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Eugene Ehrlich, A Coação Social & A Coerção Estatal

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Capítulo IV, A Coação Social & A Coerção Estatal. 
Grupo: Clarissa Carla, Gabriela Patrícia, Feliphe de Brito, Júlia Oliveira, Maria Clara Galego, Matheus 
da Paixão e Wellerson de Paula. 
Professora: Daniela Rezende; Sociologia Jurídica. 
2º Período – 2/2016 
 
 Introdução do Grupo: 
 
 Eugen Ehrlich, jurista austríaco e professor de Direito Romano, foi o principal 
representante da Sociologia do Direito, defende que o Direito, como ciência, deve 
atender não apenas às palavras, à norma positivada, mas também aos fator subjacentes 
ao Direito, através de um método indutivo. É considerado o fundador da Sociologia 
Jurídica por ter sido o primeiro a escrever um livro especificamente sobre o assunto. 
Todo o pensamento do austríaco nos leva à construção do objeto dessa nova ciência 
social, a qual ele se refere de “Direito Vivo”, tomando sempre como contraponto a 
crítica à dogmática jurídica. 
 Ao longo da obra, o autor se encarrega de desconstruir pressupostos dessa 
perspectiva, que se declara única válida, e mostra que se deve existir uma relação de 
completude entre os dois saberes, e não uma de exclusão: “O médico moderno é um 
cientista natural (...) o engenheiro mecânico de nossos dias é um físico que estuda a 
natureza dos elementos que vai utilizar e as regularidades de seu comportamento sob 
diversas condições ambientais" da mesma maneira, afirma "a nova ciência do direito 
não nos trará somente novos conhecimentos sobre a essência do direito e das 
instituições jurídicas, mas sem dúvida haverá benefícios para a prática jurídica". Aqui, 
encontra-se a vinculação entre a Sociologia do Direito, fornecedora de dados sociais, e a 
Jurisprudência, técnica de aplicação de "normas de decisão". 
 Depois de todo esse percurso rumo à construção do objeto da Sociologia do 
Direiro, Ehrlich o define como: "o Direito Vivo é aquele em contraposição ao apenas 
vigente diante dos tribunais e órgãos estatais. O direito vivo é aquele que, apesar de não 
fixado em proposições jurídicas, domina a vida" Através desse trabalho, procuramos 
extrair o essencial de seu pensamento do autor desta obra considerada um clássico pelos 
principais teóricos contemporâneos da disciplina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo do Capítulo IV, A Coação Social & A Coerção Estatal 
 
 O autor inicia o capítulo questionando-se como as associações sociais podem 
levar o indivíduo membro seguir suas normas? As normas morais, religiosas, dos 
costumes, das boas maneiras, moda e etc não teriam sentido nenhum se não emanassem 
delas nenhum tipo de coação. Um indivíduo pode decidir por ignorar muitas coisas, mas 
há, provavelmente, um círculo social no qual ele queira se encaixar, e para se encaixar, 
é necessário que o indivíduo atente-se às regras por esta imposta. 
 Mas, sendo a moda, a moral, a religião, os costumes e as boas maneiras 
incapazes de realizar uma sanção rigorosa como a do direito, por que o indivíduo se 
submete a elas? Primeiramente, o autor afirma que os interesses do indivíduo têm de 
coincidir em menos em parte com o de toda associação, ou no mínimo o da maioria. 
Seria extremamente difícil conseguir a adesão de um grupo sem que este tenha no 
mínimo uma vaga impressão de que o objetivo, se alcançado, beneficiará a todos. O 
homem sempre age no próprio interesse: se ele é capaz de enxergar o benefício em 
seguir determinada norma, seja ela moral, religiosa ou até mesmo da moda, ele 
provavelmente segui-la-á. Todas essas comunidades exigem algo em retribuição por 
aquilo que fazem por nós e as normas sociais vigentes nestas comunidades não são 
outra coisa além do reflexo das exigências feitas ao indivíduo. 
 Desta forma, o homem age de acordo com o direito, acima de tudo, por que a 
sociedade o obrigam a isso. Embora hajam tipos de coerções que derivam 
exclusivamente do ramo jurídico – como a pena e a execução judicial – há a ainda maior 
coerção social: uma forma abstrata que leva alguém a cumprir certa regra ou a ter uma 
certa conduta somente devido à pressão que o sujeito emissor da norma impõe. O estado 
utiliza-se disso quando diz que determinada norma deve ser respeitada e estabelece uma 
sanção no caso de não cumprimento. O indivíduo resolve seguir a norma estatal para 
que não seja aplicada a sanção preestabelecida, ou seja, “medo” de ser punido. Se não 
houvesse a sensação, ele provavelmente não cumpriria a regra e não teria prejuízo 
nenhum – já que não infringiria nenhuma norma. Uma parte importante a ser citada é o 
elemento ativo que o sujeito se torna, ao mesmo tempo em que sofre seus efeitos: o 
membro da associação tem parte ativa no exercício da pressão, mas também é 
constrangido a ela 
 A abrangência da ordem jurídica coativa do Estado, assim se restringe à proteção 
de pessoas e posses contra os que encontram fora da sociedade. Assim, a adequação às 
normas leva à estruturação interna no homem; elas não só o orientam a ação isolada, 
mas o moldam para se tornar um ser um moral, crente, comportado, hábil, honroso e 
moderno. As normas sociais moldam a individualidade. O direito vivo, mesmo quando 
tenha origem estatal, restringe-se quanto ao seu conteúdo, a uma associação. Os direito 
e deveres emanados do direito estatal pressupõem o direito de uma ordem maior e 
superior a todo e qualquer indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão do Grupo: 
 
 A sociologia Jurídica compreende o fenômeno jurídico como um fenômeno 
social. Embora a recíproca não seja verdadeira. A regulamentação da sociedade através 
de normas e leis parte essencialmente da sociedade, e não o contrário. O Direito não é 
uma instituição imutável e estática, ele pode se transformar, ajustar-se à realidade social 
de cada época e aproximar-se da realidade social. 
 As transformações sociais e as transformações na dimensão jurídica que são o 
alvo dos estudos da Sociologia Jurídica: um debate entre o direito e a sociedade, onde o 
Direito serve as necessidades da Sociedade, servindo como ferramenta para 
transformações e abrindo debate para novas concepções.

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