11) CALÚNIA.pptx

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CALÚNIA – ART. 138.
DIFAMAÇÃO – ART. 139.
INJÚRIA – ART. 140.
EXCEÇÃO DA VERDADE – Par. 3º, art. 138. 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos.
Tipicidade objetiva e subjetiva: 
Bem jurídico: honra. Objetiva (reputação no meio social) e subjetiva (sentimento da própria dignidade ou decoro). Disponível.
Requisitos: a) imputação de fato definido como crime; b) falsidade da imputação; c) animus caluniandi.
Imputar é atribuir.
Fato definido como crime. Contravenção não. Pode ser difamação. Descrição do fato. 
Falsamente. Fato é mentiroso ou não foi praticado pelo ofendido. Ciência da falsidade. Se não, pode dolo eventual.
Fato acobertado por legítima defesa: não. Extinção punibilidade: sim.
Fato determinado. “Ladrão”: não. Fato concreto.
 
Palavras, escritos, canções, desenhos. Não precisa presença do ofendido.
Inimputáveis, menores e loucos: sim. Ausência de culpabilidade. Fato definido como crime.
Desonrados: sim. Resquício de honra.
Mortos: sim. Parentes.
Propósito de ofender. Não mencionado, mas necessário.
Calúnia implícita: Eu pelo menos não vivo..... Reflexa: atribuir propina a X incrimina automaticamente Y, que a teria recebido. Por exclusão, por negação...
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa, inclusive a jurídica nos delitos ambientais. Greco e Nucci, Lei 9605/98.
No Brasil, tradicionalmente, não se admitia a responsabilidade da pessoa jurídica.
Responsabilidade penal da pessoa jurídica
 CF 225 § 3º: As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 
Art. 3º da Lei 9605/98: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
STF atual não se manifestou. Em andamento. Tendência era não admitir. Decisão anterior não admitia calúnia. RHC, 64860, DJU 30.4.87. Mas 1ª Turma – RE 548.181. Procedência para processar pessoa jurídica, independente de pessoa física. Decidiu pela possibilidade de processar a pessoa jurídica sem a necessidade de processar a pessoa física.
STJ oscila. Mas predomina o entendimento que admite desde que a pessoa física seja também responsabilizada.
Tipo subjetivo: Dolo direto ou eventual.
Consumação: quando alguém, que não o sujeito passivo, toma conhecimento. Basta um. Se feito direto à vítima, sem mais ninguém, não caracteriza. 
Não precisa que a vítima sinta-se atingida. Basta que o agente atue com esta finalidade. Formal.
Tentativa: possível, por escrito.
Ação penal- privada. Se cometida contra Presidente é condicionada à representação do Ministro da Justiça. Funcionário Público: representação do ofendido.
Diferença: denunciação caluniosa. Crime contra a justiça. Pena mais grave. Necessita não só a imputação como a abertura de investigação, etc.
Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Formas equiparadas à calúnia:
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
Propalar é espalhar. E se propala para quem já sabe? Configura. E se relata a fonte da calúnia e pede segredo: também. Divulgar é tornar público.
Distinção com o caput. Falsamente ou sabendo falsa. Aqui, dolo eventual não. 
Consuma-se com transmissão. 
Tentativa, não. Começou, consumou.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.
Prova do fato imputado. Somente na calúnia. Interesse social.
Retratação. Cabalmente. Explicações em juízo.
Aumento de pena de um terço contra Presidente, funcionário público, em razão de suas funções ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, pessoa maior de sessenta anos ou portadora de deficiência. Art. 141 CP.
Paga ou promessa de recompensa, pena em dobro. Art. 141, parágrafo único, Código Penal.
Foro prerrogativa função atrai exceção da verdade.
Art. 523 – CPP -  Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para completar o máximo legal.