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TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

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TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Prof: Fernanda Borges
Direito Constitucional I
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Fundamentos históricos e filosóficos
Constitucionalismo
Magna Carta – 1215
Petition of Rights – 1628
Bill of Rights – 1689
Declaração de Direitos da Virgínia - 1776
Constituição norte-americana – 1787
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão - 1789
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Papel das Revoluções liberais burguesas
Revolução Gloriosa – 1688
Revolução Norte-Americana -1776
Revolução Francesa – 1789
 Afirmação histórica dos direitos básicos do cidadão - surgimento do Estado de Direito.
 Universalização das Constituições escritas.
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Teorias que justificam a existência de direitos fundamentais
Teoria Jusnaturalista – direitos pré-positivos/ direitos naturais.
Teoria Positivista – o Direito nasce com o Estado. Os direitos fundamentais são aqueles reconhecidos efetivamente pelo Estado.
Teoria Realista – os direitos fundamentais são aqueles conquistados historicamente pela sociedade.
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Princípio do Estado de Democrático de Direito – 
Estado de Direito (súdito X cidadão)
O poder do Estado é limitado pelos direitos fundamentais (art. 1º, caput da CF/88).
Princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III da CF/88) – os direitos fundamentais são oriundos desse princípio.
Direitos fundamentais X Direitos humanos –fontes normativas diferentes, mas os conteúdos se entrelaçam.
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O que são direitos fundamentais?
Direitos básicos que são reconhecidos na Constituição; São os direitos reconhecidos internamente em cada Estado.
Localização -Título II da CF/88:
Direitos e deveres individuais e coletivos;
Direitos sociais;
Direitos de nacionalidade;
Direitos políticos;
Partidos políticos.
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Gerações de Direitos - Classificação de Norberto Bobbio
1ª geração – decorrentes das Revoluções liberais burguesas; 
Direitos individuais: direito à vida, a propriedade, liberdade, igualdade perante a lei; 
Foco no indivíduo / Direitos negativos – impõe ao Estado a obrigação de não fazer, se abster.
2ª geração – direitos sociais, econômicos e culturais – direito à saúde, educação, garantias trabalhistas;
Chamados direitos prestacionais – impõe ao Estado uma obrigação de fazer, de prestar, de dar. Revoluções sociais - (Constituição Mexicana de 1917; Constituição de Weimar 1919).
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3ª geração: Revolução Tecnocientífica - meados do século XX.
Direitos difusos e coletivos (direitos transindividuais, metaindividuais ou supraindividuais – transcendem o individuo isoladamente). Ex: Direito do consumidor, direito ao meio ambiente.
4ª geração: direitos contra a manipulação genética – novas tecnologias da biologia (patrimonio genético). 
Definição problemática. Segundo Paulo Bonavides – os direitos de 4ª geração estariam ligados ao acesso à democracia efetiva.
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Historicidade – construção histórica e gradativa;
Relatividade – nenhum direito fundamental é absoluto, todo direito tem um limite jurídico; Concorrência de direitos fundamentais – conflito entre direitos (Ex: técnica da ponderação do STF).
Inalienabilidade – regra geral: os direitos fundamentais são inalienáveis - eficácia subjetiva e objetiva. Alguns direitos fundamentais são alienáveis (exceção) – ex: propriedade
Indisponibilidade (irrenunciável) – regra geral: o titular do direito fundamental não pode dispor dele; (Ex. eutanásia). Exceção: propriedade, intimidade.
Características dos direitos fundamentais
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Imprescritibilidade – os direitos fundamentais não se perdem pela passagem do tempo, ou seja, podem ser exercidos a qualquer tempo.
Exceção: Usucapião, direitos à indenização por dano moral e patrimonial tem prazos estipulados na lei.
Indivisibilidade - os direitos fundamentais são um todo indivisível.
Eficácia vertical e eficácia horizontal – os direitos fundamentais nasceram para limitar o poder do Estado (eficácia vertical – relações entre o Estado e o cidadãos); Relação entre terceiros, entre particulares (eficácia horizontal.
Aplicabilidade imediata – art.5º, §1º - divergência na doutrina. Seria uma regra de princípio – via de regra; A doutrina e a jurisprudência tem entendido que em regra os direitos fundamentais são de eficácia plena ou contida.(Princípio da máxima efetividade da Constituição).
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Referências
BOBBIO, Norberto. A Era dos Direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. 
CANOTILHO, J. J. G. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 3ª ed. Coimbra: Almedina, 1999.
PIOVESAN, F. Direitos Humanos e o Direito constitucional Internacional. 2ª ed. São Paulo: Max Limonad, 1997.
SARLET, I. W. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 1998.

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