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Aula 4 Jur Personalidade

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Personalidade
Personalogia  estudo da unidade humana considerada em suas relações com o meio em que vive (natural e social)  pessoa entendida como uma unidade indivisível  mente e corpo 
 Personalidade é sempre processual  possui uma história e um desenvolvimento
O Desenvolvimento da Personalidade
 Na relação com os estímulos do meio, desenvolve-se um conjunto de reações cada vez mais complexas  chega-se a uma interioridade (consciência)  personalidade
 Desenvolvimento em 5 estágios (Claparède): Infância, juventude, estado adulto, maturidade e senilidade 
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Infância 
 Curiosidade como característica
 Desenvolvem-se os interesses pessoais (processo de “experimentação aquisitiva”)  mania de experimentar tudo (imitar, provar, etc)
Esta etapa se subdivide em:
1 – Período dos Interesses Perceptivos  1.º ano de vida  criança se atrai pelo que estimula seus sentidos
 Criança não reconhece características intrínsecas dos objetos 
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 considera o mundo a partir da sua conduta 
 sensorial (algo é “bebível”, “mordível”, etc)
2 – Período dos Interesses Glóssicos  2.º ao 4.º ano de vida  começa a desenvolver a linguagem Começa a associar estímulo à sons  Ex: “Áua”
 Interesse intenso pelo aprendizado do nome dos estímulos que vê
3 – Período dos Interesses Intelectuais Gerais  dos 3 aos 7 anos de idade  preocupação em saber a origem/causa, finalidades, relações das/entre as coisas do mundo  “idade interrogante”
 Egocentrismo infantil  criança entende o mundo a partir de sua utilidade  Ex: “o que é TV? É para ver”. “O que é mamãe? É para dar comida e cuidar de mim”
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4 – Período dos Interesses Especiais  dos 7 aos 12 anos de idade  interesse concentra-se em projetos e problemas mais concretos
 Surgem tendências específicas  revelam-se no “brincar” 
 
 Ex: brincar com bonecas,carrinhos, soldadinhos, quebra-cabeça, etc
 De uma indiferenciação entre objetividade/subjetividade à interioridade e exterioridade (Piaget)  “Se os animais falavam, agora começam a deixar de falar” (mundo à sua semelhança – criança é o centro do universo)
Mundo traz limites à criança  surge oposição individuo/ meio  personalidade se retrai  surge a interioridade (e a exterioridade)  Ex: Distinção da fantasia da “vida real”
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Juventude  da infância até, aproximadamente, os 20 anos  tem um caráter de transição (envolve turbulência)
 Aparição do pensamento abstrato  estabelece relações entre conceitos gerais (representação mental) 
 desvincula-se do campo fenomenológico
 Aparição da responsabilidade social  ação do indivíduo levando o social em consideração 
 Desenvolvimento da sexualidade 
Organiza-se e pondera-se o aprendido na fase infantil
 Organiza as experiências infantis como conceitos articulados  Ex: cachorro não pode ser mamífero e réptil 
 Descobre novos problemas (mais transcendentais)  pondera mais  razão (adulto) X desejo (menino)
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Alternâncias entre agressividade/independência e medo do mundo (regressão à infância)  crise do “quase”
 Família precisa aceitar as mudanças pessoais da juventude  não se fixar na infância
Estado Adulto  dos 20 aos 50 anos  ápice da personalidade 
 Maior rendimento social (produtividade)
 Equilíbrio entre agressividade e temor
 Utiliza-se do aprendido sem precisar lidar com decadência física da senilidade 
Personalidade Adulta
 capacidade de adaptação aos obstáculos da vida  utilização de 6 mecanismos para tal:
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1- Negação do desejo  nega-se o desejo até não se acreditar mais senti-lo  Ex: negar interesses pessoais na discussão sobre guarda de filhos
2 -Realização imaginária do desejo  “viver de ilusões”  fantasia  escapa oportunidades  em baixo grau, é necessária para trazer confiança diante do risco
3 -Sublimação  consiste em desviar o desejo, canalizando-o para outra direção mais realista/menos obstáculos  atos realizados não correspondem a intenção primeira  maior sintonia com fins sociais
4 -Catatimia  percepção sofre influência dos afetos (vemos as coisas como queremos que sejam)  Ex: “Quem ama o feio, bonito lhe parece”  Percebemos como ainda pior quem não gostamos (afeto desenfreado)
 Pode ser invertido  vemos as coisas como não queremos ver  Ex: “Ela não gosta de mim”  Tal visão pessimista reivindica uma maior expressão de amor da parceira (obter o que se deseja)
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 5 - Projeção  Consiste em projetar para fora do indivíduo a causa de suas ações  afetos não precisam enfrentar a censura para serem satisfeitos  Ex: nos sentimos facilmente ofendidos por aqueles que odiamos  Ex: Psicose e “vozes”
6 - Racionalização  Busca-se explicações para ações que já foram realizadas (ou vão se realizar) em desacordo com nosso juízo moral  pode-se evitar conscientemente  com severo raciocínio lógico e seleção de fatos concretos
Sublimação e Racionalização são muito desenvolvidos nos adultos  caracterizam bem tal fase da personalidade
Diferenças fundamentais entre os sexos (Histórica):
Homens  Culto ao poder/força, conquista, interesse no fundamental, experimentação, prefere o prestígio, julgamentos de “forma”, tendências sádicas, resistência à pena, decisões rápidas, dificuldade em confessar erros, lógica e mobilidade segura/energética/angulosa 
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Mulheres  Culto ao querer/graça, conservação, interesse pelo detalhe, contemplação, prefere o gozo, julgamentos de valor, tendências masoquistas, resistência a dor, dúvida, confessa erros, intuição e mobilidade suave/delicada/curvilínea 
 Litígios promovidos por homens  tendência econômica
 Litígios promovidos por mulheres  tendência afetiva
 Delitos masculinos  imediata utilidade, maior violência (mas em menor quantidade)
 Delitos femininos  menos imediatos, maior astúcia (maior freqüência da violência, porém mais leve)
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Maturidade  45 a 55 anos (homens) e 50 a 60 anos (mulheres)
 involução orgânica
 cessação ou diminuição da atividade sexual
 alteração das relações familiares e sociais (posição social e no trabalho diferenciada, independência dos filhos, etc)
 velhice próxima = desejo desenfreado de desfrutar a vida (intensas paixões)  tendências egoístas (relacionamento difícil)
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Senilidade  Período indeterminado (sentir-se velho é impreciso)  não é uma questão apenas biológica
 perdas nas funções psíquicas (gerando perda na qualidade do trabalho e da vida)
 cansaço
 perda na atenção (são maus testemunhos)
exacerbação no mecanismo da projeção (gerando falsas denúncias de roubos, etc)  complicações em testamentos

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