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Introdução ao Estudo do Direito - Material Detalhado e Explicativo

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Introdução ao Estudo do Direito
Sugestões Bibliográficas:
Introdução ao Estudo do Direito
FERRAZ, JÚNIOR, TÉRCIO SAMPAIO. São Paulo: Atlas.
Introdução ao Estudo do Direito 
NADER, PAULO. Rio de Janeiro: Forense.
Lições Preliminares de Direito 
 REALE, MIGUEL. São Paulo: Saraiva. 
Direito Civil Brasileiro (Volume 1)
GONÇALVES, CARLOS ROBPITA. São Paulo: Atlas.
Ética a Nicômaco
ARISTÓTELES.
A origem do direito se confunde com a origem do próprio homem. 
"Ubi homo, ibi societas; Ubi societas, ibi jus, ergo, ibi homo, ibi jus."
Tradução: Onde está o homem, aí está a sociedade. Onde está a sociedade, aí está o Direito. Logo, onde está o homem, aí está o Direito.
Jus – Direito do homem.
Faz – Direito religioso.
Mores – Costumes de uma sociedade.
Teoria Tridimensional do Direito: Fato, Valor e Norma.
"Direito não é só norma, como quer Kelsen, Direito, não é só fato como rezam os marxistas ou os economistas do Direito, porque Direito não é economia. Direito não é produção econômica, mas envolve a produção econômica e nela interfere; o Direito não é principalmente valor, como pensam os adeptos do Direito Natural tomista, por exemplo, porque o Direito ao mesmo tempo é norma, é fato e é valor.” (REALE, MIGUEL)
Quais os significados da palavra Direito?
Conjunto de normas jurídicas.
Instituição jurídica.
Prerrogativa.
Ciência Jurídica.
Quais os aspectos para o estudo do Direito?
Zetética - (Do grego: Zétein = Questionar)
Dogmático (Do grego: Dogma = Verdade absoluta)
ANALÍTICA - O que é a norma jurídica?
HERMENÊUTICA - Qual a interpretação da norma jurídica?
ARGUMENTATIVA – Qual o entendimento prevalece? 
	 DOGMÁTICA JURÍDICA
	 ZETÉTICA 
	Pode ser considerada a Ciência do Direito.
É o estudo do direito que toma a lei como ponto de partida, considerando-a uma premissa inafastável, com vistas a decidibilidade. 
Exemplo: Não tem como explicar o direito constitucional sem a Constituição. 
	Pode ser considerada a Filosofia do Direito.
É o campo do saber que não conhece limites nas suas indagações, podendo questionar as próprias premissas do agente. Não existe compromisso com a tomada da decisão. Pode-se indagar acerca dos pontos de partida. 
O que são normas?
"Norma é uma maneira de conduta que pode ser jurídica, moral, técnica, etc."
Características:
Generalidade
A norma jurídica obriga a todos.
Imperatividade
A norma é um comando.
Prescritivo: impõe uma ação.
Proibitivo: proíbe uma ação. 
Abstração
A norma visa abranger o maior número de casos possíveis.
Coercibilidade
A norma para ser cumprida pode ter o uso da força.
Psicológico: intimidação.
Material: força.
COERÇÃO - É a força no campo psicológico.
COAÇÃO - É a força no campo físico. 
ATRIBUTIVIDADE - É a possibilidade de aplicar uma sanção. 
SANÇÃO - É a medida punitiva caso não se cumpra a norma.
JURÍDICA: Prevista abstratamente para descumprimento da norma.
MORAL: Está na consciência do agente.
Classificações:
Norma Organizacional x Norma de Conduta 
I. São as normas que estruturam as atribuições e competências do Estado, ente públicos e dos poderes. 
II. São as normas que disciplinam o comportamento humano com caráter de imposição sobre o que deve ou não ser feito. 
Norma Nacional x Norma Estrangeira x Norma Uniforme
I. São as normas produzidas pelos Poderes do Estado Brasileiro. Por excelência, essa função cabe ao Poder Legislativo. 
II. São as normas criadas por um Estado estrangeiro ou organização internacional. 
III. São as normas que valem tanto em território Nacional quanto Internacional. *Normalmente ocorrem por meio de Tratados Internacionais que estabelecem regras comuns em diversos países.*
Norma Legislativa x Norma Consuetudinária x Norma Jurisprudencial 
I. São as normas criadas pelo poder Legislativo. 
II. São as normas não escritas que atuam baseada nos costumes. 
Tipos de Costume:
Secundum Legem, de acordo com a lei. 
Contra Legem, contra a lei. 
Praeter Legem, preferido pela lei. (Lei omissa ao caso) 
III. São as normas que derivam da jurisprudência. 
Cortes Especiais: 
STF (Supremo Tribunal Federal)
Tem a última palavra a respeito da interpretação da Constituição. 
STJ (Superior Tribunal de Justiça)
Tem a última palavra a respeito da lei federal. 
Geram um acordão e produz jurisprudência. 
2ª Instância:
Tribunal de Justiça (Câmara + Pleno) 
Gera um acordão e produz jurisprudência.
1ª Instância: 
Juiz 
Gera uma sentença. 
Súmula: Resumos de jurisprudências.
Súmula Vinculante: É obrigatória ao Presidente, aos governantes, aos prefeitos e aos secretários. O Poder Legislativo pode criar que anulem a Sumula e o STF, também, pode revogar a Sumula. 
 
Norma Constitucional x Norma Complementar x Norma Ordinária 
I. São as normas que estão no topo hierárquico. (Texto da Constituição + Bloco Constitucional) 
Absoluta.
II. São as normas que precisam de maioria absoluta para serem aprovadas. A criação das mesmas já está prevista na Constituição. 
1º Grau.
Infraconstituicionais. 
III. São as normas que precisam de maioria simples para serem aprovadas. A criação das mesmas não está prevista na Constituição. 
1º Grau. 
Infraconstitucionais. 
As normas de 2º Grau são resoluções, portarias que regulamentam as normas de 1º grau. Não inovam. 
Obs. A emenda constitucional tem o papel de contradizer o Texto da Constituição, com exceção das cláusulas pétreas. 
Características
Cogentes
São normas de aplicabilidade obrigatória.
Exemplo: Normas do Direito Penal.
Dispositiva 
São normas de aplicabilidade dependente da autonomia do agente.
Exemplo: O pacto antenupcial. 
	 PRINCÍPIO
	 REGRAS
	São a base das regras porque são os valores que regem dentro do sistema jurídico. Tem função normogenética e possui sentido lógico, racional. 
Exemplo: Dignidade na pessoa humana, direito à vida. (Princípios que regem dentro das regras)
	Provém dos princípios através do legislador que atua de forma coerente ao criar as regras. A regra te proíbe e te permite. 
Informação Adicional
Modelos Jurídicos:
Civil Law
Prevalece a Lei Positivada; Possui Códigos.
Common Law 
Prevalece a jurisprudência.
	 DIREITO NATURAL (SEM COATIVIDADE)
	 DIREITO POSITIVO (COM COATIVIDADE)
	 SER (Leis da Natureza)
É caracterizado como subjetivo. Refere-se ao sujeito e seu jeito de pensar ou agir. A aplicação da consequência, nesse caso, não cabe ao Estado. Há o pesar na consciência do sujeito em decorrência das suas ações.
Exemplo: Questões religiosas, morais ou acerca dos costumes.
	 DEVER SER (Normas Jurídicas)
É aquele institucionalizado pelo Estado. É caracterizado como objetivo e bilateral. A objetividade é dada pelo fato de operar-se na sociedade como um todo, independente da consciência de cada um. É bilateral porque ao mesmo tempo que o Estado dita as regras, dita também as penas caso sejam descumpridas. 
Exemplo: Leis, Códigos, Constituição Federal.
	
	
	 DIREITO OBJETIVO
	 DIREITO SUBJETIVO
	 NORMA AGENDI
É a norma ou regra que rege a organização social. Há uma ligação mínima dentro da legalidade. 
Obs: "Toda Lei é uma Norma, mas nem toda Norma é uma Lei."
	 FACULTA AGENDI
A faculdade ou a possibilidade que tem uma pessoa em fazer prevalecer o juízo de sua vontade. Usar o objeto (norma) para aplicação de acordo com o interesse do sujeito. 
	 DIREITO MATERIAL 
	 DIREITO FORMAL
	Trata-se da finalidade do direito. Define e limita as exigências e garantias vindas do direito. Preocupa-se com a regra.
Exemplo: Direito civil, direito penal. 
	Trata-se de como o direito existe e deve ser aplicado na realidade. Preocupa-se com a aplicação da regra por todas as partes judicialmente envolvidas.
Exemplo: Direitoprocessual civil, direito processual penal.
	 DIREITO PÚBLICO
	 DIREITO PRIVADO
	Engloba o interesse do Estado.
INTERNO - União, os Estados, os municípios, as empresas públicas, as autarquias, as sociedades de economia mista.
Exemplo: Direito constitucional, direito tributário, direito admnistrativo, direito processual, etc.
EXTERNO - Governos estrangeiros, as organizações estrangeiras de qualquer natureza que tenham constituído, dirijam ou tenham investido em funções públicas.
Exemplo: Direito internacional público.
	Engloba o interesse de cada um.
Exemplo: Direito civil, direito do consumidor, etc.
	 DIREITO REAL
	 DIREITO OBRIGACIONAL
	 DIREITO POTESTATIVO
	É o Direito que regula a relação do homem com as coisas, bens econômicos, ou seja, que tenham valor. As hipóteses são taxativas - não admite objeção - na lei. (Cabe a todos) 
Exemplo: O indivíduo pode recuperar a coisa quando esteja, ilegitimamente, em mãos alheias.
	É o conjunto de normas que regem as relações jurídicas de ordem patrimonial, onde o sujeito tem o dever de prestar e o outro tem o direito de exigir essa prestação. (Entre duas pessoas)
Também chamado de Direito Pessoal. 
	É o Direito que não admite contestação.
Exemplo: Se você quer se separar de alguém contra a vontade dessa pessoa, o divórcio ocorrerá independente do desejo do sujeito. 
Prescrição e Decadência
 Ambas são formas de perda do direito pelo decurso de tempo associado à inércia do agente. 
A PRESCRIÇÃO ocorre quando estamos falando do DIREITO SUBJETIVO.
A DECADÊNCIA ocorre quando estamos falando do DIREITO POTESTATIVO.

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