Buscar

Expert em Enfermagem - 21 Legislação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONSTITUIÇÃO FEDERAL (Excertos)
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte 
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos 
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a 
igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e 
sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e 
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção 
de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
  Publicada no Diário Oficial da União nº 191-A, de 5 de outubro de 1988.
........................................................................................................................................
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
........................................................................................................................................
Capítulo II
Dos Direitos Sociais
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assis-
tência aos desamparados, na forma desta Constituição.
  Artigo com a redação dada pela EC no 64, de 4-2-2010.
........................................................................................................................................
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
........................................................................................................................................
Capítulo II
Da União
........................................................................................................................................
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
nicípios:
........................................................................................................................................
II — cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas por-
tadoras de deficiência;
........................................................................................................................................
Legislação
709
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 709 10/09/10 17:06
710
Capítulo IV
Dos Municípios
........................................................................................................................................
Art. 30. Compete aos Municípios:
........................................................................................................................................
VII — prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de 
atendimento à saúde da população;
........................................................................................................................................
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
........................................................................................................................................
Capítulo II
Da Seguridade Social
........................................................................................................................................
Seção II
Da Saúde
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder 
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por 
pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierar-
quizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I — descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II — atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais;
III — participação da comunidade.
§ 1º O sistema único de saúde será financiado, nos termos do artigo 195, com recursos 
do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, além de outras fontes. 
  Parágrafo único transformado em § 1º pela EC nº 29, de 13-9-2000.
§ 2º União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em 
ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de per-
centuais calculados sobre:
I — no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º;
II — no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a 
que se refere o artigo 155 e dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, inciso I, alínea 
a e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 710 10/09/10 17:06
711
Legislação
III — no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos im-
postos a que se refere o artigo 156 e dos recursos de que tratam os artigos 158 e 159, 
inciso I, alínea b e § 3º.
§ 3º Lei Complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabe-
lecerá:
I — os percentuais de que trata o § 2º;
II — os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus res-
pectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;
III — as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas 
esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV — as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União.
  §§ 2º e 3º acrescidos pela EC nº 29, de 13-9-2000.
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comu-
nitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo 
público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos 
específicos para sua atuação.
  § 4o acrescido pela EC no 51, de 14-2-2006.
§ 5o Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as 
diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente co-
munitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos 
da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
  § 5o com a redação dada pela EC no 63, de 4-2-2010.
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Consti-
tuição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário 
de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de 
descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.
  § 6o acrescido pela EC no 51, de 14-2-2006.
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema 
único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou con-
vênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às ins-
tituições privadas com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros 
na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporásobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de ór-
gãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, 
bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo 
vedado todo tipo de comercialização.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 711 10/09/10 17:06
712
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos 
da lei:
I — controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a 
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, 
hemoderivados e outros insumos;
II — executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde 
do trabalhador;
III — ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV — participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento 
básico;
V — incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI — fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricio-
nal, bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII — participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização 
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII — colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Seção III
Da Previdência Social
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
  Caput com a redação dada pela EC nº 20, de 15-12-1998.
........................................................................................................................................
II — proteção à maternidade, especialmente à gestante;
  Inciso II com a redação dada pela EC nº 20, de 15-12-1998.
........................................................................................................................................
Brasília, 5 de outubro de 1988.
Ulysses Guimarães 
Presidente
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (Excertos)
DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º-5-1943
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
  Publicado no DOU de 9-8-1943.
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da 
Constituição, decreta:
Art. 1º Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este Decreto-Lei 
acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação vigente.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 712 10/09/10 17:06
713
Legislação
Parágrafo único. Continuam em vigor as disposições legais transitórias ou de emer-
gência, bem como as que não tenham aplicação em todo o território nacional.
Art. 2º O presente Decreto-Lei entrará em vigor em 10 de novembro de 1943.
Rio de Janeiro, 1º de maio de 1943; 
122º da Independência e 
55º da República.
Getúlio Vargas
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
........................................................................................................................................
TÍTULO II
DAS NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO
........................................................................................................................................
Capítulo II
Da Duração do Trabalho
........................................................................................................................................
Seção III
Dos Períodos de Descanso
Art. 66. Entre duas jornadas de trabalho haverá um período mínimo de onze horas 
consecutivas para descanso.
........................................................................................................................................
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de seis horas, é obrigató-
ria a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, 
de uma hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá 
exceder de duas horas.
........................................................................................................................................
Seção IV
Do Trabalho Noturno
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno 
terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um 
acréscimo de vinte por cento, pelo menos, sobre a hora diurna.
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de cinqüenta e dois minutos e 
trinta segundos. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 
vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte.
§ 3º O acréscimo a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que 
não mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito 
tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. 
Em relação às empresas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas ativida-
des, o aumento será calculado sobre o salário mínimo, não sendo devido quando 
exceder desse limite, já acrescido da percentagem.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 713 10/09/10 17:06
714
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e notur-
nos, aplica-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos. 
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste Capítulo.
  Art. 73 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 9.666, de 28-8-1946.
........................................................................................................................................
Capítulo IV
Das Férias Anuais
Seção I
Do Direito a Férias e da sua Duração
Art. 129. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, 
sem prejuízo da remuneração.
  Artigo com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 130. Após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o 
empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I — trinta dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de cinco vezes;
II — vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de seis a quatorze faltas;
III — dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a vinte e três faltas;
IV — doze dias corridos, quando houver tido de vinte e quatro a trinta e duas faltas.
§ 1º É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de 
serviço.
  Art. 130 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de doze 
meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na se-
guinte proporção:
I — dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e duas horas, até 
vinte e cinco horas;
II — dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte horas, até 
vinte e duas horas;
III — quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a quinze horas, até 
vinte horas;
IV — doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez horas, até quinze 
horas; 
V — dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco horas, até dez 
horas;
VI — oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a cinco horas.
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial que tiver 
mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo terá o seu período de 
férias reduzido à metade.
  Art. 130-A acrescido pela MP nº 2.164-41, de 24-8-2001, que até o encerramento desta 
edição não havia sido convertida em lei.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 714 10/09/10 17:06715
Legislação
Art. 131. Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a 
ausência do empregado:
  Caput com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
I — nos casos referidos no artigo 473;
  Inciso I com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
II — durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou 
aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela 
Previdência Social;
  Inciso II com a redação dada pela Lei nº 8.921, de 25-7-1994.
III — por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional 
do Seguro Social — INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do artigo 133;
  Inciso III com a redação dada pela Lei nº 8.726, de 5-11-1993.
IV — justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o 
desconto do correspondente salário;
V — durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de 
prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e
VI — nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do artigo 133.
  Incisos IV a VI com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 132. O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço 
militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao 
estabelecimento dentro de noventa dias da data em que se verificar a respectiva baixa.
  Artigo com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
  Caput com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
I — deixar o emprego e não for readmitido dentro dos sessenta dias subseqüentes à 
sua saída;
II — permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de trinta 
dias;
III — deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de trinta dias em virtude 
de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
IV — tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de 
auxílio- doença por mais de seis meses, embora descontínuos.
  Incisos I a IV com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
§ 1º A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Traba-
lho e Previdência Social.
§ 2º Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o 
implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
  §§ 1º e 2º com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
§ 3º Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa comunicará ao órgão 
local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de quinze dias, as datas de 
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 715 10/09/10 17:06
716
início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, 
comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissio-
nal, bem como afixará avisos nos respectivos locais de trabalho.
  § 3º acrescido pela Lei nº 9.016, de 30-3-1995.
§ 4º VETADO. Lei nº 9.016, de 30-3-1995.
Seção II
Da Concessão e da Época das Férias
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 
doze meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 
§ 1º Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em dois períodos, um 
dos quais não poderá ser inferior a dez dias corridos.
§ 2º Aos menores de dezoito anos e aos maiores de cinqüenta anos de idade, as férias 
serão sempre concedidas de uma só vez.
  Art. 134 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 135. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com 
antecedência de, no mínimo, trinta dias. Dessa participação o interessado dará recibo.
  Caput com a redação dada pela Lei nº 7.414, de 9-12-1985.
§ 1º O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao em-
pregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a 
respectiva concessão.
§ 2º A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro 
dos empregados.
  §§ 1º e 2º com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses 
do empregador.
§ 1º Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou 
empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se 
disto não resultar prejuízo para o serviço.
§ 2º O empregado estudante, menor de dezoito anos, terá direito a fazer coincidir suas 
férias com as férias escolares.
  Art. 136 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o artigo 
134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.
§ 1º Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o 
empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época de 
gozo das mesmas.
§ 2º A sentença cominará pena diária de cinco por cento do salário mínimo, devida ao 
empregado até que seja cumprida.
§ 3º Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida ao órgão local do 
Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de caráter administrativo.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 716 10/09/10 17:06
717
Legislação
  Art. 137 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 138. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empre-
gador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regular-
mente mantido com aquele. 
  Artigo com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
........................................................................................................................................
Seção IV
Da Remuneração e do Abono de Férias
Art. 142. O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida 
na data da sua concessão.
§ 1º Quando o salário for pago por hora, com jornadas variáveis, apurar-se-á a média 
do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da concessão das férias. 
§ 2º Quando o salário for pago por tarefa, tomar-se-á por base a média da produção 
no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da remuneração da tarefa 
na data da concessão das férias.
§ 3º Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, apurar-se-á a mé-
dia percebida pelo empregado nos doze meses que precederem a concessão das férias.
§ 4º A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a anotação 
na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 5º Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou perigoso serão 
computados no salário que servirá de base ao cálculo da remuneração das férias.
§ 6º Se, no momento das férias, o empregado não estiver percebendo o mesmo adi-
cional do período aquisitivo, ou quando o valor deste não tiver sido uniforme, será 
computada a média duodecimal recebida naquele período, após a atualização das 
importâncias pagas, mediante incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais 
supervenientes.
  Art. 142 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
Art. 143. É facultado ao empregado converter um terço do período de férias a que tiver 
direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias 
correspondentes.
  Caput com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
§ 1º O abono de férias deverá ser requerido até quinze dias antes do término do pe-
ríodo aquisitivo.
§ 2º Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere este artigodeverá ser 
objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva 
categoria profissional, independendo de requerimento individual a concessão do abono.
  §§ 1º e 2º com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o regime de tempo 
parcial.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 717 10/09/10 17:06
718
  § 3º acrescido pela MP nº 2.164-41, de 24-8-2001, que até o encerramento desta 
edição não havia sido convertida em lei.
Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em 
virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de conven-
ção ou acordo coletivo, desde que não excedente de vinte dias de salário, não integra-
rão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho.
  Artigo com a redação dada pela Lei nº 9.528, de 10-12-1997.
Art. 145. O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido 
no artigo 143 serão efetuados até dois dias antes do início do respectivo período. 
Parágrafo único. O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início 
e do termo das férias.
  Art. 145 com a redação dada pelo Dec.-lei nº 1.535, de 13-4-1977.
........................................................................................................................................
Capítulo V
Da Segurança e da Medicina do Trabalho
  Capítulo V com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Seção I
Disposições Gerais
Art. 154. A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, 
não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à 
matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados 
ou Municípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daque-
las oriundas de convenções coletivas de trabalho.
  Artigo com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Art. 155. Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança 
e medicina do trabalho:
I — estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos precei-
tos deste Capítulo, especialmente os referidos no artigo 200;
II — coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades 
relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, 
inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;
III — conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das deci-
sões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho em matéria de segurança e 
medicina do trabalho.
  Art. 155 com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Art. 156. Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites 
de sua jurisdição:
I — promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do 
trabalho;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 718 10/09/10 17:06
719
Legislação
II — adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Ca-
pítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam 
necessárias;
III — impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste 
Capítulo, nos termos do artigo 201.
  Art. 156 com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Art. 157. Cabe às empresas:
I — cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II — instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a. 
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III — adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional compe-
tente;
IV — facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
  Art. 157 com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Art. 158. Cabe aos empregados:
I — observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções 
de que trata o item II do artigo anterior;
II — colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do 
artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
  Art. 158 com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Art. 159. Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão ser delega-
das a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou orien-
tação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.
  Artigo com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
........................................................................................................................................
Seção IV
Do Equipamento de Proteção Individual
Art. 166. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipa-
mento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação 
e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa 
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.
Art. 167. O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a 
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
  Arts. 166 e 167 com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 719 10/09/10 17:06
720
Seção V
Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
Art. 168. Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas condições 
estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem expedidas pelo 
Ministério do Trabalho:
I — na admissão;
II — na demissão;
III — periodicamente.
§ 1º O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que serão 
exigíveis exames:
a) por ocasião da demissão;
b) complementares.
§ 2º Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para 
apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a função que 
deva exercer.
§ 3º O Ministério do Trabalho estabelecerá, de acordo com o risco da atividade e o 
tempo de exposição, a periodicidade dos exames médicos.
§ 4º O empregador manterá, no estabelecimento, o material necessário à prestação de 
primeiros socorros médicos, de acordo com o risco da atividade.
§ 5º O resultado dos exames médicos, inclusive o exame complementar, será comuni-
cado ao trabalhador, observados os preceitos da ética médica.
  Art. 168 com a redação dada pela Lei nº 7.855, de 24-10-1989.
Art. 169. Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em 
virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de 
conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
  Artigo com a redação dada pela Lei nº 6.514, de 22-12-1977.
........................................................................................................................................
LEI Nº 2.604, DE 17 DE SETEMBRO DE 1955
Regula o exercício da enfermagem profissional 
  Publicada no DOU de 21-9-1955.
  Mantivemos a grafia original desta Lei, conforme publicação oficial.
O Presidente da República; 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: 
Art. 1º É livre o exercício de enfermagem em todo o território nacional, observadas as 
disposições da presente lei. 
Art. 2º Poderão exercer a enfermagem no país: 
1) Na qualidade de enfermeiro: 
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 720 10/09/10 17:06
721
Legislação
a) os possuidores de diploma expedido no Brasil, por escolasoficiais ou reconhecidas 
pelo Govêrno Federal, nos têrmos da Lei nº 775, de 6 agôsto de 1949; 
b) os diplomados por escolas estrangeiras reconhecidas pelas leis de seu país e que 
revalidaram seus diplomas de acôrdo com a legislação em vigor; 
c) os portadores de diploma de enfermeiros, expedidos pelas escolas e cursos de 
enfermagem das fôrças armadas nacionais e fôrças militarizadas, que estejam ha-
bilitados mediante aprovação, naquelas disciplinas, do currículo estalecido na Lei 
nº 775, de 6 de agôsto de 1949, que requererem o registro de diploma na Diretoria 
do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura. 
2) Na qualidade de obstetriz: 
a) os possuidores de diploma expedido no Brasil, por escolas de obstetrizes, oficiais 
ou reconhecidas pelo Govêrno Federal, nos têrmos da Lei nº 775, de 6 de agôsto 
de 1949; 
b) os diplomados por escolas de obstetrizes estrangeiras, reconhecidas pelas leis do país 
de origem e que revalidaram seus diplomas de acôrdo com a legislação em vigor. 
3) Na qualidade de auxiliar de enfermagem, os portadores de certificados de auxiliar de 
enfermagem, conferidos por escola oficial ou reconhecida, nos têrmos da Lei nº 775, 
de 6 de agôsto de 1949 e os diplomados pelas fôrças armadas nacionais e fôrças 
militarizada que não se acham incluídos na letra c do item I do art. 2º da presente lei. 
4) Na qualidade de parteira, os portadores de certificado de parteira, conferido por 
escola oficial ou reconhecida pelo Govêrno Federal, nos têrmos da Lei nº 775, de 6 
de agôsto de 1949. 
5) Na qualidade de enfermeiros práticos ou práticos de enfermagem: 
a) os enfermeiros práticos amparados pelo Decreto nº 23.774, de 11 de janeiro de 1934; 
b) as religiosas de comunidade amparadas pelo Decreto nº 22.257, de 26 de dezem-
bro de 1932; 
c) os portadores de certidão de inscrição, conferida após o exame de que trata o De-
creto nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946. 
6) Na qualidade de parteiras práticas, os portadores de certidão de inscrição conferida 
após o exame de que trata o Decreto nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946. 
Art. 3º São atribuições dos enfermeiros além do exercício de enfermagem. 
a) direção dos serviços de enfermagem nos estabelecimentos hospitalares e de saúde 
pública, de acôrdo com o art. 21 da Lei nº 775, de 6 de agôsto de 1949; 
b) participação do ensino em escolas de enfermagem e de auxiliar de enfermagem; 
c) direção de escolas de enfermagem e de auxiliar de enfermagem; 
d) participação nas bancas examinadoras de práticos de enfermagem. 
Art. 4º São atribuições das obstetrizes, além do exercício da enfermagem obstétrica; 
a) direção dos serviços de enfermagem obstétrica nos estabelecimentos hospitalares 
e de Saúde Pública especializados para a assistência obstétrica; 
b) participação no ensino em escolas de enfermagem obstétrica ou em escolas de 
parteiras; 
c) direção de escolas de parteiras; 
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 721 10/09/10 17:06
722
d) participação nas bancas examinadoras de parteiras práticas. 
Art. 5º São atribuições dos auxiliares de enfermagem, enfermeiros práticos de enfer-
magem, tôdas as atividades da profissão, excluídas as constantes nos itens do art. 3º, 
sempre sob orientação médica ou de enfermeiro. 
Art. 6º São atribuições das parteiras as demais atividades da enfermagem obstétrica 
não constantes dos itens do art. 4º. 
Art. 7º Só poderão exercer a enfermagem, em qualquer parte do território nacional, os 
profissionais cujos títulos tenham sido registrados ou inscritos no Departamento Na-
cional de Saúde ou na repartição sanitária correspondente nos Estados e Territórios. 
Art. 8º O Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio só expedirá carteira profissional 
aos portadores de diplomas, registros ou títulos de profissionais de enfermagem me-
diante a apresentação do registro dos mesmos no Departamento Nacional de Saúde 
ou na repartição sanitária correspondente nos Estados e Territórios. 
Art. 9º Ao Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina, órgão integrante do Departa-
mento Nacional de Saúde, cabe fiscalizar, em todo o território nacional, diretamente ou 
por intermédio das repartições sanitárias correspondentes nos Estados e Territórios, 
tudo que se relacione com o exercício da enfermagem. 
Art. 10. VETADO.
Art. 11. Dentro do prazo de 120 (cento e vinte) dias da publicação da presente lei, os 
hospitais, clínicas, sanatórios, casas de saúde, departamentos de saúde e institui-
ções congêneres deverão remeter ao Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina 
a relação pormenorizada dos profissionais de enfermagem, da qual conste idade, na-
cionalidade, preparo técnico, títulos de habilitação profissional, tempo de serviço de 
enfermagem e função que exercem. 
Art. 12. Todos os profissionais de enfermagem são obrigados a notificar, anualmente, 
à autoridade respectiva sua residência e sede de serviço onde exercem atividade. 
Art. 13. O prazo da vigência do Decreto nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, é fixado 
em 1 (um) ano, a partir da publicação da presente lei. 
Art. 14. Ficam expressamente revogadas os Decretos nos 23.774, de 22 de janeiro de 
1934, 22.257, de 26 de dezembro de 1932, e 20.109, de 15 de junho de 1931. 
Art. 15. Dentro em 120 (cento e vinte) dias da publicação da presente lei, o Poder 
Executivo baixará o respectivo regulamento. 
Art. 16. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições 
em contrário. 
Rio de Janeiro, 17 de setembro de 1955; 
134º da Independência e 
67º da República. 
João Café Filho 
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 722 10/09/10 17:06
723
Legislação
LEI Nº 5.905, DE 12 DE JULHO DE 1973 
Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e 
Regionais de Enfermagem e dá outras providências. 
  Publicada no DOU de 13-7-1973.
O Presidente da República, 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º São criados o Conselho Federal de Enfermagem — COFEN e os Conselhos 
Regionais de Enfermagem — COREN, constituindo em seu conjunto uma autarquia, 
vinculada ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
Art. 2º O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do 
exercício da profissão de enfermeiro e das demais profissões compreendidas nos ser-
viços de enfermagem. 
Art. 3º O Conselho Federal, ao qual ficam subordinados os Conselhos Regionais, terá 
jurisdição em todo o território nacional e sede na Capital da República. 
Art. 4º Haverá um Conselho Regional em cada Estado e Território, com sede na res-
pectiva capital, e no Distrito Federal. 
Parágrafo único. O Conselho Federal poderá, quando o número de profissionais ha-
bilitados na unidade da federação for inferior a cinqüenta, determinar a formação de 
regiões, compreendendo mais de uma unidade. 
Art. 5º O Conselho Federal terá nove membros efetivos e igual número de suplentes, 
de nacionalidade brasileira, e portadores de diploma de curso de enfermagem de nível 
superior.
Art. 6º Os membros do Conselho Federal e respectivos suplentes serão eleitos por 
maioria de votos, em escrutínio secreto, na Assembléia dos Delegados Regionais.
Art. 7º O Conselho Federal elegerá dentre seus membros, em sua primeira reunião, 
o Presidente, o Vice-Presidente, o Primeiro e o Segundo Secretários e o Primeiro e 
Segundo Tesoureiros.
Art. 8º Compete ao Conselho Federal:
I — aprovar seu regimento interno e os dos Conselhos Regionais;
II — instalar os Conselhos Regionais;
III — elaborar o Código de Deontologia de Enfermagem e alterá-lo, quando necessário, 
ouvidos os Conselhos Regionais;
IV — baixar provimentos e expedir instruções, para uniformidade de procedimento e 
bom funcionamento dos Conselhos Regionais;
V — dirimir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais;
VI —apreciar, em grau de recursos, as decisões dos Conselhos Regionais;
VII — instituir o modelo das carteiras profissionais de identidade e as insígnias da pro-
fissão;
VIII — homologar, suprir ou anular atos dos Conselhos Regionais;
IX — aprovar anualmente as contas e a proposta orçamentária da autarquia, remeten-
do-as aos órgãos competentes;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 723 10/09/10 17:06
724
X — promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional; 
XI — publicar relatórios anuais de seus trabalhos; 
XII — convocar e realizar as eleiçoes para sua diretoria; 
XIII — exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei. 
Art. 9º O mandato dos membros do Conselho Federal será honorífico e terá a duração 
de três anos, admitida uma reeleição.
Art. 10. A receita do Conselho Federal de Enfermagem será constituída de:
I — um quarto da taxa de expedição das carteiras profissionais;
lI — um quarto das multas aplicadas pelos Conselhos Regionais;
III — um quarto das anuidades recebidas pelos Conselhos Regionais;
IV — doações e legados;
V — subvenções oficiais;
VI — rendas eventuais.
Parágrafo único. Na organização dos quadros distintos para inscrição de profissionais 
o Conselho Federal de Enfermagem adotará como critério, no que couber, o disposto 
na Lei nº 2.604, de 17 de setembro de 1955.
Art. 11. Os Conselhos Regionais serão instalados em suas respectivas sedes, com 
cinco a vinte e um membros e outros tantos suplentes, todos de nacionalidade brasi-
leira, na proporção de três quintos de enfermeiros e dois quintos de profissionais das 
demais categorias de pessoal de enfermagem reguladas em lei.
Parágrafo único. O número de membros dos Conselhos Regionais será sempre ímpar, 
e a sua fixação será feita pelo Conselho Federal em proporção ao número de profis-
sionais inscritos.
Art. 12. Os membros dos Conselhos Regionais e respectivos suplentes serão eleitos 
por voto pessoal secreto e obrigatório em época determinada pelo Conselho Federal 
em Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim.
§ 1º Para a eleição referida neste artigo serão organizadas chapas separadas, uma 
para enfermeiros e outra para os demais profissionais de enfermagem, podendo votar 
em cada chapa, respectivamente, os profissionais referidos no artigo 11.
§ 2º Ao eleitor que, sem causa justa, deixar de votar nas eleições referidas neste 
artigo, será aplicada pelo Conselho Regional multa em importância correspondente 
ao valor da anuidade.
Art. 13. Cada Conselho Regional elegerá seu Presidente, Secretário e Tesoureiro, 
admitida a criação de cargos de Vice-Presidente, Segundo Secretário e Segundo Te-
soureiro para os Conselhos com mais de doze membros. 
Art. 14. O mandato dos membros dos Conselhos Regionais será honorífico e terá a 
duração de três anos admitida uma reeleição. 
Art. 15. Compete aos Conselhos Regionais: 
I — deliberar sobre inscrição no Conselho e seu cancelamento; 
Il — disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes gerais do 
Conselho Federal; 
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 724 10/09/10 17:06
725
Legislação
III — fazer executar as instruções e provimentos do Conselho Federal; 
IV — manter o registro dos profissionais com exercício na respectiva jurisdição; 
V — conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética profissional impondo as penali-
dades cabíveis; 
VI — elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento interno 
e submetê-los à aprovação do Conselho Federal; 
VII — expedir a carteira profissional indispensável ao exercício da profissão, a qual terá 
fé pública em todo o território nacional e servira de documento de identidade; 
VIII — zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam; 
lX — publicar relatórios anuais de seus trabalhos e a relação dos profissionais regis-
trados; 
X — propor ao Conselho Federal medidas visando à melhoria do exercício profissio-
nal; 
XI — fixar o valor da anuidade; 
XII — apresentar sua prestação de contas ao Conselho Federal, até o dia 28 de feve-
reiro de cada ano; 
XIII — eleger sua diretoria e seus delegados eleitores ao Conselho Federal; 
XIV — exercer as demais atribuições que lhes forem conferidas por esta Lei ou pelo 
Conselho Federal. 
Art. 16. A renda dos Conselhos Regionais será constituída de: 
I — três quartos da taxa de expedição das carteiras profissionais; 
II — três quartos das multas aplicadas; 
III — três quartos das anuidades; 
IV — doações e legados; 
V — subvenções oficiais, de empresas ou entidades particulares; 
VI — rendas eventuais. 
Art. 17. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais deverão reunir-se, pelo menos, 
uma vez mensalmente. 
Parágrafo único. O Conselheiro que faltar, durante o ano, sem licença prévia do res-
pectivo Conselho, a cinco reuniões perderá o mandato. 
Art. 18. Aos infratores do Código de Deontologia de Enfermagem poderão ser aplica-
das as seguintes penas: 
I — advertência verbal; 
II — multa; 
III — censura; 
IV — suspensão do exercício profissional; 
V — cassação do direito ao exercício profissional. 
§ 1º As penas referidas nos incisos I, II, III e IV deste artigo são da alçada dos Con-
selhos Regionais e a referida no inciso V, do Conselho Federal, ouvido o Conselho 
Regional interessado. 
§ 2º O valor das multas, bem como as infrações que implicam nas diferentes pe-
nalidades, serão disciplinados no Regimento do Conselho Federal e dos Conselhos 
Regionais. 
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 725 10/09/10 17:06
726
Art. 19. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais terão tabela própria de pesso-
al, cujo regime será o da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Art. 20. A responsabilidade pela gestão administrativa e financeira dos Conselhos 
caberá aos respectivos diretores. 
Art. 21. A composição do primeiro Conselho Federal de Enfermagem, com mandato 
de um ano, será feita por ato do Ministro do Trabalho e Previdência Social, mediante 
indicação, em lista tríplice, da Associação Brasileira de Enfermagem. 
Parágrafo único. Ao Conselho Federal assim constituído caberá, além das atribuições 
previstas nesta Lei: 
a) promover as primeiras eleições para composição dos Conselhos Regionais e insta-
lá-los; 
b) promover as primeiras eleições para composição do Conselho Federal, até noventa 
dias antes do término do seu mandato. 
Art. 22. Durante o período de organização do Conselho Federal de Enfermagem, o 
Ministério do Trabalho e Previdência Social lhe facilitará a utilização de seu próprio 
pessoal, material e local de trabalho. 
Art. 23. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposi-
ções em contrário. 
Brasília, 12 de julho de 1973; 
152º da Independência e 
85º da República. 
Emilio G. Médici
LEI Nº 7.498, DE 25 DE JUNHO DE 1986
Dispõe sobre a regulamentação do exercício 
da enfermagem, e dá outras providências.
  Publicada no DOU de 26-6-1986.
O Presidente da República 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as 
disposições desta lei.
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por 
pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com 
jurisdição na área onde ocorre o exercício.
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Téc-
nico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os 
respectivos graus de habilitação.
Art. 3º O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem 
planejamento e programação de enfermagem.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 726 10/09/10 17:06
727
Legislação
Art. 4º A programação de enfermagem inclui a prescrição da assistência de enfermagem.Art. 5º VETADO.
Art. 6º São enfermeiros:
I — o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos 
da lei;
II — o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, confe-
rido nos termos da lei;
III — o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certifi-
cado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola 
estrangeira segundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio 
cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica 
ou de Obstetriz;
IV — aqueles que, não abrangidos pelos incisos anteriores, obtiverem título de Enfer-
meiro conforme o disposto na alínea d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março 
de 1961.
Art. 7º São Técnicos de Enfermagem:
I — o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de 
acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente;
II — o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso 
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no 
Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
Art. 8º São Auxiliares de Enfermagem:
I — o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensi-
no, nos termos da lei e registrado no órgão competente;
II — o titular de diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
III — o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do art. 2º da Lei nº 
2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 
de dezembro de 1961;
IV — o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido 
até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério 
da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federa-
ção, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 
8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V — o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 
299, de 28 de fevereiro de 1967;
VI — o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, se-
gundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou 
revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º São Parteiras:
I — a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 
1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 727 10/09/10 17:06
728
II — a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, conferido por escola 
ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado em virtude de intercâmbio 
cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos após a publicação desta lei, como 
certificado de Parteira.
Art. 10. VETADO.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe:
I — privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de 
saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e 
auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da 
assistência de enfermagem;
d) a g) VETADAS.
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conheci-
mentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II — como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em 
rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissí-
veis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela 
durante a assistência de enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II do art. 6º desta lei incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do 
médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando ne-
cessária.
Art. 12. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orien-
tação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação 
no planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 728 10/09/10 17:06
729
Legislação
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 11 desta lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 13. O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, 
envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação 
em nível de execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente:
a) observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 14. VETADO.
Art. 15. As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta lei, quando exercidas em insti-
tuições de saúde, públicas e privadas, e em programas de saúde, somente podem ser 
desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.
Arts. 16 a 19. VETADOS.
Art. 20. Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, es-
tadual, municipal, do Distrito Federal e dos Territórios observarão, no provimento de 
cargos e funções e na contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, os 
preceitos desta lei.
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas ne-
cessárias à harmonização das situações já existentes com as disposições desta lei, 
respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Arts. 21 e 22. VETADOS.
Art. 23. O pessoal que se encontra executando tarefas de enfermagem, em virtude de 
carência de recursos humanos de nível médio nessa área, sem possuir formação espe-
cífica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de Enfermagem, a exercer 
atividades elementares de enfermagem, observado o disposto no art. 15 desta lei.
Parágrafo único. É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos antes da 
vigência desta lei, o exercício das atividades elementares da enfermagem, observado 
o disposto em seu artigo 15. 
  Parágrafo único com a redação dada pela Lei nº 8.967, de 28-12-1994.
Art. 24. VETADO.
Art. 25. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias 
a contar da data de sua publicação.
Art. 26. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 27. Revogam-se (VETADO) as demais disposições em contrário.
Brasília, 25 dejunho de 1986; 
165º da Independência e 
98º da República.
José Sarney
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 729 10/09/10 17:06
730
DECRETO Nº 94.406, DE 8 DE JUNHO DE 1987
Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe 
sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências.
  Publicado no DOU de 9-6-1987.
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 81, item 
III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 25 da Lei nº 7.498, de 25 de 
junho de 1986, decreta:
Art. 1º O exercício da atividade de enfermagem, observadas as disposições da Lei 
nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo 
de Enfermeiro, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será 
permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva 
Região.
Art. 2º As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de enfermagem no seu 
planejamento e programação.
Art. 3º A prescrição da assistência de enfermagem é parte integrante do programa de 
enfermagem.
Art. 4º São Enfermeiros:
I — o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos 
da lei;
II — o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, confe-
rido nos termos da lei;
III — o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certifica-
do de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, conferido por escola es-
trangeira segundo as respectivas leis, registrado em virtude de acordo de intercâmbio 
cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro, de Enfermeira Obstétrica 
ou de Obstetriz;
IV — aqueles que, não abrangidos pelos itens anteriores, obtiveram título de Enfermei-
ro conforme o disposto na letra d do art. 3º do Decreto nº 50.387, de 28 de março de 
1961.
Art. 5º São Técnicos de Enfermagem:
I — o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem, expedido de 
acordo com a legislação e registrado no órgão competente;
II — o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso 
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no 
Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem.
Art. 6º São auxiliares de Enfermagem:
I — o titular de certificado de Auxiliar de Enfermagem conferido por instituição de ensi-
no, nos termos da lei, e registrado no órgão competente;
II — o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2.822, de 14 de junho de 1956;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 730 10/09/10 17:06
731
Legislação
III — o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do art. 2º da Lei nº 
2.604, de 17 de setembro de 1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 
de dezembro de 1961;
IV — o titular do certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido 
até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério 
da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Fede-
ração, nos termos do Decreto nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei nº 
8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V — o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 
299, de 28 de fevereiro de 1967;
VI — o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, se-
gundo as leis do país, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou 
revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem.
Art. 7º São Parteiros:
I — o titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de 22 de janeiro de 
1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
II — o titular do diploma ou certificado de Parteiro, ou equivalente, conferido por escola 
ou curso estrangeiro, segundo as respectivas leis, registrado em virtude de intercâmbio 
cultural ou revalidado no Brasil até 26 de junho de 1988, como certificado de Parteiro.
Art. 8º Ao Enfermeiro incumbe:
I — privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de 
saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e 
auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da 
assistência de enfermagem;
d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem;
e) consulta de enfermagem;
f) prescrição da assistência de enfermagem;
g) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida;
h) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conheci-
mentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas;
II — como integrante de equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde 
pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive como membro 
das respectivas comissões;
f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos 
que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de enfermagem;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 731 10/09/10 17:06
732
g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos 
programas de vigilância epidemiológica;
h) prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao 
recém-nascido;
i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde indivi-
dual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco;
j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto 
sem distocia;
m) participação em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria 
de saúde do indivíduo, da família e da população em geral;
n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde, 
particularmente nos programas de educação continuada;
o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de 
acidentes e de doenças profissionais e do trabalho;
p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e con-
tra-referência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde;
q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde;
r) participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de enfermagem, 
nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal 
técnico e Auxiliar de Enfermagem.
Art. 9º Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfer-
meira Obstétrica, além das atividades de que trata o artigo precedente, incumbe:
I — prestação de assistência à parturiente e ao parto normal;
II — identificação das distocias obstétricas e tomada de providência até a chegada do 
médico;
III — realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestesia local, quando 
necessária.
Art. 10. O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio 
técnico, atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo-lhe:
I — assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assis-
tência de enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de enfermagem a pacientesem estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de 
vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e no controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a 
pacientes durante a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do item II do art. 8º;
II — executar atividades de assistência de enfermagem, excetuadas as privativas do 
enfermeiro e as referidas no art. 9º deste Decreto;
III — integrar a equipe de saúde.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 732 10/09/10 17:06
733
Legislação
Art. 11. O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio, 
atribuídas à equipe de enfermagem, cabendo-lhe:
I — preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II — observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III — executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras 
atividades de enfermagem, tais como:
a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b) realizar controle hídrico;
c) fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização;
IV — prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, 
inclusive:
a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependências de 
unidades de saúde;
V — integrar a equipe de saúde;
VI — participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
a) orientar os pacientes na pós-consulta, quanto ao cumprimento das prescrições de 
enfermagem e médicas;
b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de 
educação para a saúde;
VII — executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes;
VIII — participar dos procedimentos pós-morte.
Art. 12. Ao Parteiro incumbe:
I — prestar cuidados à gestante e à parturiente;
II — assistir ao parto normal, inclusive em domicílio; e
III — cuidar da puérpera e do recém-nascido.
Parágrafo único. As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão 
de Enfermeiro Obstetra, quando realizadas em instituições de saúde, e, sempre que 
possível, sob controle e supervisão de unidade de saúde, quando realizadas em domi-
cílio ou onde se fizerem necessárias.
Art. 13. As atividades relacionadas nos arts. 10 e 11 somente poderão ser exercidas 
sob supervisão, orientação e direção de Enfermeiro.
Art. 14. Incumbe a todo o pessoal de enfermagem:
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 733 10/09/10 17:06
734
I — cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem;
II — quando for o caso, anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência 
de enfermagem, para fins estatísticos.
Art. 15. Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Dis-
trito Federal e dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento 
de cargos e funções e contratação de pessoal de enfermagem, de todos os graus, a 
prova de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em 
articulação com o Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adap-
tação das situações já existentes com as disposições deste Decreto, respeitados os 
direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Art. 16. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 8 de junho de 1987; 
166º da Independência e 
99º da República.
José Sarney
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação 
da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços 
correspondentes e dá outras providências.
  Publicada no DOU de 20-9-1990.
O Presidente da República, 
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, exe-
cutados isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas 
naturais ou jurídicas de direito Público ou privado.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as 
condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de 
políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros 
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e iguali-
tário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da 
sociedade.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 734 10/09/10 17:06
735
Legislação
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, 
a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis 
de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto 
no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de 
bem-estar físico, mental e social.
TÍTULO II
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições 
públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das 
fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, esta-
duais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, me-
dicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em ca-
ráter complementar.
Capítulo I
Dos Objetivos e Atribuições
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I — a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
II — a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico 
e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
III — a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recu-
peração da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das ativida-
des preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I — a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
II — a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento 
básico;
III — a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV — a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V — a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho;
VI — a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e ou-
tros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
Bizu_legislacao traco menorrr.indd735 10/09/10 17:06
736
VII — o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para 
a saúde;
VIII — a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano;
IX — a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e 
utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
X — o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnoló-
gico;
XI — a formulação e execução da política de sangue e seus derivados.
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, di-
minuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes 
do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde, abrangendo:
I — o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com 
a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II — o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com 
a saúde.
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcio-
nam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores 
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de ati-
vidades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância 
sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à re-
cuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos 
advindos das condições de trabalho, abrangendo:
I — assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença 
profissional e do trabalho;
II — participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em 
estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde exis-
tentes no processo de trabalho;
III — participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da 
normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armaze-
namento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máqui-
nas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;
IV — avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;
V — informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas so-
bre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os 
resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, 
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;
VI — participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do 
trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;
VII — revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de traba-
lho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 736 10/09/10 17:06
737
Legislação
VIII — a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a 
interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando 
houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores.
Capítulo II
Dos Princípios e Diretrizes
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou 
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de 
acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo 
ainda aos seguintes princípios:
I — universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II — integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das 
ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada 
caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III — preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e 
moral;
IV — igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer 
espécie;
V — direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
VI — divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua 
utilização pelo usuário;
VII — utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de 
recursos e a orientação programática;
VIII — participação da comunidade;
IX — descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de 
governo:
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
X — integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento 
básico;
XI — conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de 
assistência à saúde da população;
XII — capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
XIII — organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para 
fins idênticos.
Capítulo III
Da Organização, da Direção e da Gestão
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde 
(SUS), seja diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, 
serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade 
crescente.
Bizu_legislacao traco menorrr.indd 737 10/09/10 17:06
738
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I 
do art. 198 da Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos 
seguintes órgãos:
I — no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;
II — no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde 
ou órgão equivalente; e
III — no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equiva-
lente.
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as 
ações e os serviços de saúde que lhes correspondam.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção 
única, e os respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância.
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em 
distritos de forma a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a 
cobertura total das ações de saúde.
Art. 11. VETADO.
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao 
Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e 
por entidades representativas da sociedade civil.
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e 
programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendi-
das no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, 
abrangerá, em especial, as seguintes atividades:
I — alimentação e nutrição;
II — saneamento e meio ambiente;
III — vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
IV — recursos humanos;
V — ciência e tecnologia; e
VI — saúde do trabalhador.
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços 
de saúde e as instituições de ensino profissional e superior.
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, 
métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos 
do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera correspondente, assim como em relação 
à pesquisa e à cooperação técnica entre essas

Continue navegando