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TRABALHO PSICOLOGIA INTELIGENCIA E CRIATIVIDADE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMINARIO DE PSICOLOGIA GERAL: INTELIGENCIA E CRIATIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
ALUNOS: 
MARIA LÚCIA DO NASCIMENTO 
MELISSA JULIANA DE ALMEIDA SIMOES 
LUCIMARY 
MARCEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO – SE 
SETEMBRO DE 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS 
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMINARIO DE PSICOLOGIA GERAL: INTELIGENCIA E CRIATIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO CRISTÓVÃO – SE 
SETEMBRO DE 2016
Parte teórica apresentado à disciplina 
PSICOLOGIA GERAL, turma 2016.1, t 15, 
ministrada pela professora Claudete Sales 
Sampaio, como requisito para obtenção parcial 
da nota. 
 
1. Inteligência 
1.1.1 Concepções de inteligência 
Uma das concepções que o senso comum apresenta sobre a inteligência é a qualidade que as pessoas 
possuem para resolver um problema. Outras concepções de inteligência incluem a qualidade de adaptar-
se a situações novas e aprender com facilidade. 
Na ciência, as concepções de inteligência não se diferem muito do senso comum. Gohara Yehia, no livro 
Avaliação da inteligência, informa que num “simpósio sobre inteligência em 1921, um grande número de 
psicólogos expôs suas opiniões a respeito da natureza da inteligência. Alguns consideravam um indivíduo 
inteligente na medida em que fosse capaz de um pensamento abstrato; para outros, a inteligência era a 
capacidade de se adaptar ao ambiente ou a capacidade de se adaptar a situações relativamente novas ou, 
ainda, a capacidade de aquisição de novos conhecimentos. Houve várias teorias sobre inteligência: as que 
postulavam a existência de uma inteligência geral, as que postulavam a existência de várias faculdades 
diferenciadas e as que defendiam a existência de múltiplas aptidões independentes. Com isso, os 
psicólogos dividiram-se em duas vertentes sobre a compreensão da cognição: a abordagem da Psicologia 
diferencial e a abordagem dinâmica. 
 
A Abordagem da psicologia diferencial 
A Psicologia diferencial acredita que a tarefa da ciência é estudar aquilo que é visível, notório. Isto é, a 
inteligência para ser estudada deve-se tornar observável e decomposta. Está capacidade humana pode ser 
medida através dos comportamentos humanos como: a verbalização de pensamentos, entendimento de 
instruções, percepção espacial de imagens, resolução de problemas, adaptação e criatividade a novas 
situações. A inteligência nessa abordagem seria um composto de habilidades e poderia ser media por meio 
de conhecidos testes psicológicos de inteligência. 
A Abordagem dinâmica 
Já a abordagem dinâmica, questionou a decomposição da totalidade humana em diversos aspectos ou 
fatores e introduziu na psicologia uma nova forma de interpretar os dados obtidos por meio dos testes 
psicológicos. Os dados obtidos nos testes deixaram de ser considerados como medidas da inteligência e 
passaram a ser vistos como medidas apenas de eficiência do sujeito e as alterações dessa eficiência 
encaradas como sintomas de perturbações globais e não como indicadores de potencial intelectual 
deficiente. 
Nesta abordagem, a inteligência passa a ser um adjetivo — inteligente — que qualifica a produção 
cognitiva e intelectual do homem. Por isso, nesta abordagem, os dados obtidos nos testes não são medidas 
da inteligência, mas medidas da eficiência intelectual do indivíduo. 
Destacando que os índices baixos nos testes não implicam pouca inteligência, pois nesta abordagem o 
indivíduo é visto na sua globalidade. Os testes passam a ser instrumentos auxiliares na identificação de 
dificuldades, as quais são encaradas como sintomas de conflitos; tornam-se instrumentos para iniciar um 
trabalho de recuperação, e não instrumentos para finalizar um trabalho de classificação. O estudo do 
comportamento intelectual ou cognitivo do indivíduo, ou outro qualquer, é feito em função de sua 
personalidade e de seu contexto social. O indivíduo faz parte de um meio, no qual age, manipula, 
transforma, desenvolvendo concomitantemente suas estruturas psíquicas. A inteligência deixa de ser 
estudada como uma capacidade isolada, para ser pensada como capacidade cognitiva e intelectual que 
integra a globalidade humana. 
 
1.1.2 Papel da Memória e da Percepção 
A evolução que o cérebro integrado produziu fez com que os humanos, interferindo diretamente no mundo 
de forma consciente, desenvolvessem o instrumento poderoso que levou a humanidade até o seu estágio 
atual: a linguagem. Porém, não é qualquer linguagem, considerando que muitos animais mantem códigos 
de comunicação. A linguagem simbólica que permite a troca de informações conscientes. Esse fenômeno 
leva a construção da cultura humana. A construção de um repertório simbólico mudou a relação do animal 
humano com a natureza e consigo próprio. 
Dois processos básicos do psiquismo humano foram muito importantes: a memória e a percepção. 
A percepção deixa de ser reflexo direto da natureza. De acordo com Leontiev, os animais, diferentemente 
dos humanos, têm reflexo psíquico da realidade, enquanto nós temos o reflexo consciente da realidade. 
(LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Horizonte Universitário, 1978.) Com isso, 
nossa percepção é dirigida pela nossa própria história de vida e pela nossa cultura. 
Isso significa dizer que percebemos as coisas no mundo de acordo com a experiência anterior e essa 
experiência combina a experiência pessoal (ontológica) e a experiência de toda a humanidade (filológica). 
Assim, buscamos aproximar mentalmente o que vemos, ouvimos, cheiramos etc. com a experiência 
conhecida. Por isso a experiência de ouvirmos uma música não é somente a de ouvir um conjunto de notas 
musicais, mas sim a experiência de ouvirmos algo que nos remete a experiências agradáveis ou 
desagradáveis e que nos emocionam ou causam asco. 
A memória é um processo básico vital para o processamento do material percebido. Como dependemos 
da linguagem para decodificar o que percebemos, precisamos ter armazenado um repertório dos signos da 
nossa cultura. Também a memória é peculiar no ser humano. Por um lado, trata-se de um processo 
biológico com seus limites; por outro, trata-se de um processo social, cultural, histórico. 
Faz parte do processo de memorização o esquecimento, já que seria impossível se lembrar de tudo o tempo 
todo. 
Se alguém se lembrasse de tudo, exatamente tudo o que aconteceu durante o dia, levaria as mesmas 24 
horas para relatar sua lembrança. Assim, o esquecimento é uma forma de proteger nossa dinâmica de 
armazenamento de fatos importantes e que merecem ser lembrados. 
Existem vários tipos de memória: memória de trabalho que dura poucos segundos ou minutos, como 
aquela necessária para guardarmos um número de telefone quanto não temos como anotá-lo. Memória de 
curta duração que persiste por algumas horas, que se trata de um processo mnemônico desenvolvido em 
uma estrutura cerebral denominada hipocampo e córtex entorrinal e que utilizam mecanismos próprios e 
independentes de memória de longa duração (que são gerados ao mesmo tempo). 
A memória de longa duração depende de outros fatores de caráter fisiológicos e emocionais. Só 
armazenamos por um longo tempo informações para nossas vidas, mesmo que sejam corriqueiras. Um 
caminho repetido muitas vezes é memorizado, a casa da nossa infância, um acidente, um amor da 
adolescência, o primeiro beijo. Isso porque a informação ou experiência, depois de passarpelas estruturas 
da memória de curta duração, necessitará de síntese proteica que garante sua manutenção para além das 
48 horas depois de aprendidas (IZQUIERDO, Ivan. A arte de esquecer. São Paulo: Ciências cognitivas, 
2004.) 
 
1.2 Conceito de Inteligência 
Primeiramente, apesar de terem apresentado definições diferentes de inteligência, todos os psicólogos 
concordam que ela não é uma questão de tudo ou nada, mas uma qualidade que todo mundo possui, em 
maior ou menor grau. Mas o que eles entendem por inteligência? 
As muitas definições apresentadas foram estudadas por Freeman (1976) e este estudo permitiu dividi-las 
em três grandes grupos. 
Um deles enfatiza o ajustamento ou adaptação do indivíduo ao meio, isto é, segundo estas definições, a 
inteligência seria a capacidade de resolver problemas novos, de modo que a pessoa mais inteligente seria 
aquela que mais facilmente consegue mudar seu comportamento em função das exigências da situação, 
de conceber novas maneiras de enfrentá-la. 
Um segundo grupo de definições diz que a inteligência é a capacidade de aprender. O indivíduo mais 
inteligente seria o que aprende mais e mais depressa. O terceiro tipo de definições postula que inteligência 
é a capacidade de pensar abstratamente, isto é, de utilizar adequadamente conceitos e símbolos nas mais 
variadas situações, principalmente símbolos verbais e numéricos. Estas três maneiras de conceber a 
inteligência, na verdade, não se excluem mutuamente. São, antes disso, aspectos de um mesmo processo. 
A capacidade de aprender pode ser o ponto de partida para a adaptação ou a solução de problemas novos 
e a capacidade de fazer abstrações também é, em grande parte, produto da aprendizagem. A capacidade 
de pensar abstratamente, por sua vez, contribui para a adaptação a situações novas e para a aprendizagem 
de novos aspectos e relações do meio. 
Poder-se-ia conceber a inteligência, então, como uma capacidade global do indivíduo que se expressa pela 
sua facilidade em aprender, atuar eficientemente sobre o meio e pensar abstratamente. 
 
1.3 Mensuração da Inteligência 
A mensuração da inteligência, esta qualidade complexa que todas as pessoas possuem em algum grau, foi 
e é um tema bastante estudado pelos psicólogos que desenvolveram muitos e variados instrumentos para 
medi-la. 
Os testes, que na maioria são de lápis e papel, detectam realmente diferenças entre os indivíduos e seus 
resultados são, em geral, altamente correlacionados o que faz supor que medem, mesmo, algo parecido. 
Além disso, os testes de inteligência têm sido instrumentos úteis para predizer desempenho futuro e por 
isso são usados principalmente na seleção de pessoal e orientação vocacional. 
 
1.3.1 Tentativa Primitiva de Medida da Inteligência 
Em 1904, na França, Alfred Binet (1857-1911) criou a primeira medida prática de testes de inteligência. 
A princípio ele e seus associados mediram as habilidades sensórias e motoras. Contudo, perceberam que 
tal avaliação não proporcionava a informação desejada. Portanto, começaram a avaliar funções cognitivas: 
vivência de imagens, extensão e qualidade de atenção, memória, julgamentos estéticos e morais, 
pensamento lógico e compreensão de frases. Binet, reunia tarefas mentais para avaliar estas capacidades 
e começou a testar os itens em uma escola parisiense para crianças. Com seus testes, Binet foi nomeado 
para uma comissão do governo que estudava os problemas de ministrar instrução a crianças retardadas. O 
grupo concluiu que as crianças com desvantagens mentais deviam ser identificadas e colocadas em escolas 
especiais. Binet e seus associados começaram a trabalhar em um teste que distinguia as crianças que 
poderiam beneficiar-se da frequência normal às escolas e as que não poderiam. Para o teste, selecionaram 
itens que diferenciavam crianças mais velhas e mais jovens de inteligência aparentemente semelhante. 
Também escolhiam tarefas que destacavam crianças da mesma idade aparentemente mais brilhantes. 
Usando estas estratégias, foram coletados diversos itens discriminatórios para teste e dispostos em ordem 
de dificuldade. As tarefas para o nível de três anos incluíam apontar para o nariz, para os olhos, para a 
boca e repetir dois algarismos, além de fazer a identificação de objetos em uma figura. Os itens ao nível 
de sete anos de idade, incluíam apontar para a mão direita, descrever uma figura, executar uma série de 
três comandos e contar moedas. O teste de Binet, era construído de modo que as crianças 
aproximadamente com a habilidade média pudessem resolver cerca de 50% dos problemas em seu próprio 
nível etário e a maioria das tarefas dos níveis anteriores. 
As crianças eram submetidas ao teste de Binet individualmente e suas respostas eras registradas e 
recebiam nota. Ao sujeito era então atribuído um nível mental, ou idade mental. Por exemplo, uma criança 
de dez anos de idade que se desempenhasse tal qual uma outra com essa idade recebia um nível mental 
dez. Logo, uma criança de dez anos de idade que respondesse em média com uma de seis anos, recebia o 
nível mental de seis anos. As diferenças entre o nível mental e a idade cronológica serviam como o índice 
de inteligência. Crianças cujos os níveis mentais estavam dois anos abaixo de suas idades cronológicas 
eram consideradas retardadas. 
 
 
 
 
 
 
1.3.2 Testes de Inteligência 
Lewis Terman (1877- 1956) um psicólogo americano da Stanford University, criou uma versão 
amplamente aceita do teste de Binet para os americanos em 1916. Terman adotou o quociente de 
inteligência ou QI, como indicador de inteligência. O QI é um índice numérico que descreve o 
desempenho relativo em um teste. Compara o desempenho de uma pessoa com a de outras da mesma 
idade. Os QI podem ser calculados de diferentes maneiras. Terman usou o QI para descrever o 
relacionamento entre um nível mental e a idade cronológica, tendo rejeitado a medida de Benit, ou seja, a 
diferença entre os dois. Na Escala de Inteligência Stanford-Binet, como foi denominada a revisão de 
Terman, inicialmente o QI era calculado desta maneira: a pessoa que estava sendo testada recebia o crédito 
de um numero preciso de meses para cada resposta correta. Os pontos eram somados e a soma recebia o 
rótulo de idade mental (IM). O valor dos pontos dados a cada tarefa era escolhido de modo que os escores 
das idades mentais médias das pessoas fossem iguais a sua idade cronológica. As ideias de Binet a respeito 
de testar a inteligência foram praticadas no mundo inteiro porque seu modelo “funcionava” em um sentido 
prático. Permitia os psicólogos designar à inteligência um número que parecia razoável e o número podia 
ser facilmente calculado por um estranho absoluto depois de interagir com um sujeito durante uma hora, 
aproximadamente. Alguns cientistas comportamentais tentaram aperfeiçoar a escala de Binet. Outros 
construíram novos testes seguindo linhas semelhantes às de Binet, a fim de pouparem tempo e dinheiro, 
os psicólogos desenvolveram instrumentos que podiam ser ministrados a grupos de indivíduos. Foram 
criados testes para categorias especiais de pessoas, inclusive bebês, adolescentes, adultos, cegos e mudos. 
Atualmente, há quase uma centena de testes de inteligência usados pelos educadores. 
 
1.3.3 Problemas com Testes de Inteligência 
Porém, com a utilização dos testes de inteligência, alguns questionamentos foram surgindo: 
A) alguns testes avaliavam, fundamentalmente, o aspecto ou fator verbal, enquanto outros, o fator 
percepção espacial. Assim, um mesmo indivíduo poderia ter um alto quociente intelectual aqui e um baixo 
ali. 
B) a rotulação ou classificação das crianças avaliadas pelos testes de inteligência e classificadas como 
deficientes, normaisou superdotadas. 
C) tendenciosidade que apresentavam, pois eram construídos em função de fatores valorizados pela 
sociedade, ou seja, fatores que os grupos dominantes apresentavam e que eram considerados como 
desejáveis. Falar bem, resolver problemas com facilidade, apresentar facilidade para aprender. 
 
1.4 Teoria da Composição da Inteligência 
Está relacionada ao entendimento e teorias que compõem a inteligência. A partir desenvolvimento de 
instrumento que permita melhores medida, em busca da compreensão da inteligência. 
 
1.4.1 Teoria dos Dois Fatores 
 Spearman, no início deste século, acreditou que a inteligência é uma função generalizada que chamou de 
fator geral “G”, isto é, todas as atividades intelectuais dependeriam, em primeiro lugar, do fator G, comum 
a todas elas. Spearman observou que havia uma correlação entre os escores de testes diferentes de 
inteligência como, por exemplo, os que exigem significado de palavras, complementação de sentenças, 
raciocínio aritmético, percepção de formas geométricas e outros. A correlação positiva encontrada foi 
explicada pela existência do fator G, comum a toda atividade intelectual. 
No entanto, algumas correlações não eram perfeitas o que fez Spearman supor a existência de um outro 
tipo de fator, os fatores “s” (específicos), responsáveis pelo sucesso em tarefas diferentes. Em resumo, 
para Spearman existiria um fator G, comum a toda atividade intelectual e fatores “s”, presentes em 
diversos graus em atividades específicas. Um teste de inteligência geral seria aquele que mede o fator G 
e de veria incluir tarefas diversificadas a fim de obter o escore total. 
 
 
1.4.2 A Teoria dos Fatores Múltiplos 
Thorndike propôs, em 1927, a teoria segundo a qual a inteligência é composta de muitos fatores que se 
inter-relacionam. Assim, qualquer atividade intelectual depende de um conjunto de fatores minúsculos 
que operam simultaneamente. Para fins práticos de medida é possível agrupá-los. Mais recentemente, 
Guilford (1961) apresentou a teoria que busca explicar a estrutura do intelecto. Para ele, a inteligência se 
compõe de um grande número de fatores, procurou detectá-los pelo método da análise fatorial. Concluiu 
pela existência de 120 fatores na composição da atividade intelectual. Já se encontrou evidência da 
existência de muitos destes fatores através da construção e aplicação de testes, mas a teoria como um todo 
ainda não está suficientemente corroborada pela pesquisa. 
1.4.3 Teoria dos Grupos de Fatores 
Esta teoria afirma que a inteligência é constituída de grupos de capacidades mentais primárias que operam 
com relativa independência umas das outras. Assim, existem grupos de operações mentais que dependem 
de um fator primário comum, e outros grupos que dependem de outro. Thurstone encontrou, por 
tratamento estatístico, seis fatores primários que puderam ser usados na elaboração de testes, apesar de 
não serem, provavelmente, os únicos. São os fatores: numérico, verbal, espacial, fluência verbal, 
raciocínio e memória. Análises posteriores verificaram que eles são positivamente relacionados, o que dá 
apoio à teoria do fator G. Estas diferentes concepções teóricas sobre a inteligência, apesar de algo 
discrepante, derivaram testes que, na prática, podem servir às mesmas finalidades. 
1.4.4 Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner 
A insatisfação com o conceito de Q.I. e suas versões como o SAT (visões unitárias de inteligência), 
levaram alguns estudiosos como Tarustone e Guilford a criticarem seriamente esse conceito de 
inteligência. Para Gardner não bastavam as críticas, ele acreditava que deveriam ser abandonados os testes 
e suas correlações e partir para observar as fontes de informações mais naturalistas a respeito de como as 
pessoas, no mundo todo, desenvolvem capacidades importantes para seu modo de vida. 
Para organizá-las Gardner teorizou as sete inteligências: 
1. Inteligências Lingüísticas: característica dos poetas; 
2. Inteligências Lógico-Matemática: à Capacidade lógica e matemática; 
3. Inteligências Espacial: à capacidade de formar um mundo espacial e de ser capaz de manobrar e operar 
utilizando esse modelo (Marinheiros, Engenheiros, cirurgiões, etc.); 
4. Inteligência Musical: possuir o dom da música como Mozart ; 
5. Inteligência Corporal-Cinestésica: capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos utilizando o 
corpo (Dançarinos, Atletas, artistas, etc.); 
 6. Inteligência Interpessoal: capacidade de compreender outras pessoas (Vendedores, Políticos, 
Professores, etc.); 
7. Inteligência Intrapessoal: capacidade correlativa, voltada para dentro. Capacidade de formar um modelo 
acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida. 
Para Gardner o propósito da escola deveria ser o de desenvolver essas inteligências e ajudar as pessoas a 
atingirem seus objetivos de ocupação adequados ao seu espectro particular de inteligência. Gardner 
propõe uma escola centrada no indivíduo, voltada para um entendimento e desenvolvimento ótimos do 
perfil cognitivo do aluno. 
Gardner procurou ampliar este conceito. A inteligência para ele, é a capacidade de solucionar problemas 
ou elaborar produtos que são importantes em um determinado ambiente ou comunidade cultural. A 
capacidade de resolver problemas permite às pessoas abordar situações, atingir objetivos e localizar 
caminhos adequados a esse objetivo. A criação de um produto cultural torna-se crucial nessa função na 
medida em que captura e transmite o conhecimento ou expressa as opiniões ou sentimentos da pessoa. Os 
problemas a serem resolvidos são os mais diversos, indo desde uma teoria científica até uma composição 
poética ou musical. A teoria das inteligências múltiplas foi elaborada à luz das origens biológicas de cada 
capacidade de resolver problemas. A tendência biológica deve ser vinculada aos estímulos culturais. A 
linguagem, por exemplo, que é uma capacidade universal, ora pode apresentar-se como oratória, ora como 
escrita, ou secreta, etc. 
 
Gardner procurou evidências de várias fontes: 
 • o conhecimento a respeito do desenvolvimento normal; 
 • do desenvolvimento em indivíduos talentosos; 
 • informações sobre o colapso das capacidades cognitivas nos casos de danos cerebrais; 
 • estudos sobre prodígios, autistas e estudos psicológicos; 
 • testes de correlações e outros. 
Para ele a inteligência deve ser capaz de ser codificada num sistema de símbolos e significados 
culturalmente criados que capturam e transmitem formas importantes de informação. A linguagem, a 
pintura e a matemática são símbolos quase universais necessários à sobrevivência e à produtividade 
humana. A inteligência relaciona-se com um sistema de símbolos não por acidente, mas, por ser esta a 
forma da sua manifestação. 
As sete Inteligências e localização no cérebro humano: 
1. Inteligência linguística: é o tipo de capacidade exibida em sua forma mais completa, talvez pelos poetas. 
Localização: parte do cérebro chamada Centro de Broca. 
 2. Inteligência lógico-matemática: é a capacidade lógico-matemática, assim como a capacidade científica 
Localização: Centro de Broca 
3. Inteligência espacial: é a capacidade de formar um modelo mental de um mundo espacial e ser capaz 
de manobrar e operar utilizando esse modelo. Exemplo: Os marinheiros, engenheiros, cirurgiões, pintores, 
escultores. Localização: Hemisfério direito do cérebro. 
4. Inteligência musical: é a capacidade voltada para a música. Exemplo: Leonardo Bernstein, Mozart. 
Localização: hemisfério direito. 
5. Inteligência corporal cenestésica: capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos utilizando 
o corpo inteiro, ou partes do corpo. Exemplo: dançarinos, atletas, cirurgiõese artistas. A dominância desse 
movimento é encontrada no hemisfério esquerdo. 6. Inteligência interpessoal: capacidade de compreender 
outras pessoas: o que as motiva, como elas trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas. 
Exemplo: vendedores, políticos, professores, clínicos (terapeutas) e líderes religiosos bem-sucedidos. 
Localização: Lobos Frontais. 
 7. Inteligência intrapessoal: é uma capacidade correlativa voltada para dentro. É a capacidade de formar 
um modelo acurado e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida. 
Localização: lobos frontais. 
 
1.5 Indivíduos Excepcionais 
Alguns cientistas alegam que a inteligência é uma capacidade geral única de um indivíduo, ou seja, 
cada indivíduo é dotado de uma inteligência individual. Para medir essa inteligência criou-se diversos 
testes, que podem ser efetivos ou não para medir essa inteligência como vimos na secção anterior. Wilhelm 
Stern (1871-1938) é responsável pela criação do QI, o quociente de inteligência, é um índice numérico 
que é atribuído ao desempenho de um indivíduo em um teste. O QI é obtido quando se relaciona a idade 
da pessoa que está fazendo o teste, com o seu desempenho neste teste, ou seja, se é comparado o 
desempenho de uma pessoa com outras de sua mesma idade. Não se pode confundir QI e inteligência. A 
inteligência é uma capacidade geral única de um individuo, e já o QI é o desempenho de uma pessoa em 
um teste quando comparada com outras pessoas que possuem a sua mesma idade. 
Chamamos de excepcionais os indivíduos que se localizam em um dos extremos da distribuição 
normal, ou seja, temos em uma ponta os indivíduos que são retardados mentais, e na outra os indivíduos 
que são superdotados. Temos de ter um cuidado especial para que não façamos a “rotulação” de 
indivíduos, pois os valores de QI são utilizados apenas como marcos orientadores, e ainda que as medidas 
de QI podem ser imprecisas. 
 
1.5.1 Retardados 
 Um individuo considerado retardado mental possui um desempenho intelectual inferior, e não 
consegue se adaptar adequadamente ao ambiente normal. Temos que ter em mente que nem todos os 
indivíduos retardados mentais possuirão as mesmas características. Existem diversas variedades de 
retardamento mental, e cada uma delas são diferentes entre si. 
 O retardamento mental é uma deficiência que pode ser causada por diversos fatores. Dentre eles estão 
as deficiências hereditárias, problemas que ocorreram no nascimento da criança, ingestão de substancias 
danosas ao bebe durante a gravidez. É estipulado que 2 a 3% da população mundial sejam considerados 
retardados mentais. Abaixo temos uma tabela, retirada do livro de Psicologia Geral, por Elaine M. 
Braghirollu, ET al., que traz a denominação comum dos níveis de retardamento mental segundo o QI e, 
também, a idade mental correspondente de cada nível. 
 
QI Denominação IM 
70-50 
50-35 
35-20 
20-0 
Levemente retardado 
Moderadamente retardado 
Severamente retardado 
Profundamente retardado 
12-8 anos 
8-6 anos 
6-3 anos 
Menos de 3 anos 
Tabela 1 – Denominação dos Níveis de Retardamento Mental pelo Valor do QI e IM correspondente. 
 
 Como podemos ver pessoas que sofrem dessa deficiência, precisam de um cuidado especial, por isso é 
importante tentar desenvolver o máximo possível as suas limitadas capacidades. Existem diversas ONGs 
como a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) que visam promover a qualidade de vida 
e inclusão de pessoas com esse, e diversos outros tipos de deficiência. 
 Os indivíduos que sofrem de retardamento mental podem muitas vezes viver uma vida útil e produtiva, 
principalmente quando estimulados e apoiados por suas famílias. 
 
1.5.2 Superdotados 
 Indivíduos superdotados, que também podem ser chamados de gênios, são pessoas que possuem um 
alto nível de capacidade intelectual quando comparados com o resto da população, eles constituem os 3% 
superiores da população, segundo calculado por alguns cientistas. De acordo com a tabela de Standord-
Binet, indivíduos superdotados possuem um QI de 140 ou mais. 
 É se esperado de pessoas superdotadas um alto rendimento em sua vida escolar e academia, possuir 
uma grande variedade de interesses, se empenhar em grandes números de atividades. Ao contrário do que 
se pensa esses indivíduos tendem a ser populares entre seus colegas e obtém êxito em atividades 
esportivas, também são mais equilibrados emocionalmente do que as pessoas normais. 
 Geralmente indivíduos superdotados provêm de lares que lhes oferecem estímulos para sua 
intelectualidade, em que seus pais e mães de certa forma são instruídos e possuem cargos importantes. 
Vale lembrar que nem sempre é compreendido, dependendo do ambiente que esta ele pode se tornar 
entediado, pois em situações que não despertam a sua criatividade ou estimula sua mente, eles podem se 
tornar entediados. Por isso, que indivíduos superdotados necessitam de um atendimento especial, e muitas 
vezes estarem presentes em salas de aula diferenciada dos demais, para que o mesmo tenha tarefas 
associadas à sua capacidade. 
 
1.6 Hereditariedade, Meio Ambiente e Inteligência 
 O tópico inteligência gera diversos debates sobre o quanto a hereditariedade, e o ambiente influenciam 
na inteligência de um indivíduo. Sabe-se que tanto a hereditariedade, como o meio ambiente são 
influenciadores das diferenças de inteligência dentre os indivíduos. Quando se estimula ou empobrece um 
ambiente podemos influenciar no nível de inteligência de um indivíduo. 
Diversos estudos de fato nos mostram que se melhorarmos o ambiente podemos aumentar o QI. 
Os dados clássicos sobre essa questão vêm de uma comunidade no leste do Tennessee, que vivia isolada 
dos Estados Unidos na década de 1930, mas que foi ficando cada vez menos isolada com o passar do 
tempo. Foram introduzidas escolas, estradas e rádio. Entre 1930 e 1940, o QI médio dos indivíduos dessa 
comunidade subiu 10 pontos, de 82 para 92. (L. R. Wheeler, 1942). 
Em relação a hereditariedade, demos ter cuidado que quando falamos dela estamos nos referindo 
a uma população, e não somente a um indivíduo em particular. A hereditariedade irá se referir a diferenças 
entre indivíduos de uma população. A correlação do QI de crianças e o de seus pais é muito alta, também 
a correlação de QI entre irmãos também é aproximadamente a mesma. 
Podemos concluir, então que as influencias genéticas tem um forte papel em determinar as 
capacidades intelectuais de um indivíduo. Porém, temos que lembrar que os efeitos genéticos sempre 
ocorrem dentro de um contexto ambiental. Por isso, temos que os fatores ambientais também irão 
determinar o desenvolvimento do nosso intelecto. 
O QI de qualquer indivíduo não sofre grandes variações durante a sua vida, embora indivíduos 
com o QI relativamente alto, mesmo sendo ainda crianças, provavelmente irão possuir um QI elevado 
durante toda a sua vida. O mesmo pode ser visto para indivíduos com QI baixos, que provavelmente 
sempre terão um QI baixo. Porém, temos que considerar que caso ocorra uma mudança significativa nas 
circunstancias de vida da pessoa, podemos ter uma mudança correspondente no QI. Por isso que devemos 
incluir os escores do QI são influenciados por experiências de vida, tanto quanto pela genética. 
Entre a década de 60 e 70 começou-se a se questionar a contribuição da natureza e da educação 
para a inteligência em grupos específicos. Se levantaram questionamentos como: Os pobres têm menos 
capacidade inata do que os indivíduos de renda alta? Os pretos têm menos inteligência inata do que os 
brancos? 
 
1.6.1 Pobreza e QI 
No início do século XX, observou-se um fato, ainda verdadeiro hoje em dia,de que havia uma 
correlação entre o QI e o nível socioeconômico: pessoas com QI mais baixo em geral acabam em 
empregos de menor status e remuneração inferior, e também são mais prováveis de se tornar criminosos 
do que pessoas com QI mais alto. Isso se torna evidente com o fato de que se temos que se uma pessoa 
vive em ambiente inadequado, elas se desenvolverão de maneira muito diferentes daquelas pessoas que 
vivem em ambientes adequados e estimulantes. 
O ambiente pode influenciar de diversas maneiras a diferenças de QI entre os pobres e outros. 
Numerosas condições físicas podem vir a prejudicar a inteligência, como assistência pré-natal, nutrição 
adequada, envenenamento por chumbo e doenças. Esses fatores são comuns em famílias que possuem 
baixa renda. Existem quatro pontos de vistas que são amplamente difundidos: 
1 – A pobreza está associada a condições de superpovoamento, ruídos, desorganização, tensão e mudança 
de vida. Sob tais circunstâncias, os jovens pobres têm menos probabilidade do que seus equivalentes da 
classe mediam de atentar para nova informação, detectar ordem e aprender que seu comportamento produz 
resultados previsíveis. 
2- Ao compararmos pessoas que possuem renda alta, com os que não a tem, observamos que a linguagem 
utilizada por pessoas pobres é diferente, mais simples, podendo se observar erros gramaticais mais 
frequentes. 
3- Os pais de crianças menos favorecidas tendem a trabalhar longas horas, ficarem cansados, muitas vezes 
são malnutridos, não tratam de sua saúde. Com tudo isso é improvável que eles possam muitas vezes 
arranjar tempo para ajudar as crianças no desenvolvimento de suas capacidades. Alguns pais desejam 
ajudar, mas como eles mesmos não obtiveram uma educação adequada, não conseguem ajudar os filhos 
com as suas atividades. 
4- Geralmente em famílias de renda mais baixas podemos observar uma grande quantidade de crianças 
em uma família. Com essas crianças nascendo pouco depois umas das outras, cada uma delas pode receber 
uma estimulação limitada dos adultos e das crianças mais velhas. 
 Em um estudo feito por Entwisle e Thompson (1987), foi dito que as crianças pobres com QI baixo 
recebem uma menor atenção de seus professores e também, uma menor oportunidade de aprendizagem, 
especialmente quando essas crianças fazem parte de uma minoria social. Quando crianças não são 
influenciadas em seu desenvolvimento intelectual, isso consequentemente interfere em seu desempenho 
cognitivo. Por varias razões por tanto, tem-se que muitos psicólogos acreditam que os testes tradicionais 
de inteligência simplesmente não exploram os discernimentos, habilidades e competências das pessoas de 
renda mais baixas. 
 
1.6.2 Raça e QI 
A maioria dos investigadores de diferenças raciais em QI constata que os brancos conseguem 
escores mais elevados do que os pretos nos tradicionais testes de inteligência, indiferentemente de sua 
classe social. As diferenças de QI entre duas raças geralmente podem variar de 1 a 20 pontos. As razões 
para essa diferença é um tema de discussão entre diversos psicólogos, vamos tentar analisar alguns fatores 
a seguir. 
Arthur Jensen, publicou um estudo em que ele alega que os pretos são excelentes em aprendizagem 
decorada, e eles marcam escores de maneira diferente dos brancos em testes de inteligência. Já os brancos 
o são em pensamento abstrato. Jensen especula que os pretos e os brancos podem herdar diferentes tipos 
de capacidades intelectuais. Ele também afirma que com programas de educação compensatória para 
crianças negras pode-se elevar o QI médio das mesmas, para um valor similar aos das crianças brancas. 
Já a pesquisa dos psicólogos Sandra Scarr e Richard Weinberg, alegaram que se pretos e brancos 
pertencem a uma mesma classe social e mesmo ambiente, não existem diferenças significativas entre o 
QI de pretos e brancos. Essa conclusão faz sentido, pois se apresentássemos um ambiente inadequado 
tanto para pessoas brancas e pretas, as mesmas poderiam sofrer uma diminuição significativa de seus QIs. 
A diferença entre brancos e negros também é bastante influenciada pelas expectativas manifestadas na 
ameaça do estereótipo, pois as crianças negras e crianças brancas crescem em ambientes diferentes. Além 
disso, cada grupo é tratado de maneira diferente pelas pessoas em seu ambiente social devido a cor da sua 
pele. Dessas maneiras, mesmo que as crianças negras e brancas tenham pais que possuam empregos 
semelhantes, e níveis semelhantes de renda, as suas experiências e seus ambientes não serão 
correspondentes. 
De fato, o poder desses fatores ambientais não é de se surpreender, pois os mecanismos em jogo 
provavelmente reflitam o profundo impacto de 300 anos de escravidão e racismo. 
Contudo, as constatações feitas entre o QI e a raça ainda são motivos de discussão, pois não se tem 
ainda informações conclusivas para se tirar conclusões definitivas sobre a origens das dificuldades 
observada entre pretos e brancos. 
 
2. Criatividade 
2.1 Conceito 
 A criatividade é tida como uma capacidade complexa, que vem sido estudada amplamente por 
psicólogos que estão tentando entende-la. Um fato interessante sobre a criatividade é que nem mesmo os 
artistas que são tidos como criativos, conseguem explicar o porquê se sua habilidade. Como vimos na 
secção anterior podemos de alguma forma testar e medir a inteligência de uma pessoa, mas a criatividade 
não possui uma medida numérica para cada indivíduo. 
O psicólogo J. P. Guilford se refere a criatividade como algo que requer um pensamento 
divergente, ou seja, para exercitar a criatividade uma pessoa deve apresentar uma atividade metal 
inovadora, que também seja original, e resulte em mais de uma solução aceitável para um problema que 
seja apresentado a ela. 
Quando nos referimos a criatividade temos em mente que a mesma seja um pensamento fora dos 
padrões esperados. Todos nós possuímos algum grau de criatividade, mesmo que muitas vezes ouvimos 
alguém de dizer: “ Não consigo pensar nisso, não sou uma pessoa criativa”. De acordo com linda L. 
Davidoff, a criatividade é uma capacidade distinta de resolução de problemas que permite as pessoas 
desenvolvam ideias, ou produtos originais que serão adaptáveis e plenamente desenvolvidos. 
 
2.2 Formação do Pensamento Criativo 
 Geralmente em salas de aula somos habituados a pensar de maneira igual, ao ser dado uma questão 
todos devem respondê-la de forma similar, se não igual, e quando esses indivíduos quando tiram notas 
altas muitas vezes não se associam as suas realizações criativas. Mas as habilidades de pensamento 
divergente podem e deveriam ser ensinadas na sala de aula, uma pesquisa feita por Teresa Amabile sugere 
que quando as pessoas são livres de restrições externas e com isso elas tendem a explorar caminhos 
diferentes, e a ter um comportamento perifericamente relacionado. Também se observou que a motivação 
e o nível intrínseco da criatividade artística é reduzido pelas recompensas e os padrões. 
Existem duas estratégias que são amplamente difundidas, e estão sendo usadas para o treino do 
pensamento criativo em adultos: 
 Brainstorming – se trata de uma técnica que foi popularizada por Alex Osmond. Ele diz que as pessoas, 
individualmente ou em grupo, são encorajadas a produzir muitas ideias a respeito do mesmo tópico. 
Enquanto elas geram essas ideias, os demais participantes não devem criticar as ideias ditas, ou avaliar o 
que foi dito, simplesmente se fala o que vem a mente sobre o que se deseja produzir. Osmond supunha 
que as soluções iniciais tendiam a ser comuns entre os participantes, ao passo que as soluções mais 
criativas tendem ocorrem mais tarde na corrente de pensamento das pessoas. 
 Sinética – desenvolvida por W.J. J. Gordon, ela se trata de uma estratégia de solução de problema mais 
complicada. Primeiramente, as pessoas são motivadas a conhecerem o problema que se quer solucionar. 
Depois, elas são aconselhadas a se distanciar do problema, para que ao se fazer isso se crie novas 
perspectivas em relação a esse problema. Além disso, as pessoas são treinadas a empregar ferramentas 
especificas para a solução de problema. 
 O pensamento criativo pode ser exercitado, mas não se pode treinar uma pessoa a produzir ideias 
inovaras, isso tem que partir do indivíduo. 
 
2.2.1 Etapas do Pensamento Criativo 
 Os processos de criação são vistos como as operações mentais que compõem o chamado “pensamento 
criativo”. A criatividade é vista com um papel importante na solução de problemas, por vezes sendo 
superior ao da inteligência, pois pessoas criativas tendem a pensar em soluções inovadoras, não só 
soluções corretas. 
O primeiro processo criativo foi desenvolvido por Graham Wallas. Ele considerara que o 
pensamento criativo é dividido em quatro fases: 
Preparação – A primeira fase, aonde o indivíduo se depara com um determinado problema 
qualquer, consciente ou inconscientemente, e ele recolhe todas as informações importantes sobre esse 
problema. 
Incubação - Nesta fase do processo o indivíduo se afasta do problema, deixando-o de lado por um 
tempo. No entanto, como ele já possui as informações do problema armazenadas em sua mente, ele irá 
fazer com o que o seu inconsciente continue pensando sobre o problema. 
Iluminação - Esta fase ocorre em momentos inesperados e de uma forma repentina no durante o 
dia-a-dia do indivíduo. Caracteriza-se por ser o momento em que surge repentinamente uma nova ideia, 
como também a visualização de uma solução para o problema. Os pensamentos que começam a surgir na 
mente da pessoa começam a fazer sentido e o indivíduo consegue organizá-los de modo lógico. 
Verificação – O indivíduo nesta fase volta à fase consciente de forma a racionalizar e organizar o 
produto da sua imaginação. Neste momento simplesmente devemos dar uma forma externa a ideia 
criativa. 
A criatividade é uma força vital poderosa, que pode incutir significado à vida. E pode ser definida 
pelo alcance da originalidade, adaptação e realização (Tyler, 1974). 
 
2.3 Medida De Criatividade 
 Elaborar medidas de criatividade é uma das questões que vem atraindo e desafiando os estudiosos 
desse constructo complexo, dinâmico e multidimensional e ainda carente de pesquisas, mas que tem se 
tornado cada vez mais relevante nos tempos atuais, especialmente no contexto educacional e 
organizacional. É um grande desafio se medir criatividade, pois significa enfrentar um paradoxo ao se 
tentar construir uma maneira padronizada de se capturar a criatividade humana que foge à padronização. 
 Quando estudam criatividade, os psicólogos escolhem pessoas que fizeram contribuições originais 
extraordinárias. Nesse caso, avaliar criatividade é relativamente direto. Atualmente são usadas duas 
estratégias: os psicólogos apresentam tarefas que solicitam pensamento divergente; depois são contadas 
as respostas raras ou espertas para chegar-se a um escore global. Mas, esse método é alvo de 
questionamentos de investigadores por três motivos importantes: 
1- Quando pessoas eminentemente criativas participam desse tipo de teste, raramente se distinguem por 
seus desempenhos; 
2- Os autos escores em pensamento divergente, correlacionam-se a diversos traços que não se associam a 
criatividade como conformidade, dependência dos outros; 
3- Os autos escores em pensamento divergente não são coerentemente ligados a traços vindos da 
criatividade, inclusive curiosidade e inteligência. 
Outros pesquisadores preferem avaliar a personalidade a fazer esses testes. Procuram medir a motivação 
e interesse e atitudes que pessoas comuns tem para caracteriza-los criativos. 
A problemática da avaliação da criatividade quanto aos pré-requisitos de validade e precisão têm sido 
colocadas por vários pesquisadores da área (Torrance, 1966, Treffinger & Paggio, 1972, Wechsler, 1993, 
Alencar, 1996). Como adequar as medidas da criatividade aos parâmetros da psicométricas, ao considerar 
a complexidade da sua dimensão? 
Na questão da validade de conteúdo, por exemplo, que é aquela que afirma que o teste deve ser uma 
amostra significativa da área que pretende medir, temos o dilema de que uma pessoa pode ser criativa de 
diversas forma, sendo, portanto, impossível de se retirar uma amostra do universo das capacidades 
criativas de uma população, como afirma Torrance (1966). Vemos assim a necessidade, já afirmada, de 
restringir o campo da medida de criatividade à forma na qual ela está sendo avaliada, ou ao campo 
específico ao qual se destina, se queremos encontrar a validade de conteúdo para as suas medidas. 
2.4 Criatividade e educação: 
 A sala de aula típica enfatiza a digestão do estudante de matérias para exames e o seguimento de 
requisitos estabelecidos por uma autoridade. Notas altas que significam sucesso nessas atividades não se 
associam a realizações criativas no segundo grau ou na faculdade. Os hábitos que tornam prováveis a 
realização criativa podem ser alentados, segundo alguns psicólogos, através de um tipo diferente de 
treinamento formal. As estratégias de sala de aula que minimizam a competição, frustração e coerção; e 
as táticas de ensino que enfatizam as soluções de problemas e conflitos são julgadas 
propícias a originalidade. 
 O Programa de Criatividade Purdue proporciona um exemplo de tipos de situações de aprendizagem 
que acredita encorajar o pensamento criativo nas crianças de escola elementar. De início, vinte e 
oito audioteipes apresentam um princípio ou ideia para melhorar o pensamento original. A seguir, há uma 
história de oito a dez minutos sobre um famoso pioneiro americano. Os exercícios impressos pedem aos 
estudantes que pratiquem solução de problemas. Os exercícios seguintes são provenientes dos 
teipes the pony express. Os dois primeiros exercícios procuram melhorar a fluência e a flexibilidade 
verbais; o terceiro, originalidade verbal e perícias de desenhos. 
1.Suponha que você seja um cavaleiro do pony express. Você está cavalgando pelo campo com uma mala 
do correio. É uma tarde quente. Subitamente, a distância, você vê dois índios montados em cavalos. Eles 
estão parados olhando em sua direção. O que você deve fazer? 
2.Suponha que o telégrafo e as estradas de ferro ainda não tenham chegado para substituir 
o pony express. Este, continuará a transportar o correio. De que modo o pony express Service poderá ser 
melhorado? Arrole quantas maneiras você pode pensar que o melhoraria. 
3.Desenhe uma figura do cavaleiro pony express atravessando um deserto poeirento. Dê a 
sua figura tantos títulos bons e espertos quanto você possa pensar. 
 A fim de avaliar o programa de Purdue, alunos de seis classes de escola elementar participaram do 
projeto de instrução de criatividade. Alunos de seis classes adicionais das mesmas séries não receberam 
o treinamento. Depois de completadas a lições, os dois grupos foram submetidos a testes de criatividade 
e realização escolar. Os estudantes experimentais ultrapassaram os controles em originalidade verbal e 
não verbal e realização em linguagem. Mais tarde a pesquisa sugeriu que os exercícios haviam sido o 
componente mais importante do programa. 
 A habilidade do pensamento divergente – fluência, flexibilidade e originalidade -podem ser ensinadas 
diretamente e recompensadas na sala de aula. Porém, a avaliação do mestre quanto aos esforços criativos 
e fortes controles sobre esses esforços podem ter consequências desastrosas. A pesquisa feita por 
Teresa Amabele sugere que as pessoaslivres de restrições externas porpedem a jogar mais com ideias e 
materiais, a explorar caminhos diferentes e ter comportamentos relacionados (que no final pode ser 
produtivo). Ela diz também que as recompensas e padrões reduzem a motivação e o nível intrínseco da 
criatividade artística. 
 Duas estratégias são amplamente usadas para treinar pensamento criativo em adultos 
”brainsnstornming” e “sinéticas”. Durante uma sessão de rainsnstornming, uma técnica popularizada por 
Alex Osmond, pessoas, individualmente ou em grupo, são encorajadas a produzir muitas ideias a respeito 
do mesmo tópico. Usualmente os participantes são solicitados a resolver problemas gerais: “Como se 
´pode aperfeiçoar a escola? ”. Ninguém pode ser crítico ou fazer avaliações. Osmond supunha que as 
soluções iniciais tendiama aser comuns, enquanto os potenciais e engenhosas vinham mais tarde na 
corrente do pensamento. Já a símética é uma estratégica de solução de problemas mais complicada, 
desenvolvida por w.j.j. Gordon. O método que envolve processos mais complexos de análise e resolução 
de questões. 
 
2.5 Correlação da Criatividade 
 Apesar de os psicólogos pesquisadores não saberem o que determina a criatividade, analisam fatores 
da personalidade, antecedentes, condições ambientais associadas a realizações imaginativas. A maioria 
dos conhecimentos existente sobre o assunto vem de estudos e estudos dos cientistas comportamentais da 
universidade da Califórnia em Berkeley. 
 Foi feito um estudo onde os psicólogos pediram a artistas, empresários, escritores, matemáticos, 
cientistas, arquitetos para serem observados, testados, analisados, classificados e questionados devido a 
suas escolhas artísticas. As pessoas eminentemente criativas eram caracterizadas por expressões como 
“engenhosos”, “preocupados”, “de pensamento claro”, “individualistas”. Já os indivíduos menos criativos 
tendiam a ser descritos como “convencionais”, “obsequiosos”, “simpáticos”, “inibidos” e “fracos”. 
 De acordo com pesquisa recente, os artistas originais incomuns tendem a passar uma grande quantidade 
de tempo, inicialmente, explorando e definindo problemas. São abertos a sentimentos comumente 
suprimidos, são isoladas como atributos importantes de pessoas extremamente criativas. Psicólogos como 
Abraham Maslow, associaram a criatividade com saúde mental. Sendo que, pessoas criativas não são 
modelos de sanidade e de viver limpo. Sendo assim, o gênio não saudável. Outro estudo, do psicólogo 
Donald Mackinnon do instituto de Berkeley, a fim de descobrir se a pessoas criativas partilham de certas 
experiências logo cedo, procurou temas recorrentes em biografias de adultos altamente criativos. Os 
indivíduos estudados reportaram ter desenvolvido um interesse por experiências interiores logo cedo na 
vida, as vezes por acanhamento, infelicidade ou doença. Sendo apoiadas pela família, especialmente os 
pais que deram liberdade de escolha aos seus filhos. 
 
 
COMENTARIO 
As conclusões obtidas nos nossos estudos, remetem para importâncias da abordagem de pontos-chaves 
do tema, de maneira dinâmica, coerente e seguindo o roteiro pré-definido; na buscar de atingir o objetivo 
de aprender e passar o conhecimento para turma. 
Foi muito interessante fazer esse trabalho, porque tivemos a oportunidade de adquirir novos 
conhecimentos em relação a coisas que de fato nunca paramos para pensar o seu significado. Sempre 
escutamos que uma pessoa é inteligente ou criativa, mas nunca paramos para pensar em como se chegaram 
a esses conceitos, ou como cientistas mensuram essas características. Temos de usar da nossa criatividade 
e inteligência diariamente em nossa vida acadêmica, independentemente do curso que estamos fazendo, 
porque se espera de cada estudante além de dedicação, inteligência para cursar as disciplinas ministradas, 
e com a criatividade saímos do que se é esperado de nós e surpreender as pessoas ao nosso redor. 
Finalmente, foi um prazer fazer esse trabalho e esperamos que a turma goste do nosso trabalho e aprenda 
um pouco do que nós iremos passar. A coletividade, o trabalho em equipe é fundamental para que qualquer 
tarefa seja realizada com determinação e dedicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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