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BENS PÚBLICOS
- Histórico
Direito Romano
Res Communes – Mares, portos, rios.
Res Publicae – Pertence a todos.
Res Universitatis – Fóruns, ruas.
Idade Média – Os bens públicos pertenciam ao rei.
Século XVII e XVIII
DIVISÃO: Coisas públicas
 Domínio da Coroa
Domínio público – expressão imprecisa
CÓDIGO CIVIL
Capítulo III
Dos bens públicos – artigos 98 a 103.
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.
CLASSIFICAÇÃO
Os autores costumam classificar os diversos tipos de bens públicos a partir de três critérios diferentes: 1) quanto à titularidade; 2) quanto à disponibilidade; 3) quanto à destinação.
Quanto à titularidade, os bens públicos se dividem em federais, estaduais, distritais, territoriais ou municipais, de acordo com o nível federativo da pessoa jurídica a que pertençam.
Quanto à disponibilidade, os bens públicos podem ser classificados em: 
bens indisponíveis por natureza ou afetação por natureza, são insuscetíveis a alienação ou oneração. Os bens indisponíveis por natureza são necessariamente bens de uso comum do povo, destinados a uma utilização universal e difusa. São naturalmente inalienáveis. É o caso do meio ambiente, dos mares e do ar;
bens patrimoniais indisponíveis ou afetação por lei/ato normativo: são aqueles dotados de uma natureza patrimonial, mas, por pertencerem às características de bens de uso comum do povo ou de uso especial, permanecem legalmente inalienáveis enquanto mantiverem tal condição. Por isso, são naturalmente passíveis de alienação, mas legalmente inalienáveis. Exemplos: ruas, praças, estradas e demais logradouros públicos; 
bens patrimoniais disponíveis ou que deixa de ser de uso comum e passa a ser de uso privado: são legalmente passiveis de alienação. É o caso dos bens dominiais, como as terras devolutas. Aquilo que o ente estatal pode dispor, tanto bens móveis quanto bens imóveis.
- ALIENAÇÃO – ART. 17 A 19 DA LEI N° 8.666/93: Só podem ser alienados desde que observem os requisitos legais.
Quanto à destinação, os bens públicos podem ser de três tipos: de uso comum do povo, de uso especial e dominicais ou dominiais.
Bens de uso comum do povo: são aqueles abertos a utilização universal, por toda a população, como os logradouros públicos, praças, mares, ruas, florestas, meio ambiente etc. Vide art. 99, I, CC. Os bens de uso comum do povo, enquanto mantiverem essa qualidade, não podem ser alienados ou onerados (art. 100, CC). Somente após o processo de desafetação, sendo transformados em dominicais, poderiam ser alienados.
Assim, tais bens fazem parte do patrimônio público indisponível.
Os bens de uso comum do povo admitem utilização gratuita ou remunerada, conforme for estabelecido legalmente pela entidade cuja administração pertencerem (art. 103, CC).
Bens de uso especial: também chamados de BENS DE PATRIMÔNIO ADMINISTRATIVO são aqueles afetados a uma destinação específica. Fazem parte do aparelhamento administrativo sendo considerados instrumentos para execução de serviços públicos. 
São exemplos de bens de uso especial os edifícios de repartições públicas, marcados municipais, cemitérios públicos, veículos da Administração, matadouros etc.
Assim como os bens de uso comum, os bens de uso especial, enquanto mantiverem essa qualidade, não podem ser alienados ou onerados (art. 100, CC), compondo o denominado patrimônio público indisponível.
A alienação de tais bens somente será possível com sua transformação, via desafetação, em bens dominicais.
Bens dominicais: também chamados de bens de patrimônio público disponível ou bens do patrimônio fiscal, são todos aqueles sem utilidade específica, podendo ser “utilizados em qualquer fim ou, mesmo, alienados pela Administração, se assim o desejar”.
São exemplos de bens dominicais, ou dominiais, as terras devolutas, viaturas sucateadas, terrenos baldios, carteiras escolares danificas, dívida ativa etc.
A Administração pode, em relação aos bens dominicais, exercer poderes de proprietário, como gozar, usar e dispor. Diz-se que os bens dominicais são aqueles que o Poder Público utiliza como dele se utilizariam s particulares. É nesse sentido que o art. 99, III, CC define tais bens como aqueles que “constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades ”.
Assim, os bens dominicais podem ser alienados, nos termos do disposto na legislação, por meio de compra e venda, doação, permuta, dação (instituto de direito privado), investidura e legitimação da posse (institutos de direito público). A doação, a permuta, a dação em pagamento, a investidura e a venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública dispensam a realização de licitação.
Os bens de uso especial e os de uso comum do povo estão afetados à proteção dos interesses da coletividade, vale dizer, do interesse público primário.
Pelo contrário, os bens dominicais estão vinculados ao interesse patrimonial do Estado, que é o interesse público secundário.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA – ART. 22, I, CF.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I – direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
CARACTERÍSCAS/ ATRIBUTOS/ CONDICIONANTES/ REGIME JURÍDICO
ALIENABILIDADE – Relativa (regra) – Significa que os bens públicos não podem ser vendidos livremente.
 Absoluta (art. 225, §5°, CF) – “São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais”.
Os bens de uso comum e especial, em regra, não são alienáveis, exceto se houver uma qualificação na forma que a lei determinar. São possíveis de conversão, por meio de desafetação.
IMPRESCRITIBILIDADE – art. 183, §3°, 191, Parágrafo Único, CF.
Art. 183, §3° - “Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”
Art. 191, Parágrafo Único – “Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”
O não uso do bem, não acarreta a sua perda, ou seja, não podem ser usucapidos.
Segundo a corrente majoritária, a imprescritibilidade é atributo de todas as espécies de bens públicos, incluindo os dominicais. A exceção a essa regra vem prevista no art. 2° da Lei n. 6.969/81que admite usucapião especial sobre terras devolutas localizadas na área rural.
ABSOLUTA – Súmula STF, 340: “Desde a vigência do Código Civil os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. 
IMPENHORABILIDADE – art. 100, CF – ABSOLUTA
Decorre do fato de que os bens públicos não podem ser objeto de constrição judicial. Os bens públicos não podem ser penhorados.
NÃO ONERAÇÃO– Não são todos doutrinadores que adotam
Reafirma que nenhum ônus real pode recair sobre os bens públicos.
USO DE BENS PÚBLICOS
USO COMUM OU NORMAL: é aquele aberto à coletividade, sem necessidade de autorização estatal. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso (ART. 103, CC).
USO ESPECIAL: utilização submetida a regras específicas e consentimento estatal. Pode ser gratuito ou oneroso. Exemplo: utilização de rodovia pedagiada.
AUTORIZAÇÃO DE USO: ato administrativo unilateral e de caráter precário (significa que a qualquer tempo pode acabar, a qualquer tempo o Estado pode retirar a autorização) e discricionário. 
PERMISSÃO DE USO: ato administrativo unilateral e de caráter precário e discricionário.
CONCESSÃO DE USO: é um contrato, não é precário e tem um tempo estabelecido.

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