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Aula 01 Legislação Tributária p/ SEFAZ/PE Professor: Michel Goldman Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 48 AULA 01: Aspectos Constitucionais do ICMS SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 01 2. Aspectos Constitucionais do ICMS 01 3. Questões Comentadas 23 4. Lista das questões apresentadas 41 4. Gabarito 48 CONTEÚDO: Constituição Federal de 1988 – artigos 150, 155, §2º e 156. No módulo inicial deste curso de legislação tributária do estado de Pernambuco, estudaremos detalhadamente as disposições sobre o ICMS na Constituição do Estado. Este tema é apresentado didaticamente na parte introdutória do curso de ICMS porque estudar os fundamentos constitucionais do ICMS é entender os seus fundamentos em si, suas características básicas – SEU MECANISMO. Daí por diante é tudo mais fácil. A ordem nesta aula 01, de introdução do ICMS é revisar e aprofundar alguns os ordenamentos constitucionais específicos. O ICMS é o tributo que possui o maior número de disposições na Constituição Federal e 1988 (quatro parágrafos do artigo 155, sendo que o § 2º é composto por doze incisos). Esta característica constitucional do ICMS deve-se grandemente à riqueza de detalhes do imposto. E são estes detalhes que dão clareza e orientação para as demais legislações que se depreendem da Constituição Federal. ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO ICMS 1) A Competência instituída aos Estados. O artigo 155 da CF/88 determinou que é competência dos Estados e do Distrito Federal instituir e portanto legislar sobre o ICMS. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 48 II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 2- As Leis Complementares do ICMS A Constituição Federal determinou que importantes aspectos da sistemática do ICMS sejam definidos através de Lei Complementar. Veja o quadro: CF/88 Art. 155 §2º XII – cabe à lei complementar no campo do ICMS: a. definir os contribuintes b. dispor sobre substituição tributária c. disciplinar o regime de compensação do imposto d. fixar definição de estabelecimento e local de operação de circulação de mercadorias e prestação de serviços. e. excluir a incidência de imposto na exportação f. regular a forma de como isenções, incentivos e benefícios fiscais sejam concedidos ou revogados – convênios. g. definir os combustíveis e lubrificantes que o imposto incidirá uma única vez (ainda nada foi determinado a respeito). h. fixar a base de cálculo 1 - A Lei Complementar 87/96 – a chamada Lei Kandir dispôs sobre as questões dos itens a, b, c, d, e, h. 2 - A Lei Complementar 24/75 – dispôs sobre o item f. 3 - Ainda não foi definido por Lei Complementar o disposto no item g. A competência de normatizar os demais aspectos do ICMS (não especificados em Lei Complementar) são dos Estados e do Distrito Federal. Estes entes promulgam suas próprias Leis Ordinárias e Regulamentos que instituem e regulam o 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 48 funcionamento do ICMS no Estado. Isenções, alíquotas, dispensas, obrigações acessórias, são exemplos de aspectos do ICMS regrados nas legislações estaduais. O Estado de Pernambuco promulgou: • A lei 10.259/89 que institui o ICMS no Estado. • A lei 11.408/96 que espelhou as regras trazidas na Lei Kandir e trouxe outras providências. • A lei 11.408/96 que trata das penalidades. • O Regulamento do ICMS pernambucano (Decreto 14.876/91) que consolida a legislação tributária do Estado de Pernambuco. 3) Bens e Mercadorias Veja o artigo 150 da Constituição Federal que define bem o fato gerador do ICMS: a circulação de mercadorias. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; Podemos entender operações de circulação de mercadorias ou bens como cada uma das operações ou situações em que um contribuinte impulsiona a mercadoria para mais perto do consumidor final. É a cadeia do produto: indústria – atacadista – varejista – outro varejista – consumidor final. A cadeia de consumo. A ideia da tributação sobre a circulação de mercadorias e a não cumulatividade são os alicerces do ICMS. Veremos a ideia de não cumulatividade logo adiante. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 48 E é o regulamento do ICMS que traz informações importantes sobre a definição de mercadorias para o mundo do ICMS, inclusive diferenciando os termos “mercadoria” e “bem”. Excepcionalmente trazemos os artigos iniciais do decreto 14.6876/91 para essa discussão constitucional do imposto: Art. 4º Considera-se mercadoria qualquer bem, novo ou usado, não reputado como imóvel por natureza ou acessão física, nos termos da lei civil, suscetível de avaliação econômica. Parágrafo único. Relativamente ao disposto no "caput": I - compreendem-se no conceito de mercadoria a energia elétrica, os combustíveis líquidos e gasosos, os lubrificantes e minerais do País; II - para efeito do disposto na legislação tributária estadual: a) a referência a bem é utilizada para designar especificamente a mercadoria destinada a uso, consumo ou ativo fixo do contribuinte ou a não-contribuinte do imposto; b) na hipótese de importação, a referência a mercadoria é utilizada para designar inclusive bem, nos termos da alínea anterior. Não esqueça: combustíveis (líquidos e gasosos) e energia elétrica são considerados mercadorias. E é a circulação (não apenas a venda no papel, a assinatura do contrato) que faz o fato gerador do ICMS. A referência a bem é utilizada para designar a mercadoria destinada a uso, consumo ou ativo fixo do contribuinte ou a não contribuinte do imposto. Já na importação, “bem” e “mercadoria” são utilizados igualmente. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 48 Pessoalmente não vejo muita diferença entre os dois termos e não acredito que na prova será cobrada uma distinção. Deve o aluno saber que a circulação do bem ou da mercadoria, e não a sua simples aquisição, é fato gerador do ICMS. 4) Concessões de Benefícios Fiscais no ICMS A partir de determinação da Constituição Federal de 1988, em seu artigo 155 §2º XII item “g”, cabe ao CONFAZ a determinação de concessão de isenções e benefícios fiscais no campo do ICMS. Também determina a Constituição Federal que uma lei complementar específica estabeleça a forma como esses benefícios fiscais são concedidos e revogados. A lei complementarexiste e é a LC 24/75. Dentre as espécies de benefícios fiscais podemos citar: isenção, anistia (perdão das penalidades), remissão (perdão da dívida), incentivos fiscais (construa um fábrica no meu estado e ganhe 10% de abatimento no total devido de ICMS por ano), dilação para o prazo de pagamento do imposto, etc. Só é possível a concessão de benefícios fiscais autorizados pelos Convênios celebrados pelo CONFAZ (Conselho de Nacional Política Fazendária) e ratificados pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. O motivo? Senão cada Estado daria quantos incentivos quisesse para atrair novas empresas e investimentos. Esta é a chamada GUERRA FISCAL que o aluno já deve ter ouvido falar. O CONFAZ é um órgão que reúne todos os Secretários Estaduais e o Secretário Distrital da Fazenda. O órgão delibera sobre a possibilidade ou não da concessão de benefícios. Aprovado, sempre por todos os votantes, os Estados ratificam em suas Assembleias a concessão do benefício. Veja os artigos 155, §2º, XII da Constituição Federal: XII - cabe à lei complementar: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 48 g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. Veja o que diz especificamente sobre as isenções, a Lei Complementar 24/75: Art. 1º As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, segundo esta Lei. 5) A competência dos Senadores Constituição Federal de 1988 determinou que cabe ao Senado Federal, através de resoluções, determinar: • De forma facultativa: alíquotas internas mínimas e máximas • Alíquotas interestaduais e de exportação Mas por que ao Senado? Os senadores são os representantes dos Estados e Distrito Federal no Congresso Nacional. Deliberam portanto sobre decisões que influenciam a esfera comum destes entes. Já as alíquotas internas são determinadas pelos próprios Estados, mas não podem ser inferiores às alíquotas interestaduais, exceto se os Estados e o Distrito Federal determinarem diferente, em Convênios, através da reunião do CONFAZ. Veja o comando do artigo 155, §2º, IV, V e VI da Constituição Federal: IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 48 V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; 6) A não cumulatividade e outras características do ICMS Alguns conceitos derivados das características constitucionais do ICMS são importantes no estudo do imposto: a) A seletividade Segundo a Constituição Federal de 88, o imposto pode ser seletivo, com as alíquotas aumentando ou diminuindo de acordo com a essencialidade do produto. A Constituição do estado de Pernambuco obriga esta seletividade, em função da essencialidade das mercadorias e serviços e cita a cesta básica como exemplo de produto de alta importância e, portanto alíquota de ICMS inferior. A seletividade no Estado de Pernambuco é obrigatória e deve ser observada pelo legislador local que determina as alíquotas. Veja o artigo 155, §2º, III da Constituição Federal: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 48 III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; b) A Incidência sobre mercadorias e serviços: O ICMS tributa o consumo, a cadeia distributiva. A vida do produto inicia-se em sua industrialização e termina no seu consumo por nós, consumidores finais, quando compramos a mercadoria no supermercado ou nas lojas de departamentos, por exemplo. Cada vez que a mercadoria circula, ou seja: sai da indústria para o atacadista, ou sai do atacadista ao varejista, ou sai do varejista para as mãos do consumidor, há a incidência (fato gerador) do ICMS e o pagamento deste tributo aos cofres do estado. Mas este formato de pagamento do tributo a cada circulação da mercadoria tem suas regras próprias, regidas pelo princípio que talvez seja o mais importante do ICMS: a não cumulatividade. Agora, a Constituição de 1988, é bastante clara ao definir que o ICMS também incide na prestação de serviços específicos: prestação de serviços de transporte entre Estados e entre Municípios e o serviço de comunicação. E só o ICMS tributa estes serviços. Não há o que se falar do imposto do Município – ISS (Imposto sobre serviços) nestes casos. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior Exemplos de operações e prestações de serviços tributadas com ICMS: 1. Joaquim compra carteira em uma loja de artigos masculinos 2. Produtor rural vende morangos para fábrica de geleia 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 48 3. Fazendeiro vende seus porcos para frigorífero local 4. Frigorífico vende presunto para atacadista de Recife. 5. Atacadista de Primavera (PE) vende presunto para supermercadista paulista 6. Supermercado pernambucano vende presunto a quilo para madame 7. Atacadista transfere parte de seu presunto para filial em outro Estado 8. Empresa pernambucana geradora de energia elétrica vende energia elétrica para fábrica local 9. Dona Maria contrata serviço de “pay per view” para assistir pela televisão à final Náutico x Sport. 10. Seu João compra passagem de ônibus para ir de Pombos (PE) a Pesqueira (PE) para acompanhar o festival de linguiças local. 11. Seu João compra linguiças em Jaboatão dos Guararapes e paga um frete para que seja entregue as linguiças na casa de sua mãe em Curitiba. Em todos os exemplos citados acima, se custou 100 reais o frete, ou a passagem de ônibus, ou a mercadoria, ou quilowatt da energia elétrica ou o serviço “pay per view”, destes 100 reais, provavelmente 12% ou 17% (dependendo do produto) devem ser recolhidos ao Estado de direito a título do ICMS. Atenção! Agora, importante, não é tributado peloICMS: 1. Dona Marocas contrata frete para levar uma encomenda de um bolo a uma cliente no mesmo bairro. Trata-se de uma operação de transporte MUNICIPAL ou INTRAMUNICIPAL, tributado pelo ISS (Imposto Municipal). c) A não cumulatividade A incidência do imposto a cada fase da cadeia distributiva da mercadoria não é sobre o valor total que está sendo vendida a mercadoria, mas sim sobre a diferença do preço de compra pelo preço de venda do produto, portanto é sobre o valor agregado naquele momento da cadeia distributiva. Isto quer dizer, se na cadeia de vendas de um produto, o atacadista comprou do industrial por 100 e está vendendo 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 48 ao varejista por 150, o atacadista deverá, a grosso modo, calcular e recolher para o estado o ICMS incidente sobre 50 (150-100).Esta é a ideia da não cumulatividade do imposto. Exemplo mais comum de uma cadeia distributiva de uma mercadoria: Compra matéria prima Vende por 170 Vende po 250 por 40 e vende o produto acabado por 100. Como fica o recolhimento do ICMS nesta cadeia de vendas/consumo: Compra matéria prima por 40 e vende um produto Compra o produto por Compra o produto por 170 acabado por 100 100 e vende por 170. vende por 250. Recolhe 17% sobre 60 Recolhe 17% sobre 70 Recolhe 17% sobre 80 e não sobre 100 e não sobre 170 e não sobre 250 Dê uma olhada nos incisos I do artigo 155 § 2º da CF/88: ATACADISTA NDUSTRIA L VAREJISTA CONSUM . INDÚSTRIA ATACADISTA NDUSTRIA L VAREJISTA CONSUM . INDÚSTRIA 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 48 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 7) Imunidade: a não incidência constitucional As imunidades são as não incidências determinadas pela Constituição Federal de 1988 em relação aos impostos – todos ou especificamente a alguns deles. Não cabe ao legislador complementar (o Congresso Nacional) ou ordinário (os Estados) sequer pronunciar-se sobre a incidência ou não de tributos sobre as operações ou prestações determinadas como imunes na Constituição. Então, impossibilitados de legislar sobre elas, repetem no máximo suas disposições. Aí é pura repetição. O artigo 150 da CF/88 trata das limitações ao poder de tributar para todos os entes da federação – que tem a competência de instituir impostos: União, Estados (e Distrito Federal) e Municípios. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à união, aos estados, ao distrito federal e aos municípios: VI - instituir impostos sobre: A) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; B) templos de qualquer culto; C) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; D) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. E) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 48 arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. O importante para o ICMS nas imunidades acima é o item “d”. A venda de livros, jornais, periódicos e papel para sua impressão poderia ter incidência de ICMS, mas não tem por força Constitucional. Repare no “papel”, que só tem imunidade se vendido para publicação de livros, jornais e periódicos. Entendo que os demais itens referem-se mais propriamente a tributação do patrimônio, renda ou serviços, o que não cabe o ICMS. Ao menos que os templos, partidos políticos, entidades de educação, assistência social e entes federativos adquirem bens para o seu patrimônio. Mas cabem perfeitamente ao IPVA e ICD conforme estudamos. O outro lado da moeda são as imunidades constitucionais referentes unicamente ao ICMS; e encontramos esta relação no art. 155 § 2º, X da CF/88: X - não incidirá: (ICMS) A) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; B) sobre operações que destinem a outros estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; C) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; D) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita Vamos entender algumas coisas: 1) Sobre a exportação: as política econômicas brasileiras sempre procuraram privilegiar as exportação como forma de aumentar divisas, positivar a balança 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 48 comercial e atrair investimentos. Por isso exportação não tem ICMS, e não tem também outros impostos. 2) Sobre a energia elétrica e petróleo (e seus derivados): o assunto é sempre atual. Consideram-se as riquezas minerais como de todos os brasileiros e não do Estado que possua esta riqueza natural. Portanto a tributação do ICMS cabe totalmente ao destino, não há a divisão de receitas. 3) Geração e Transmissão gratuita de radiodifusão: bem, a TV aberta – Globo, bandeirantes, SBT são geradas gratuitamente. Mas a TV a cabo não é, pois não é aberta/gratuita. Exemplos: 1. Indústria Cajuzinho exporta amendoim doce para a Argentina 2. Produtor rural exporta amendoim em natura para a Venezuela 3. Indústria de calçados exporta sapatos inacabados para o Peru 4. Transportador Babuíno transporta amendoim doce da Indústria Cajuzinho de Recife a Buenos Aires. 5. Refinaria de Santos envia petróleo refinado a distribuidora do Rio de Janeiro 6. Empresa geradora de energia vende energia elétrica para Cooperativa de leite pernambucana. 7. Transmissão da Rede TV para todo o Brasil, de forma gratuita. 8. Operações com ouro, quando este não for considerado mercadoria, mas como “commodity” financeira – ativo financeiro ou instrumento cambial (incidência de IOF) 8) A isenção e a não incidência do ICMS Vamos conversar sobre assuntos que acabam se misturando com este aspecto do imposto: isenção, não incidência e imunidade. Devemos entenderque se não há recolhimento de ICMS na operação anterior não há o que se falar em compensação nas operações posteriores. E vice versa, porque se a indústria de areia vende sacos diretamente a uma entidade governamental e 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 48 esta operação segundo a legislação do ICMS pernambucano goza de isenção de ICMS em Pernambuco, não há crédito na saída do produto e é estornado o crédito relativo à matéria prima que entrou na indústria. O não recolhimento de ICMS pode ser originário de operações com: Imunidade – operações que não há incidência do ICMS por determinação da Constituição Federal de 1988. Não incidência – operações em que as leis estaduais simplesmente declaram que não há incidência de ICMS. O intuito não é criar não incidências do imposto e desonerar algumas operações, mas simplesmente ratificar as não incidências constitucionais (imunidades) ou eliminar controvérsias ou dúvidas sobre alguma operação específica. Isenção - operações que naturalmente teriam incidência de ICMS se não fosse consideradas isentas pela lei ordinária e regulamento do ICMS dos estados membros e do Distrito Federal. Isenção é a dispensa legal do pagamento do tributo. Operações com não incidência e isenção de ICMS não geram crédito do imposto para ser abatido em operações posteriores porque não geram débito na saída da mercadoria ou prestação de serviços e exigem que não seja considerado o crédito da operação anterior, a menos que a lei permita expressamente que se mantenha o crédito. Veja o que diz a própria Constituição Federal de 88 a esse respeito: Veja a regra Constitucional: Art. 155 § 2.º o imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação: A) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; B) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 48 9) A repartição das receitas do ICMS Trata-se de uma questão ainda sobre as principais características do ICMS, derivado do conceito da não cumulatividade, a repartição de receitas do imposto é uma importante característica do ICMS. E é a base por trás da não cumulatividade. Preste atenção nesta definição: na venda interestadual o imposto é repartido entre estado de destino e estado remetente; esta é a razão da alíquota interestadual ser necessariamente menor que a alíquota interna. E isso é fácil de entender. O ICMS é um imposto sobre o consumo, portanto em uma venda interestadual, onde o consumidor final fica em outro estado, é justo que a receita de imposto seja repartida entre o estado do remetente e o estado do destinatário. Dê uma olhada nos exemplos: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 48 Exemplo 1: Indústria de material de construção pernambucana realiza uma operação de venda de mercadoria para varejista dentro do estado de Pernambuco. Indústria pernambucana vende com alíquota interna de 17% material para varejista de Jucati (PE), e o varejista revende o material para a consumidora Maria Antonieta, também se utilizando da alíquota interna para o cálculo do ICMS. Dados: Alíquota interna 17%. Preço indústria: R$ 100,00 ICMS da operação = 100 x 17% = 17 Preço varejo: R$ 150,00 ICMS da operação = 150 x 17% - 25,5 Indústria Varejista Consumidor Pernamb. Pernamb. Final Pernamb. Recolhe Recolhe R$ 17,00 25,5-17 = R$ 8,5 de ICMS de ICMS Ao todo é recolhido aos cofres de Pernambuco: R$ 25,50. Não cumulatividade: O varejista recolhe apenas a diferença do imposto. O valor adicional em relação ao recolhimento do industrial (25,5-17 = 8,5) Mas se a indústria vender o material para uma loja de outro estado (digamos Rio de Janeiro), a alíquota interestadual é 12% (menor que a interna). Assim esta diferença permitirá um desconto menor do ICMS já recolhido anteriormente por Pernambuco (não cumulatividade) e um recolhimento maior para o Rio de Janeiro – é pura matemática: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 48 Exemplo 2: operação interestadual entre Pernambuco e Rio de Janeiro com material de construção. Indústria pernambucana vende com alíquota interestadual de 12% material para varejista de Teresópolis (RJ). O varejista revende o material para a consumidora Lourdes Maria, utilizando-se da alíquota interna para o cálculo do ICMS (18%). Dados: Alíquota interna 18%. Alíquota interestadual 12% Preço indústria: R$ 100,00 ICMS da operação IND = 100 x 12% = 12 Preço varejo: R$ 150,00 ICMS da operação VAR = 150 x 18% = 27 Indústria Varejista Consumidor Pernamb. Fluminense Final RJ Recolhe Recolhe R$12 de ICMS 27-12= R$15 de ICMS Ao todo Pernambuco recolhe aos seus cofres: R$ 12,00 Ao todo Rio de Janeiro recolhe aos seus cofres: R$ 15,00 Compare os exemplos 1 e 2 e veja como ocorreu praticamente uma repartição de receitas nas vendas interestaduais. Fácil não? Há exceções????? Sim, duas: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 48 1º exceção - venda interestadual de energia elétrica e petróleo e seus derivados – trata-se de um comando constitucional (imunidade prevista no art. 155 §2º “x” da Constituição Federal e repetida no artigo 145, §7º, II “b”). Não há o que se falar em divisão da receita do imposto entre estados. O estado de destino fica com toda a receita porque na venda interestadual não há recolhimento de ICMS para o estado remetente. Exemplo 3: operação interestadual entre refinaria petrolífera do Rio de Janeiro e distribuidores de Pernambuco. Refinaria fluminense remete gasolina para posto de gasolina de Recife (PE) revender a consumidores finais de seu Estado. Não há recolhimento interestadual devido à imunidade constitucional. E a alíquota da operação interna de revenda é 17%. Dados: Alíquota interna 17%. Alíquota interestadual – não incide (imunidade constitucional) Preço indústria: R$ 100,00 ICMS da operação IND= zero Preço varejo: R$ 150,00 ICMS da operação VAR. = 150 x 17% = 25,5 Refinaria Petrolífera Fluminense Posto Gasolina Pernamb. Consumidor Final Pernamb. Não Recolhe Recolhe 25,5-0 = R$ 25,5 ICMS De ICMS Rio de Janeiro nada recolhe aos seus cofres Ao todo Pernambuco recolhe aos seus cofres: R$ 25,50 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldmanwww.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 48 2º exceção - venda interestadual para não contribuinte do ICMS (pessoa física, empresas de serviço contribuintes somente do ISS, órgãos públicos, etc.) – também um comando constitucional (art. 155 º 2º§ VII, “b”), em uma venda para não contribuinte do ICMS há recolhimento total do imposto para o estado remetente. Cuidado: este exemplo vale para todos os produtos exceto energia elétrica e petróleo e seus derivados que seguem somente o preceito acima!!! Exemplo 4: operação interestadual entre indústria de veículos de Pernambuco e consumidor final não contribuinte do Estado de São Paulo. Indústria pernambucana vende dois tratores para Prefeitura de Votuporanga, no interior de São Paulo para utilização nas obras. Dados: Alíquota interestadual – 17% (alíquota interna do estado remetente) Preço indústria: R$ 50.000,00 ICMS da operação IND = 50.000 x 17% = 8.500 Indústria Pernambucana Prefeitura de Votuporanga (SP) Recolhe R$ 8.500 de ICMS Total de ICMS recolhido para o Pernambuco. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 48 10) ICMS e o ISS Anteriormente a Constituição de 1988, o ICMS chamava-se ICM, e se relacionava exclusivamente à tributação da movimentação de mercadoria. A ideia mudou com a CF/88, e alguns serviços passaram para a área de incidência exclusiva do novo ICMS. E mais do que isso, a própria CF/88 determinou que uma Lei Complementar especifique os serviços com incidência do imposto sobre serviços (de competência dos Municípios), para não criar desavenças com os estados instituidores do ICMS. Veja o que diz o artigo 156, III da CF/88: Art. 156. Compete aos municípios instituir impostos sobre: III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. A Constituição Federal de 88 determina que os serviços sujeitos ao ISS sejam aqueles definidos em lei complementar específica e não podem ser relacionadas a prestação e serviços de transporte intermunicipal e interestadual e nem comunicações (já definidos como relativos exclusivamente ao ICMS, inclusive constam da definição do imposto). Desta forma o legislador criou a lei complementar 116/03 com uma lista anexa dos serviços que estão sujeitos somente ao imposto de serviços e não ao ICMS. Mas quando existir um serviço que não esteja na lista de serviços da lei complementar 116/03 e houver fornecimento de mercadoria, aí incide apenas ICMS. Nem pense o fiscal do ICMS reclamar os tributos destes serviços acima pois a alíquota é do ISS que deve incidir. Inclusive em alguns casos, como o serviço funerário há mercadorias inclusas. Não importa! Só ISS. (Leia se tiver tempo a lei complementar 116/03 é interessante e importante para compreender o ICMS e o ISS). 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 48 Mas pode procurar o fiscal do ISS desesperadamente por um serviço específico na lista da lei complementar 116/03, se não encontrar, desista, não é, o serviço em questão, fato gerador do ISS. Mas será do ICMS? Apenas se com este serviço seja oferecido mercadorias, aí sim. Todo o serviço, incluso o preço das mercadorias, é base de cálculo do ICMS. 11) O ICMS e o IPI O Imposto sobre produtos industrializados (IPI) é de competência federal. E confunde-se com o ICMS pois os dois impostos incidem na saída da indústria ou do importador (equiparado a indústria). Na realidade a regra é que o valor do IPI entra na base de cálculo do ICMS. Ou seja, para achar o valor do ICMS deve-se pegar o preço da mercadoria e somar o IPI. Foi a Constituição Federal de 1988 que excepcionou o cálculo do ICMS e decidiu tirar o IPI da base de cálculo do ICMS se a mercadoria é vendida da indústria para nova industrialização (indústria de açúcar vende para a Nestlé utilizar na produção de bombons) ou para comercialização. O art. 155 §2º, XI da Constituição Federal fala das 3 condições cumuladas que exigem que o IPI tem de ser excluído da base de cálculo (BC) do ICMS: • Operação configura fato gerador dos dois impostos • Operação realizada entre dois contribuintes do ICMS • Operação relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização. XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos; Para facilitar o entendimento do aluno e acelerar a resolução de questões para a prova de concurso, tenha em mente que o IPI só entra na base de cálculo do ICMS quando existe a venda do industrial, ou importador, ou arrematante de mercadoria 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 48 importada e abandonada (ambos equiparados a industrial segundo a legislação do IPI), a um consumidor final do produto. Atenção! O consumidor final pode ser: 1) pessoa física ou 2) pessoa jurídica não contribuinte do ICMS ou 3) pessoa jurídica contribuinte do ICMS que não comercializar ou industrializar o produto. 12) A importação de mercadorias A entrada no território nacional, o desembaraço aduaneiro, é fato gerador do ICMS. A previsão é Constitucional. E já para abrandar controvérsias, A CF/88 estabelece em seu art. 155 XI, que o ICMS na importação cabe ao estado do estabelecimento do destinatário. Mas qual a controvérsia? Muitas empresas recolhem o ICMS da importação aos Estados onde foi desembaraçada a mercadoria ou aos estados onde se localize o importador. Errado! O comando constitucional é bem claro ao determinar que deva ser recolhido o ICMS na importação para o Estado do contribuinte efetivamente destinatário da mercadoria. Veja o artigo 155, §2º IX da CF/88: IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 48 exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; Repare que pretende o Estado de Pernambuco (e não somente este) tributar o ICMS de serviços prestados no exterior. Difícil verificar operacionalizar a cobrança de ICMS nesta operação. Vamos fazer alguns testes e aprofundar os conhecimentos: Questões Comentadas 1. (SEFAZ RJ – FGV ADAPTADA) A respeito da incidência de impostos estaduais, no âmbito do Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir: I. Não incide ICMS sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; II. Não incide ICMS sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumoou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior. III. Não incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita Assinale (A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se nenhuma afirmativa estiver correta. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentário: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 48 I – Certo. Conforme artigo 155, §2º, X “b” da Constituição Federal. Trata-se inclusive de uma imunidade Constitucional. II – Errado. Importação é fato gerador do ICMS. Conforme artigo 155, §2º IX “a” da CF/88. III – Certo. Conforme artigo 155, §2º, X “d” da Constituição Federal. Trata-se inclusive de uma imunidade Constitucional. Veja o artigo 155, §2º, X da Constituição Federal: X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; Resposta: C 2. (NOVA) Dentre as várias características do ICMS encontradas na Constituição Federal, pode-se concluir que o imposto: (A) não é seletivo (B) incide sobre o valor agregado em cada fase da cadeia distributiva 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 48 (C) incide apenas sobre mercadorias (D) é direto (E) é sobre o patrimônio Comentário: O ICMS é um imposto indireto, pois os contribuintes transferem total ou parcialmente o ônus do imposto para terceiros até o fim da cadeia de distribuição do produto (consumidor final arca com todo o imposto contido no preço final da mercadoria). Além disso, o ICMS é um imposto que tributa o consumo de mercadorias e de serviços específicos. E o mais importante: é um imposto não cumulativo – incide sobre o valor agregado em cada fase da cadeia distributiva Veja o artigo 155 §2º, I da Constituição Federal: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; Resposta: B 3. (SEFAZ – SP ADAPTADO) Segundo o princípio da não cumulatividade do ICMS, é correto afirmar: (A) A isenção, salvo determinação em contrário da legislação, implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes. (B) A não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores. (C) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 48 (D) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. (E) Compensa-se o que for restituído em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. Comentário: Esta questão nos traz a oportunidade para falarmos mais da não cumulatividade. A melhor definição de não cumulatividade encontra-se na alternativa (C): “compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal”. Com isso encontramos nossa resposta. As alternativas (D) e (E) tentam enrolar o candidato com jogos interessantes de palavras. A diferença que torna as parecidas alternativas (D) e (E) erradas é a palavra “pago”, pois não são os estados que pagam, mas sim o contribuinte, o estado recolhe ou cobra. Além disso, a alternativa (E) tem a palavra “restituição”, também utilizada de forma equivocada. Agora, muito importante é analisarmos as alternativas (A) e (B), que estão equivocadas, mas por outros motivos: tanto as operações com isenção quanto as com não incidência não geram crédito para compensação conforme comando da Constituição Federal no artigo 155 §2º, II “a” e “b”. Resposta: C 4. (Nova) Fiscalizando a indústria J. Fundo, que vende internamente e exporta produtos manufaturados, o fiscal de Rendas Michael Ouro Fino verificou que o contribuinte acertou ao: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 48 (A) vender o produto para São Paulo com isenção e manter o crédito, independente de determinação legal. (B) exportar o produto e estornar o crédito das operações anteriores. (C) vender o produto tributado para contribuinte de Goiás e estornar o crédito das operações anteriores (D) vender o produto para contribuinte do Chile e não estornar o crédito das operações anteriores. (E) vender o produto com não incidência e manutenção do crédito das operações anteriores, independente de determinação legal. Comentário: Vamos ainda nos aprofundar nas operações de exportação, que ao contrário das operações com não incidência e isenção do ICMS, garantem a manutenção do crédito do imposto da entrada da mercadoria mesmo que na venda não haja ICMS. Trata-se de um benefício fiscal dado pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 155, §2º, X “a”: X - não incidirá: a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; Mais uma vez colocamos que não incidência e isenção geram a saída do produto sem recolhimento do ICMS mas também geram o estorno do crédito de entrada, se não há disposição em contrário na legislação. Veja na Constituição Federal no artigo 155 §2º, II “a” e “b”: II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 48 a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nasoperações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores. Como o próprio artigo já dispõe, deve-se estornar o crédito da entrada a menos que disposição legal permita a manutenção. Resposta: D 5. (SEFAZ RJ – ADAPTADA) Analise as afirmativas a seguir, nos termos da Constituição Federal de 1988: I. As alíquotas nas operações internas do ICMS obedecerão ao que obrigatoriamente deverá ser determinado pelo Senado Federal, na forma do disposto na Constituição da República. II. A isenção ou não incidência do ICMS, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará crédito de imposto para compensação daquele devido nas operações ou prestações seguintes e acarretará anulação do crédito do imposto relativo às operações anteriores. III. Serviço de telecomunicação apenas pode ser tributadas pelo ISS se aprovada a inclusão na lista da lei complementar 116/03 pelo Congresso Nacional. IV. Nas operações interestaduais com álcool anidro, não haverá recolhimento de ICMS. Assinale (A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas II estiver correta. (E) se apenas as afirmativas II e IV estiverem corretas. Comentário: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 48 I. Errado. É facultado ao Senado Federal estabelecer alíquotas mínimas e máximas do ICMS nas operações internas. Deverão os Estados obedecer a resolução do Senado Federal caso estabeleça estes valores. Esta é a ordem disposta na Constituição Federal no artigo 155, §2º, V “a” e “b”. II. Certo. A isenção ou não incidência do ICMS, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará crédito de imposto para compensação daquele devido nas operações ou prestações seguintes e acarretará anulação do crédito do imposto relativo às operações anteriores – art. 155, §2º II da Constituição Federal. III. Errado. Serviços de telecomunicações são fatos geradores exclusivamente de ICMS. É um comando constitucional do artigo 155, II. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; IV. Errado. Nas operações interestaduais com álcool anidro haverá recolhimento do ICMS interestadual (imunidade só para derivados de petróleo). Veja o artigo 155, §2º X, b: X - não incidirá: b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; Resposta: D 6. (SEFAZ RJ ADAPTADA) As alíquotas internas do ICMS são: (A) sempre inferiores às alíquotas interestaduais 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 48 (B) salvo deliberação em contrário da União, superiores às alíquotas interestaduais. (C) inferiores às previstas para as operações interestaduais salvo decisão em contrário de Estados e Municípios (D) determinadas através de resolução do Senado Federal (E) dispostas em lei estadual, conforme previsão constitucional. Comentário: Alíquotas internas são definidas através de lei estadual conforme ditames da Constituição Federal. E não podem ser inferiores à alíquota interestadual, exceto deliberação de Estados e Distrito Federal em contrário. Ao Senado Federal cabe deliberar através de resolução sobre as alíquotas interestaduais e de exportação. Veja o comando do artigo 155, §2º, VI da Constituição Federal: VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; Resposta: E 7. (SEFAZ RJ – FGV ADAPTADA) Delibera através de resolução sobre alíquotas interestaduais no mundo do ICMS: (A) Senado Federal. (B) Presidente da República (C) Lei Complementar. (D) Constituição Federal. (E) Constituição Estadual. Comentário: 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 48 Veja o inciso IV do artigo 155, §2º da Constituição Federal: IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; Resposta: A 8. (NOVA) Leia a notícia do site IG em Junho de 2012: Governo prorroga redução de IPI para produtos da linha branca e móveis “O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, no dia 29 de junho de 2012, a prorrogação da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos eletrodomésticos da linha branca por dois meses e a redução do imposto para o setor de móveis por três meses. O ministro anunciou ainda a prorrogação da redução do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o macarrão até dezembro.” O IPI em alguns momentos da cadeia de distribuição de geladeiras (linha branca) integra a base de cálculo do ICMS. O IPI está incluso na base de cálculo da geladeira nas seguintes operações: (A) na venda da indústria fluminense Brastemp para a varejista fluminense Casas Bahia e na venda da indústria Brastemp para o atacadista Makro. (B) na venda da indústria fluminense Brastemp para a prefeitura de Campinas e na venda da indústria Brastemp para indústria de ferramentas de Pernambuco utilizar no seu setor de serviços gerais. (C) na venda da distribuidora fluminense “Demóstenes Flores” para o varejista “Carlinhos Waterfall” e na venda do varejista “Carlinhos Waterfall” para o consumidor final Maria Delta. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 48 (D) na venda da indústria fluminense Brastemp para a indústria Cônsul revender no interior de Rio de Janeiro e na venda direta para agência de propaganda “Pigmaleão”. (E) na venda da Indústria fluminense Brastemp para distribuidor autorizado “Mambeme” e na venda do distribuidor para Dona Maria Madalena, madre do convento Nossa Senhora das Bezerras, utilizar em sua casa. Comentário: Vamos nos remeter ao art. 155 §2º, XI da Constituição Federal de 88 (citado abaixo) que fala das 3 condições em que o IPI tem de ser excluído da base de cálculo (BC) do ICMS: • Operação configura fato gerador dos dois impostos • Operação realizada entre dois contribuintes • Operação relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização. XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos.Para facilitar o entendimento do aluno e acelerar a resolução de questões para a prova de concurso, tenha em mente que o IPI só entra na base de cálculo do ICMS quando existe a venda do industrial, ou importador, ou arrematante de mercadoria importada e abandonada (ambos equiparados a industrial segundo a legislação do IPI), a um consumidor final do produto. Importante: por consumidor final entenda-se: 1) pessoa física ou 2) pessoa jurídica não contribuinte do ICMS ou 3) pessoa jurídica contribuinte do ICMS que não comercializar ou industrializar o produto. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 48 Analisando as alternativas: (A) Errado. Na venda da indústria Brastemp para a varejista Casas Bahia (venda de contribuinte para contribuinte com intenção de comercialização – sem IPI na base de cálculo) e na venda da indústria Brastemp para o atacadista Makro (venda de contribuinte para contribuinte com intenção de comercialização – sem IPI na base de cálculo). (B) Certo. Na venda da indústria fluminense Brastemp para a prefeitura de Campinas (venda de contribuinte para não contribuinte– com IPI na base de cálculo) e na venda da indústria Brastemp para indústria de ferramentas de Pernambuco utilizar no seu setor de serviços gerais. (venda de contribuinte para contribuinte sem intenção de comercialização ou industrialização (mas sim, ativo permanente) – com IPI na base de cálculo) (C) Errado. Na venda da distribuidora fluminense “Demóstenes Flores” para o varejista “Carlinhos Waterfall” (saída de distribuidora não é fato gerador do IPI) e na venda do varejista “Carlinhos Waterfall” para o consumidor final Maria Delta (saída do varejista não é fato gerador do IPI). (D) Errado. Na venda da indústria fluminense Brastemp para a indústria Cônsul revender no interior de Rio de Janeiro (venda de contribuinte para contribuinte com intenção de comercialização – sem IPI na base de cálculo) e na venda direta da Brastemp para agência de propaganda “Pigmaleão” (venda de contribuinte para não contribuinte– com IPI na base de cálculo). (E) na venda da indústria fluminense Brastemp para distribuidor autorizado “Mambeme” (venda de contribuinte para contribuinte com intenção de comercialização – sem IPI na base de cálculo) e na venda do distribuidor para Dona Maria Madalena, madre do convento Nossa Senhora das Bezerras, utilizar em sua casa. (saída de atacadista/distribuidor não é fato gerador do imposto IPI). Resposta: B 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 48 9. (NOVA) Segundo a Constituição Federal de 1988, incide ICMS: (A) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; (B) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Estados; (C) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios; (D) sobre o valor total da operação, quando mercadorias não forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; (E) sobre o valor parcial da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; Comentário: Segundo a Constituição Federal de 1988, incide ICMS sobre serviços que não sejam fatos geradores exclusivos do ISS, mas que envolvam cumulativamente o fornecimento de mercadorias. Leia o comando da Constituição Federal no artigo 155, §2º, IX “b”: IX - incidirá também: b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; Resposta: A 10- O IPI: (A) é um imposto estadual e distrital (B) integra a base de cálculo do ICMS (C) integra a base de cálculo do ICMS quando da saída para não contribuinte 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 48 (D) integra a base de cálculo do ICMS quando da saída para industrialização (E) integra a base de cálculo do ICMS quando da saída para não contribuinte e para comercialização Comentário: O IPI é um imposto da União e tem incidência nas saídas de produtos industrializados, momento no qual também há incidência do ICMS. Mas o IPI, ao contrário dos demais custos do produto não integra a base de cálculo do ICMS se a venda for feita para contribuinte, for fato gerador dos dois impostos e tenha como destino a comercialização ou industrialização. A Constituição Federal traz o comando no artigo 155, §2º XI: XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos. Resposta: C 11) (SEFAZ-RJ ADAPTADA): Ouro, como ativo financeiro, tem incidência de: A) ICMS e IOF B) somente IOF C) somente ICMS D) somente ISS E) ICMS e ISS Comentário: Ouro como ativo financeiro tem somente a incidência de IOF (Imposto sobre operações financeiras). Há neste caso a imunidade do ICMS (não incidência constitucional) 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 48 A Constituição Federal traz o comando no artigo 155, §2º X “c”: X - não incidirá: c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º. Resposta: B 12) (NOVA) Analise os itens abaixo, segundo a Constituição Federal de 1988: I- Incide ICMS nas operações de importação do exterior, exceto de produtos não elaborados II- Não incide ICMS sobre importação de ativo não circulante III- Incide ICMS sobre serviço prestado no exterior para contribuinte localizado no Pernambuco São corretas: A) somente III B) I, II, III C) somente II D) somente I e II E) somente II e III Comentário: Incide ICMS sobre importação de qualquer mercadoria, ainda que destinado ao ativo não circulante/permanente/imobilizado. Incide também ICMS sobre serviço iniciado no exterior. A Constituição Federal traz os comandos no artigo 155, §2º, IX “a” e “b”: IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 48 exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; Resposta: A 13) (NOVA) Segundo a Constituição do Estadode Pernambuco, importação realizada por importador de São Paulo, que importou pelo porto de Tubarão em Santa Catarina, máquina para contribuinte de Pernambuco, que deu a entrada em seu chão de fábrica, tem ICMS recolhido na importação para: A) São Paulo B) Pernambuco C) Santa Catarina D) não incidência de ICMS E) 50% para cada Estado: São Paulo e Pernambuco Comentário: Na importação o ICMS vai para o Estado do contribuinte que deu entrada á mercadoria em seu estabelecimento. Portanto ICMS para o Pernambuco. A Constituição Federal traz o comando no artigo 155, §2º IX “a”. IX - incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; Gabarito: B 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 48 14- (SEFAZ – RJ/ FCC 2013) Considerando as regras constantes da Constituição Federal, o ICMS I. terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei complementar. II. incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de telecomunicação. III. incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios. IV. será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. V. terá seu valor calculado, em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, mediante a aplicação da alíquota interestadual, quando o destinatário estiver inscrito na repartição fiscal. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I, II e IV. (B) III, IV e V. (C) I, II e III. (D) I, III e V. (E) II, IV e V. Comentário: I. Certo. O artigo 155 §2º, XII, “c” da CF/88 determina que o ICMS terá seu regime de compensação do imposto disciplinado por lei complementar. II. Certo. O artigo 155, II da CF/88 determina que o ICMS incide sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 48 III. Certo. O artigo 155 §2º, IX, “b” da CF/88 determina que o ICMS incidirá sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios. IV. Errado. O artigo 155 §2º, I da CF/88 determina que o ICMS será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. V. Errado. O artigo 155 §2º, VII, “a” da CF/88 determina que o ICMS terá seu valor calculado, em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final CONTRIBUINTE localizado em outro Estado, mediante a aplicação da alíquota interestadual. Mas esta alternativa não fala que a mercadoria se destina a contribuinte do imposto, mas a pessoa inscrita na repartição fiscal. Nem sempre pessoas inscritas na repartição fiscal são contribuintes. Resposta: C 15- (SEFAZ – RJ/ FCC 2013) Ao atribuir a competência tributária para a União, a Constituição Federal estabelece: “Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: ... IV – produtos industrializados.” Por outro lado, ao atribuir a competência para os Estados, determina a Constituição Federal: “Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: ... II − operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;” Em várias operações realizadas por empresas que se caracterizam como contribuintes tanto do IPI como do ICMS, temos a incidência dos dois 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 48 impostos de forma concomitante. Nesse sentido, considere indústria vendendo seu produto a: I. construtora que irá incluir em obras de construção civil; II. comerciante revendedor de outro Estado; III. comerciante revendedor do mesmo Estado; IV. outra indústria que vai utilizar como matéria-prima; V. outra indústria que utilizar como bem do ativo imobilizado. O IPI será incluído na base de cálculo do ICMS APENAS nos casos constantes em: (A) I e V. (B) II e III. (C) II, III e IV. (D) III e V. (E) III e IV. Comentário: I- construtora que irá incluir em obras de construção civil – venda para não contribuinte, IPI na base de cálculo do ICMS. II- comerciante revendedor de outro Estado - venda para contribuinte para comercialização, IPI fora da base de cálculo. III- comerciante revendedor do mesmo Estado - venda para contribuinte para comercialização, IPI fora da base de cálculo. IV- outra indústria que vai utilizar como matéria-prima - venda para contribuinte para industrialização, IPI fora da base de cálculo. V- outra indústria que utilizar como bem do ativo imobilizado - venda para contribuinte mas com destino ao ativo permanente, IPI na da base de cálculo. Resposta: A 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 48 Lista de Questões Comentadas 1. (SEFAZ RJ – FGV ADAPTADA) A respeito da incidência de impostos estaduais, no âmbito do Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir: I. Não incide ICMS sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; II. Não incide ICMS sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior. III. Não incide ICMS nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita Assinale (A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se nenhuma afirmativa estiver correta. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 2. (NOVA) Dentre as várias características do ICMS encontradas na Constituição Federal, pode-se concluir que o imposto: (A) não é seletivo (B) incide sobre o valor agregado em cada fase da cadeia distributiva (C) incide apenas sobre mercadorias (D) é direto (E) é sobre o patrimônio 3. (SEFAZ – SP ADAPTADO) Segundo o princípio da não cumulatividadedo ICMS, é correto afirmar: (A) A isenção, salvo determinação em contrário da legislação, implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 48 (B) A não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores. (C) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. (D) Compensa-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. (E) Compensa-se o que for restituído em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. 4. (Nova) Fiscalizando a indústria J. Fundo, que vende internamente e exporta produtos manufaturados, o fiscal de Rendas Michael Ouro Fino verificou que o contribuinte acertou ao: (A) vender o produto para São Paulo com isenção e manter o crédito, independente de determinação legal. (B) exportar o produto e estornar o crédito das operações anteriores. (C) vender o produto tributado para contribuinte de Goiás e estornar o crédito das operações anteriores (D) vender o produto para contribuinte do Chile e não estornar o crédito das operações anteriores. (E) vender o produto com não incidência e manutenção do crédito das operações anteriores, independente de determinação legal. 5. (SEFAZ RJ – ADAPTADA) Analise as afirmativas a seguir, nos termos da Constituição Federal de 1988: I. As alíquotas nas operações internas do ICMS obedecerão ao que obrigatoriamente deverá ser determinado pelo Senado Federal, na forma do disposto na Constituição da República. II. A isenção ou não incidência do ICMS, salvo determinação em contrário da legislação, não implicará crédito de imposto para compensação daquele devido nas operações ou prestações seguintes e acarretará anulação do crédito do imposto relativo às operações anteriores. 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 48 III. Serviço de telecomunicação apenas pode ser tributadas pelo ISS se aprovada a inclusão na lista da lei complementar 116/03 pelo Congresso Nacional. IV. Nas operações interestaduais com álcool anidro, não haverá recolhimento de ICMS. Assinale (A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas II estiver correta. (E) se apenas as afirmativas II e IV estiverem corretas. 6. (SEFAZ RJ ADAPTADA) As alíquotas internas do ICMS são: (A) sempre inferiores às alíquotas interestaduais (B) salvo deliberação em contrário da União, superiores às alíquotas interestaduais. (C) inferiores às previstas para as operações interestaduais salvo decisão em contrário de Estados e Municípios (D) determinadas através de resolução do Senado Federal (E) dispostas em lei estadual, conforme previsão constitucional. 7. (SEFAZ RJ – FGV ADAPTADA) Delibera através de resolução sobre alíquotas interestaduais no mundo do ICMS: (A) Senado Federal. (B) Presidente da República (C) Lei Complementar. (D) Constituição Federal. (E) Constituição Estadual. 8. (NOVA) Leia a notícia do site IG em Junho de 2012: Governo prorroga redução de IPI para produtos da linha branca e móveis 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 48 “O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou, no dia 29 de junho de 2012, a prorrogação da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos eletrodomésticos da linha branca por dois meses e a redução do imposto para o setor de móveis por três meses. O ministro anunciou ainda a prorrogação da redução do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o macarrão até dezembro.” O IPI em alguns momentos da cadeia de distribuição de geladeiras (linha branca) integra a base de cálculo do ICMS. O IPI está incluso na base de cálculo da geladeira nas seguintes operações: (A) na venda da indústria fluminense Brastemp para a varejista fluminense Casas Bahia e na venda da indústria Brastemp para o atacadista Makro. (B) na venda da indústria fluminense Brastemp para a prefeitura de Campinas e na venda da indústria Brastemp para indústria de ferramentas de Pernambuco utilizar no seu setor de serviços gerais. (C) na venda da distribuidora fluminense “Demóstenes Flores” para o varejista “Carlinhos Waterfall” e na venda do varejista “Carlinhos Waterfall” para o consumidor final Maria Delta. (D) na venda da indústria fluminense Brastemp para a indústria Cônsul revender no interior de Rio de Janeiro e na venda direta para agência de propaganda “Pigmaleão”. (E) na venda da Indústria fluminense Brastemp para distribuidor autorizado “Mambeme” e na venda do distribuidor para Dona Maria Madalena, madre do convento Nossa Senhora das Bezerras, utilizar em sua casa. 9. (NOVA) Segundo a Constituição Federal de 1988, incide ICMS: (A) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; (B) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Estados; 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman – Aula 01 Prof. Michel Goldman www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 48 (C) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios; (D) sobre o valor total da operação, quando mercadorias não forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; (E) sobre o valor parcial da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 10- O IPI: (A) é um imposto estadual e distrital (B) integra a base de cálculo do ICMS (C) integra a base de cálculo do ICMS quando da saída para não contribuinte (D) integra a base de cálculo do ICMS quando da saída para industrialização (E) integra a base de cálculo do ICMS quando da saída para não contribuinte e para comercialização 11) (SEFAZ-RJ ADAPTADA): Ouro, como ativo financeiro, tem incidência de: A) ICMS e IOF B) somente IOF C) somente ICMS D) somente ISS E) ICMS e ISS 12) (NOVA) Analise os itens abaixo, segundo a Constituição Federal de 1988: IV- Incide ICMS nas operações de importação do exterior, exceto de produtos não elaborados V- Não incide ICMS sobre importação de ativo não circulante VI- Incide ICMS sobre serviço prestado no exterior para contribuinte localizado no Pernambuco São corretas: A) somente III B) I, II, III C) somente II D) somente I e II E) somente II e III 83395105172 Legislação Tributária do Estado de Pernambuco Prof. Michel Goldman
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