses dois casos, 
explorar diretamente atividade econômica. Questão correta. 
5. (FCC / TRF 5ª Região - 2012) Ao disciplinar a atuação do Estado 
no domínio econômico, a Constituição da República estabelece que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado, quando 
exercerem atividades de relevante interesse coletivo. 
Comentários: 
É o contrário! As empresas públicas e sociedades de economia mista, por 
determinação constitucional (art. 173, § 2º, CF) não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Questão incorreta. 
6. (FCC / DPE-PR - 2012) O Estado pode intervir na área econômica 
para reprimir o abuso do poder econômico, como nas hipóteses de 
cartéis e trustes. 
Comentários: 
Segundo o art. 173, § 4º, da Constituição Federal que a lei reprimirá o 
abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. Trata-se da 
possibilidade de o Estado intervir na economia para reprimir o abuso do poder 
econômico. Questão correta. 
7. (FCC / TRF 5ª Região - 2012) Ao disciplinar a atuação do Estado 
no domínio econômico, a Constituição da República estabelece que o 
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transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de 
derivados básicos de petróleo produzidos no País constitui monopólio 
da União, ressalvado o transporte, por meio de conduto, de petróleo 
bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem. 
Comentários: 
Ambas atividades são monopólio da União (art. 177, IV, CF). Questão 
incorreta. 
8. (FCC / Prefeitura de Teresina – Procurador Municipal - 2010) A 
ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e na 
livre iniciativa, observados os princípios da: 
a) Defesa do consumidor e do paralelismo. 
b) Livre concorrência e da concessão de garantias pelas entidades públicas. 
c) Hierarquização e da verticalidade. 
d) Indivisibilidade e da independência. 
e) Função social da propriedade e da busca do pleno emprego. 
Comentários: 
Cobra-se, na questão, a literalidade do art. 170 da Carta Magna. É importante 
guardar os princípios da ordem econômica na memória, para nem titubear 
numa questão dessas! A letra E é o gabarito da questão. 
9. (FCC / TJ-AP - 2011) Nos termos do artigo 1o do Decreto-lei no 
1.593, de 21 de dezembro de 1977, com a redação dada pela Medida 
Provisória no 2.158-35, de 2001, a fabricação de cigarros do tipo que 
especifica “será exercida exclusivamente pelas empresas que, 
dispondo de instalações industriais adequadas, mantiverem registro 
especial na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda”. O 
artigo 2o do mesmo diploma normativo prevê, ainda, as hipóteses em 
que o registro especial referido será cancelado. Os dispositivos 
citados do Decreto-lei em questão: 
a) São incompatíveis com a disciplina constitucional da liberdade de iniciativa, 
que impede o Estado de exercer função regulatória de atividade econômica 
privada. 
b) São compatíveis com a disciplina constitucional da liberdade de iniciativa, 
que permite à lei exigir autorização de órgãos públicos para o exercício de 
atividade econômica. 
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c) Ofendem a disciplina constitucional da liberdade de iniciativa, que assegura 
a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente 
de autorização. 
d) Contrariam o princípio da legalidade, pois Decreto-lei e Medida Provisória 
não podem criar obrigações ou restrições ao exercício de direitos 
fundamentais. 
e) Ferem os princípios da igualdade e livre concorrência, por estabelecerem 
tratamento diferenciado entre pessoas jurídicas que exercem atividades 
econômicas, fora das hipóteses autorizadas pela Constituição. 
Comentários: 
Segundo o parágrafo único do art. 170 da Constituição, é assegurado a todos o 
livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de 
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Permite-
se, portanto, que lei exija a autorização de órgãos públicos, em alguns casos, 
como o disposto no enunciado da questão, por exemplo. A letra B é o gabarito. 
10. (FCC / TCE-AP - 2010) Ao tratar dos princípios gerais da 
atividade econômica, a Constituição da República assegura a todos o 
livre exercício de qualquer atividade econômica, vedando à lei exigir 
para tanto a autorização de órgãos públicos. 
Comentários: 
A Carta Magna, de fato, assegura a todos o livre exercício de qualquer 
atividade econômica, facultando à lei exigir, para tanto, a autorização dos 
órgãos públicos. Questão incorreta.11. (FCC / TCE-AP - 2010) Ao tratar dos princípios gerais da 
atividade econômica, a Constituição da República admite que seja 
estabelecido tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental 
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação, em decorrência do princípio de defesa do meio ambiente. 
Comentários: 
De fato, um dos princípios da ordem econômica é a defesa do meio ambiente, 
inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação (art. 170, VI, CF). Questão correta. 
12. (FCC / TRT 17ª Região - 2009) É assegurado, em regra, a todos o 
livre exercício de qualquer atividade econômica, dependentemente de 
autorização de órgãos públicos. 
Comentários: 
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Dispõe o parágrafo único do art. 170 que é assegurado a todos o livre exercício 
de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de 
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Questão incorreta. 
13. (FCC / TCE-SP - 2011) Ao disciplinar a atuação do Estado no 
domínio econômico, a Constituição da República estabelece que a lei 
disciplinará os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os 
reinvestimentos e, com base no interesse nacional, proibirá a remessa 
de lucros. 
Comentários: 
A CF/88 dispõe que a lei regulará a remessa de lucros. Não há proibição a tal 
remessa, ou teríamos um desincentivo ao investimento estrangeiro. Questão 
incorreta. 
14. (FCC / TRE-AL - 2010) A lei disciplinará, com base no interesse 
do Presidente da República, os investimentos de capital estrangeiro, 
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. 
Comentários: 
O examinador está “de brincadeira” né? Dizer que os investimentos de capital 
estrangeiro se darão com base no interesse do Presidente da República é 
subestimar nossa inteligência! Deve-se garantir o interesse nacional! 
Questão incorreta. 
15. (FCC / TRT 7ª Região - 2009) O Presidente da República 
disciplinará, com base no interesse do Estado, os investimentos de 
capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a 
remessa de lucros. 
Comentários: 
Não é o Presidente da República quem disciplina os investimentos de capital 
estrangeiro, incentiva os reinvestimentos e regula a remessa de lucros. É a lei! 
Questão incorreta. 
16. (FCC / DPE-MA - 2009) Relativamente ao exercício de atividade 
econômica, a Constituição da República estabelece que a lei 
disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de 
capital estrangeiro e incentivará os reinvestimentos, vedando a 
remessa de lucros para o exterior. 
Comentários: 
Novamente o examinador zomba de nossa inteligência... Já pensou se a lei 
vedasse a remessa de lucros para o exterior? Qual investidor estrangeiro traria 
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seu capital para cá? A lei apenas regula a remessa de lucros! Atenção! 
Questão incorreta. 
17. (FCC / TCE-SP - 2011) Ao disciplinar a atuação do Estado no 
domínio econômico, a Constituição da República estabelece que a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo. 
Comentários: 
Não são apenas nesses dois casos (imperativos de segurança nacional e 
relevante interesse coletivo) que o Estado pode explorar diretamente atividade 
econômica. O Estado também poderá fazê-lo nas atividades submetidas ao 
regime de monopólio da União (art. 170, CF/88). Questão incorreta. 
18. (FCC / TCM-CE - 2010) A Constituição não admite outras 
hipóteses de exploração direta de atividade econômica pelo Estado, 
senão quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a 
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Comentários: 
O examinador se “esqueceu” da ressalva de que o Estado também atuará na 
economia nos casos previstos na Constituição. É o caso das atividades 
exploradas por meio de monopólio, por exemplo (art. 177, CF). Questão 
incorreta. 
19. (FCC / TCE-SP - 2011) Ao disciplinar a atuação do Estado no 
domínio econômico, a Constituição da República estabelece que as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar 
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
Comentários: 
O examinador, nesta questão, usa a velha tática de retirar a palavrinha “não”, 
constante da norma, para tornar a alternativa falsa. Qual o erro da questão? O 
§ 2º do art. 173 da CF/88 dispõe que as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista NÃO poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos 
às do setor privado. Visa-se, com isso, a vedação ao favorecimento das 
empresas estatais em detrimento daquelas da iniciativa privada. Questão 
incorreta. 
20. (FCC / SEFAZ-SP - 2010) As empresas públicas e as sociedades 
de economia mista podem gozar de privilégios fiscais não extensivos 
ao setor privado. 
Comentários: 
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É o contrário! Dispõe o § 2º do art. 173 da Constituição que as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios 
fiscais não extensivos às do setor privado. Questão incorreta. 
21. (FCC / TJ-AL - 2007) A União, ao atuar no domínio econômico, 
explora diretamente a atividade econômica por meio de órgãos da 
administração pública direta e indireta. 
Comentários: 
Ressalvados os casos previstos na Constituição, a União explora diretamente a 
atividade econômica quando necessário aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei (art. 173, “caput”, 
CF). Além disso, quando o faz, é por meio de empresas públicas ou 
sociedades de economia mista (art. 173, § 1º, CF), e não por meio da 
Administração Direta. Questão incorreta. 
22. (FCC / TJ-AL - 2007) A União, ao atuar no domínio econômico, 
pode conceder privilégios fiscais, não extensivos ao setor privado, às 
empresas públicas e às sociedades de economia mista. 
Comentários: 
Reza o § 2º do art. 173 da Constituição que as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não 
extensivos às do setor privado. Questão incorreta. 
23. (FCC / MPE-CE - 2011) As empresas públicas e sociedades de 
economia mista poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às 
do setor privado. 
Comentários: 
É o contrário! Determina a Carta Magna (art. 173, § 2o) que essas pessoas 
jurídicas não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor 
privado. Questão incorreta. 
24. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista se sujeitam ao 
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusivequanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. 
Comentários: 
O enunciado está perfeito. As empresas públicas e sociedades de economia 
mista que exploram a atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico 
próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributários. Questão correta. 
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25. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista não se sujeitam à 
exigência de licitação para contratação de obras, serviços, compras e 
alienações. 
Comentários: 
Essas pessoas jurídicas estão, sim, obrigadas a licitar. O que o art. 173 dispõe, 
no § 1º, III, CF/88, é que o legislador ordinário poderá estabelecer um regime 
de licitações distinto da Lei 8.666/93, atualmente aplicável a toda a 
Administração Pública, para essas empresas. Questão incorreta. 
26. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista poderão gozar de 
tratamento fiscal favorecido não extensível ao setor privado. 
Comentários: 
Nos termos do § 2º do art. 173 da Constituição, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista que exploram atividade econômica não poderão 
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Questão 
incorreta. 
27. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista não poderão atuar 
em atividades econômicas de livre exploração pelo setor privado. 
Comentários: 
Não há óbice a que essas empresas atuem em setores explorados pelo setor 
privado. Questão incorreta. 
28. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista não se sujeitam 
aos princípios constitucionais da Administração Pública. 
Comentários: 
Essas pessoas jurídicas estão sujeitas aos princípios da Administração 
Pública. Questão incorreta. 
29. (FCC / SEFAZ-SP - 2010) A lei regulamentará as relações da 
empresa pública com o Estado e a sociedade. 
Comentários: 
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Trata-se da literalidade do § 3º do art. 173 da Carta Magna. Questão correta. 
30. (FCC / MPE-CE - 2011) O aproveitamento de potenciais de 
energia hidráulica somente poderá ser efetuado mediante autorização 
ou concessão da União, o que se aplica inclusive a potenciais de 
energia renovável de capacidade reduzida. 
Comentários: 
De fato, a regra é que os potenciais de energia hidráulica só possam ser 
aproveitados mediante autorização ou concessão da União, no interesse 
nacional, por brasileiro ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que 
tenha sua sede e administração no País, na forma da lei. Entretanto, no caso 
de potenciais de energia renovável de capacidade reduzida, a 
Constituição dispensa a autorização e a concessão. Questão incorreta. 
31. (FCC / SEFAZ-SP - 2010) O aproveitamento do potencial de 
energia renovável de capacidade reduzida não dependerá de 
autorização ou concessão. 
Comentários: 
É o que determina o art. 176, § 4o, da Constituição Federal. Em caso de 
potencias de energia renovável de capacidade reduzida, a CF/88 dispensa a 
autorização e a concessão. Questão correta. 
32. (FCC / DPE-MA - 2009) Relativamente ao exercício de atividade 
econômica, a Constituição da República prevê que o Estado exercerá 
funções de fiscalização, incentivo e planejamento da atividade 
econômica, sendo o último determinante para os setores público e 
privado. 
Comentários: 
Não custa nada repetir, não é mesmo? O planejamento realizado pelo Estado é 
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Questão 
incorreta. 
33. (FCC / TCM-CE - 2010) Como agente normativo e regulador da 
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o 
setor público e indicativo para o setor privado. 
Comentários: 
Não há nem o que comentar. É só “correr para o abraço”! O planejamento é 
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Questão 
correta. 
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34. (FCC / TCE-CE - 2006) Incumbe ao Poder Público a prestação de 
serviços públicos sempre sob o regime de concessão ou permissão, 
com ou sem licitação. 
Comentários: 
Determina a Constituição que incumbe ao Poder Público, na forma da lei, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de 
licitação, a prestação de serviços públicos. Isso significa que a prestação de 
serviços públicos pelo Estado pode se dar de maneira direta ou sob regime de 
concessão e permissão, sempre através de licitação. Questão incorreta. 
35. (FCC / TJ-AL - 2007) A pesquisa e a lavra de recursos minerais e 
o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica somente 
poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, 
não podendo ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem 
prévia anuência do poder concedente. 
Comentários: 
É exatamente o que dispõe o art. 177, V, CF/88. A pesquisa e lavra de 
recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica 
depende de autorização ou concessão da União. Questão correta. 
 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (FCC/SABESP-2014) Sobre a Ordem Econômica e Financeira, nos 
termos preconizados pela Constituição Federal e os princípios gerais 
da atividade econômica: 
a) como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado 
exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, 
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. 
b) o Poder Executivo Municipal, Estadual ou Federal, por meio de Decreto, 
estabelecerá o estatuto jurídico da sociedade de economia mista que explore 
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação 
de serviços. 
c) o estatuto jurídico da sociedade de economia mista disporá sobre a sujeição 
da sociedade ao regime jurídico próprio das empresas privadas quanto aos 
direitos e obrigações civis e comerciais e as obrigaçõestrabalhistas e 
tributárias serão reguladas pelo regime jurídico de direito público. 
d) admite-se, em qualquer hipótese, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado. 
e) o atendimento de requisição de documento ou informação de natureza 
comercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a 
pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País independe de 
autorização do Poder competente. 
2. (FCC / TRF 5ª Região - 2012) Ao disciplinar a atuação do Estado 
no domínio econômico, a Constituição da República estabelece que a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
3. (FCC / DPE-PR - 2012) Consta da Constituição Federal o elenco 
de situações que autorizam o exercício da atividade econômica pelo 
Estado. 
4. (FCC / DPE-PR - 2012) O Estado pode explorar diretamente 
atividade econômica quando necessário à segurança nacional ou a 
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
5. (FCC / TRF 5ª Região - 2012) Ao disciplinar a atuação do Estado 
no domínio econômico, a Constituição da República estabelece que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado, quando 
exercerem atividades de relevante interesse coletivo. 
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6. (FCC / DPE-PR - 2012) O Estado pode intervir na área econômica 
para reprimir o abuso do poder econômico, como nas hipóteses de 
cartéis e trustes. 
7. (FCC / TRF 5ª Região - 2012) Ao disciplinar a atuação do Estado 
no domínio econômico, a Constituição da República estabelece que o 
transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de 
derivados básicos de petróleo produzidos no País constitui monopólio 
da União, ressalvado o transporte, por meio de conduto, de petróleo 
bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem. 
8. (FCC / Prefeitura de Teresina – Procurador Municipal - 2010) A 
ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e na 
livre iniciativa, observados os princípios da: 
a) Defesa do consumidor e do paralelismo. 
b) Livre concorrência e da concessão de garantias pelas entidades públicas. 
c) Hierarquização e da verticalidade. 
d) Indivisibilidade e da independência. 
e) Função social da propriedade e da busca do pleno emprego. 
9. (FCC / TJ-AP - 2011) Nos termos do artigo 1o do Decreto-lei no 
1.593, de 21 de dezembro de 1977, com a redação dada pela Medida 
Provisória no 2.158-35, de 2001, a fabricação de cigarros do tipo que 
especifica “será exercida exclusivamente pelas empresas que, 
dispondo de instalações industriais adequadas, mantiverem registro 
especial na Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda”. O 
artigo 2o do mesmo diploma normativo prevê, ainda, as hipóteses em 
que o registro especial referido será cancelado. Os dispositivos 
citados do Decreto-lei em questão: 
a) São incompatíveis com a disciplina constitucional da liberdade de iniciativa, 
que impede o Estado de exercer função regulatória de atividade econômica 
privada. 
b) São compatíveis com a disciplina constitucional da liberdade de iniciativa, 
que permite à lei exigir autorização de órgãos públicos para o exercício de 
atividade econômica. 
c) Ofendem a disciplina constitucional da liberdade de iniciativa, que assegura 
a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente 
de autorização. 
d) Contrariam o princípio da legalidade, pois Decreto-lei e Medida Provisória 
não podem criar obrigações ou restrições ao exercício de direitos 
fundamentais. 
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e) Ferem os princípios da igualdade e livre concorrência, por estabelecerem 
tratamento diferenciado entre pessoas jurídicas que exercem atividades 
econômicas, fora das hipóteses autorizadas pela Constituição. 
10. (FCC / TCE-AP - 2010) Ao tratar dos princípios gerais da 
atividade econômica, a Constituição da República assegura a todos o 
livre exercício de qualquer atividade econômica, vedando à lei exigir 
para tanto a autorização de órgãos públicos. 
11. (FCC / TCE-AP - 2010) Ao tratar dos princípios gerais da 
atividade econômica, a Constituição da República admite que seja 
estabelecido tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental 
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação, em decorrência do princípio de defesa do meio ambiente. 
12. (FCC / TRT 17ª Região - 2009) É assegurado, em regra, a todos o 
livre exercício de qualquer atividade econômica, dependentemente de 
autorização de órgãos públicos. 
13. (FCC / TCE-SP - 2011) Ao disciplinar a atuação do Estado no 
domínio econômico, a Constituição da República estabelece que a lei 
disciplinará os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os 
reinvestimentos e, com base no interesse nacional, proibirá a remessa 
de lucros. 
14. (FCC / TRE-AL - 2010) A lei disciplinará, com base no interesse 
do Presidente da República, os investimentos de capital estrangeiro, 
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros. 
15. (FCC / TRT 7ª Região - 2009) O Presidente da República 
disciplinará, com base no interesse do Estado, os investimentos de 
capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a 
remessa de lucros. 
16. (FCC / DPE-MA - 2009) Relativamente ao exercício de atividade 
econômica, a Constituição da República estabelece que a lei 
disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de 
capital estrangeiro e incentivará os reinvestimentos, vedando a 
remessa de lucros para o exterior. 
17. (FCC / TCE-SP - 2011) Ao disciplinar a atuação do Estado no 
domínio econômico, a Constituição da República estabelece que a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo. 
18. (FCC / TCM-CE - 2010) A Constituição não admite outras 
hipóteses de exploração direta de atividade econômica pelo Estado, 
senão quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a 
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
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19. (FCC / TCE-SP - 2011) Ao disciplinar a atuação do Estado no 
domínio econômico, a Constituição da República estabelece que as 
empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão gozar 
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
20. (FCC / SEFAZ-SP - 2010) As empresas públicas e as sociedades 
de economia mista podem gozar de privilégios fiscais não extensivos 
ao setor privado. 
21. (FCC / TJ-AL - 2007) A União, ao atuar no domínio econômico, 
explora diretamente a atividade econômicapor meio de órgãos da 
administração pública direta e indireta. 
22. (FCC / TJ-AL - 2007) A União, ao atuar no domínio econômico, 
pode conceder privilégios fiscais, não extensivos ao setor privado, às 
empresas públicas e às sociedades de economia mista. 
23. (FCC / MPE-CE - 2011) As empresas públicas e sociedades de 
economia mista poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às 
do setor privado. 
24. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista se sujeitam ao 
regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. 
25. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista não se sujeitam à 
exigência de licitação para contratação de obras, serviços, compras e 
alienações. 
26. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista poderão gozar de 
tratamento fiscal favorecido não extensível ao setor privado. 
27. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista não poderão atuar 
em atividades econômicas de livre exploração pelo setor privado. 
28. (FCC / PGE-AM - 2010) Ao disciplinar a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado, a Constituição Federal dispõe que as 
empresas públicas e sociedades de economia mista não se sujeitam 
aos princípios constitucionais da Administração Pública. 
29. (FCC / SEFAZ-SP - 2010) A lei regulamentará as relações da 
empresa pública com o Estado e a sociedade. 
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30. (FCC / MPE-CE - 2011) O aproveitamento de potenciais de 
energia hidráulica somente poderá ser efetuado mediante autorização 
ou concessão da União, o que se aplica inclusive a potenciais de 
energia renovável de capacidade reduzida. 
31. (FCC / SEFAZ-SP - 2010) O aproveitamento do potencial de 
energia renovável de capacidade reduzida não dependerá de 
autorização ou concessão. 
32. (FCC / DPE-MA - 2009) Relativamente ao exercício de atividade 
econômica, a Constituição da República prevê que o Estado exercerá 
funções de fiscalização, incentivo e planejamento da atividade 
econômica, sendo o último determinante para os setores público e 
privado. 
33. (FCC / TCM-CE - 2010) Como agente normativo e regulador da 
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o 
setor público e indicativo para o setor privado. 
34. (FCC / TCE-CE - 2006) Incumbe ao Poder Público a prestação de 
serviços públicos sempre sob o regime de concessão ou permissão, 
com ou sem licitação. 
35. (FCC / TJ-AL - 2007) A pesquisa e a lavra de recursos minerais e 
o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica somente 
poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, 
não podendo ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem 
prévia anuência do poder concedente. 
 
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1. Letra A 
2. INCORRETA 
3. CORRETA 
4. CORRETA 
5. INCORRETA 
6. CORRETA 
7. INCORRETA 
8. Letra E 
9. Letra B 
10. INCORRETA 
11. CORRETA 
12. INCORRETA 
13. INCORRETA 
14. INCORRETA 
15. INCORRETA 
16. INCORRETA 
17. INCORRETA 
18. INCORRETA 
19. INCORRETA 
20. INCORRETA 
21. INCORRETA 
22. INCORRETA 
23. INCORRETA 
24. CORRETA 
25. INCORRETA 
26. INCORRETA 
27. INCORRETA 
28. INCORRETA 
29. CORRETA 
30. INCORRETA 
31. CORRETA 
32. INCORRETA 
33. CORRETA 
34. INCORRETA 
35. CORRETA 
 
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