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60015ResumoAula3 P1DPenal

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Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
1	
  
www.cursoenfase.com.br 
	
  
Sumário	
  
1.	
   Teoria	
  do	
  Crime	
  –	
  Noções	
  Gerais ........................................................................... 2	
  
1.1.	
   Conceito	
  de	
  Injusto.......................................................................................... 5	
  
1.1.1.	
   Injusto	
  –	
  tipicidade	
  e	
  ilicitude....................................................................... 5	
  
1.1.2.	
   Culpabilidade ................................................................................................ 6	
  
1.2.	
   Punibilidade ..................................................................................................... 7	
  
2.	
   Os	
  Sistemas	
  de	
  Teoria	
  do	
  Delito............................................................................. 8	
  
2.1.	
   Conceitos	
  Gerais	
  (elementos	
  descritivos	
  x	
  valorativos)................................... 8	
  
2.2.	
   Sistema	
  Clássico	
  -­‐	
  Liszt	
  e	
  Beling ....................................................................... 8	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
2	
  
www.cursoenfase.com.br 
Professora:	
  Ana	
  Paula	
  Viera	
  
	
  
	
  
1. Teoria	
  do	
  Crime	
  –	
  Noções	
  Gerais	
  
É	
  um	
  caminho	
  lógico	
  a	
  ser	
  trilhado	
  pelo	
  raciocínio	
  para	
  que	
  ao	
  final	
  se	
  possa	
  concluir	
  
se	
  no	
  caso	
  concreto	
  existiu	
  crime	
  ou	
  não.	
  
Exemplo1:	
   imagine-­‐se	
   um	
   registro	
   de	
   ocorrência	
   policial.	
   O	
   operador	
   do	
   direito	
   se	
  
debruçará	
   diante	
   dos	
   fatos	
   brutos,	
   raciocinando	
   sobre	
   eles	
   com	
   o	
   objetivo	
   de,	
   ao	
   final,	
  
concluir	
  se	
  houve	
  crime	
  ou	
  não.	
  
Esse	
  raciocínio	
  deve	
  ser	
  ordenado,	
  isto	
  é,	
  trata-­‐se	
  de	
  um	
  caminho	
  lógico	
  que,	
  porém,	
  
deve	
  obedecer	
  a	
  determinadas	
  etapas.	
  
Assim,	
  crime	
  é	
  uma	
  ação	
  humana	
  que	
  tenha	
  determinadas	
  qualidades	
  (típica,	
  ilícita	
  e	
  
culpável)	
  e	
  na	
  hora	
  de	
  examinar	
  os	
  fatos	
  brutos	
  deve-­‐se	
  seguir	
  certas	
  etapas	
  sob	
  pena	
  de,	
  
em	
  não	
  o	
  fazendo,	
  atingir	
  conclusões	
  equivocadas.	
  
Esquema1:	
  etapas	
  de	
  raciocínio.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Portanto,	
  num	
  caso	
  concreto,	
  a	
  primeira	
  etapa	
  lógica	
  a	
  ser	
  seguida	
  é	
  indagar	
  sobre	
  a	
  
existência	
   de	
   uma	
   ação	
   –	
   aqui	
   entendida	
   de	
   forma	
   genérica	
   como	
   uma	
   conduta	
  
(ação/omissão).	
  
Fundamental	
   neste	
   ponto	
   é	
   o	
   estudo	
   das	
   causas	
   de	
   exclusão	
   da	
   ação,	
   que	
   serão	
  
vistas	
  na	
  próxima	
  aula	
  do	
  curso	
  de	
  Direito	
  Penal	
  Parte	
  Geral	
  (sob	
  a	
  denominação	
  Teorias	
  da	
  
Ação).	
  
Uma	
  vez	
  detectada	
  a	
  existência	
  de	
  uma	
  ação	
  (conduta	
  humana),	
  deve-­‐se	
  começar	
  a	
  
averiguar	
   se	
   tal	
   ação	
   possui	
   características	
   que	
   a	
   transformam	
   em	
   conduta	
   delituosa.	
   A	
  
primeira	
  destas	
  características	
  é	
  a	
  tipicidade.	
  
Ação	
  
Tipicidade	
  
Ilicitude	
  
Culpabilidade	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
3	
  
www.cursoenfase.com.br 
Neste	
   segundo	
   degrau,	
   objetiva-­‐se	
   a	
   avaliação	
   de	
   todos	
   os	
   institutos	
   ligados	
   à	
  
tipicidade	
   objetiva	
   e	
   subjetiva:	
   dolo,	
   culpa,	
   omissão	
   propriamente	
   dita,	
   tentativa,	
   crime	
  
impossível,	
  etc.	
  
Depois	
  de	
  estudadas	
  as	
  Teorias	
  da	
  Ação,	
  o	
  curso	
  falará	
  sobre	
  todos	
  os	
  temas	
  ligados	
  
à	
   tipicidade	
   –	
   como	
   os	
   já	
   citados	
   e,	
   para	
   mencionar	
   outros:	
   relação	
   de	
   causalidade	
   e	
  
imputação.	
  
Importante	
   lembrar	
   que	
   um	
   degrau	
   prejudica	
   o	
   outro,	
   isto	
   é,	
   o	
   raciocínio,	
   por	
  
qualquer	
  motivo,	
  pode	
  chegar	
  à	
  conclusão	
  que	
  o	
  encerre	
  no	
  início	
  ou	
  no	
  meio	
  das	
  etapas:	
  se	
  
no	
  primeiro	
  degrau	
  conclui-­‐se	
  que	
  houve	
  uma	
  causa	
  de	
  exclusão	
  da	
  ação	
   (um	
  ato	
   reflexo,	
  
por	
  exemplo)	
  –	
  não	
  se	
  prosseguirá	
  ao	
  segundo	
  degrau.	
  O	
  pensamento	
  deverá	
  estacionar	
  na	
  
primeira	
  etapa.	
  
O	
   terceiro	
   degrau	
   tratará	
   da	
   ilicitude	
   e	
   suas	
   causas	
   de	
   exclusão	
   (legítima	
   defesa,	
  
estado	
  de	
  necessidade).	
  
Por	
  fim,	
  será	
  analisada	
  a	
  culpabilidade	
  e	
  suas	
  causas	
  de	
  exclusão	
  (agente	
  inimputável,	
  
consciente	
   da	
   ilicitude).	
   Só	
   se	
   chegará	
   ao	
   último	
   degrau	
   se	
   os	
   anteriores	
   estiverem	
  
completos	
  –	
  sem	
  que	
  se	
  tenha	
  encontrado	
  qualquer	
  obstáculo	
  neles.	
  
Em	
   muitos	
   países	
   os	
   manuais	
   de	
   Direito	
   Penal	
   se	
   iniciam	
   com	
   um	
   caso	
   concreto	
  
justamente	
  para	
  que	
  o	
  aluno	
  seja	
  treinado	
  nesta	
  forma	
  de	
  raciocínio.	
  
Depois	
   das	
   04	
   etapas	
   supracitadas,	
   deve-­‐se,	
   ainda,	
   estudar	
   se	
   o	
   efeito	
   do	
  
cometimento	
  do	
  crime	
  (a	
  punibilidade)	
  existe	
  realmente	
  para	
  o	
  caso	
  concreto	
  em	
  questão	
  
(causas	
  de	
  extinção	
  de	
  punibilidade:	
  prescrição,	
  anistia,	
  entre	
  outros).	
  
Esquema2:	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Neste	
  ponto,	
  o	
  objetivo	
  é	
  dar	
  uma	
  noção	
  geral	
  das	
  categorias	
  mencionadas	
  para	
  que,	
  
nas	
  aulas	
  específicas,	
  seja	
  possível	
  fazer	
  um	
  aprofundamento	
  sobre	
  cadauma	
  delas.	
  
• Conduta:	
  hoje	
  é	
  predominante	
  a	
  ideia	
  de	
  que	
  crime	
  é	
  uma	
  ação	
  humana	
  (conduta	
  –	
  
ação/omissão)	
  que	
  possua	
  determinadas	
  qualidades.	
  
Ação	
   Ilícita	
  
Típica	
  
Culpável	
  
Consequência	
  
Punibilidade	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
4	
  
www.cursoenfase.com.br 
O	
   substantivo	
   é	
   a	
   conduta	
   humana	
   e,	
   para	
   se	
   qualificar	
   como	
   criminosa,	
   deve	
   ter	
  
algumas	
   características	
   (qualidades).	
  Assim,	
   a	
   conduta	
   deverá	
   ser	
   típica,	
   ilícita	
   e	
   culpável	
  
para	
  que	
  possa	
  ser	
  enquadrada	
  como	
  criminosa.	
  
Necessáro	
   compreender	
   que	
   as	
   ideias	
   a	
   seguir	
   refletem	
   noções	
   cristalizadas	
   de	
  
conceitos	
   que	
   evoluíram	
   ao	
   longo	
   do	
   tempo.	
   Portanto,	
   a	
   visão	
   que	
   se	
   terá	
   a	
   seguir	
   é	
   a	
  
predominante	
  atualmente.	
  
• Tipicidade:	
   a	
   tipicidade	
   hoje	
   é	
   vista	
   como	
   uma	
   categoria	
   do	
   delito	
   que	
   serve	
   ao	
  
Princípio	
  da	
  Legalidade.	
  O	
  legislador,	
  através	
  dos	
  tipos	
  penais,	
  descreve	
  as	
  condutas	
  
proibidas.	
  
A	
  adequação	
  da	
  conduta	
  ao	
  tipo	
  é	
  a	
  tipicidade.	
  
Em	
  outras	
  palavras:	
  a	
  tipicidade	
  é	
  a	
  relação	
  de	
  adequação	
  entre	
  a	
  conduta	
  humana	
  
concreta	
  e	
  o	
  tipo	
  penal	
  abstrato.	
  Sua	
  principal	
  função	
  é	
  operacionalizar	
  no	
  Direito	
  Penal	
  o	
  
Princípio	
  da	
  Legalidade	
  –	
  a	
  tipicidade	
  serve	
  de	
  ferramenta	
  à	
  legalidade.	
  
É	
  dizer:	
  o	
  Direito	
  Penal	
  obedece	
  ao	
  Princípio	
  da	
  Legalidade	
  através	
  da	
  existência	
  dos	
  
tipos	
  penais	
  (descrição	
  legal	
  das	
  condutas	
  proibidas).	
  
Esta	
  noção	
  simples	
  de	
  tipicidade	
  foi	
  evoluindo	
  de	
  modo	
  a	
  se	
  tornar	
  mais	
  sofisticada.	
  
Hoje,	
   dentro	
   do	
   juízo	
   de	
   tipicidade,	
   são	
   agregadas	
   valorações	
  mais	
   complexas,	
   tais	
   como	
  
aquelas	
   da	
   Teoria	
   da	
   Imputação	
   objetiva	
   (tema	
   a	
   ser	
   estudado	
  mais	
   adiante	
   no	
   presente	
  
curso).	
  
A	
   noção	
   simplória	
   de	
   tipicidade	
   formal,	
   na	
   qual	
   se	
   fazia	
   uma	
   adequação	
   pura	
   e	
  
simplesmente	
  fazendo	
  um	
  silogismo,	
  não	
  existe	
  mais.	
   Isto	
  é,	
  não	
  encontra	
  mais	
  guarida	
  na	
  
doutrina	
  ou	
  jurisprudência.	
  
Atualmente,	
   o	
   juízo	
   de	
   adequação	
   é	
   um	
   juízo	
   valorativo	
   mais	
   complexo.	
   Não	
  
obstante,	
  a	
  noção	
  supramencionada	
  (segundo	
  a	
  qual	
  a	
  função	
  primordial	
  da	
  tipicidade	
  é	
  a	
  de	
  
servir	
  ao	
  Princípio	
  da	
  Legalidade)	
  segue	
  sendo	
  verdadeira.	
  
• Ilicitude:	
  neste	
  terceiro	
  degrau	
  estuda-­‐se,	
  principalmente,	
  as	
  causas	
  de	
  exclusão	
  da	
  
ilicitude.	
  
 Cabe	
   fazer	
   as	
   seguintes	
   perguntas:	
   qual	
   é	
   o	
   conteúdo	
   da	
   ilicitude?	
   Qual	
  
característica/elemento	
  é	
  comum	
  a	
  todas	
  as	
  causas	
  de	
  exclusão	
  de	
  ilicitude?	
  
Ao	
   lidar	
   com	
   a	
   ilicitude	
   o	
   operador	
   do	
   direito	
   analisa	
   um	
   possível	
   conflito	
   de	
  
interesses	
  que	
  colidem	
  tendo	
  como	
  resultado	
  a	
  prevalência	
  de	
  um	
  deles	
  (maior	
  importância	
  
de	
  um	
  deles	
  dada	
  pelo	
  ordenamento	
  jurídico).	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
5	
  
www.cursoenfase.com.br 
Exemplo2:	
  estado	
  de	
  necessidade	
  –	
  situação	
  de	
  perigo	
  que	
  colocará	
  em	
  conflito	
  dois	
  
interesses	
  e,	
  dentre	
  eles,	
  o	
  Estado	
  dará	
  preferência	
  ao	
  mais	
  valioso.	
  A	
  vida	
  prevalece	
  diante	
  
do	
  patrimônio:	
  destruir	
  a	
  cerca	
  do	
  vizinho	
  para	
  poder	
  fugir	
  de	
  um	
  incêndio.	
  
Em	
  todas	
  as	
  causas	
  de	
  exclusão	
  da	
  ilicitude,	
  portanto,	
  há	
  interesses	
  que	
  colidem	
  e	
  a	
  
preferência	
   dada	
   pelo	
   ordenamento	
   jurídico	
   a	
   um	
   deles.	
   Este	
   é	
   o	
   núcleo	
   do	
   estudo	
   na	
  
ilicitude.	
  
	
  
1.1. Conceito	
  de	
  Injusto	
  
Na	
  teoria	
  encontram-­‐se	
  as	
  noções	
  abstratas	
  de	
  conduta,	
  tipicidade,	
  ilicitude	
  e	
  o	
  que	
  
se	
   espera	
   de	
   cada	
   uma	
   delas.	
   Todavia,	
   se	
   no	
   caso	
   concreto	
   for	
   identificada	
   uma	
   ação	
  
concreta	
  típica	
  e	
  ilícita,	
  se	
  estará	
  diante	
  de	
  um	
  injusto.	
  
Injusto,	
  portanto,	
  é	
  uma	
  ação	
  concreta	
  que	
  possui	
  as	
  duas	
  características:	
  é	
  típica	
  e	
  
ilícita.	
  
Exemplo:	
  A	
  matou	
  B	
  =	
  ação	
  concreta.	
  
	
  
1.1.1. Injusto	
  –	
  tipicidade	
  e	
  ilicitude	
  
Nesta	
  primeira	
  fase	
  do	
  estudo	
  da	
  tipicidade	
  e	
   ilicitude,	
  quando	
  se	
  fala	
  do	
   injusto,	
  o	
  
enfoque	
   da	
   análise	
   é	
   o	
   fato.	
   Tanto	
   na	
   tipicidade	
   quanto	
   na	
   ilicitude	
   tudo	
   aquilo	
   que	
   for	
  
analisado	
  deve	
  estar	
  relacionado	
  ao	
  fato.	
  
Assim,	
   tanto	
   no	
   exame	
   da	
   ilicitude	
   quanto	
   no	
   da	
   tipicidade,	
   muito	
   embora	
   sob	
  
prismas	
   diferentes,	
   os	
   dois	
   elementos	
   centrais	
   do	
   fato	
   serão:	
   o	
   desvalor	
   da	
   ação	
   e	
   o	
  
desvalor	
  do	
  resultado.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
O	
  desvalor	
  da	
  ação	
  é	
  uma	
  valoração	
  feita,	
  em	
  regra,	
  negativamente	
  sobre	
  a	
  forma	
  de	
  
realização	
   da	
   conduta	
   e	
   as	
   intenções.	
   Tudo	
   que	
   diz	
   respeito	
   à	
   ação:	
   a	
   forma	
   como	
   foi	
  
Injusto	
  
Ação	
  típica,	
  ilícita	
  e	
  culpável	
  
FATO	
  
Desvalor	
  da	
  Ação	
  
Desvalor	
  do	
  Resultado	
  
	
  
(Fato)	
  
Injusto	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aulaministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
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realizada,	
   os	
   meios	
   empregados	
   e	
   intenções	
   –	
   isto	
   é,	
   todos	
   os	
   aspectos	
   objetivos	
   e	
  
subjetivos	
  da	
  ação.	
  
O	
  desvalor	
  da	
  ação	
  é	
  estudado	
  tanto	
  na	
  tipicidade	
  quanto	
  na	
  ilicitude.	
  
Também	
  em	
  ambas	
  se	
  estuda	
  o	
  desvalor	
  do	
  resultado	
  –	
  a	
  lesão	
  ao	
  bem	
  jurídico	
  e	
  sua	
  
intensidade	
  será	
  vista	
  pelos	
  dois	
  prismas.	
  
Repise-­‐se:	
   nos	
   primeiros	
   três	
   degraus	
   (ação,	
   ilicitude	
   e	
   tipicidade),	
   o	
   enfoque	
   de	
  
estudo	
  será	
  o	
  fato	
  como	
  ação	
  realizada	
  e	
  todas	
  as	
  suas	
  características	
  subjetivas	
  e	
  objetivas	
  
(chamadas	
  de	
  desvalor	
  da	
  ação)	
  e	
  o	
  resultado	
  produzido	
  (a	
  lesão	
  ao	
  bem	
  jurídico).	
  
Assim,	
   o	
   desvalor	
   da	
   ação	
   e	
   o	
   desvalor	
   do	
   resultado	
   serão	
   a	
   preocupação	
   do	
  
operador	
  do	
  direito	
  no	
  estudo	
  da	
  tipicidade	
  e	
  da	
  ilicitude.	
  
Na	
  tipicidade,	
  este	
  estudo	
  se	
  materializa	
  na	
  questão	
  do	
  dolo,	
  culpa	
  (que	
  é	
  forma	
  de	
  
realização	
   da	
   conduta,	
   e	
   não	
   intenção),	
   resultado	
   (consumado/tentativa),	
   relação	
   de	
  
causalidade,	
  imputação,	
  etc.	
  
Na	
  ilicitude	
  o	
  estudo	
  tem	
  por	
  base	
  o	
  conflito	
  de	
  interesses	
  com	
  atenção	
  à	
  forma	
  de	
  
realização	
  da	
  conduta,	
  as	
   intenções	
  do	
  agente	
  (desvalor	
  da	
  ação),	
  e	
  qual	
  dos	
   interesse	
  em	
  
conflito	
  é	
  mais	
  valioso	
  –	
  de	
  modo	
  que	
  se	
  possa	
  aferir	
  se	
  a	
  lesão	
  ao	
  interesse	
  menos	
  valioso	
  é	
  
admissível	
  (desvalor	
  da	
  conduta),	
  etc.	
  
Exemplo1:	
   intenção	
   -­‐	
   se	
   em	
   determinada	
   situação	
   não	
   se	
   teve	
   a	
   intenção	
   de	
   se	
  
defender	
  ou	
  não	
  se	
  sabia	
  que	
  estava	
  se	
  defendendo,	
  a	
  legítima	
  defesa	
  não	
  se	
  sustenta.	
  
Portanto,	
  desvalor	
  da	
  ação	
  e	
  desvalor	
  do	
  resultado	
  são	
  os	
  temas	
  a	
  serem	
  discutidos	
  
sob	
  enfoques	
  diferentes	
  tanto	
  na	
  tipicidade	
  quanto	
  na	
  ilicitude.	
  
	
  
1.1.2. Culpabilidade	
  
O	
  quadro	
  acima	
  pintado	
  se	
  altera	
  quando	
  o	
  tema	
  é	
  culpabilidade.	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Injusto	
  
Ação	
  típica	
  e	
  ilícita	
  
FATO	
  
Desvalor	
  da	
  Ação	
  
Desvalor	
  do	
  Resultado	
  
	
  
Culpabilidade	
  
Agente	
  
Juízo	
  de	
  Reprovação	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
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Neste	
  último	
  degrau	
  que	
  é	
  a	
  culpabilidade	
  o	
  operador	
  do	
  direito	
  deverá	
  se	
  ocupar	
  do	
  
agente.	
  Pergunta-­‐se:	
  
 Será	
  que	
  o	
  sujeito	
  que	
  praticou	
  a	
  ação	
  típica	
  e	
  ilícita	
  teve	
  a	
  intenção	
  de	
  fazê-­‐lo?	
  
Neste	
   ponto	
   da	
   apreciação	
   já	
   se	
   analisou	
  o	
   desvalor	
   do	
   resultado	
   (a	
   lesão	
   ao	
   bem	
  
jurídico	
  efetivamente	
  ocorreu),	
  e	
  da	
  conduta	
  (o	
  sujeito	
  agiu	
  com	
  dolo,	
  por	
  exemplo).	
  
 Falta	
   perguntar	
   se,	
   por	
   exemplo,	
   o	
   agente	
   em	
   questão	
   era	
   portador	
   de	
   alguma	
  
doença	
   mental	
   –	
   o	
   incapacitando	
   de	
   compreender	
   o	
   que	
   fazia;	
   tinha	
   o	
   agente	
  
compreensão	
  da	
  ilicitude?	
  Houve	
  alguma	
  coação	
  irresistível?	
  
Portanto,	
  o	
  conteúdo	
  da	
  culpabilidade	
  envolve	
  a	
  análise	
  de	
  todos	
  os	
  elementos	
  e	
  
características	
  do	
  próprio	
  agente.	
  
Exemplo1:	
   é	
   por	
   isso	
   que	
   a	
   inimputabilidade	
   (característica	
   do	
   agente)	
   exclui	
   a	
  
culpabilidade,	
  e	
  não	
  a	
  ilicitude.	
  
Mais	
   adiante	
   neste	
   curso,	
   será	
   analisada	
   a	
   visão	
   da	
   culpabilidade	
   hoje	
   no	
   Direito	
  
Brasileiro,	
  a	
  partir	
  do	
  funcionalismo.	
  
Contudo,	
  ainda	
  é	
  correto	
  dizer	
  que	
  na	
  culpabilidade	
  se	
  faz	
  um	
  juízo	
  de	
  reprovação	
  ao	
  
agente	
   por	
   ter	
   cometido	
   o	
   fato	
   típico	
   e	
   ilícito.	
   No	
  momento	
   em	
   que	
   se	
   faz	
   este	
   juízo	
   de	
  
reprovação	
  não	
  mais	
  se	
  considera	
  o	
  fato	
  (cujo	
  estudo	
  já	
  foi	
  exaurido	
  no	
  injusto),	
  mas	
  sim	
  as	
  
características	
  do	
  agente.	
  
	
  
1.2. Punibilidade	
  
Uma	
  vez	
  detectada	
  uma	
  ação	
  típica,	
  ilícita	
  e	
  culpável,	
  deve-­‐se	
  concluir	
  pela	
  existência	
  
de	
  crime.	
  Em	
  se	
  concluindo	
  pela	
  existência	
  de	
  crime	
  haverá,	
  regra	
  geral,	
  a	
  punibilidade.	
  
A	
   punibilidade	
   é	
   a	
   consequência	
   da	
   existência	
   de	
   um	
   crime,	
   e	
   não	
   elemento	
   do	
  
crime.	
  
Há	
  muitas	
  causas	
  de	
  extinção	
  de	
  punibilidade.	
  Tais	
  causas	
  têm	
  como	
  razão	
  de	
  existir	
  
principalmente	
   motivos	
   de	
   política	
   criminal.	
   Isto	
   é,	
   não	
   estão	
   relacionadas	
   ao	
   fato	
  
especificamente	
  nem	
  a	
  características	
  do	
  agente.	
  
Exemplo1:	
  prescrição.	
  
São	
   questões	
   baseadas	
   em	
   juízo	
   de	
   convêniencia	
   que	
   emerge	
   a	
   partir	
   de	
   uma	
  
determinada	
  política	
  criminal.	
  
Observação1:	
   cabe	
  mencionar	
   que,	
   numa	
   visão	
  minoritária,	
   o	
   autor	
  Munoz	
   Conde	
  
enquadra	
  a	
  punibilidade	
  como	
  elemento	
  do	
  crime.	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
   professor	
   em	
   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
   estudo	
   em	
   livros	
  
doutrinários	
  e	
  na	
  jurisprudência	
  dos	
  Tribunais.	
  
	
  
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2. Os	
  Sistemas	
  de	
  Teoria	
  do	
  Delito	
  
Dentre	
   os	
   sistemas	
   mais	
   importantes	
   pode-­‐se	
   citar:	
   o	
   clássico;	
   o	
   neoclássico;	
   o	
  
finalista;	
  e	
  o	
  funcionalismo.	
  
	
  
2.1. Conceitos	
  Gerais	
  (elementos	
  descritivos	
  xvalorativos)	
  
No	
   Direito	
   Penal,	
   os	
   conceitos	
   com	
   os	
   quais	
   se	
   trabalha	
   podem	
   ser	
   descritivos	
   ou	
  
valorativos	
  (e	
  também	
  o	
  podem	
  ser	
  os	
  elementos	
  da	
  teoria	
  do	
  delito).	
  
Um	
  conceito	
  descritivo	
  é	
  aquele	
  que	
  o	
  ser	
  humano	
  pode	
  apreender	
  através	
  de	
  seus	
  
sentidos.	
  Sua	
  existência	
  pode	
  ser	
  verificada	
  pelos	
  sentidos:	
  visão,	
  tato,	
  etc.	
  
Exemplo1:	
  uma	
  caneta	
  pode	
  ser	
  apreendida,	
  ter	
  sua	
  existência	
  verificada,	
  pelo	
  toque,	
  
pela	
  visão.	
  
Outros	
  muitos	
   conceitos	
   são	
   valorativos,	
   é	
   dizer:	
   somente	
   podem	
   ser	
   apreendidos	
  
pelo	
  ser	
  humano	
  através	
  de	
  um	
  juízo	
  de	
  valor.	
  
Exemplo2:	
  um	
  ato	
  obsceno	
  –	
  o	
  que	
  é	
  um	
  ato	
  obceno?	
  O	
  que	
  pode	
  ofender	
  ou	
  não	
  a	
  
moral	
  média	
  da	
  sociedade?	
  Uma	
  mulher	
  com	
  os	
  seios	
  de	
  fora?	
  Ou	
  um	
  homem	
  fazendo	
  xixi	
  
numa	
  via	
  pública?	
  
Observação2:	
  nenhum	
  elemento	
  é	
  100%	
  descritivo;	
  na	
  verdade,	
  todos	
  os	
  elementos	
  
possuem	
  uma	
  carga	
  valorativa,	
  nem	
  que	
  seja	
  pequena.	
  Alguma	
  valoração	
  sempre	
  existirá.	
  O	
  
que	
   existe	
   são	
   elementos	
   predominantemente	
   descritivos	
   e	
   outros	
   predominantemente	
  
valorativos.	
  
	
  
2.2. Sistema	
  Clássico	
  -­‐	
  Liszt	
  e	
  Beling	
  
Foi	
   o	
   sistema	
  predominante	
  na	
  primeira	
   parte	
   do	
   séc.	
   XIX	
   e	
   foi	
  muito	
   influenciado	
  
pelo	
  naturalismo,	
  filosofia	
  predominante	
  na	
  época.	
  
Observação1:	
   cabe	
   mencionar	
   que	
   todos	
   os	
   sistemas	
   a	
   seguir	
   estudados	
   foram	
  
fortemente	
  influenciados	
  pela	
  corrente	
  filosófica	
  predominante	
  na	
  época	
  em	
  que	
  surgiram.	
  
No	
  caso	
  do	
  Sistema	
  Clássico,	
  a	
  influência	
  filosófica	
  foi	
  naturalismo.	
  
Na	
   primeira	
   parte	
   do	
   séc.	
   XIX	
   predominava	
   a	
   ideia	
   de	
   prevalência	
   das	
   ciências	
  
naturais	
  sobre	
  as	
  humanas.	
  A	
  verdadeira	
  ciência	
  era	
  aquela	
  ligada	
  aos	
  fenômenos	
  naturais,	
  
pois	
   o	
   método	
   das	
   ciências	
   naturais	
   é	
   compatível	
   com	
   a	
   ideia	
   de	
   verificação	
   empírica	
   e	
  
experimentações	
  –	
  entendido	
  como	
  único	
  método	
  capaz	
  de	
  alcançar	
  a	
  verdade	
  científica.	
  
Direito	
  Penal	
  –	
  Parte	
  Geral	
  
O	
  presente	
  material	
  constitui	
  resumo	
  elaborado	
  por	
  equipe	
  de	
  monitores	
  a	
  partir	
  da	
  aula	
  
ministrada	
   pelo	
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   sala.	
   Recomenda-­‐se	
   a	
   complementação	
   do	
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As	
  ciências	
  humanas	
  estariam	
  relegadas	
  a	
  lidar	
  com	
  valores	
  –	
  valorações	
  subjetivas	
  e,	
  
portanto,	
  inseguras.	
  
Esta	
   concepção	
   impregnou	
   o	
   Direito	
   Penal	
   da	
   época.	
   Pretendeu-­‐se	
   oferecer	
   ao	
  
Direito	
  Penal	
  a	
  mesma	
  segurança	
  das	
  ciências	
  naturais,	
  trazendo	
  um	
  método	
  classificatório	
  
e	
  objetivo	
  (e	
  formalista).	
  
O	
   resultado	
   disso	
   foi	
   a	
   produção	
   de	
   um	
   Sistema	
   de	
   Teoria	
   do	
   Delito	
   avesso	
   às	
  
valorações.	
   A	
   ideia	
   era,	
   dentro	
   do	
   possível,	
   evitar	
   elementos	
   valorativos	
   que	
   trazem	
   uma	
  
carga	
  de	
  subjetividade	
  e,	
  ao	
  contrário,	
  utilizar	
  ao	
  máximo	
  elementos	
  descritivos.	
  
Acreditava-­‐se	
   que	
   os	
   elementos	
   valorativos,	
   com	
   sua	
   inerente	
   subjetividade,	
  
trariam	
  consigo	
  o	
  risco	
  da	
  insegurança	
  jurídica,	
  já	
  que	
  as	
  verdadeiras	
  ciências	
  eram	
  apenas	
  
as	
  naturais.	
  
Por	
  isso,	
  o	
  Sistema	
  Clássico	
  caracterizou-­‐se	
  por	
  separar	
  dentro	
  do	
  conceito	
  de	
  injusto	
  
tudo	
   aquilo	
   que	
   se	
   enquadraria	
   como	
   elemento	
   objetivo	
   e,	
   por	
   outro	
   lado,	
   dentro	
   da	
  
culpabilidade	
  todos	
  os	
  elementos	
  enquadrados	
  como	
  subjetivos:	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Assim,	
  a	
  culpabilidade	
  é	
  aqui	
  definida	
  como	
  o	
  vínculo	
  subjetivo	
  entre	
  o	
  agente	
  e	
  o	
  
resultado.	
  
Injusto	
  
Objetivo	
   Subjetivo	
  (pressuposto:	
  
imputabilidade)	
  
Culpabilidade	
  
Ação	
  
Relação	
  de	
  Causalidade	
  
Resultado	
  
Dolo	
  
Culpa

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