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Resumo aulas Ouse Humanística pdf - Camila

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 Humanística 
 
 Página 1 
Sumário 
1. Sociologia do Direito .................................................................................................................................................................. 5 
1.1 Parte I – principais autores .................................................................................................................................................. 5 
1.1.1 Conceito ........................................................................................................................................................................ 5 
1.1.2 A compreensão dos gregos e idade média - pré-sociologia: organicismo e comunitarismo ....................................... 5 
1.1.3 Auguste Comte (1798 – 1857) ...................................................................................................................................... 5 
1.1.4 Emile Durkheim (1858 – 1917) ..................................................................................................................................... 6 
1.1.5 Max Weber (1864-1920) ............................................................................................................................................... 7 
1.1.6 Karl Marx (1818 - 1883) ................................................................................................................................................ 8 
1.2 Parte II: Pontos relevantes de sociologia jurídica constantes no edital ............................................................................ 10 
1.2.1 Controle social e direito .............................................................................................................................................. 10 
1.2.2 Estratificação Social e Direito ..................................................................................................................................... 11 
1.2.3 Conflitos Sociais e Direito ........................................................................................................................................... 12 
1.2.4 Aspectos gerenciais da atividade judiciária (administração e economia) .................................................................. 15 
1.2.5 Direito, Comunicação Social e Opinião Pública .......................................................................................................... 16 
2. Teoria Geral do Direito e da Política ........................................................................................................................................ 18 
2.1 Direito Objetivo e Direito Subjetivo ................................................................................................................................... 18 
2.2 Direito e sanção ................................................................................................................................................................. 20 
2.3 Fontes do Direito Objetivo ................................................................................................................................................. 20 
2.4 Costumes ........................................................................................................................................................................... 21 
2.5 Princípios gerais do Direito ................................................................................................................................................ 21 
2.6 Jurisprudência .................................................................................................................................................................... 22 
2.7 Súmula Vinculante ............................................................................................................................................................. 23 
2.8 Validade, Vigência e Eficácia .............................................................................................................................................. 24 
2.9 Eficácia da Lei no Tempo .................................................................................................................................................... 25 
2.10 Antinomias ....................................................................................................................................................................... 26 
2.11 Política e Direito ............................................................................................................................................................... 26 
2.12 Declaração Universal dos Direitos Humanos ................................................................................................................... 27 
2.13 Multiculturalismo e demandas por reconhecimento de identidade ............................................................................... 29 
3. Filosofia do Direito ................................................................................................................................................................... 31 
3.1 Conceito de Justiça ............................................................................................................................................................ 31 
3.2 Sentidos de justiça ............................................................................................................................................................. 31 
3.3 Evolução histórica da Justiça na Filosofia do Direito ................................................................................................... 31 
3.3.1 Filosofia do Direito Grega ........................................................................................................................................... 31 
3.3.2 Filosofia do Direito Medieval ...................................................................................................................................... 33 
3.3.3 Filosofia do Direito Moderna ...................................................................................................................................... 33 
 Humanística 
 
 Página 2 
3.3.4 Filosofia do Direito Contemporânea ........................................................................................................................... 35 
3.4 O conceito de direito – evolução básica ...................................................................................................................... 36 
3.4.1 Jusnaturalismo ............................................................................................................................................................ 36 
3.4.2 Juspositivismo ............................................................................................................................................................. 37 
3.4.3 Pós-positivismo ........................................................................................................................................................... 38 
3.5 Direito e Moral ............................................................................................................................................................. 40 
3.6 Hermenêutica jurídica........................................................................................................................................................ 42 
4. Psicologia jurídica..................................................................................................................................................................... 47 
4.1 Diversas correntes da psicologia ........................................................................................................................................ 47 
4.1.1 Psicanálise – Sigmund Freud ....................................................................................................................47 
4.1.2 Psicologia Analítica – Carl Jung ................................................................................................................................... 48 
4.1.3 Behaviorismo-Comportamental – J. Watson ........................................................................................... 48 
4.1.4 Humanismo – Abraham Maslow e Carl Rogers ........................................................................................ 48 
 ................................................................................................................................................................................................. 49 
4.1.5 Psicoterapia Corporal – Wilhelm Reich ....................................................................................................................... 49 
4.1.6 Transpessoal ............................................................................................................................................ 49 
4.2 Psicologia e Comunicação: relacionamento interpessoal, relacionamento do magistrado com a sociedade e mídia ..... 49 
4.3 Problemas atuais da psicologia com reflexos no direito: assédio moral e assédio sexual ................................................ 50 
4.4 Teoria do conflito e mecanismos autocompositivos: técnicas de negociação e mediação. Procedimentos, posturas, 
condutas e mecanismos aptos a obter a solução conciliada de conflitos ............................................................................... 51 
4.5 O processo psicológico e obtenção da verdade judicial. O comportamento de partes e testemunhas ........................... 53 
5. Ética e Estatuto da Magistratura Nacional .............................................................................................................................. 54 
5.1 Regime Jurídico da Magistratura Nacional ........................................................................................................................ 54 
5.2 Direitos e deveres funcionais ............................................................................................................................................. 57 
5.3 Código de Ética da Magistratura Nacional ......................................................................................................................... 58 
5.4 Sistemas de controle interno do Poder Judiciário ............................................................................................................. 59 
5.5 Responsabilidade administrativa, civil e criminal dos magistrados................................................................................... 59 
5.6 Administração Judicial, planejamento estratégico e modernização da gestão ................................................................. 60 
6. Temas Relevantes .................................................................................................................................................................... 61 
6.1 Estágios de desenvolvimento moral na sociedade pós-convencional (Piaget e L. Kohlberg) ........................................... 61 
6.2 Substancialistas x Procedimentalistas ............................................................................................................................... 62 
6.3 Direitos e a redução da complexidade social: a Teoria dos Sistemas de Sociais de Niklas Luhmann ............................... 62 
6.4 Pragmática da comunicação jurídica: legitimidade dos procedimentos jurídicos e a Ética do Discurso (Habermas) ...... 65 
6.5 Dicotomia entre Hart x Dworkin: direito na visão analítica (Herbet Hart) versus o Direito como integridade (Ronald 
Dworkin)................................................................................................................................................................................... 66 
6.6 A controvérsia Kelsen x Karl Schmitt ................................................................................................................................. 68 
 Humanística 
 
 Página 3 
6.7 Direito, Verdade e Método: a reviravolta linguístico-pragmática na hermenêutica contemporânea (hermenêutica 
jurídica filosófica) ..................................................................................................................................................................... 68 
6.8 Juiz Júpiter, Hércules, Hermes e Iolau ............................................................................................................................... 71 
6.9 Teoria liberal-funcionalista e controle social ..................................................................................................................... 72 
7. Análise da banca e apostas ...................................................................................................................................................... 73 
7.1 Conceito de Direito no Realismo Jurídico em suas diferentes correntes .......................................................................... 73 
7.2 Imparcialidade na atuação do Juiz em um contexto de subintegração e sobre integração ............................................. 73 
7.3 Ideologia no Direito e o papel do Juiz ................................................................................................................................ 74 
7.4 Acoplamento estrutural***, autopoiese e alopoiese na Teoria dos Sistemas de Niklas Luhmann, enquadrando a 
Constituição e as relações entre Direito e Política nesse contexto ......................................................................................... 76 
7.5 Conceito de Justiça em Amartya Sem ................................................................................................................................ 76 
7.6 Transconstitucionalismo e Cosmopolitismo na aplicação do direito ................................................................................ 78 
7.7 Constitucionalização simbólica .......................................................................................................................................... 81 
7.8 Como o Pós-positivismo influencia na interpretação constitucional contemporânea e no ativismo judicial .................. 82 
7.9 Pragmatismo no processo de decisão judicial e análise da Teoria dos Custos dos Direitos de Cass Sunstein.................. 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Humanística 
 
 Página 4 
 
 
 
 
 
 Humanística 
 
 Página 5 
1. Sociologia do Direito 
1.1 Parte I – principais autores 
1.1.1 Conceito 
 Conceito: sociologia – sócio logia: estudo da sociedade (lógus). Augusto Comte: pai geral da sociologia. Macrocampo 
sociologia; dentro dele, como um ramo, a sociologia jurídica. Estudo das sociedades. Estudo dos fenômenos sociais. Por 
que a sociedade costuma ser comportar de tal ou qual forma? Por que as pessoas comportam-se em massa de forma 
determinada? Aplicação direta ao direito, pois ele é um fenômeno relevante dentro da sociedade. Fatores sociais x 
direito. 
o Sociologia: estudo dos fenômenos sociais 
o Sociologia jurídica: estudo dos fenômenos sociais aplicado ao direito (como um influencia o outro) 
 Obs: Existem divergências do que realmente é o objeto da sociologia. 
1.1.2 A compreensão dos gregos e idade média - pré-sociologia: organicismo e comunitarismo 
 Filósofos da Grécia antiga: já analisavam conceitos sociológicos antes dela tornar-se ciência; reflexões de fenômenos 
sociais – atrelada a ideia da filosofia latu sensu 
o Compreensões primitivas: surgiram dentro do organicismo e comunitarismo Sócrates, Platão e Aristóteles1 
o : Na visão deles, o ser humano existia dentro de uma comunidade, e não um indivíduo sozinho; a 
pólis dominava (comunitarismo) 
o : Ser humano plenamente realizado: só se estiver integrado ao grande corpo (organicismo). Ápice do 
organicismo – pensamentosocrático2, diálogo Fedum3 – morreu em prol da sociedade; o homem não está pleno 
sozinho 
o Platão: cada um deve cumprir seu papel social visando o crescimento da pólis 
o Aristóteles: o homem é um animal político (organicismo) 
o Dissidentes: os sofistas. Eram relativistas ( Vs idealistas) 
 Destaque: Protágoras – homo mensura – o homem é a medida de todas as coisas – cada pessoa vê o mundo 
conforme seus olhos. Cada pessoa é uma medida. 
o O organicismo e comunitarismo vão até os séculos XVI e XVII; o individualismo só floresce no renascimento 
 
 Idade Média: Continuidade do mesmo pensamento; expoentes –Agostinho e Tomás de Aquino4 
o Perpetuaram as ideias de org. e comum com recorte do cristianismo 
o Todos fazem parte da mesma comunidade, dos cristãos – filhos de Deus 
o Tomás de Aquino: Cidade dos Homens (terra) e Cidade de Deus (jardim do Éden). A terra é a imagem inacabada da 
cidade de deus. 
1.1.3 Auguste Comte (1798 – 1857) 
 Importância: considerado o pai da sociologia como ciência5. Apogeu da ciência ocorre nesse período (séculos XVIII e 
XIX). Destacou a distinção entre ciência e filosofia naturais 
o Pai do positivismo científico, o qual teve reflexo pesado no positivismo jurídico do direito com trabalho de Kelsen; 
 Positivismo científico: crença exacerbada no poder da ciências; busca da pureza das ciências 
o A sociedade poderia ser estudada como objetos das ciências naturais (logo, possível buscar causa e efeito na 
sociedade) 
o Trouxe a possibilidade de estudar a ordenação da sociedade humana a partir do descobrimento das leis causais e 
absolutas que regeriam as interações humanas (aplicação de fórmulas e leis) 
 
1 Triunvirato da filosofia clássica. Eram individualistas; o homem busca um ideal. 
2 Maiêutica: parto das ideias. Estímulo ao auto conhecimento. 
3 Discípulos de Sócrates oferecem a fuga após ele ser preso; mas ele diz que “O bom cidadão deve cumprir leis mesmo que injustas para que o mau cidadão não descumpra 
leis alegando ser injustas” 
4 Agostinho – Patrística (influencia Platão) / Tomás de Aquino – Escolástica (influencia de Aristóteles) 
5 Todo ramo do conhecimento humano que tem objeto definido e metodologia de trabalho 
 Humanística 
 
 Página 6 
o Papel da Sociologia: descobrir e sistematizar o conjunto de leis universais que regeriam a sociedade (ciência 
unificadora, positiva)6. 
o Principais contribuições de Comte para a Sociologia: objeto + metodologia 
 Ter posicionado a sociologia como uma ciência 
 Criação de uma metodologia de trabalho para as ciências sociais (com métodos científicos inspirados na 
historiografia7 e etnografia8) 
 Identificou a sociedade como uma totalidade real e concreta, tornando-a como o objeto da ciência 
o Principal crítica: ter buscado a neutralidade do cientista, desprezando a influencia que o meio tinha sobre o próprio 
cientista 
1.1.4 Emile Durkheim (1858 – 1917) 
 Teoria do fato social9: estudou se nos posicionamos conforme nossa 
própria consciência ou se a sociedade determina nosso modo de agir – fato 
social 
 afunilou o estudo; tirou o objeto da sociedade para o fato social - pressões 
sociais (fatores exógenos) que influenciam o comportamento para além da 
consciência humana 
o Atenção: cai em prova – busca explicar como a sociedade determina o 
agir humano. Estudo do por quê as pessoas agem de tal ou qual forma, e 
como a sociedade influencia isso. O indivíduo, dentro da sociedade, é 
pautado por uma série de fatores que determinam o seu agir. Separação 
da consciência do comportamento, pois nosso comportamento não é 
determinado apenas como nossa consciência determina! Outros fatores, 
que só aparecem dentro do corpo social, que nos levam a agir10. 
o Se a consciência é mecanicamente determinada, pois é biológica, por que então, cientes de determinado reflexo 
causado por uma ação, hesitamos, pensamos e até mesmo desistimos de fazer tal conduta? Isso significa que a 
consciência é muito mais que simples reflexo orgânico, tendo suas propriedades singulares. 
o Então, para explicar a ação do homem além da consciência, desenvolve a ideia de fato social 
o Fato social (elementos): 
 independe de o indivíduo estar ou não ciente, é exterior e difuso 
 exerce coercibilidade sobre o indivíduo; é uma modelagem ao indivíduo 
 é generalizado em toda sociedade 
 
1. a existência do fato social independe da vontade ou disposição individual 
2. O fato social é perceptível e cognoscível, sendo o objeto de estudo da sociologia par ao autor 
3. A assunção de que o fato social é externo ao indivíduo e independe de sua vontade prova a coercibilidade 
do fato social 
 
o O autor chegou a relacionar o fato social ao suicídio 
 
o Controle informal: Isso explica o controle social informal sobre o indivíduo 
o Teoria da solidariedade: sociedades são marcadas pela vivência em comunidade, pela criação de laços de 
solidariedade. Em um ou outro modelo, o direito é que vai organizar as regras de solidariedade 
 
6 Contudo, a sociologia como ciência careceu de bases epistemológicas e metodológicas até os avanços trazidos por Emile Durkheim 
7 Estudo e descrição da história 
8 Estudo das diversas etnias, de suas características antropológicas, sociais 
9 Max Weber trouxe a teoria da AÇÃO SOCIAL; não confundir as duas, elas caem em prova! Guarde desde já (mAx – A de ação) 
10 Quer um exemplo? Uma pessoa que namora alguém por dois anos e vai em festas de casamento; as pessoas perguntam quando vai casar? Determinação da vida não 
pela consciência, e sim pelo o que os outros acham. Depois que casa, vem cadê o filho? Cadê o outro? 
 Humanística 
 
 Página 7 
 Solidariedade mecânica: primitiva; São grupos com os mesmos valores sociais, baseados na troca, empréstimo, 
confiança, informalidade. Lógica de comunidades rurais, existente até hoje. Direito punitivo, mas é direito. Ex.: 
vizinho que ajuda o outro na colheita 
 Solidariedade orgânica: é institucionalizada. Ocorre nas sociedades complexas, industriais, em pessoas que 
necessariamente não possuem os mesmos valores e crenças. Os interesses individuais são distintos e a 
consciência de cada indivíduo é mais acentuada. Necessária a criação de órgãos que possibilitem a 
intermediação do estado para promover a solidariedade. Ex.: seguridade social e INSS; defensoria e proteção 
dos hipossuficientes. Direito restitutivo. 
 
 
 
o Conceito de direito para o autor: instrumento de organização da solidariedade social 
 
1.1.5 Max Weber (1864-1920) 
 Teoria da Ação Social: analisa ações humanas dentro da sociedade destinadas a alcançar certos objetivos. O autor divide 
as ações sociais em quatro grupos: 
o A ação social pode ser: 
 referente a fins: ações que o indivíduo age buscando atingir finalidade específica, lógica de interesse. Ex.: 
política – político cria uma ONG para se promover, buscando reeleição 
 referente a valores: pessoa age por conta de seus valores intrínsecos (componente axiológico). Ex.: monge, 
padre 
 de modo afetivo: ações pautadas pelo afeto, relações humanas de estima. Ex.: doação para alguém 
 tradicional: ações baseadas na tradição e na cultura, no costume. Agir porque todos agem assim. Ex.: torcida 
de time de futebol na família 
 
 O que é Estado para Weber? 
 O Estado é a comunidade humana que detém o uso legítimo da força física (violência). 
 Dominação do homem sobre o homem a partir do uso legítimo da força. Assim, a 
definição de Estado não é baseada em seus fins, mas pelo meio que lhe é peculiar: o uso 
da coação física. Sem violência, não há Estado, há apenas Anarquia. 
o A violência não é seu único instrumento, mas é seu específico 
o O estado só existe enquanto dominados se sujeitem ao domínio dos dominadores 
o Weber questiona as condições e o porquê dessa submissão, bem como as justificações 
internase os meios externos em que se apoia11 
 Razões internas: três fundamentos que explicam porque dominados aceitam dominação, seja por esperar uma 
recompensa, seja por medo da vingança. Funda-se na autoridade12  
 
11 Por que as pessoas cumprem decisões judiciais? Ex.: Renan Calheiros não cumpriu a decisão do STF que determinou que réus em ações criminais não podem ocupar 
cargos de linha sucessória presidencial. 
12 Esses tipos de autoridade estão ligadas aos tipos de ações 
 Humanística 
 
 Página 8 
1. Tradicional: Autoridade do passado eterno poder tradicional, encontrada nos costumes santificados (ação 
ligada à tradição) 
2. Carismática: fundada em dons pessoais e espirituais do indivíduo, justificam até mesmo uma devoção; 
3. Racional-legal: imposta por força da norma, lei e convenção, fundada no reconhecimento de uma 
competência positiva, na obediência e nas regras a partir de um estatuto estabelecido. Exercido pelo 
servidor do Estado. Para o direito, é essa que importa. Ele é quem traz o fundamento de legitimidade da 
autoridade 
 
o #TJBA2017: Disserte sobre quais são os três fundamentos da legitimidade da dominação em Max Weber: é para 
falar dos três tipos de autoridade, liga-las as ações sociais e fazer o recorte do direito dentro da racional-legal 
 
o O que é direito para Weber? Meio da autoridade buscar a adesão de seus súditos e conseguir exercer sua 
autoridade, busca legitimar o uso da força física dentro do Estado. 
 O direito não só cria um fundamento de legitimidade para a autoridade e para Estado como também cria uma 
rede burocrática interna para estruturar e manter esse estado 
 Burocracia: o Estado, enquanto um modo de dominação organizada, necessita de um lado de um estado-maior 
administrativo, e do outro, dos meios materiais de gestão. O estado-maior administrativo (que é a organização 
da dominação política), não se inclina a obedecer ao detentor do poder apenas pelos institutos que o 
legitimam, mas pelo conjunto de vantagens e prestígios envolvidos nessa relação, bem como o medo de perdê-
los. 
 Princípios da racionalidade jurídica – a racionalidade jurídica é que dá legitimidade às autoridades. Assim, o 
direito busca dominação racional através das seguintes ideias : 
1. O direito deve ser contratado ou outorgado – norma posta 
2. Todas as regras devem ser abstratas – aplicação geral 
3. O soberano legal deve atuar de modo imparcial 
4. Quem obedece o faz por se considerar membro da associação – faz esperando algo em troca 
 
o #TJSP2015: Disserte sobre os princípios da racionalidade jurídica em Weber: são os quatro acima. Falar teoria ação 
social, o que é estado, as três autoridade, e direito como fundamento da autoridade racional-legal e os quatro 
princípios 
1.1.6 Karl Marx (1818 - 1883) 
 Volta-se à análise econômica da realidade social. Relações sociais estudadas a partir das relações 
produtivas; economia pauta a ação social 
 O capital: estudou como a forma de produção capitalista determina as relações sociais, incluindo 
relações jurídicas de poder. A forma como produzimos riqueza determina a forma de organização social. 
Procurou demonstrar que o modo de produção capitalista faz ocorrer uma cisão na sociedade entre 
aqueles que detém os meios de produção e os que não possuem 
 Meios de produção: bens que, ao serem objeto de propriedade por alguém, são capazes de gerar riqueza (terra, 
máquinas, imóveis, empresa) 
o Classes sociais: quem tem meio de produção (burguês) subjuga quem não tem. Isso faz nascer classes sociais, pois 
quem não tem o meio de produção só tem uma coisa para vender, que é seu tempo (proletário). Burguesia x 
Proletariado 
 Superestrutura e infraestrutura: “A totalidade de relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a 
base real sobre a qual se levanta uma superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais 
determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral da vida social, 
política e espiritual”. – OU SEJA, as relações de produção criam abstrações na consciência do indivíduo de modo a formar 
uma superestrutura social justificadora das relações produtivas. 
 Humanística 
 
 Página 9 
o Assim, para entender o Direito para Marx é preciso compreender inicialmente os dois conceitos abaixo: 
 Infraestrutura (existência): tudo o que gera riqueza está aqui e ela sustenta a superestrutura – meios de 
produção (indústria, agricultura, comércio, mineração) 
 Superestrutura (consciência): é um estado de consciência, uma noção abstrata e imaterial que serve de 
sustentáculo da sociedade capitalista e retroalimenta a infraestrutura. É composta pelas noções de estado 
(relações políticas), sociedade (relações sociais), religião, cultura, ideologias e, por fim, a justiça e leis). 
Ex.: o direito diz que existe o direito de propriedade; quem falou isso? Quem detém os meios de produção. 
 È uma relação dialética entre as duas estruturas. Todas as ideias da superestrutura fundamentam a 
infraestrutura de modo a justificar a concentração dos meios de produção nas mãos da burguesia. 
 Direito: elemento da superestrutura que é necessário para determinar e para manter os modos de produção tais como 
temos, mantendo-se a infraestrutura da sociedade capitalista 
 
 Relações entre direito e ideologia: toda ideia escamoteada em certos comportamentos usada para justificar um 
comportamento social. A ideologia é um elemento da superestrutura usada para disseminar ideias que servem para 
sustentar o status quo de submissão. A reforma trabalhista é um exemplo clássico, usada para legitimar o uso dos meios 
de produção de modo aquecido. O direito foi usado para retirar direitos dos trabalhadores. 
 
 Instituições em Marx: para ele, a instituições existem para reprimir ou manter a ordem e visam ao mesmo fim: manter o 
status quo. 
o Aparelhos repressivos: reprimir aqueles que se revoltam contra um modo de produção por meio da força, gerando 
medo nos dominados. Ex.: polícia 
o Aparelhos ideológicos: ajudam a mantar o status quo, dando a sensação de que tudo funciona, que as 
oportunidades são para todos e existe mobilidade social. Escondem a verdadeira divisão social entre os que tem 
meios de produção e os que não tem. Ex.: justiça, legislativo, defensoria 
 
 Direito e suas ilusões: o direito, como elemento tipicamente ideológico, traz em si duas ilusões; 
o Ilusão de legalista: ilude os dominados de que a ordem posta é legítima e que as leis tem o poder de mudar as 
situações, enquanto na verdade, presta-se a manter a situação opressiva 
o Ilusão de igualdade: a igualdade existiria a partir do momento em que está prevista na lei, não sendo necessária 
uma igualdade material ou real 
 
 Estado e suas formas políticas – teoria neomarxista Prof. Mascaro: Mascaro analisa o estado em sua atual conjuntura, 
dentro de uma perspectiva da totalidade, de modo que a forma política só pode ser compreendida como derivação da 
forma mercadoria, que se instaura no capitalismo. Ou seja, o estado surge como uma instituição dentro da forma de 
produção como uma derivação da forma mercadoria. Dentro da teoria marxista, os modos de produção existentes tem 
em si um modo de produção mercadoria (produção de coisas). E, dentro delas, as relações humanas e o comportamento 
também são mercadorizado (o tempo de trabalho é mercadoria). Na perspectiva de Mascaro, as próprias instituições do 
estado repercutem essa noção de mercadoria. O estado existe como forma estrutural para sustentar essa produção de 
forma mercadoria e as relações humanas. 
 Humanística 
 
 Página 10 
 
_______________________________________FIM DA PARTE 1 _____________________________________________ 
1.2 Parte II: Pontos relevantes de sociologia jurídica constantes no edital 
1.2.1 Controle social e direito 
 Controle social: tudo aquiloque, dentro de uma sociedade, faça com que os indivíduos se comportem de forma A ou B 
(ex.: teoria do fato social de Durkheim explica isso) 
 Toda sociedade possui formas de moldar o comportamento dos indivíduos para que reflita o comportamento 
dominante. 
 Formas de controles sociais: 
 Formais: derivam do Estado (o qual tem mecanismos para impor que o indivíduo se comporte dessa ou daquela 
forma). Principal , mas não é o único. Pressupõe uma 
institucionalização e relação com o Estado 
 Informais: aqueles que decorrem dos próprios comportamentos humanos (questões externas oriundas das próprias 
pessoas, do grupo social – fato social). 
 É difuso, móvel e espontâneo, sendo típico, MAS NÃO EXCLUSIVO, de sociedades menos complexas. 
 Realizado pela família, fiéis mesma religião, colegas de trabalho e escola... que reprovam determinado 
comportamento e dão recomendação 
 Principal 
 Sociedades simples x complexas: nas complexas e desenvolvidas, nota-se a existência dos dois meios, mas o controle 
formal é realizado principalmente pelas autoridades do Estado, e por consequência, do direito. 
 Direito dentro do controle social: é forma específica de controle social nas sociedades complexas. É controle formal, 
determinado por normas de conduta, que apresentam três características: 
 NORMAS - Normas explícitas, indicam a população a forma exata e clara o que devem ou não fazer 
 SANÇÃO: Protegidas pelas sanções (cíveis, penais, adm) 
 INTERPRETAÇÃO: Interpretadas e aplicadas por agentes oficias 
 
 #TJDFT2016: Defina controle social e sua finalidade: controle social são formas dentro da sociedade usadas para modelar 
o comportamento do indivíduo de modo a adequá-lo ao padrão correto de comportamento. Pode ser formal ou informal 
(define cada), e fala do direito como principal do formal e moral do informal. As normas de conduta dentro das 
sociedades complexas como controle formal se manifestam pelas três características (normas + sanção + interpretação e 
aplicação dos agentes estatais). 
 
 IMPORTANTE  Controle social e Foucault13: 
o Poder e relações sociais: o controle social foi estudado pelo autor principalmente pode meio do estudo do poder e 
como ele pode moldar as condutas dos indivíduos. 
 O poder não é algo que só alguém exerce, e sim perpassa a sociedade, determinando como o ser humano se 
comporta de forma mais ampla.14 
 O poder é fluido, transversal a toda sociedade. O poder se comporta de mais diversas formas (relações econômicas, 
relações humanas e modelando o próprio comportamento e corpo humano) 
 
o Biopoder: influência que o poder tem sobre o corpo humano, possibilidade de o poder dominar o corpo humano. 
Estudou muito a questão dos manicômios e loucura, mas também o poder sob o ponto de vista da estética.15 Ditadura 
da magreza, da brancura – poder sobre a estética. 
 
13 Vai além da sociologia; grande filósofo do sec. XX. Objeto central do pensamento dele é o PODER. Em “microfísica do poder”, o autor explica o poder. Poder NÃO É 
OBJETO, não é manuseável. É algo transversal à sociedade, perpassa todos os seres humanos e é vivido dentro da sociedade. Fala também como esse poder molda o 
comportamento humano 
14 Um dominado pode passar a ser dominador em certos momentos. O operário que é dominado dentro da indústria, ao chegar em casa, domina a mulher em virtude da 
superioridade física 
 Humanística 
 
 Página 11 
o Prisão e dominação do corpo: o Biopoder se manifesta de forma aguda no tema da prisão e dominação do corpo 
(aspecto manicomial a lógica é a mesma). Prender alguém é o exercício de um poder sobre o corpo do outro, é o 
exercício de um Biopoder! 
 Livro vigiar e punir analisa como surge a prisão e como ela surge em uma lógica de humanização das penas, mas 
que, na verdade, por trás de si, traz a questão da manifestação de poder. No livro, Foucault analisa: 
 Do suplício à prisão: o suplício era a pena feita sobre o próprio corpo do acusado por meio da dilaceração do 
corpo humano; o corpo sofre de forma imediata com a sanção. A fase de prova está embutida na fase da 
sanção: tortura da carne para obter a confissão 
 Com a reforma humanista, do suplício passa-se gradualmente para a prisão. 
 A prisão surge para acabar com a exposição pública que era o suplício, mas que ainda traz a sensação de 
morte em vida 
 Troca da morte real, massacrante pela morte em vida  noção de retributividade da pena 
 Prisão é então dar a noção de que a pessoa morreu, mesmo que em temporariamente, em vida 
 Prisão então é dominação sobre aquele que é transgressor (mesma lógica se aplica aos loucos  excluídos 
da sociedade pelo comportamento não normal) 
 A prisão tem uma série de lógicas usadas para disciplinar e modelar o comportamento, tornando os 
comportamentos desviantes em corpos dóceis – pessoas submetidas a processos de poder que foram 
domesticadas e disciplinadas, modelando-se por meio de modelos que a sociedade entende correta 
 Para ele, o aprisionamento só tem sentido quando realizado para possível correção do comportamento e 
utilização econômica dos criminosos corrigidos; a prisão como aparelho administrativo é uma máquina 
para modificar espíritos. Na verdade, não quer corrigir ou ressocializar, e sim domesticar 
 
 O panóptico16 de Bentham: a desindividualização do poder – o modelo de panóptico é importante dentro da teoria 
de Foucault porque irá desindividualizar o poder, ou seja, não se sabe quem ou quando o estar-se sendo 
monitorando, mas quem está no panóptico está monitorando. Portanto, é um modo de funcionamento automático 
do poder 
o é a dominação permanente sem se saber por parte de quem, de modo que se está sempre sendo disciplinado 
o o panóptico é a manifestação física do poder 
 
 
 
 
 
 
 Panópticos contemporâneos: quais são os panópticos contemporâneos? Salas de aula, hospitais e muitos outros 
lugares o usam. 
 Tecnologia e panóptico: a internet, câmeras, celulares, mecanismos de busca, redes sociais são permanente 
fiscalizadores, muito além do poder estatal. 
 Relação entre os instrumentos de monitoramento eletrônico e prisão: tornozeleira eletrônica  é um 
panóptico moderno, pois o indivíduo é fiscalizado o tempo todo mas não sabe por quem nem quando, 
disciplinando-se a pessoa 
1.2.2 Estratificação Social e Direito 
 Estratificação: termo usado pelas ciências sociais para indicar que a sociedade é dividida em vários grupos sociais, 
constatando-se um fenômeno de superposição ou hierarquização. 
 
15 Ex.: em um local de muito calor, homens usam terno e gravata a fim de passar uma imagem de credibilidade (caso do professor). É um poder existente que determina 
isso. 
16 Toda estrutura arquitetônica que é baseada em um ponto central mais elevado de onde se vê todos os outros ambientes 
 Humanística 
 
 Página 12 
o Grupos sociais: nossa sociedade é divida em classes (A, B, C... média, alta...). Não necessariamente toda sociedade 
se divide assim. Mas, quando isso acontece, tais sociedades são chamadas estratificadas, de modo que alguns 
elementos aproximam alguns indivíduos que compõem o mesmo grupo 
o Na idade média, falavam-se em estamentos (clero, nobres, servos). Há clãs, castas, 
o Nas sociedades capitalistas contemporâneas, são as classes 
 Tipos: 
o Estratificação fechada: não permitem mobilidade, pois há limites sociais e até legais insuperáveis. 
 Ex.: Índia – sociedade de castas e idade média (estamentos legalmente protegidos). 
o Estratificação aberta: permite a mobilidade entre classes, há frequente mudança de status social dos indivíduos 
(soc. Capitalistas contemporâneas). 
 Classes sociais: critériospara caracterização: 
o Qualitativos: é ligada à ideia de Marx: se tem ou não meios de produção. O modo de produção de cada sociedade 
determina a classe (burguês e proletários) 
o Quantitativos: Weber – leva em conta o grau de educação, profissão, religião, espaço de moradia para definir a 
classe. NOSSA SOCIEDADE ADOTA PREDOMINANTEMENTE ESSE CRITÉRIO 
 Direito e classes: desse modo, apesar de o Direito visar a imparcialidade e a isonomia, NÃO se pode afirmar que a 
divisão da sociedade em classes sociais é irrelevante para a aplicação das normas jurídicas, posto que a posição dos 
indivíduos nas classes sociais influencia a aplicação do direito em diferentes aspectos, como, por exemplo, no nível de 
acesso ao sistema jurídico, e o tratamento dado pelo sistema jurídico a tais sujeitos. 
o Assim, a análise sociológica é fundamental na aplicação do direito. A classe social deve ser levada em conta SIM 
quando da aplicação do sistema jurídico; 
o A isonomia não é simplesmente dar a cada um o que é seu, e sim dar um acesso à justiça diferenciado aos 
vulneráveis 
o 100 regras de Brasília: previu amparo diferenciado aos vulneráveis (CF, princípio isonomia)17 
 O direito pode promover transformações sociais??? O direito é apenas substrato de manutenção do status quo, como 
dizia Marx, ou pode ser usado como instrumento de transformação?18 
o Direito não transforma: 
 Marx: direito mantém a sociedade como ela é 
 Savigny: direito é reflexo da realidade, sendo incapaz de promover transformações, pois regras postas apenas 
refletem a realidade social 
 Puchta: neomarxista, defende que o direito é um reflexo da infraestrutura 
o Direito transforma: 
 Friedmann: direito pode transformar a realidade 
 A Constituição tenta fazer isso por meio de sua força normativa (transformar a realidade por meio das normas 
sociais), com previsão de direitos sociais, individuais e garantias. Quando o direito cria formas de acesso à 
educação superior à pessoas que historicamente foram deixadas à margem disso, ele possibilita a 
transformação social e mobilidade de classes 
 Para isso, temos que encarar que as pessoas são diferentes e estão dividas em classes 
 Noções de ilicitude são diferentes entre as pessoas em suas classes 
1.2.3 Conflitos Sociais e Direito 
 Conflitos: faz parte do ser humano. São tão naturais e tão comuns como as divergências de interesses. 
 
17 As Regras de Acesso à Justiça das Pessoas em Condição de Vulnerabilidade, conhecidas como As 100 Regras de Brasília, foram aprovadas pela XIV Conferência Judicial 
Ibero-americana, que teve lugar na capital federal de 4 a 6 de março de 2008. Não ganharam a fama merecida, mas possuem um poderoso acervo conceitual e uma agenda 
vigorosa de facilitação do acesso à justiça como única forma de pacificação das relações sociais e de estabilidade das relações jurídicas. Traz conceitos bem delineados do 
que sejam as pessoas em situação de vulnerabilidade, por critérios de idade, incapacidade, inserção em comunidades indígenas ou migratórias, vitimização, pobreza, 
gênero, minorias ou pessoas privadas da liberdade. Para quem gosta de estudar processo, nada mais instigante do que evocar preceitos de envergadura internacional, 
conquanto não ostentem, neste caso, o status de tratado. 
18 Em prova, coloque as duas correntes e coloque os autores; não assuma uma posição fechada 
 Humanística 
 
 Página 13 
 Direito: é um dos mecanismos sociais que se propõe a solucionar esses conflitos, garantindo direitos e deduzindo 
pretensões. Assim, o direito tem relação direta com o fato social conflito. O direito vem para tentar aquinhoar esses 
conflitos. 
o O processo judicial é o ponto máximo do desenvolvimento dos meios de solução de conflitos 
 Breve histórico: 
o Autotutela: Na antiguidade mais remota, tínhamos autotutela – autodefesa, sem proporção 
 Código de Amurab – trouxe a proporção com olho por olho e dente por dente 
o Autocomposição: Romano - jurisconsultos e juízes tentando levar a autocomposição 
o Heterocomposição: período romano, que passou a decidir em nome do Estado com heterocomposição 
 Árbitro: da vingança individual passou-se a colocar a decisão nas mãos de um terceiro estatal 
 Evolução: essa evolução não quer dizer que a heterocomposição é a única, pois a história é pendular; hoje, tentamos o 
equilíbrio entre Autocomposição e heterocomposição 
 Conceitos: vide manual de mediação do CNJ 
 
 
 Sistemas não judicias de composição de litígios: dentro das funções sociais do direito, temos a prevenção e a 
composição de conflitos. 
o Prevenção quando o direito promove um disciplinamento social e faz evitar o choque de interesses 
o Compõe pois permite a discussão dos interesses antagônicos das partes do conflito 
o No direito, temos 4 formas de compor litígios: 
 
 Formas de composição de litígios AUTOCOMPOSITIVAS: 
 
1. Negociação direta: partes entendem-se mutuamente e estabelecem um acordo, negociam que uma das partes 
se submeta aos interesses da outra para solucionar o conflito 
2. Mediação e conciliação: quando a primeira fracassa, entra essa. Entra em cena alguém que facilita o diálogo 
entre as partes, acomodando-as e dirimindo as divergências a fim de não se levar as partes ao litígio 
 Mediador: 
o Conceito clássico: age nas causas humanas do problema, e não se preocupa só com a solução (ex.: um 
divórcio que se funda na falta de comunicação) 
o Conceito CNJ: Para o CNJ, é diferente 
 Conciliador: 
o Conceito clássico: quer resolver o problema (um divórcio que o conciliador quer fazer o acordo da 
partilha) 
 Humanística 
 
 Página 14 
o Conceito CNJ: defende uma conciliação não tão fria 
 
 
 
 Formas de composição de litígios HETEROCOMPOSITIVAS: 
 
3. Arbitragem19: não há consensualidade. Um terceiro é eleito para solucionar o problema, o qual não integra o 
judiciário. É um agente privado. No nosso ordenamento, se dá pela cláusula compromissória (ANTES - previamente 
estabelecido no contrato, já consta que árbitro irá resolver) ou do compromisso arbitral (DEPOIS - o problema 
surge, as pessoas brigam e no meio da briga, instituem a arbitragem). 
 
4. Composição jurídica: ´quando a negociação direta, mediação e conciliação, passa-se à atuação do magistrado no 
processo. Heterocomposição em sua função institucionalizada 
 
o Tabela CNJ: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 #TJRS2016: Explique heterocomposição e autocomposição. Diferenças entre mediação e conciliação. 
 
19 STF já pacificou que não viola o direito de acesso à justiça a previsão legal de que decisões arbitrais não se submetem ao judiciário. 
 Humanística 
 
 Página 15 
 
 
 
o A leitura da Res. 125 do CNJ é obrigatória 
 Na resolução, destaca-se a diferença de acesso à justiça e acesso ao judiciário  ajuizar um processo não é 
acesso à justiça, outras vezes uma sentença dada não é necessariamente fazer justiça 
o ATENÇÃO!!! Sistema de Justiça Multiportas (multidors system) – vem do direito americano e foi incorporada no 
ordenamento jurídico brasileiro pelo NCPC. Trata-se da ideia de que o Judiciário tenha vários serviços de 
composição de conflitos. Ou seja, que seja um sistema com várias portas (várias alternativas) para que o cidadão 
possa acessar o judiciário, e não necessariamente busque a solução do conflito somente pelo processo litigioso 
judicial. Assim, o tribunal deve oferecer a mediação, conciliação, mediarbitragem.20 Antigamente falava-se em 
métodos alternativos de solução de conflito; hoje são mecanismos integrados ao judiciário. O CPC incorporou tal 
ideia por meio da imposição da mediação/conciliação como fase prévia do processo e por meio da incorporação dos 
conciliadores e mediadores ao próprio sistema de justiça. 
 
o ATENÇÃO: revisar no NCPC tudo o que tem sobre conciliação/mediação (o professoracha que o examinador vai 
trazer a humanística junto com o CPC) 
 
1.2.4 Aspectos gerenciais da atividade judiciária (administração e economia) 
 Conceito: IMPORTANTE!!!! 21É uma demanda dos juízes. 
o Cultura institucional: um dos grandes problemas do judiciário hoje é sua taxa de morosidade. Segundo o CNJ, isso 
se dá principalmente pela má gestão. Essa má gestão se dá pela cultura institucional 
o Administração patrimonialista (burocrática e hierarquizada)  substituir pela Administração Gerencial (eficiência): 
é um ideal a ser buscado. O CNJ surgiu também pela preocupação de melhorar a gestão adm dos tribunais 
o Investimento em Centros de Inteligência e boas práticas: na busca pela mudança da cultura institucional para uma 
administração gerencial (baseada na eficiência) e não patrimonialista, o CNJ tem investido nesses Centros de 
Inteligência (investigam quais são as principais demandas e quais formas melhores de solucionar, agindo 
preventivamente) e boas práticas de gestão 
 Administração judiciária: novo campo de estudo tendente a melhorar o judiciário, trazendo para a adm pública 
conceitos da adm privada 
 Magistrado administrador: o CNJ tem ciência de que sobre o juiz não recai apenas a atividade judicante, e sim uma 
função administrativa de organizar a justiça (da Vara) em prol do bem comum. Dessa forma, atividades de premiação, 
hierarquia, organogramas e gestão de pessoas entram na pauta dos envolvidos no sistema. 
 
20 No contrato, as partes colocam que primeiro vão buscar um mediador e só se ele falhar é que vão para a arbitragem. 
21 O conceito Weberiano de burocracia (tipo ideal mais puro e racional de dominação legal, exercido mediante um quadro administrativo profissional que busca alcançar a 
eficácia) pode dar uma luz de como sair da adm patrimonialista para a adm gerencial – adotando-se um modelo burocrático por meio do recrutamento universal de 
profissionais qualificados, da supervisão, da impessoalidade e do formalismo. 
 Humanística 
 
 Página 16 
 Gestão e Gestão de pessoas: para ser um bom administrador, o Juiz deve ter noção gestão de pessoas. Em virtude da 
necessidade das administrações dos tribunais serem eficiências, o CNJ ampliou a função do magistrado para também 
gerir pessoas na esfera administrativa dos tribunais. 
o O planejamento de gestão de pessoal tem que se moldar à realidade social dos objetivos da Justiça 
o A gestão de pessoas busca entender os indivíduos, como seu comportamento, necessidade, para que sua qualidade 
de vida reflita em suas atividades a fim de que haja motivação no trabalho. Para isso, é importante a recompensa. 
Folgas, home office... 
o ATENÇÃO! LEITURA OBRIGATÓRIA!!! Res. Nº 240/2016 do CNJ 
 Art. 1º - institui a Política Nacional de Gestão de Pessoas do Poder Judiciário com as seguintes finalidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2.5 Direito, Comunicação Social e Opinião Pública 
 Comunicação social: campo de estudo e profissional que cuida da comunicação em massa. 
 Opinião Pública: é o agregado do que pensa uma parcela da sociedade sobre determinado tema. 
 #TJDFT2015 PROVA ORAL: Como deve ser o relacionamento do Juiz com a mídia??? Manifestação na mídia, nas redes 
sociais e sobre processos judiciais 
 Em suas relações com a comunicação social, o Juiz deve pautar-se: 
o Na transparência: inerente à função judicial, tendo dever se comunicar com a sociedade 
o Dialogando com o papel do judiciário e: o direito tem papel contramajoritário, logo, irá desagradar, pois geralmente 
a maioria quer subjugar as minorias 
o Seus deveres legais: art. 36, III da LOMAN e 12 do CEMN 
 LOMAN e Código de Ética da Magistratura: 
 
 
 
 
 
 
Art. 36 – é vedado ao magistrado: 
III - manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo 
depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no 
exercício do magistério. 
 
 Humanística 
 
 Página 17 
 
 
 
 
 ATENÇÃO!!! PROVIMENTO 71/2018 CNJ 
 
 
 
 Humanística 
 
 Página 18 
2. Teoria Geral do Direito e da Política 
2.1 Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
 Direito: 
 
o Vem da ideia de “caminho a ser seguido”. Na história da humanidade, o direito está ligado às seguintes expressões: 
o jus-juris: vínculo de direitos e obrigações entre as pessoas. Expressão em sânscrito. 
o Directum: de+rectum. Origem latina, do direito romano. Expressa linha reta e caminho a ser seguido. O direito é 
aquilo que deve ser seguido, um código de comportamentos e condutas a ser seguido pelas pessoas. O que não é 
direito, é torto, fora do padrão que a sociedade exige 
 Lei: 
o Liame, Ligação, Relação entre as pessoas: lei é diferente de direito; a lei é uma das formas de manifestação do 
direito. P. ex., em qualquer comunidade rural, por mais isolada que seja, terá um código de conduta, a qual não 
vem da lei. 
 Direito x Lei x Norma: Lei não é igual a norma! Norma pode vir de costumes, práticas. Norma também é uma forma de 
manifestação do direito; da lei, emanam as normas. 
 Miguel Reale22: o direito é o resultado de três dimensões: dimensão normativa, dimensão axiológica e dimensão fática 
o Direito estatal (dim. Normativa): posto pelo Estado, como fenômeno estatizado. É tido como ordenamento, norma 
jurídica, ciência do Direito. 
o Direito é fato ou fenômeno social (dimensão fática): o direito existente em qualquer comunidade, seja urbana ou 
rural, sendo um fato social, como fato ou fenômeno. É a realidade social histórico-cultural. 
o Direito é valor (dim. Axiológica): direito é valorativo, como valor justo pela deontologia 
o Direito é uma Ciência do Mundo da Cultura: direito como área do conhecimento humano. Mundo da cultura – 
contrário de ciência da natureza; ciência produzida pelo intelecto humano 
 Sentidos de direito23: 
o Direito como justo – dimensão axiológica: valores fundamentais que estão por trás do direito; ideia de que o 
direito vem para equilibrar relações humanas. Valores que o direito encarta que são fundamentais trazem essa 
justiça (boa-fé objetiva, cooperação); o objetivo do direito aqui é a realização do justo no caso concreto, com 
garantia de justiça nas relações pessoais 
o Direito como 24: norma de agir. Conjunto de normas postas dentro do Estado, sendo condutas 
tipificadas na legislação (Lembre da Altair – agenda da Altair) – confunde-se com o DIREITO OBJETIVO 
o Direito como : faculdade de agir. Advém da norma agendi; é o direito subjetivo que decorre das 
normas postas, sendo as prerrogativas decorrentes daquelas – DIREITO SUBJETIO 
o Direito como ciência: é igual à ciência jurídica, sendo a dimensão dogmática do direito. Estuda os ordenamentos 
jurídicos, a estruturação das fontes em um determinado sistema. 
 
22 Teoria tridimensional do direito – pressupõe que fato, valor e norma estão sempre presentes, e devem ser levados em consideração pelo direito e seus operadores. 
Rebate que o direito é a apenas a aplicação de silogismo e a lógica formal; Deve-se levar em conta os valores que determinam os preceitos jurídicos e os fatos que os 
condicionam, tanto na gênese quanto na aplicação. Assim, é preciso considerar a cultura, hábitos, o dia a dia do povo, englobando o fato social no aprimoramento das 
normas. O direito é um produto entre a dialética dos três fatores, sendo o direito na dimensão normativa (direito como ordenamento, norma jurídica, ciência do Direito), 
na dimensão fática (é a realidade social histórico-cultural, como fato social) e na dimensão axiológica (direito é valorativo, como valor justo pela deontologia). 
23 Em prova do TJSP, caiu a questão “disserte sobre o conceito analógico de direito e os tipos de saberes jurídicos”. Analógico, aqui, é o contrário de equivoco,quando nos 
referimos a palavras com mais de um sentido. Se os sentidos têm relação, é uma palavra plurívoca e analógica; se os sentidos são distintos, é plurívoca e equívoca. Assim, o 
conceito analógico de direito é falar dos muitos significados da palavra “direito”. E os saberes jurídicos? No que tange aos tipos de saber jurídico, como relata a doutrina 
referente à introdução ao estudo do direito, primeiro é preciso refletir sobre o que é saber. Assim, posição mais acertada é a que considera "saber" um conjunto de 
conhecimentos metodicamente adquiridos, mais ou menos sistematicamente organizados e que pode ser transmitido por meio de um processo pedagógico de ensino. 
Dessa forma, há três tipos de saber, de conhecimento, isto é, formas de apropriação que o ser humano faz da realidade. Conhecimento Empírico que é o resulta da 
experiência comum e ocasional da vida cotidiana, baseia-se no senso comum; Conhecimento científico que é aquele que procura descobrir as causas imediatas das coisas, 
é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados; e Conhecimento filosófico que consubstancia a descoberta das causas mais profundas, 
universais e mediatas das coisas. A ciência não é suficiente para explicar o sentido geral do universo. Seu instrumento é o raciocínio lógico. Nesse sentido, ressalta-se que 
as proposições, os tipos de conhecimento refletem os tipos de saber jurídico 
24 norma agendi são os códigos; facultas agendi são os direitos subjetivos – códigos x código informática 
 Humanística 
 
 Página 19 
o Direito como fato social: abordagem do direito do ponto de vista sociológico, analisando-o como estrutura social 
aliada a outros fatores (como econômicos e políticos) 
 Direito Objetivo: é a norma agendi; conjunto de mais variadas normas, constituindo-se em um dado objetivo. É o 
conjunto de regras vigentes num determinado momento para cuidar das relações humanas e que são impostas 
coativamente pelo Estado. Implica em: 
o Regras jurídicas postas ou regras de conduta 
o Conjunto de fontes formais de onde vão emanar os direitos objetivos (leis, costumes e princípios gerais) 
o Direito exteriormente posto, facilmente acessível, pois tem um local definido onde está 
 ATENÇÃO: não é mero sinônimo de direito posto! Não é sinônimo de conjunto de leis porque regras de 
conduta podem advir dos costumes também 
 Direito subjetivo25: facultas agendi; é consequência do direito objetivo ao encerrar o poder de ação derivado da norma 
(facultas agendi), isto é, trata-se da faculdade ou prerrogativa de o indivíduo invocar a lei na defesa do seu interesse. 
Como direito objetivo se manifesta para cada pessoa; a modelagem para cada pessoa. 
o Teorias sobre o direito subjetivo: procuram explicar porque as normas gerais vão proteger os direitos de cada 
indivíduo 
 
 Individualista – existe, já têm direitos - jusnaturalista: o ser humano como de natureza livre, individual e 
autônoma, passa a ter direitos pelo simples fato de existir, sendo estes anteriores à sociedade 
(Jusnaturalistas26– Locke e Rousseau) 
 Vontade – vontade do ser humano que é protegida pelo ordenamento: Savigny e Windscheid – é o poder ou 
domínio da vontade livre do homem, que o ordenamento protege e confere. O direito, dizia Savigny, 
apresenta-se como um poder do indivíduo protegido pelo ordenamento com consentimento de todos – crítica: 
o incapaz não tem vontade livre; então não tem direito subjetivo? 
 ***Interesse – interesses jurídicos das pessoas protegidos pelo ord. jurídico: Ihering – o direito subjetivo são os 
interesses juridicamente protegidos por meio de ação judicial. Crítica: o que são interesses? Não define 
 ***Eclética ou Mista: Jellinek27– conjugou o elemento vontade com o elemento interesse. Ele definiu o direito 
subjetivo como o interesse protegido que a vontade tem o poder de realizar 
 Lógico-formal: Kelsen. Refere-se ao conceito de pessoa, que é um feixe de obrigações, responsabilidades e 
direitos subjetivos (conjunto de normas jurídicas). 
 Egológica: Carlos Cossio. O Direito subjetivo recebe duplo tratamento: a) no plano lógico, é a determinação do 
dever jurídico; no plano ontológico, se identifica com a liberdade. Toda conduta é liberdade metafísica 
fenomenizada 
 **Garantia – o direito subjetivo é aquilo que pode ser garantido pelo objetivo – confunde o direito com 
proteção jurídica: a base do direito subjetivo é a possibilidade de a ordem jurídica garantir e efetivar a tutela 
do direito, ou seja, o direito subjetivo é aquilo que pode ser garantido pelo direito objetivo 
 
 
25 Direito objetivo – beber e dirigir é crime; mas eu estava bêbado de forma fortuita, então o direito subjetivo é a forma que a norma posta será aplicada a você 
26 Direitos existem antes mesmo do próprio estado. Crítica: não se tem como provar o que existe antes ou não 
27 Pronuncia-se Iellinek 
 Humanística 
 
 Página 20 
 OBS - COMPLEMENTO: Três principais teorias que procuram definir a natureza do direito subjetivo: 
1) TEORIA DA VONTADE de Savigny e Windscheid – direito subjetivo é o poder da vontade reconhecido pela 
ordem jurídica (críticas – há direitos sem vontade do titular; há casos em que há uma vontade real, porém o 
que o ordenamento jurídico protege não é a vontade do titulas, mas sim seu direito; o direito pode existir sem 
a vontade). 
2) TEORIA DO INTERESSE de Ihering – direito subjetivo é o interesse juridicamente protegido (críticas: há 
interesses protegidos que não se confundem com direitos subjetivos; direitos subjetivos onde não existe 
interesse por parte do titular; confunde o interesse seria o objeto que interessa, o que não tem sentido). 
3) TEORIA MISTA de Jellinek, Saleilles e Michoud – direito subjetivo seria o poder da vontade reconhecido e 
protegido pela ordem jurídica, tendo por objeto um bem ou interesse. Críticas: mesma acima. Direito não é 
objeto 
 DICA FUNDAMENTAL: DECORE OS NOMES DOS AUTORES 
2.2 Direito e sanção 
 Sanção é igual à penalidade? NÃO. Tecnicamente, não, pois nem toda sanção é uma penalidade. A sanção é a 
consequência de um comportamento. A norma jurídica geralmente prevê dada a conduta A, tem-se a consequência B. 
Essa consequência é a sanção, mas não necessariamente é negativa! Então, a sanção pode ser pena, mas nem sempre. 
o Sanção negativa: pena de condutas típicas, por exemplo. 
o Sanção positiva (sanção premial ou recompensatória) – são prêmios que estimulam a pessoa a praticar a conduta. 
Ex.: quem pagar o IPVA até tal dia, receberá desconto 
 Condutas e sanção - formas de conduta 
o 28Normal: não há sanção porque a conduta é normal. A norma existe, mas não tem sanção. Ex.: todas as pessoas 
são livres. 
o Anormal: há sanção para apenar porque se comportou de forma contrária ao ordenamento 
o Sobrenormal: há sanção para retribuir porque o indivíduo age para além da norma; é aquela positiva 
 Kelsen: diferentão29. Para ele, não existe norma jurídica sem sanção, pois o ilícito é pressuposto do direito, 
 de modo que o direito só nasce com a trangressão
o Direito é uma ordem de coerção: é um instrumento de força, de imposição das condutas, já que precisa de coerção 
para que as pessoas cumpram a norma 
o O ilícito não é a negação do direito, mas seu pressuposto de surgimento: para a maioria, o lícito é fazer o que o 
direito objetivo propõe; se eu faço, então tenho um comportamento jurídico. Para Kelsen, como parte do 
pressuposto que as pessoas vão transgredir, a sanção é parte necessária da norma. Assim, a sanção não é algo 
anormal ou sobrenormal, e sim imprescindível para o direito. O direito só existe no momento da transgressão. 
o A sanção é parte necessária da norma 
2.3 Fontes do Direito Objetivo 
 Conceito: é o local de onde emana o direito 
 Fontes: 
o Cognição: fonte formal; locais onde formalmente o direito é produzido; ex.: lei 
o Produção jurídica: fonte material;fatos sociais humanos, costumes, enfim, produção da interação humana 
 Classificação: 
1. Quanto à natureza: 
 Fontes Diretas, próprias ou puras30: o direito é encontrado em seu estado bruto, como matéria prima, da forma 
mais objetiva possível. São as leis, costumes e princípios gerais do direito. Quando você começa a pensar da 
aplicação da norma no caso, já sai da fonte direta. 
 
28 Não unânime; para Kelsen, não existe 
29 Ele tem uma visão pessimista do ser humano, então parte do pressuposto que as pessoas vão ter o comportamento desviante (impressão do professor, não é o que ele 
diz) 
 Humanística 
 
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 Indireta: reflexão e análise detida da norma bruta; doutrina e jurisprudência; já há impressões daquele que 
analisou 
2. Quanto ao órgão produtor: 
 Estatais: lei, jurisprudência e princípios gerais 
 Não estatais: costumes e doutrina 
 A interpretação do art. 4º da LINDB31: “Quando a lei32 for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais do direito”. Aqui já vimos algumas fontes: lei, jurisprudência, analogia, costumes e 
princípios gerais do direito 
o Pergunta-se: 
 Analogia é fonte? Não é. É forma de integração do direito usada quando há lacunas do direito. O caso 
antecedente guarda similitude com o problema jurídico atual. Logo, usa-se o direito já existente para outra 
situação e aplica-se. 
2.4 Costumes 
 Conceito: é regra de conduta observada em determinado meio social, de uso contínuo¸ e que é seguida com a convicção 
de ser juridicamente obrigatória e necessária. O que diferencia os costumes de outros hábitos sociais é a convicção de 
sua obrigatoriedade. 
o Requisitos dos costumes33: 
 Elemento objetivo: uso continuado e generalizado pela sociedade 
 Elemento subjetivo: convicção de obrigatoriedade 
 Classificação: 
o Contra legem: opõem a lei. Os indivíduos fazem o que é contrário à norma posta. Normalmente, não é aceito no 
nosso sistema jurídico. 
o Praeter34 legem: suprem lacunas, disciplinando matérias que a lei não conhece. A lei diz algo e as pessoas fazem o 
que a lei diz e algo mais, além da lei, contudo, não há conflito 
o Secundum legem: o costume coincide com a lei; a norma posta diz algo e as pessoas fazem aquilo que a lei diz 
2.5 Princípios gerais do Direito 
 Conceito: são as normas jurídicas mais gerais (fundamentais), que orientam todo o sistema jurídico e fundamentam 
valores da sociedade. É dos princípios que derivam tanto as regras jurídicas quanto a interpretação dessas. Normas 
basilares. 
o São normas que recepcionam valores, condensando de forma geral as aspirações da sociedade. 
o O que os diferenciam das demais normas? São mais gerais e abstratos, tem conteúdo mais aberto e encapsulam os 
valores de uma sociedade (são extremamente axiológicos). 
o São fontes estatais (diretas) 
 Fases dos princípios do Direito (evolução): observe que os princípios saem de algo transcendental e passa a norma por 
excelência. 
o Jusnaturalista: transcendental. Eram vistos como fonte extrajurídica de orientação sobre o que seria justo ou certo. 
Era metafísico 
o Juspositivista: forma de complementação do Direito. Ainda eram extrajurídicos e só utilizados na ausência da lei. 
o Pós-positivista: o princípio passa a ser norma por excelência, é o que vivemos hoje. Seu marco decisivo é a 
ressignificação do sentido de norma e valorização do conceito de princípio  
 Norma = regra + princípio- essa ressignificação ocorreu graças a R. Dworking e R. Alexy. Os dois afirmam que 
precisamos superar o modelo positivista que via o direito somente como regra. Assim, a norma precisa ser tratada 
 
30 Pense em uma pedra bruta que será lapidada 
31 Norma de sobredireito, pois ensina como devemos trabalhar as normas 
32 Isso é atécnico, pois é como se os pgd não estivessem dentro da lei. Mais tecnicamente seria falar em “regra” específica para o caso 
33 Ex.: depois de 10h da noite, ninguém para no sinal vermelho por uma questão de segurança em fortaleza (alto índice de violência). Então, em fortaleza, criaram um ato 
normativo que permitiu isso lá 
34 “Além de” 
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como formada por regras e princípios. Assim, os princípios passam a ter normatividade, ao contrário das duas fases 
anteriores. 
 Classificação: em qual ramo se aplica o princípio 
o : inerentes a qualquer ramo do direito. Ex. – boa-fé 
o inerentes a alguns ramos do direito, mas não a todos. Ex.: - contraditório (presente em todos os ramos 
processuais) 
o : presente em apenas um único ramo do direito. Ex.: - reciprocidade (direito internacional) 
o : mais específicos ainda; só dizem respeito a um setor dentro de determinada matéria. Ex.: especificação do 
bem de raiz (direito notarial dentro do direito civil) 
 Relação entre princípios x cláusulas gerais x conceitos indeterminados – existe relação de proximidade, mas não são a 
mesma coisa. As vezes, uma cláusula geral pode ter um princípio, mas nem todo princípio tem cláusula geral. Um 
princípio pode trazer um conceito indeterminado. 
o Cláusula geral: é um texto normativo que não estabelece a priori um antecedente ou um consequente (quando 
analisamos dentro daquele modelo de norma = conduta + sanção). De acordo com Diddier Jr., busca “estabelecer 
uma pauta de valores a ser preenchida historicamente de acordo com as contingências35 históricas”. Ex.: cláusula 
geral do devido processo legal.36 
o Conceito jurídico indeterminado: ocorre quando palavras ou expressões contidas numa norma são vagas, de modo 
que a dúvida encontra-se no significado delas, e não nas consequências legais de seu descumprimento. Ex.: meio 
insidioso37. Não se trata de antecedente ou consequente, e sim os próprios termos das palavras não são pré-
compreendidos. 
 
o Canotilho: os princípios são fundamento das regras. Cada princípio possui o potencial de criar várias outras normas. 
São normas que fundam regras jurídicas. Os princípios são normas que parem outras normas. Contém o potencial 
criador. 
2.6 Jurisprudência 
 Conceito: jurisprudência enquanto fonte produtora do direito 
o Miguel Reale – a forma de revelação do direito que se dá pelo processo através do exercício da jurisdição, em 
virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais. Deve ter uma harmonia no conjunto de decisões 
judiciais. 
o Assis; Serafim; Kümpel – é o conjunto de decisões reiteradas do Poder Judiciário, constantes e pacíficas, resultantes 
da aplicação de normas a casos semelhantes, constituindo uma norma geral aplicável a todos os casos semelhantes. 
 É fonte do Direito38? É fonte indireta, ou seja, não se tem acesso direto ao direito por meio dela, pois ela é a reflexão 
feita na judicatura sobre o direito. 
o NÃO (corrente negativista): Antigamente, havia uma corrente que falava que não era fonte do direito pois não se 
podia garantir a harmonia e também porque era fonte indireta. 
o SIM: Defende que é porque emana de uma função estatal. Com a EC 45 (súmula vinculante, repercussão geral e a 
lei da SV) e o NCPC39 (tudo dando força aos precedentes), essa é a posição majoritária e mais moderna. Para o 
professor, isso demonstra que a corrente negativista não tem mais vez. 
 Precedentes: Diddier Jr., Sarno Braga e Oliveira afirmam que o precedente consiste “na decisão judicial tomada à luz de 
um caso concreto, cujo núcleo essencial pode servir como diretriz para o julgamento posterior de casos análogos”. 
o Conceitos importantes: 
 
35 Contingência é uma eventualidade, um acaso, um acontecimento que tem como fundamento a incerteza de que pode ou não acontecer. Contingênciaé a característica 
daquilo que é contingente, ou seja, que é duvidoso, possível, mas incerto, que pode ocorrer, mas não necessariamente. Não pode ser controlada e não se pode prever se 
vai acontecer ou não 
36 Ninguém será privado de seus bens ou sua liberdade sem o devido processo legal. Quais bens? Que liberdade? Qual é a conduta? O que é devido processo legal? Apesar 
de não se ter tais definições, tem-se uma cláusula geral que garante o mínimo. 
37 O que é meio insidioso? Quais são os meios? Colocar sal na veia de quem é hipertenso poderia ser? Veja, não é um conceito fechado e será conceituado só no caso 
concreto. 
38 Possível questão de prova! Conexão entre a jurisprudência como fonte do direito e o CPC 
39 Art. 927 
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 40: é a obrigatoriedade de cumprimento das decisões as quais se atribui efeito vinculante, tanto 
em relação ao próprio órgão prolator da sentença (efeito horizontal) quanto aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e Administração Pública (efeito vertical). O NCPC, seguindo uma tendência moderna, tenta introduzir 
a força vinculante dos precedentes no nosso ordenamento. Isso já existia deste a 9868 dentro do controle de 
constitucionalidade. Existe na comon law. 
 : adotando-se a força vinculante dos precedentes, é necessária uma 
adequação dos juízes (mudança no perfil político – Medina), pois no Brasil existe grande resistência de 
obedecer aos precedentes. Os juízes devem entender pela integridade e coerência entre os julgados. Assim, o 
sistema introduzido pelo NCPC pede um maior dever de obediência dos juízes aos precedentes. 
 : permitem um não engessamento do julgador 
 Distinguishing (não aplica): diferenciação. Precedentes não engessam o magistrado, mas, para deixar de 
aplicar, tem que diferenciar um caso do outro, explicando porque aquele caso se diferencia do 
precedente. 
 Overruling (supera): é superação do precedente; o tribunal avalia e, diante da evolução e mudança de 
entendimento jurídico, supera. 
 Overriding (aplica em parte): um tribunal, analisando um caso concreto que é análogo ao do precedente, 
decide no julgamento aplicar parcialmente o precedente. 
 Integridade e o Romance em cadeia de Ronald Dworkin 
o Os magistrados têm o dever moral de manter a integridade dos precedentes 
o A história do Direito funciona como um romance, onde os juízes são autores e críticos. Como autores, cada um é 
responsável por um capítulo, de modo que “cada romancista da cadeia interpreta os capítulos que recebeu para 
rescrever um novo capítulo, que é então acrescentado ao que recebe o romancista seguinte e assim por diante”. 
o O juiz, assim como o romancista, deve criar a melhor interpretação possível como se fosse a obra de um único 
autor. É uma continuação, e não uma nova obra. Assim, é possível manter a integridade do direito. 
o Assim, deve existir uma linha de continuidade mínima entre os capítulos da jurisprudência. O juiz, então, deve 
quebrar a ideia do precedente. 
o Se a questão falar em precedentes, fale do romance em cadeia 
o Questão de prova: o Juiz, dentro da teoria dos precedentes, tem liberdade criativa? Correlacione com o romance em 
cadeia de Dworkin.  Para responder, teria que falar da evolução dos precedentes que o professor falou; do CPC, 
da lei. Explicar o que é o stare decisis, integridade do direito e o romance em cadeia. Assim, o juiz tem liberdade 
criativa desde que entenda sua responsabilidade, inclusive moral sob a perspectiva de Dworkin, de manter a 
integridade do sistema assim como um romance em cadeia (metáfora do autor). 
2.7 Súmula Vinculante 
 Art. 2º Lei 11.417/06 – prevê expressamente a Súmula e veio regulamentar o art. 103-A da CF. 
Art. 2
o
 O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, 
editar enunciado de súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais 
órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como 
proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista nesta Lei. 
 
 Quem não fica vinculado? O próprio STF e o Legislativo 
 Adm pública se submete (federal, estadual ou municipal) 
 Quem é legitimado para propor, alterar ou cancelar? 
o Os mesmos do art. 103 (3 pessoas, 3 mesas, 3 entes) + 
o Defensor Público-Geral da União + 
o Tribunais Superiores, TJs, TRFs, TRTs, TREs e Trib. Militares 
 
40 Pronuncia-se “stare dexizis” – é latim, não é inglês. É decorrente do latim "stare decisis et non quieta movere" respeitar as coisas decididas e não mexer no que está 
estabelecido, utilizada no direito para se referir à doutrina segundo a qual as decisões de um órgão judicial criam precedente e vinculam futuras decisões. 
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o E o município? Só incidentalmente. Art. 3º, §1º - O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja 
parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo 
 Abertura procedimental: art. 3º, §2º - No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o 
relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. Amicus curiae, audiência pública, oitiva de especialistas 
 Quórum: 2/3 dos ministros - art. 2º, §3º - A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula com efeito vinculante 
dependerão de decisão tomada por 2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária 
 Modulação: pode, previsão expressa. Mesmo quórum (art. 4º) 
 ADPF – não cabimento: a ADPF é subsidiária; logo, se tem um procedimento próprio de alteração, cancelamento ou edição, não tem 
sentido ajuizar a ADPF 
 
2.8 Validade, Vigência e Eficácia AQUI 
 Análise baseada em Bobbio (Teoria da Norma Jurídica) – Segundo Bobbio, toda norma jurídica pode ser submetida a 
três valorações distintas, e que estas valorações são independentes umas das outras (justiça, da validade e eficácia da 
norma jurídica): 
o 1. Justiça  valor: Se é justa ou injusta (valorativo) – a discussão sobre justiça é sobre valor; o que é justo pra mim 
pode não ser para o outro; subjetivo 
o 2. Validade  existência técnica: Se é válida ou inválida (existência técnica) – ser a norma válida ou não é uma 
questão de existência técnica; ou seja, cumpriu essa norma os requisitos técnicos para existir? Seguiu as regras 
previstas em normas superiores de produção? O conteúdo é compatível? 
o 3. Eficácia  disponibilidade de efeitos: Se é eficaz ou ineficaz (disponibilidade) – disponibilidade que a norma tem 
para produzir efeitos. Está pronta para produzir efeitos? A norma pode existir e ser válida, mas ser ineficaz, isso 
porque não reuniram os requisitos para produzir efeitos. 
 Validade: a validade, em primeira análise, está relacionada ao fato de ser emanada de um órgão competente, elaborada 
conforme suas regras pré-ordenadas de produção e guardar compatibilidade material com as normas que lhe são 
superiores. 
 Vigência41: desdobramento da validade. A partir de quando a norma vai obrigar as pessoas?Diz respeito ao tempo de 
validade de uma norma jurídica; analisa a partir de quando uma norma válida estará disponível no mundo jurídico 
o #TJPI2016 – Validade x Vigência - diferenças 
o LINDB – art. 1º traz a vigência: em regra, 45 dias depois de publicada (se não tiver disposição em contrário). 
Durante a vacatio, a norma existe, mas não tem vigência 
o OBS: vigor – é a obrigatoriedade em si da norma; a vigência é marco temporal do vigor 
o Perda da vigência se dá: 
 Revogação: quando uma norma perde a validade em decorrência de uma nova norma que lhe impõe este 
efeito 
 Classificação: 
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