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Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 33Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Aula Nº 4 – Planejamento de Embalagens Objetivos desta aula Uma das partes mais importantes no desenvolvimento de um produto é a adequação dele à embalagem. Peter Drucker já dizia que a embalagem é o vendedor silencioso do produto. Nesta aula, analisaremos a importância da embalagem como um elemento de comunicação entre a empresa e o seu público-alvo. Nossos objetivos são: • Reconhecer as dificuldades e os riscos envolvidos no processo de criação de uma embalagem. • Entender a maneira como os profissionais de marketing buscam, por meio de um design diferenciado e arrojado da embalagem, obter vantagem competitiva. • Compreender o processo de desenvolvimento e planejamento de uma embalagem. O componente embalagem refere-se a qualquer recipiente no qual o produto é oferecido para venda e no qual informações são transmitidas. Em grande medida, a primeira exposição de um produto ao cliente se dá pela embalagem, que é uma parte cara e importante da estratégia de marketing. Muitos produtos oferecidos no mercado têm de ser embalados. Para alguns profissionais de marketing, a embalagem corresponde ao quinto P (packaging) – ao lado do preço, produto, praça e promoção. Entretanto, para a maioria, ela é um elemento na estratégia do produto. Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 34Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb A embalagem inclui o projeto e a produção do recipiente ou do invólucro do produto. Pode incluir o recipiente básico, a embalagem secundária jogada fora quando o produto vai ser usado e a embalagem de transporte necessária para armazenar, identificar e transportar o produto. O rótulo também faz parte da embalagem e consiste em uma informação impressa colocada sobre a sua superfície. O desenvolvimento eficaz de uma nova embalagem para um produto exige a definição de uma série de fatores, mas a primeira decisão a ser tomada é estabelecer o conceito da embalagem, definindo o que esta deve ser ou fazer. A seguir, decide-se tipo, tamanho, forma, materiais, cor, texto impresso e símbolo da marca. Por fim, executam-se os testes de embalagem, tanto de cunho de aceitação por parte do consumidor como de engenharia. É importante conhecer e ter o produto dos principais concorrentes, fornecedores, saber os locais de distribuição do produto que o cliente considera importante (onde o produto deverá ser exposto), além de analisar o verso da embalagem. A embalagem deve ser uma das ferramentas mais importantes de se conquistar o cliente, pois, por meio dela, o consumidor poderá formar uma imagem da marca e isso ajudará a torná-lo fiel, quando o produto fizer parte do dia-a-dia do consumidor. Para desenvolver uma embalagem eficiente, devem-se conhecer as características técnicas, a técnica de impressão, decoração ou rotulagem que será adotada, o número de cores disponíveis, o sistema de envase, a maneira como a embalagem é fechada, a posição e magnitude do código de barras, áreas de reserva da impressão, áreas de soldagem, lacre e localização das informações do lote de fabricação, data e prazo de validade. Saber o número de cores disponíveis para escolher se serão usadas cores especiais e se a embalagem será impressa individualmente, ou Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 35Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb em um sistema de co-produção, em que vários sabores são impressos simultaneamente. A criação de um “estilo” na embalagem é resultado da comunicação de vários elementos gráficos, e uma das tarefas mais difíceis é a escolha desses elementos e a sua combinação em um design unificado. FORMATO E TAMANHO O primeiro elemento a ser definido no design de uma embalagem é o formato e o tamanho. O formato permite uma ampla gama de possibilidades de qualidades, transmitindo a característica mais simples ou a mais sofisticada. Adicionalmente, o tamanho pode ser usado para reforçar ou mesmo para criar um apelo mais discreto. O formato não precisa, necessariamente, ser original ou único, pode ser uma avaliação sutil de um quadrado ou retângulo. O importante é definir esses elementos, analisando, simultaneamente, se a produção da embalagem é possível ou se seu custo é positivo. Isso está diretamente ligado ao aspecto funcional da embalagem. Uma embalagem muito grande ou de formato desconfortável pode, além de ser um transtorno ao consumidor, gerar preferência por uma marca concorrente, mas de maneabilidade mais adequada. COR A impressão psicológica criada por uma imagem depende, fundamentalmente, da cor, sendo um de seus componentes mais importantes. Portanto, para um projeto de embalagem, é fundamental sua adequação às necessidades psicológicas de venda e de uso de um produto. Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 36Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb A cor é uma linguagem individual. Cada pessoa responde a ela de forma diferente, geralmente de acordo com influências culturais. Podemos verificar, em todas as cores, três características principais: Tom – atributo que distingue uma cor da outra, em função da predominância de uma das cores primárias (azul, amarelo e vermelho). Subdivide-se em: matiz (fusão do branco com alguma cor), sombreado (fusão do preto com alguma cor) e tonalidade (fusão do cinza com alguma cor). Luminosidade – atributo pelo qual se percebe que uma cor reflete mais ou menos luz e corresponde aos adjetivos: claro, escuro ou brilhante. Saturação – atributo pelo qual se distinguem duas cores de um mesmo tom. As interações das várias cores garantem o apelo visual de um produto pelo resultado final da cor da embalagem. Deve-se considerar o elemento cultural e social das cores, como o preto relacionado ao luto; o branco relacionado à pureza; o vermelho relacionado à paixão etc. As cores que possuem mais visibilidade são, respectivamente, o amarelo, amarelo esverdeado, amarelo alaranjado, laranja e o laranja avermelhado. Estas cores possuem altos índices de memorização e são geralmente associadas, inconscientemente, com calor, alimentos, atividades e força. Em alguns contextos, podem ser associadas com perigo, perturbação e medo. O azul violeta, azul, azul esverdeado e verde, têm pouca retenção na memória e, inconscientemente, são associadas com frio, natureza e relaxamento. Tonalidades fortes são em geral preferidas por homens, enquanto as mulheres tendem a preferir cores mais delicadas ou pastéis. O preto traz Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 37Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb associações negativas, mas torna as cores próximas mais interessantes. O branco traz consigo uma imagem de pureza e limpeza. Os consumidores de nível econômico mais elevado tendem a preferir tonalidades mais suaves. Consumidores de baixa renda tendem a preferir cores fortes e vibrantes, como o vermelho. Pode-se afirmar, como regra geral, que, em termosde embalagem, o vermelho, o amarelo e o azul são as três cores mais usadas (pela ordem). O vermelho é visto mais rapidamente e todos os tons alaranjados têm sido muito usados, por sugerirem brilho e claridade. Anexo 01 - Aula 04 A EMBALAGEM E A COMUNICAÇÃO Um elemento agregado à embalagem contribui para a percepção dos demais, por exemplo, uma palavra escrita em preto sobre um fundo branco tem conotações diferentes do que se a mesma palavra fosse escrita em preto sobre o amarelo, ou seja, dependendo da mensagem que se quer veicular, a sintaxe da embalagem deve respeitar o repertório do consumidor, formando uma unidade que deve ser compreendida na sua totalidade. A identificação de um produto no mercado não se dá apenas pela marca. A embalagem é um veículo de comunicação direto e atuante, podendo sugerir, dentre outras coisas, o nível de qualidade de seu produto. Como meio de propaganda, a embalagem aparece como uma das principais atrações na mídia eletrônica, inclusive é, muitas vezes, usada como “assinatura” de uma campanha. Publicidade do produto é um dos objetivos principais de uma boa embalagem, pois o design cria inovações e, possivelmente, notícias atraindo a atenção de editores e, por fim, a propaganda corporativa, cuja preocupação é com o impacto da embalagem quando utilizada em propaganda corporativa, anúncio de dividendo, relatórios anuais etc. Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 38Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Anexo 02 - Aula 04 TIPOGRAFIA A palavra tipografia representa o desenho, relacionamento e arranjo das letras de uma superfície impressa. É um termo oriundo do primeiro processo de impressão tipográfica. Relacionando-se cor e tipografia, é preciso adequar, também, o tamanho do tipo para a aplicação de uma cor mais leve ou pesada. Existem três grupos tipográficos principais, a saber: Cursiva – são os tipos que imitam manuscritos, costumam ser mais utilizados como logo. Por exemplo, podemos ver as confecções de convites de casamento. Com Serifa – são pequenas linhas finas torneadas em cima ou em baixo das letras (a serifa). Em geral, considera-se que essas formas de tipos sejam mais legíveis. Por exemplo: as fontes Garamond, Times, Century, no programa Word. Sem Serifa – inclui os tipos que não têm serifa. Apresenta várias vantagens: permite maior condensação e compressão das letras (mais do que os tipos com serifa), permitindo a impressão de maior número de letras em um mesmo espaço. TESTES DE EMBALAGEM Antes de colocar a embalagem definitivamente no mercado, é necessário submetê-la a uma série de testes, tanto de engenharia como de mercado. Os testes de engenharia são feitos para determinar a resistência e as reações químicas que podem ocorrer com o produto e com o meio. O campo mercadológico, os estudos de mercado, podem ser aplicados à embalagem, interferindo, também, em diferentes etapas ou fases de seu Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 39Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb processo de desenvolvimento. São importantes as seguintes técnicas para pesquisa de embalagens: 1. Visibilidade e legalidade testadas por meio de tachistoscópio (aparelho usado para medir a percepção de formas e cores, pela utilização de projeções de durações rápidas e controladas. Seu uso é particularmente adequado em pré-testes de produtos e em propaganda). 2. Medidas, de impacto e relativa legalidade, em displays simulados em supermercados. 3. Teste de legalidade a distância em vários níveis de iluminação. 4. Teste de “tempo para achar” a embalagem. Teste em uma ambientação típica de supermercado. 5. Estudos de imagem. 6. Shopping trips simuladas. 7. Medidas indiretas por meio do teste de produtos idênticos em diferentes embalagens. TENDÊNCIAS GLOBAIS EM EMBALAGEM Duas tendências globais em embalagem que se originaram em meados da década de 1990 continuam até os nossos dias. Uma tendência envolve os efeitos ambientais da embalagem; a outra evidencia as preocupações com saúde e segurança nas embalagens. Sensibilidade Ambiental: Devido à ampla preocupação mundial com o crescimento de lixo sólido e a escassez de aterros sanitários viáveis, a quantidade, composição e o descarte de material de embalagem continuam a receber muita atenção. Reciclar material de embalagem é um grande esforço. Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 40Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Cada vez mais, as empresas estão usando a análise do ciclo de vida para examinar o efeito ambiental de sua embalagem em cada estágio, desde as fontes de matéria-prima e produção até a distribuição e o descarte. Um uso clássico da análise do ciclo de vida foi o que motivou a decisão do McDonald’s de abandonar as caixinhas de isopor utilizadas para embalar seus hambúrgueres. Preocupações com a saúde e a segurança Uma segunda tendência envolve as crescentes preocupações com a saúde e a segurança no que diz respeito ao material de embalagem. Hoje, a maior parte dos consumidores norte-americanos e europeus acredita que as empresas deveriam certificar-se de que os produtos e suas embalagens são seguros, independentemente do custo, e as empresas estão reagindo a essa visão de diversas formas. A maioria dos isqueiros de butano vendidos hoje, como aqueles feitos pela BIC, contém um lacre de segurança resistente a crianças, para impedir tanto o mau uso, quanto o fogo acidental. Tampas à prova de crianças em produtos farmacêuticos bem como em produtos de limpeza doméstica e tampas seladas em embalagens de alimento, agora, são comuns. A nova tecnologia de embalagem e materiais, que prolonga o prazo de validade de um produto e evita a deterioração, continua a ser desenvolvida com aplicações especiais para países em desenvolvimento. Conclusões O componente embalagem refere-se a qualquer recipiente no qual o produto é oferecido para venda e no qual informações são transmitidas. A embalagem inclui o projeto e a produção do recipiente ou do invólucro do produto. Pode incluir o recipiente básico, a embalagem secundária jogada fora quando o produto vai ser usado, e a embalagem de transporte necessária para armazenar, identificar e transportar o produto. O rótulo também faz parte da embalagem e, consiste em uma informação impressa Ge stã o M er ca do lóg ica de Pr od uto s e Se rv iço s Au la 04 - Pl an eja me nt o de Em ba lag en s 41Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb colocada sobre a sua superfície. A embalagem deve ser uma das ferramentas mais importantes de se conquistar o cliente, pois, por meio dela, o consumidor poderá formar uma imagem da marca e isso ajudará a torná-lo fiel, quando o produto fizer parte do dia-a-dia do consumidor. A cor é uma linguagem individual. Cada pessoa responde a ela de forma diferenciada de acordo com influências culturais. Duas tendências globais em embalagem que se originaram em meados da década de 1990 continuam até os nossos dias. Uma tendência envolve os efeitos ambientais da embalagem; a outra evidencia as preocupações com saúde e segurança nas embalagens. Bibliografia MESTRINER, Fabio. Design de Embalagem: Curso Básico.São Paulo: Macron Books, 2002. BERKOWITZ, Eric. Marketing. Rio de Janeiro: LTC, 2003. FARINA. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. São Paulo: Edgard Blucher, 1990.
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