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APOSTILA - EMBALAGEM E INOVAÇÃO

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EMBALAGEM E INOVAÇÃO 
DO PRODUTO
Profª. Esp. Elisabeth Casoy
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
Embalagem e inovação do produto
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Histórico e princípios básicos da embalagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Embalagem, classificação e funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Funções básicas das embalagens primárias ou de consumo 23
Embalagens, produção, evolução e materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Embalagens de vidro 28
Embalagens de madeira 32
Embalagens de papel e papelão 33
Embalagens de metal 35
Embalagens plásticas 39
Desenvolvimento de novos produtos e sistemas inovadores de embalagem . . . . . . 42
A embalagem como forma sensorial de comunicar uma marca e os benefícios do produto 
ao cliente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
A importância da cor na identificação das embalagens 50
As características da embalagem no contexto do varejo 56
Design de embalagens e meio ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Descarte de embalagens e coleta seletiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Sistemas de símbolos utilizados na sinalização de embalagens . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Embalagens e sistemas inteligentes de preservação ambiental . . . . . . . . . . . . . . . . 78
A importância da embalagem para o marketing de produtos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Vocabulário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Embalagem e inovação do produto
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INTRODUÇÃO
FIGURA 1 – Embalagem
Fonte: Stock-Asso/shutterstock
Podemos afirmar que a embalagem é o elemento ou o conjunto de elementos destinado a 
envolver, conter e proteger produtos durante a movimentação, a armazenagem e a comercialização. 
De maneira geral, a embalagem é um invólucro que envolve um produto e pode ser constituída de 
vidro, papel, cartão, celofane, plástico ou película plástica. Além disso, a embalagem é um eficiente 
suporte para impressão de informações, comunicação linguística e comunicação visual e para 
caracterizar o produto ou o objeto para o consumidor. O ato de embalar um produto consiste em 
acondicioná-lo em uma caixa, um embrulho ou qualquer algum tipo de proteção, de modo a lhe 
assegurar certas características de composição ou de conservação.
A participação da embalagem em nosso cotidiano tornou-se algo tão natural que nem percebemos 
a sua importância, mas é difícil imaginar nossa vida sem ela. Realmente, existem poucos produtos 
que não precisam de algum tipo de embalagem. Produtos eletrônicos, de higiene e limpeza, alimentos 
e bebidas são todos embalados. Mesmo produtos como frutas, por exemplo, tangerina, laranja, 
maçã e banana, com suas cascas protetora,s precisam de um recipiente, como caixas, sacos 
plásticos ou de papel ou algum tipo de bandeja, para levá-las do campo ou do pomar para o ponto 
de venda. Roupas, tecidos, sapatos e bolsas, que normalmente vemos nas lojas sem nenhum tipo 
de embalagem, em algum momento utilizaram uma caixa, uma sacola, um envelope ou um pacote 
na fábrica para armazenagem ou transporte até o local onde serão vendidos.
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 2 – Embalagem no cotidiano
Fonte: Subbotina Anna/shutterstock
A embalagem deve cumprir várias funções, que variam de acordo com o tipo de produto. Antes 
de saber qual tipo ou estilo dela servirá para determinada finalidade, precisamos entender o que será 
embalado. Precisamos saber se é líquido, sólido ou gasoso, se pode sofrer influência de luz, calor 
ou química, se existem regras especiais ou legais para sua embalagem, quais os custos envolvidos, 
qual o material mais adequado. Precisamos pesquisar como será a produção da embalagem e do 
produto e qual será o processo de embalar, armazenar, despachar e distribuir a mercadoria, como 
e em que local será feita a sua venda, bem como de que forma será consumida.
A importância da embalagem no processo da industrialização aparece em quase todos os setores, 
e muitas vezes o seu custo pode chegar ao do próprio produto. O setor industrial de embalagem 
envolve uma tecnologia altamente desenvolvida na utilização de materiais e de equipamentos, 
exigindo uma permanente atividade de pesquisa em novos processos de fabricação.
O setor participa do desenvolvimento industrial do país como um todo, pois a embalagem faz parte 
de todos os setores do mercado. O surgimento de novos materiais, novos equipamentos, mudanças 
econômicas e tecnológicas, conscientização e mudanças no comportamento do consumidor com 
relação a condições socioambientais propicia um constante desenvolvimento de projetos de novas 
embalagens, mais adequadas aos novos anseios sociais e às novas legislações sobre o assunto.
Embalagem e inovação do produto
Pág. 6 de 105
A embalagem é parte integrante do produto e deve considerar uma ampla aplicação de materiais 
e processos, não só como meio para redução de custos, mas também como oportunidade de lucro 
para a indústria e benefício para o consumidor. Não podemos esquecer que ela não envolve só 
aspectos econômicos e industriais, mas é também uma poderosa ferramenta de marketing.
O descuido no planejamento da embalagem, não acondicionando corretamente o produto, pode 
levar à deterioração, à quebra ou à danificação dele ou à alteração de suas qualidades. Para citar 
um exemplo na área alimentícia, Buettgen e Freder (2015, p. 45) observam que, “no Brasil, 20% dos 
alimentos são desperdiçados por falha nas embalagens ou pelo armazenamento inadequado”.
FIGURA 3 – Armazenamento inadequado
Fonte: Mixa75/ shutterstock
O consumidor espera que a embalagem preserve o produto, que deve permanecer íntegro até o 
uso final, e que também preserve o meio ambiente. Qualquer problema envolvendo a embalagem 
pode causar um dano enorme ao fabricante, pois o consumidor hoje é mais consciente e exigente. 
Ele pode escolher um produto concorrente e divulgar informações negativas, prejudicando a imagem 
da marca.
Observa-se, por exemplo, que, em supermercados, vários produtos não têm nenhum tipo de 
divulgação, nenhuma ação publicitária, dependendo única e exclusivamentede sua embalagem para 
se destacar, chamar a atenção do consumidor e atrair a venda. No planejamento de uma embalagem, 
devemos considerar principalmente aspectos legais, técnicos, econômicos, promocionais e de design.
Embalagem e inovação do produto
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Os especialistas de marketing afirmam que a força de uma marca e o respeito que o público 
manifesta em relação a ela dão à organização que representa uma grande vantagem nos segmentos 
de mercado em que atua (AAKER, 2002). A percepção da marca representa a possibilidade de 
alcançar vários objetivos, seja para o aumento das vendas ou para o posicionamento de uma 
imagem favorável da empresa no âmbito dos públicos que ela pretende atingir.
Uma campanha de comunicação que visa conscientizar o público-alvo sobre a marca e o que ela 
representa precisa ser suficientemente flexível para se ajustar aos anseios do consumidor quando 
necessário. Felix (2009, p. 175) afirma que a empresa contemporânea precisa abrir novos canais 
de diálogo com os seus clientes:
As negociações de compra e venda de produtos no âmbito dos consumidores finais 
também passaram por modificações substanciais a partir da oferta de produtos 
multinacionais com seus novos padrões de qualidade e, em especial, pela seriedade 
no tratamento e no respeito aos direitos do consumidor por parte das empresas 
fornecedoras. Parte importante no estabelecimento de relações que se baseiam em 
confiança, com grandes possibilidades de fidelização, diz respeito às possibilidades 
de os consumidores manifestarem sua opinião sobre os produtos que adquirem.
Isso pode ser feito por intermédio de diversos meios e esforços, entre eles, a utilização dos 
meios digitais e dos canais que a empresa abre para dialogar com os clientes. Entre os diversos 
meios que a empresa tem à disposição para apresentar sua marca aos consumidores, a embalagem 
e as adaptações e atualizações que ela pode receber também representam um espaço importante 
para agregar valor à marca.
A percepção da marca segue uma determinada metodologia, embora os clientes não costumem 
pensar nessas etapas conscientemente quando escolhem um produto. Simplesmente agem dessa 
maneira, como se seguissem um roteiro. Em primeiro lugar, o consumidor sente a necessidade de 
um produto, em seguida, vai buscar informações sobre ele antes de comprar. Em muitos casos, 
procura avaliar as alternativas que tem à disposição em anúncios, sites e outros meios pelos quais 
costuma se informar. Em outras ocasiões, como na compra de bebidas, pode unicamente consultar 
o rótulo ou as informações impressas no corpo da embalagem do produto (KOTLER; KELLER, 2012).
Dessa forma, ele estabelece uma cifra financeira pessoal, dentro de uma determinada faixa que 
ele acha justo pagar pela mercadoria, de acordo com a percepção de valor que ele tem em relação 
aos benefícios oferecidos pela marca que assina o produto.
Embalagem e inovação do produto
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Depois da compra e do uso, o consumidor irá rever a sua avaliação e fazer ajustes para a próxima 
aquisição, o que pode significar adotar a marca do produto que adquiriu ou trocar por outra na 
próxima visita ao ponto de vendas. Para essa decisão, as informações que ele tem à disposição 
são fundamentais para comprovar os benefícios prometidos.
Nesse processo, a marca é um sinalizador fundamental de qualidade, e a visualização correta e 
adequada dela na embalagem do produto, bem como as informações complementares corretamente 
impressas, é de grande importância. Assim, podemos afirmar seguramente que, dentro do processo 
de decisão do consumidor, a embalagem exerce papel fundamental (figura 4).
FIGURA 4 – Importância da embalagem
Descrição: Embalagem de pão integral com impressão destacada do nome da marca e do logotipo. 
Fonte: http://www.amenidadesdodesign.com.br/2009/12/embalagens.html.
Além da proteção do produto, que é sem dúvida percebida pela qualidade da embalagem, do 
design e da solução adotada para confeccioná-la, ela também fornece um suporte ideal para conter 
as informações destinadas a conscientizar o consumidor sobre o uso, os benefícios que oferece e a 
sua composição. Também inclui a orientação para o descarte adequado dela, para evitar poluição 
ambiental, embora, atualmente, quase todas as embalagens sejam recicláveis ou incorporem 
responsavelmente a possibilidade de serem decompostas e incorporadas ao solo, servindo até de 
adubo e fertilizante. As estratégias de conscientização do cliente devem se concentrar em diferentes 
públicos, de acordo com as características dos segmentos de mercado para os quais a marca se 
destina.
Embalagem e inovação do produto
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Seja o produto um brinquedo, um artigo para automóveis ou uma solução para pessoas 
com problemas de mobilidade, em cada caso, a empresa vai veicular campanhas publicitárias 
e comunicação adequada, bem como complementar as informações e instruções de uso do 
produto na embalagem, além de projetá-la de acordo com as características de cada uma dessas 
mercadorias. Dessa forma, a organização pode superar as expectativas do cliente e conscientizá-lo 
das vantagens de usar especificamente uma determinada marca. Quanto mais bem atendidas as 
expectativas, maior a identificação com a marca, e a embalagem é um veículo que complementa 
adequadamente os processos de comunicação com os públicos da empresa.
Cada cliente vai determinar o valor de um artigo ou de uma marca de maneiras diferentes, de 
acordo com as experiências de produto de que pode desfrutar. A percepção favorável da imagem 
da marca vai estabelecer um elo de confiança com o cliente e conscientizá-lo dos diferenciais que 
a empresa oferece. Isso pode ser feito pela oferta de eventos promocionais em forma de vantagens 
financeiras, serviços adicionais ou cupons adicionados à embalagem, que o cliente pode juntar 
e trocar por benefícios complementares. Mais uma vez, a embalagem surge como um suporte 
adequado para esse tipo de promoção. Além disso, ela pode ser ocasionalmente um pouco maior, 
trazer maior quantidade de produto como vantagem de compra em determinadas ocasiões, dentro 
de um determinado espaço de tempo estabelecido estrategicamente, e informar o cliente sobre as 
suas qualidades (figura 5).
FIGURA 5 – Informações da embalagem
Descrição: Cliente consultando informações sobre o produto no texto impresso no 
corpo da embalagem. Fonte: Syda Productions/shutterstock
Embalagem e inovação do produto
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A localização da embalagem no ponto de venda pode ser única e facilmente acessível. Por meio 
dela, a organização poderá promover eventos especiais, atividades de terceiro setor e apoio a uma 
entidade beneficente como forma de agregar valor institucional à marca.
Finalmente, por ser um elemento fixo dentro de um espaço de tempo razoável, a embalagem 
favorece o desenvolvimento da consciência da marca, a identificação imediata do produto em diversas 
situações de exposição nos pontos de varejo e a complementação dos esforços de comunicação 
desenvolvidos por campanhas de comunicação e esforços de marketing.
Enfim, a embalagem oferece possibilidades estratégicas diferenciadas que a empresa pode 
adotar tanto para aumentar as vendas do produto quanto para valorizar a imagem de marca. O 
propósito desta disciplina é avaliar estrategicamente todas as possibilidades que a embalagem 
oferece e mostrar como ela pode colaborar decisivamente para a implantação de processos de 
inovação nas organizações comerciais dedicadas à distribuição de produtos.
HISTÓRICO E PRINCÍPIOS BÁSICOS DA EMBALAGEM
A história das embalagens teve início em tempos remotos, cerca de 10000 a.C. (MESTRINER, 
2008). Nota-se que os primeiros objetos usados para transportar, armazenar e proteger os vários 
itens de uso humano eram extraídos da natureza pelos homens primitivos, que eram caçadores 
nômades e coletores de alimentos naturais que precisavam ser transportados paradiversos lugares 
distantes daquele onde eram recolhidos. Eles usavam vários tipos de materiais naturais, como 
folhas, conchas, pele de animais e cabaças, para suprir as necessidades de caça e coleta para sua 
sobrevivência (figura 6).
FIGURA 6 – Embalagem de palha trançada
Descrição: Embalagens de palha trançada, conhecidas como cestaria, usada pelos povos antigos das Américas. 
Fonte: http://povosdaantigaamerica.blogspot.com.br/2012/11/cultura-indigena.html.
Embalagem e inovação do produto
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A maioria dos historiadores acredita que esses caçadores nômades, em constantes deslocamentos, 
se viram obrigados a criar recipientes para carregar alimento, água, ferramentas e outros pertences 
de valor, utilizando sempre elementos encontrados pelos caminhos percorridos. Mais tarde, foram 
utilizados materiais naturais trabalhados artesanalmente, como tecidos feitos de vegetais, cestos 
de cipó, de bambu ou de vime, peles curtidas de animais e potes de argila (figura 7).
FIGURA 7 – Potes de argila
Descrição: Embalagens primitivas, mostrando que esse tipo de recipiente existe há milhares de anos. Fonte: http://
www.protegeoqueebom.pt/2010/05/18/a-historia-da-embalagem-parte-1-10-000-a-c-1950/.
Quando começaram a domesticar animais e cultivar plantas, esses seres humanos primitivos 
sentiram necessidade de se fixar nas terras ocupadas, surgindo assim as primeiras aldeias. Com 
essas mudanças, outros recipientes foram desenvolvidos para colheita, transporte e armazenamento 
de maior quantidade de alimentos, para servir mais pessoas do grupo.
Com a evolução no modo de vida dos grupos e dependendo da localização das aldeias, novos 
materiais passaram a ser utilizados para a criação dessas “embalagens” primitivas. Alguns exemplos 
são tigelas escavadas em madeira, argila cozida e moldada em formatos e tamanhos diferentes, 
de potes para armazenar alimentos secos e também líquidos, com a finalidade de conservação e 
proteção. Esses meios mais desenvolvidos de fabricação dos recipientes trouxeram melhoria ao 
modo de vida dessas pessoas, possibilitando armazenar comida no inverno por um prazo maior e 
também transportar produtos para trocar e comercializar com outras aldeias (figura 8).
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 8 – Cerâmica do Antigo Egito
Descrição: Vasilhame de cerâmica do Egito Antigo. Fonte: http://www.descubrirelarte.es/2015/11/06/
el-esplendor-del-antiguo-egipto-cuatro-mil-anos-de-historia.html.
O crescimento dessas cidades produziu um aumento no comércio e na troca de bens em regiões 
onde alguns produtos não existiam, aumentando a qualidade de vida das populações. Isso levou 
à melhora da elaboração das embalagens, principalmente pelas longas distâncias percorridas 
pelos mercadores. Por volta de 4000 a.C., na Mesopotâmia, deu-se o início da escrita, considerada 
um marco divisor entre Pré-História e Antiguidade (GOMBRICH, 2015). Esse período marca outro 
momento no desenvolvimento das embalagens, que se estende até por volta de 1760 d.C., com 
recipientes feitos artesanalmente de fibras vegetais, argila cozida e vidro.
Alguns historiadores atribuíram a descoberta do vidro aos fenícios, que começaram a utilizá-lo 
de uma forma rústica. A matéria-prima era basicamente areia, sílica, pedra calcária e soda, que, 
moldados sob pressão, formavam vários tipos de vasos ou garrafas. Posteriormente, os gregos e 
os romanos também criaram garrafas de vidro (figura 9).
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 9 – Garrafas romanas de vidro
Descrição: Garrafas antigas de vidro moldadas no período do Império Romano. Fonte: http://
vinhofortaleza.blogspot.com.br/2011/07/garrafa-de-vidro-como-surgiu.html.
A produção do vidro evoluiu, usando os mesmos componentes, porém com métodos diferentes. 
Aproximadamente nos anos 100 a.C., os romanos aperfeiçoaram a fabricação e criaram o vidro 
soprado, usando moldes que determinavam a conformação perfeita e simétrica desses recipientes. 
Esses tubos de vidro soprados permitiram melhorar a qualidade desses recipientes, com formatos 
mais variados, trazendo muitos benefícios ao armazenamento e à conservação de produtos como 
alimentos e principalmente líquidos.
Anos depois, por volta de 300 d.C., os romanos melhoraram as técnicas de produção do vidro e 
começaram a identificar os produtos nas tampas das embalagens. Nessa mesma época, artesãos 
começaram a trabalhar a madeira com uma técnica que utilizava o vapor para aquecer e dobrar, 
formando barris moldados em tamanhos grandes, que, depois de secos, permitiam armazenar 
líquidos e produtos a granel, facilitando e ampliando muito o comércio entre as cidades (figura 10).
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 10 – Barris de madeira
Barris de vinho, um dos recipientes mais antigos para acondicionar bebidas. Fonte: Jesus Cervantes/shutterstock ID: 308449385
Os chineses, por volta de 105 a.C., criaram o papel com fibras de celulose para embrulhar alimentos. 
Esse material tornou-se muito valioso principalmente pela facilidade de obtenção da matéria-prima 
e pelas técnicas de produção acessíveis. Ao longo dos séculos, a tecnologia de produção de papel 
foi aperfeiçoada e difundida pelos continentes. Ele passou a ser usado largamente na fabricação 
de embalagens, prática que prevalece até hoje.
Outro material muito importante, encontrado dentro de rochas, é o metal. Durante o período 
conhecido como Idade dos Metais, no final da fase neolítica, os homens aperfeiçoaram o processo de 
fundição e, de uma forma ainda rudimentar, começaram a produzir armas e ferramentas (GOMBRICH, 
2015). Inicialmente, começaram a trabalhar o cobre; anos depois, descobriram o estanho, que foi 
utilizado na fabricação também de vasilhames e utensílios em geral.
As embalagens feitas com folhas laminadas de estanho datam de 1200 a.C. e surgiram na Europa 
Ocidental (GODDARD; TWEDE, 2010). Isso propiciou um grande desenvolvimento nas embalagens 
de metal, não só nos processos de troca, comércio e consumo como também nas guerras entre os 
povos, que necessitavam conservar os alimentos por períodos maiores para as tropas dos exércitos 
(figura 11).
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 11 – Vasilhame de metal
Descrição: Vasilhame de bronze fenício do século VII a. C. Fonte: http://www.
raulmendessilva.com.br/brasilarte/internacional/fenicia.html.
Nesse mesmo período, com o aperfeiçoamento das técnicas usadas, os povos da Europa 
descobriram formas de fundir e misturar esses dois metais – o cobre e o estanho –, formando 
uma liga chamada de bronze. Somente por volta de 1500 a. C. é que se descobriu o ferro e o uso 
desse metal começou a ser difundido, porém mais lentamente, pelas dificuldades técnicas de 
trabalhá-lo. A utilização dos metais, em geral para fabricação de armas, ferramentas e utensílios 
para armazenamento de alimentos, teve grande importância para os homens que dominavam esse 
processo, por serem materiais muito resistentes, possibilitando guerras expansionistas e dominação 
sobre outros povos.
Outro marco histórico importante foi a difusão do papel pela Europa, com a instalação em 1310 
na Inglaterra da primeira fábrica para produzi-lo. Em 1450, no Renascimento, Johannes Gutenberg 
criou o tipo móvel fundido em chumbo e desenvolveu uma máquina tipográfica, possibilitando a 
impressão em maior escala de livros e impressos em geral. Foi atribuído a Gutenberg o título de o 
pai da imprensa, apesar de o tipo móvel ter sido primeiro criado na China. Porém estes não podiam 
ser reaproveitados por serem feitos de terracota, material pouco resistente.
Isso propiciou, além de outros acontecimentos importantes, como a primeira Bíblia impressa, 
a impressão em rótulos de embalagens para diferenciar e identificar fabricantes e produtos 
comercializados na época pelos mercadores e viajantes.
Embalagem e inovação do produto
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No fim da Idade Média, a indústriafarmacêutica, por volta de 1453, utilizava frascos de vidro 
tampados com rolhas, selados com cera e com identificação do produto e do fabricante dos produtos 
em etiquetas impressas em branco e preto, em papel, amarradas ao gargalo. Anos mais tarde, em 
1740, os remédios já eram comercializados na Europa com rótulos impressos de papel colados, 
ainda em branco e preto. Essas são consideradas as precursoras das embalagens para consumo.
Com o aumento da navegação marítima, o descobrimento de novas rotas e principalmente a 
Revolução Francesa, em 1789, entrou-se outro momento do desenvolvimento das embalagens, que 
foi até o início da industrialização informatizada. Houve um grande estímulo para o desenvolvimento 
dos rótulos, impulsionado também pela invenção do processo da litografia na Alemanha por Alois 
Senefelder (GODDARD; TWEDE, 2010). Este permitia imprimir em cores, enriquecendo a comunicação 
nas embalagens (figura 12).
FIGURA 12 – Rótulo de bebida
Descrição: Rótulo de garrafa de cachaça do princípio do século XX, impresso em litografia. Fonte: http://
wp.clicrbs.com.br/almanaquegaucho/2012/04/06/arte-nos-rotulos/?topo=13,1,1,,,13.
Por volta de 1795, Nicholas François Appert, confeiteiro francês, iniciou sua pesquisa com uma 
técnica de preservação de alimentos embalados em garrafas de vidros com o gargalo mais aberto, 
fechadas com cortiça, seladas com cera e mergulhadas em água fervente. Isso permitia a esterilização 
do produto na embalagem. Esse processo pioneiro permitiu a conservação dos alimentos por longos 
períodos. Em 1804, Appert abriu a sua primeira fábrica de conservas (GODDARD; TWEDE, 2010).
Embalagem e inovação do produto
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Poucos anos mais tarde, esse pioneiro da indústria de processamento de alimentos recebeu um 
prêmio do governo francês que contemplava quem conseguisse criar uma forma de levar alimentos 
para os soldados de maneira que fossem preservados por muito mais tempo em boas condições 
de consumo. A invenção, baseada na técnica de ferver a embalagem em banho-maria, facilitou 
viagens por navios, que ocorriam com muita frequência na época. Segundo a Grande Enciclopédia 
Larousse Cultural (2000, p. 2069):
Com sua invenção, em 1810, na Inglaterra, Peter Durand obteve a patente para a 
preservação de alimentos e teve a ideia de utilizar pela primeira vez latas feitas com 
chapas de aço. Em 1812, iniciou-se a produção das primeiras embalagens em chapas 
de ferro com estanho. Nos EUA, em 1866, surgiram as primeiras impressões em 
embalagens metálicas, porém eram difíceis de abrir e só em 1875 surgiu o abridor 
de latas, o que ajudou a expandir a comercialização desse tipo de embalagem. Anos 
mais tarde surgiram as tampas “rasgáveis”. Em 1950, foi desenvolvida a primeira 
embalagem de alumínio, e nove anos mais tarde, as empresas começaram a enlatar 
alimentos com esse tipo de material.
As técnicas de fabricação de papel chegaram à América do Norte em 1609. Na Inglaterra, em 
1817, foi produzida a primeira caixa de papelão. Depois, em 1830, a produção de papel, que antes 
era feita a partir de celulose de folhas e plantas, começou a utilizar polpa de madeira extraída de 
árvores. Esse material, com os avanços tecnológicos, fez surgir o papelão ondulado em 1850. Este, 
mais leve e mais flexível, substituiu as caixas de madeira, largamente utilizadas no comércio.
Em 1838, surgiu o primeiro plástico artificial, com as pesquisas feitas por Alexander Parker, 
que usou uma resina chamada nitrato de celulose (CAMILO, 2011). Essa resina plástica pretendia 
substituir o marfim, que era usado na época para fabricar bolas de bilhar. Por ser um material de 
origem animal, com tendência a desaparecer, houve incentivo às pesquisas para substituí-lo.
Esse material foi apresentado numa feira da indústria em Londres em 1862, mas só em 1870 é 
que o norte-americano John Wesley Hyatt patenteou a celuloide, com o uso de menos nitrato do 
que na fórmula de Parker. Isso deu início à comercialização desse material plástico, revolucionando 
a indústria na época. Com algumas alterações na fórmula, as embalagens plásticas começaram 
a ser muito utilizadas a partir de 1950. O plástico é um polímero com origem em várias resinas 
extraídas do petróleo que tem propriedades especiais, entre as quais a flexibilidade e a facilidade 
para ser moldado.
Embalagem e inovação do produto
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Entre 1760 e 1860, período conhecido como Revolução Industrial, iniciado na Inglaterra, grandes 
mudanças aconteceram, principalmente com a substituição do trabalho artesanal pelo uso de 
máquinas.
FIGURA 13 – Prelo para impressão de papel
Descrição: Prelo para impressão de folhas de papel do fim do século XVII. Fonte: http://
www.tipografos.net/tecnologias/maquinas-antigas.html.
Posteriormente, a partir de 1900, outros países europeus também se industrializaram. Com o 
aumento da linha de produção e montagem, devido aos avanços tecnológicos, a produção de bens 
de consumo aumentou, surgindo a necessidade de embalagens que se adequassem à produção 
em larga escala. Aumentou também a preocupação com a implantação de estratégias de marketing 
para acompanhar a demanda.
A partir da informatização dos meios de produção, iniciou-se um novo momento na evolução 
das embalagens, que segue até os dias atuais. Essa modernização industrial envolve vários setores, 
como a gestão, o transporte, a comunicação, o design, a formação profissional, o meio ambiente 
etc. As vantagens dessa nova fase da industrialização incluem aumento da produtividade, maior 
segurança, rapidez na produção, maior lucratividade, inovação no design das embalagens aumentando 
a competitividade entre as marcas etc. A informática na industrialização tornou-se uma importante 
Embalagem e inovação do produto
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ferramenta de trabalho que evolui com muita rapidez, exigindo formação profissional constante 
para acompanhar a demanda do mercado.
SAIBA MAIS
História da embalagem de lata
A história da lata representa um dos eventos mais importantes da civilização ocidental. Sua 
introdução no mundo das embalagens significou um grande impulso para a prosperidade de vários 
países da Europa e também para os Estados Unidos. As primeiras latas surgiram no século XVIII, 
projetadas para sustentar as incursões de Napoleão pelo continente europeu.
A partir da sua invenção, essas embalagens passaram a ser um elemento fundamental para 
a comercialização de alimentos em conserva e um componente-chave para negócios que se 
expandiram para todas as partes do mundo. Hoje, representam uma das indústrias mais prósperas e 
desenvolvidas no mundo dos negócios, que movimenta bilhões de dólares todo ano e está presente 
em praticamente todos os lares ao redor do mundo, tanto do ocidental quanto oriental. A fabricação 
de latas para embalar produtos emprega milhares de pessoas em diversos países.
A embalagem de lata foi sendo cada vez mais utilizada, à medida que a demanda dos consumidores 
crescia, sempre se adaptando e apresentando inovações para atender às novas exigências 
relacionadas com a preservação da qualidade dos produtos embalados. Ela oferece um alto nível de 
proteção durante o transporte das mercadorias em toda a cadeia de distribuição.
A partir das soluções iniciais, desenvolvidas com uso das chamadas folhas de flandres (folhas 
de lata de espessura muito fina), inicialmente fabricadas a mão, sua produção foi se expandindo 
para processos industriais sofisticados. A lata perdura nos dias atuais como uma das formas mais 
adequadas para a conservação de alimentos.
Saiba mais em: Empe - Exploração Multidisciplinar de Problemas de Engenharia. História da lata. 
Disponível em: <http://paginas.fe.up.pt/~empe/hist_latas.html>. Acesso em: 29.ago.2016.
EMBALAGEM, CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÕES
As embalagens fazem parte dos produtos. Servem para sua proteção desde a produção, 
passando por transporte e armazenamento, até o consumo final. Outras funções importantessão 
as informações contidas nos rótulos, com objetivo de promover o produto, informar o conteúdo e 
suas características, modo de armazenar, modo de usar, durabilidade, origem, informações legais 
obrigatórias, fabricante etc. A aparência da embalagem, representada pelo seu design, deve refletir 
os aspectos econômicos e culturais do consumidor final e não desprezar os fatores ergométricos 
para a sua funcionalidade (figura 14).
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 14 – Funcionalidade da embalagem
Descrição: As embalagens modernas são projetadas com soluções especiais de design 
para favorecer a sua manipulação. Fonte: burnel1/shutterstock
É importante notar, que dentro das diversas categorias de embalagens, existem muitas 
possibilidades de formatos e tamanhos, devido à enorme quantidade de materiais diferentes 
disponíveis e o surgimento frequente de outros novos. De acordo com as suas características e 
destinos de uso, as embalagens são classificadas da seguinte maneira:
(1) Embalagem primária, ou de consumo: chega diretamente ao consumidor final e tem contato 
direto com o produto, protegendo-o e trazendo junto, como parte integrante, o rótulo (ou a impressão 
direta) com as informações necessárias (figura 15).
Embalagem e inovação do produto
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FIGURA 15 – Latas de tinta
Descrição: Embalagem primária de lata para tintas. Fonte: Gino Santa Maria/shutterstock
(2) Embalagem secundária: serve para proteger certo número de embalagens de consumo 
primárias, unitárias ou de conjunto para acondicionamento de quantidades maiores, facilitando o 
transporte ao local de venda. Geralmente, utiliza caixas de papelão ondulado ou filmes plásticos 
envolvendo várias embalagens. Pode também ser exposta no local de venda, como no exemplo da 
figura 16.
FIGURA 16 – Embalagem de conjunto e proteção
Descrição: Embalagem secundária. Fonte: Keith Homan/shutterstock
Embalagem e inovação do produto
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(3) Embalagem terciária ou de transporte: usada para agrupar várias embalagens secundárias 
para evitar danos físicos no transporte durante a entrega a distribuidores e revendedores. Geralmente, 
utiliza caixas de papelão ondulado, dependendo do tipo de produto (figura 17).
FIGURA 17 – Embalagem para transporte
Descrição: Embalagens terciárias. Fonte: P.S_2/shutterstock
(4) Embalagem industrial: é usada para transportar produtos de um produtor para outro, ou de 
um ponto de fabricação para outro do mesmo fabricante. Podemos dar como exemplos produtos 
químicos de um laboratório, usados na produção de material de limpeza ou mesmo de alimentos, 
ou tecidos de uma indústria têxtil, usados para a confecção de vestuário (figura 18).
FIGURA 18 – Contêiner para transporte
Descrição: Embalagens industriais em processo de remessa. O próprio contêiner também é um 
tipo especial de embalagem industrial. Fonte: Digital Genetics/shutterstock
(5) Embalagem de carga unitária: é o agrupamento de embalagens de transporte com a finalidade 
de facilitar a carga e descarga. Geralmente, isso é feito pelo uso de pallets, manipulados por 
Embalagem e inovação do produto
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empilhadeiras. Essa forma de acondicionar as embalagens de transporte é regulada por normas 
nacionais e internacionais para transporte em contêineres de aço (figura 19).
FIGURA 19 – Embalagem de carga
Descrição: Embalagens de carga unitária em processo de despacho. Fonte: Zelfit/shutterstock
Funções básicas das embalagens primárias ou de consumo
A embalagem primária é aquela que estabelece contato primário e imediato com o produto; em 
outras palavras, corresponde à primeira camada que contém o produto e que entra em contato físico 
direto com ele. Assim, ela é projetada para envolvê-lo imediatamente e determina a necessidade 
ou não de outras camadas de proteção mais externas.
As propriedades e as características do produto, como forma, dimensões e consistência, vão 
estabelecer, evidentemente, as principais prioridades da embalagem primária. Assim, ela pode ter 
diversas funções e aplicações, dependendo do tipo de produto e das suas variáveis de transporte, 
deslocamento e armazenagem. Sua função primordial e mais importante é proteger e preservar 
o produto contra danos, interferências com o meio externo ou contaminação, evitando também 
desequilíbrios químicos que podem acontecer no contato direto com a atmosfera.
A embalagem primária também serve para manter um produto em armazenagem durante longos 
períodos de tempo. Nesse caso, torna-se prioritário que ela tenha características de concepção (projeto 
e design) que permitam mantê-la protegida das interferências do ambiente onde é guardada. Isso 
Embalagem e inovação do produto
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inclui facilidades de manuseio e deslocamentos nas estantes, de modo a garantir fácil localização 
e acesso nos momentos de manipulação ou compra por parte dos consumidores.
Os exemplos de embalagens primárias são ilimitados, bem como a enorme gama de produtos 
de consumo que as utilizam. Alguns tipos mais comuns incluem recipientes plásticos, garrafas, 
embalagens blister, embalagens de dose unitária, invólucros de papel e muito mais. Essas funções 
determinam muitas vezes características formais distintas e acabam gerando funções complementares 
e estratégicas, como as seguintes:
(1) Embalagem display: expõe o produto no local de venda de uma forma diferenciada. Pode ter 
o formato de uma caixa contendo embalagens individuais ou expô-los num display próprio. Uma 
embalagem display também pode ter a função de conjunto (figura 20).
FIGURA 20 – Display
Descrição: Embalagem display para exibição de produtos no ponto de vendas. Fonte: http://
www.zgraph.com.br/portifolio_int.asp?id_proj=6&id_cli=5&id_job=69.
(2) Embalagem de uso: é um tipo necessário para possibilitar o consumo do produto. Esse 
formato de embalagem é parte integrante do produto e forma com ele um conjunto que permite a 
manipulação, a dosagem ou o consumo. Por exemplo: o creme dental; o inseticida em spray; a tinta 
em spray; o desodorante roll on; o tubo de cola etc. (figura 21).
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FIGURA 21 – Embalagem de uso
Descrição: Embalagens de uso (roll on) de cola em bastão. Fonte: design56/shutterstock
(3) Embalagem unitária: corresponde a uma única unidade do produto. Muitas vezes, esse 
tipo de embalagem contém uma única dose do conteúdo destinada a satisfazer uma necessidade 
individual de consumo. Geralmente, são bem desenhadas, rentáveis e ambientalmente eficientes. 
São produzidas para abrigar quantidades pré-estabelecidas e muitas vezes controladas, como 
no caso de remédios e produtos para saúde. Entre os exemplos, temos: lata de cerveja, frasco de 
desodorante, sachê de xampu, blister de analgésico, ampola de dose única (figura 22).
FIGURA 22 – Embalagem dose única
Descrição: Blister de creme para cabelos de dose única. Fonte: http://andrezagoulart.
com.br/blog/2010/11/14/lancamentos-seda/.
(4) Embalagens de reúso após o consumo: podem ser usadas para a mesma finalidade original, 
retornando ao fabricante, o que parece ser uma tendência atual das indústrias para diminuir o 
uso de matéria-prima e causar menor impacto ambiental. São as embalagens retornáveis, que já 
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foram usadas anteriormente e permitem repetir a utilização depois de esterilizadas e recuperadas. 
Atualmente, algumas embalagens são utilizadas para outras finalidades depois do consumo do 
produto pelo consumidor, como copos de requeijão, garrafas de vidro de suco de frutas, latas 
especiais para panetones etc. (figura 23).
FIGURA 23 – Embalagem de reúso
Descrição: Embalagem especial de panetone, que posteriormente serve como recipiente para guardar objetos. Fonte: 
https://eucomi.com.br/blog/conheca-os-panettones-e-chocottones-da-bauducco-para-esse-natal/.
(5) Embalagens recicláveis: seus materiais podem e devem ser reaproveitados comomatéria-
prima para fabricação de outras embalagens ou produtos. Por exemplo, as embalagens longa vida 
(cartonadas), depois de processadas, estão sendo reutilizadas para a fabricação de telhas; as de 
papelão descartadas constituem matéria-prima para produção de cartão ondulado; o vidro pode 
ser totalmente reciclado pela indústria vidraceira, que pode produzir outros bens ou mesmo outras 
embalagens.
Vale lembrar que a reciclagem é uma das ações mais importantes no mundo de hoje, se pensamos 
em deixar um planeta habitável para as futuras gerações. Ela é fundamental para o meio ambiente, 
uma vez que permite fazer novos produtos a partir de outros excluídos, que não atendem mais às 
necessidades de uso e que, na hipótese de não serem reaproveitados, estariam poluindo o ambiente 
natural onde fossem descartados.
 As embalagens primárias podem ser reunidas em um tipo especial de contêiner, conhecido 
como embalagem de conjunto, que agrupa várias embalagens individuais de consumo. Isso visa 
estimular a compra de várias unidades ao mesmo tempo, geralmente oferecendo alguma vantagem 
de preço. Um bom exemplo são as embalagens multipack de cerveja ou de refrigerante (figura 24).
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FIGURA 24 – Embalagem multipack
Descrição: Embalagem multipack. Fonte: Martien van Gaalen/shutterstock
EMBALAGENS, PRODUÇÃO, EVOLUÇÃO E MATERIAIS
O uso das embalagens sempre acompanhou o desenvolvimento do homem desde o princípio 
de sua trajetória, adequando-se aos novos materiais e tecnologias disponíveis. Os materiais que 
usamos hoje refletem o avanço da evolução tecnológica que busca suprir as nossas necessidades.
A indústria da embalagem, sentindo a preocupação crescente que o consumidor tem com o meio 
ambiente, tem investido em pesquisas de novos materiais que utilizam menos recursos naturais, na 
reutilização e na reciclagem das embalagens para atender essa nova demanda. O objetivo, além de 
contribuição ambiental, é baratear o custo de produção e o da própria embalagem e, claro, atender 
ao consumidor.
A seleção dos materiais para elaboração das embalagens está diretamente ligada ao tipo de 
produto e depende do produtor, da distribuição e do consumo. As possibilidades formais delas 
estão ligadas ao tipo de material, ao tipo de processamento e aos custos.
Quando existe a possibilidade de escolha do material ou mesmo de usar mais de um na mesma 
embalagem, acrescentando mais funcionalidade e qualidade, devemos levar em consideração 
vários fatores, como os processos de fabricação, o manuseio, o fechamento, a resistência no 
armazenamento e no transporte, a durabilidade, os custos, enfim, todo o ciclo de vida do produto.
Embalagem e inovação do produto
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Os materiais mais usados nas embalagens de transporte são as fibras e a madeira, pela maior 
resistência e proteção. Já os mais usados nas embalagens primárias (de consumo) são o vidro, o 
papel, o papelão, o plástico e o metal. Não podemos esquecer também que as pesquisas desenvolvidas 
pelas indústrias de embalagens constantemente apresentam possibilidades de trabalhar outros 
tipos, como os biodegradáveis. Os materiais definem também as características do design da 
embalagem e as propriedades que são essenciais para que ela cumpra sua função. É importante 
considerar que os mais utilizados são aqueles que permitem maior variedade de soluções para a 
confecção de embalagens.
CURIOSIDADE
História da embalagem do Yakult
Yakult é um produto lácteo conhecido como probiótico, produzido pela fermentação de uma mistura 
de leite desnatado com a cepa de um tipo especial de bactéria com funções digestivas conhecidas 
como benéficas para a saúde. Foi criado por um cientista japonês que se formou na Universidade de 
Kyoto em 1930. Em 1935, ele começou a fabricação e a venda do Yakult no Japão, e, posteriormente, 
o produto espalhou-se pelo mundo inteiro. A embalagem é bastante personalizada e conhecida, 
tornando-se um ícone relacionado com o produto. Este foi introduzido no Brasil, em meados do 
século XX e iniciou suas vendas pelo sistema porta a porta.
A história da embalagem de Yakult é bastante peculiar. Conheça em: http://www.
propagandashistoricas.com.br/2014/05/curiosidade-historia-da-embalagem-do.html, acesso em: 
10.ago.2016.
Embalagens de vidro
As embalagens de vidro apresentam vários pontos positivos, principalmente para alimentos e 
bebidas, mas também são muito utilizadas pelas indústrias de medicamentos, perfumaria etc. O 
vidro não interfere na composição dos produtos embalados, é fácil de limpar, pode ser reutilizado e 
reciclado, facilita a esterilização, permite a utilização de formatos, cores e tamanhos diversos, mas 
também padronizados, barateando o custo. Alguns produtos são identificados justamente pelas 
suas características formais compatíveis com a visualização pela transparência do vidro, como 
vinho, cerveja, champanhe, conservas em geral, leite de coco, geleias etc. (figura 25).
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FIGURA 25 – Embalagem de vidro
Descrição: Embalagens de vidro de boca larga, próprias para alimentos processados. Fonte: AlenKadr/shutterstock
A flexibilidade do vidro durante o processo de fabricação permite uma grande variedade de 
formatos e tipos diferenciados, como garrafas, frascos, vasilhas etc. Essa flexibilidade possibilita 
infinitas combinações de formas potenciais com uma ampla paleta de cores, sem limite para a 
criatividade, que pode ser expandida para ideias mais incomuns e personalizadas, que vão agregar 
valor à marca e impactar favoravelmente os clientes.
Por ser o mais puro dos materiais, o vidro é a embalagem mais nobre e saudável para 
conservação de alimentos e bebidas, e o único adequado para o armazenamento 
de leite humano.
Devido a suas características, o vidro preserva o sabor, frescor e qualidade do 
produto, aumentando seu tempo de vida. É uma embalagem natural não tóxica, livre 
de substâncias como o Bisfenol A, presente em outros materiais, que em longo prazo 
pode auxiliar no desenvolvimento de doenças, como o câncer.
O vidro é ainda um material 100% reciclável. O caco pode voltar para a indústria em 
forma de uma nova embalagem infinitas vezes. Além disso, após o uso e higienização, 
as embalagens de vidro podem ser reutilizadas em casa para armazenamento de 
qualquer conteúdo ou mesmo para decoração (Fonte: http://www.aecweb.com.br/ent/
cont/n/abividro-participa-do-projeto-coca-cola-verdes-ventos-em-maresias_197_10844, 
acesso em: 15.ago.2016).
As embalagens de vidro são as mais confiáveis e comprovadas para não agredir a saúde das 
pessoas, conservar intacto o sabor dos alimentos acondicionados e proteger o meio ambiente, 
uma vez que podem ser completamente recicladas. São também as embalagens de alimentos mais 
amplamente utilizadas em todo o mundo e reconhecidas como as de mais alto padrão de confecção 
Embalagem e inovação do produto
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industrial. O vidro descartado permite 100% de reciclagem, e calcula-se que um recipiente fabricado 
com esse material pode ir de uma lixeira a uma prateleira de supermercado em questão de 30 dias 
(CAMILO, 2011).
 Estima-se que a maioria dos recipientes de vidro recuperados é transformada em novos recipientes 
com a mesma qualidade dos iniciais. Além disso, a porosidade do material é totalmente nula, o 
que evita qualquer interação química entre o conteúdo e as paredes da embalagem, permitindo 
acondicionar produtos de sabor delicado sem que sofram transformação. Por isso, esse tipo de 
recipiente é o que mais beneficia o consumidor, uma vez que não representa nenhum risco para a 
sua saúde. No site da Abividro (Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro) 
(http://www.abividro.org.br/noticias/o-vidro-tem-destaque-na-feira-fispal-tecnologia-2013, acesso 
em: 2.nov.2016), encontramos o seguinte:
Representando a ABIVIDRO, esteve presente a gerente de projetosAna Paula Bernardes, 
e ela apresentou dados muito interessantes sobre o crescimento do vidro na produção 
das embalagens: 76% do vidro é utilizado na produção de embalagens para bebidas, 
3% pelo setor farmacêutico e 4% para a produção de itens de higiene, limpeza e 
cosméticos. “As embalagens de vidro nos remetem a embalagens Premium, pois 
proporcionam uma sensação de estética, de conservação e de segurança”.
Uma das principais propriedades do vidro é a transparência, que permite a visualização do 
produto. Ele também pode ser opaco, ou ainda incolor ou colorido. No caso da cerveja, a cor verde 
ou âmbar protege contra incidência de luz para não alterar características físicas como o sabor. O 
mesmo acontece com medicamentos, que normalmente utilizam a cor âmbar (figura 26).
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FIGURA 26 – Garrafas de vidro transparentes
Descrição: Embalagens de vidro variadas. Fonte: Mariyana M/shutterstock
Outra propriedade é a possibilidade de alterar sua composição e seu processo de fabricação 
para permitir maior resistência a altas temperaturas, pressão interna e choque.
Os tipos de embalagens de vidro apresentam a seguinte classificação:
(1) Embalagens retornáveis: têm formatos geralmente padronizados ou outros especiais e 
podem retornar ao produtor para serem reaproveitadas. Ex.: garrafas de cerveja, garrafões de água 
mineral etc.
 (2) Embalagens reutilizáveis: podem ser reaproveitadas pelo consumidor para outros usos e 
finalidades, como copos de requeijão, potes de conserva etc.
(3) . Embalagens one way: são normalmente descartadas como sucata para reaproveitamento 
da matéria-prima.
Entre inovações mais ousadas e formatos tradicionais de aceitação consagrada entre os 
consumidores, o vidro aumenta a sinergia entre um produto e a sua embalagem. Sua elegância 
e sua autenticidade transmitem uma atraente mistura de personalidades que pode ser percebida 
imediatamente pela visualização, característica destacada nas embalagens de perfume. Plana ou 
decorada, lisa ou com relevos, transparente ou fosca, a embalagem de vidro dá ao consumidor uma 
sensação rápida de produto que contém frescura e qualidade, bem como de seu caráter tradicional 
ou audacioso, muito antes do uso.
Quanto aos formatos, algumas embalagens de vidro possuem especificações diferentes, 
dependendo dos produtos embalados:
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(1) . Garrafas: de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), devem ser 
usadas para conter líquido em quantidade inferior a cinco litros. Ex.: sucos de frutas, bebidas 
alcoólicas, refrigerantes, águas minerais etc.
(2) Garrafões: têm capacidade de até 50 litros. São recipientes maiores e bem mais reforçados, 
para conter produtos químicos, água mineral, ácidos etc.
 (3) Potes: têm vários formatos e tamanhos, confeccionados com a boca larga para facilitar a 
retirada da mercadoria que contêm. São geralmente moldados de acordo com a identificação da 
marca, que procura personalizar a apresentação. Ex.: embalagens de geleias, azeitonas, café solúvel, 
extratos e molhos de tomate etc.
(4) Copos: com formatos cilíndricos e capacidade menor que os potes, são normalmente utilizados 
para alimentos gelatinosos ou moles, como extrato de tomate, requeijão etc.
(5) Frascos: geralmente para conter pequenas quantidades de produtos. São usados principalmente 
pelas indústrias farmacêuticas, químicas, cosméticas e de perfumaria.
(6) Tubos: geralmente utilizados pela indústria farmacêutica.
O fechamento das embalagens de vidro deve prevenir contra vazamento ou evaporação e não 
permitir a contaminação. Geralmente, as tampas são feitas de metal ou plástico. Existem vários 
tipos, como tampa rosqueada, com rosca interna que pode ser aberta e fechada várias vezes; tampa 
de rosca rápida; tampa chapinha, que no interior tem uma almofada de cortiça, papel ou alumínio 
que impede que o produto entre em contato com o metal, geralmente usada para bebidas gasosas; 
tampa de pressão, de pressão e encaixe ou de pressão a vácuo; tampa articulada etc.
Embalagens de madeira
A madeira, junto com o vidro, é um dos materiais mais antigos. É geralmente usada em embalagens 
para transporte de produtos pesados e grandes e também de frutas e legumes, por sua dureza e 
permeabilidade. Atualmente, também são feitas embalagens especiais para garrafas de bebidas, 
brindes, caixas de pequeno, médio e grande porte, engradados, pallets etc.
Essas embalagens de madeira, por serem muito usadas para exportação e importação, têm 
regras específicas de fiscalização e estão sujeitas a uma legislação mais rigorosa, pois a madeira é 
Embalagem e inovação do produto
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um material extremamente vulnerável à contaminação e à disseminação de pragas (CAMILO, 2011). 
De maneira geral, essas embalagens, peças e assessórios devem ser tratadas com aquecimento 
térmico e secagem em estufas, com uso de micro-ondas e fumigação com produtos químicos 
especiais para imunização (figura 28).
FIGURA 27 – Embalagem de madeira
Descrição: Embalagem de madeira para vinho. Fonte: Africa Studio/shutterstock
No caso do Brasil, essas medidas valem para mercadorias que circulam dentro do país, tanto 
nacionais quanto importadas. Esses procedimentos devem constar na documentação que acompanha 
a embalagem para efeito da fiscalização. Dependendo do produto, da origem e do destino, existem 
normas específicas de identificação das embalagens de transporte, que não preveem publicidade 
nem identificação do produto. São informações escritas, como nome do produtor, código do local 
de destino, origem do produto, peso, e visuais, que usam símbolos, de acordo com os cuidados 
que serão tomados no manuseio para transporte aéreo ou marítimo. Vários órgãos, nacionais e 
internacionais, estabelecem a padronização desses símbolos, como ABNT, ISO, DIN, Ansi, Iata etc. 
(GODDARD; TWEDE, 2010).
Embalagens de papel e papelão
A matéria-prima da fabricação do papel é a celulose, obtida a partir de matérias vegetais como o 
algodão e diferentes tipos de árvores cultivadas em fazendas. Tem a característica de ser renovável. 
A madeira utilizada é principalmente extraída dos troncos de pinus e de eucaliptos. É processada 
e transformada em uma pasta, que, dependendo do tipo de papel que se deseja obter, pode sofrer 
processos de clareamento, adição ou revestimento com outras substâncias, como plástico, parafina, 
vernizes, emulsões etc.
Embalagem e inovação do produto
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A facilidade de obtenção e manuseio, que é característica do papelão, possibilitou a utilização 
em larga escala em caixas, que, por serem mais leves, mais baratas e mais flexíveis, começaram 
a substituir as de madeira. O surgimento da técnica de corrugação, no século XIX, deu condição 
para a fabricação do papel ondulado, que inicialmente foi usado para proteger garrafas de vidro. 
Alguns anos depois, surgiu nos Estados Unidos o papelão ondulado, que é a colagem de uma folha 
lisa sobre outra folha de papel corrugado, dando maior resistência ao conjunto.
A primeira vez que o cartão ondulado foi utilizado para fabricação de embalagens também foi 
a partir da segunda metade do século XIX. Essa nova forma de usar o papel logo se espalhou pela 
Europa, e teve início a fabricação de caixas montadas. Porém só no século XX é que esse material 
passou a ser utilizado largamente nas embalagens para transportar, proteger e expor os produtos 
nos locais de venda.
O Brasil importava o papelão ondulado da Alemanha até 1935, quando foi inaugurada a primeira 
fábrica nacional. Uma grande porcentagem da matéria-prima utilizada na fabricação do cartão 
ondulado é oriunda de papel e papelão reciclados. No Brasil, estima-se que 70% da produção é 
obtida dessa forma (CAMILO, 2011).
As caixas de papelão ondulado, normalmente utilizadas para embalagens de transporte, passaram 
por muitas transformações, acompanhando as inovaçõestecnológicas que possibilitaram a criação 
de vários tipos desses cartões especiais para atender diferentes categorias de produtos. Com design 
criativo, acabamentos e impressão de alta qualidade, essas embalagens vêm substituindo as de 
vários outros materiais (figura 28).
FIGURA 28 – Embalagens de papel
Descrição: Embalagens de papel cartão, utilizadas para uma infinidade de produtos.
Fonte: http://www.grupoacrescente.com.br/produtos.asp.
Embalagem e inovação do produto
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A gramatura média de uma chapa de cartão ondulado é de 440 g a 380 g, dando rigidez e 
segurança à utilização para embalagens em geral. A gramatura é definida em g/m², que representa 
o peso do papel ou do cartão fabricado por uma área de 1 m² (GODDARD; TWEDE, 2010). A micro-
ondulação do cartão e o uso de papéis de melhor qualidade permitiu a impressão cada vez mais 
refinada, dando condições de usar esse novo material em embalagens primárias ou de consumo. O 
importante no ciclo de vida desse material é que ele é biodegradável, assim, o que não é reciclado 
e descartado em menos de um ano já esta decomposto, não agredindo o meio ambiente.
As embalagens de papel e papelão, em sua grande maioria, podem ser divididas em flexíveis, 
semirrígidas e rígidas, com as seguintes características:
(1) Embalagens flexíveis: compostas de papel que não tem um formato específico. São os 
envoltórios que embrulham produtos de forma simples, usados em padarias e outros pontos de varejo, 
como sacos de pão, de farinha de trigo, de ração e carvão para churrasco, cartuchos, embalagens 
de sabão em pó, caixinhas contendo o tubo de creme dental etc.
(2) Embalagens semirrígidas: compostas de cartão, não suportam condições de pressão e 
choques. São caixas, cartuchos e envelopes normalmente usados em caixas de sapatos, bombons, 
produtos eletrônicos, remédios, multipacks, que são embalagens que comportam várias unidades 
individuais de um determinado produto, como um conjunto de latas de cerveja, etc. As embalagens 
cartonadas podem acondicionar produtos líquidos, como leite longa vida e sucos. Para confeccioná-
las, geralmente é utilizado cartão de 150 g a 250 g, cortado e vincado.
(3) Embalagens de papelão rígido: feitas de papelão ondulado ou micro-ondulado, correspondem 
normalmente a caixas e cartonados usados para embalagens de transporte, por exemplo, de 
produtos eletrônicos e frutas. Suas gramaturas podem chegar até a mais de 700 g/m². Dependendo 
do produto a ser transportado, das características do material da embalagem, do transporte e do 
armazenamento, elas são extremamente resistentes.
Embalagens de metal
A matéria-prima das embalagens metálicas é alumínio e aço, com características diferenciadas 
em sua produção. São materiais resistentes, e, com as modernas técnicas de fabricação, facilmente 
moldáveis, possuem tampas desenvolvidas para facilitar a abertura de vários tipos de embalagens 
sem deixar de proteger o conteúdo e têm utilização possível em uma infinidade de produtos. 
As diferenças entre os dois materiais são basicamente o preço mais alto do alumínio, que é um 
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material mais leve e mais resistente à corrosão. Entretanto, em relação à aplicação na confecção 
de embalagens e na proteção aos produtos, a utilização é quase a mesma.
(1) Embalagens de alumínio: as latas de alumínio começaram a ser fabricadas no Brasil na 
segunda metade da década de 1980. Esse metal é um material 100% reciclável que mantém as 
características dos produtos contidos inalteradas e prolonga a durabilidade deles, impedindo a 
entrada de luz e umidade.
Geralmente, é usado para latas de cerveja, refrigerantes, sucos, chás, bisnagas normais, bisnagas 
com efeitos especiais, revestimento de embalagens longa vida para sucos, leite e até vinho. Tem 
presença em outros tipos de embalagens, como blisters - cartelas de comprimidos -, tampas de 
iogurtes e águas minerais, na forma de folhas finas aluminizadas que selam as embalagens, e 
também em embalagens de produtos químicos, farmacêuticos, cosméticos etc. (figura 29).
FIGURA 29 – Embalagem de metal
Descrição: Embalagens de alumínio para refrigerantes. Fonte: Africa Studio/shutterstock
De acordo com a Abal (Associação Brasileira de Alumínio) e a Abralatas (Associação Brasileira 
dos Fabricantes de Latas de Alta Rentabilidade), em 2014, foram consumidas 476 mil toneladas 
de alumínio pela indústria de embalagens, sendo que 33% foram destinados ao mercado interno 
(GODDARD; TWEDE, 2010).
O alumínio é produzido em forma de folhas para embalagens flexíveis e chapas para bebidas 
e alimentos em geral. As flexíveis são embalagens cartonadas revestidas, tais como longa vida, 
blisters (muito usados em remédios), sachês, revestimento de embalagens de doces, chocolates 
etc. e stick packs - embalagens em forma de tubos. São ideais para o consumidor atual, que pode 
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levá-las para os mais diferentes lugares devido à sua alta portabilidade, além de representarem 
uma grande economia de material em comparação com outros tipos de embalagem (figura 30).
FIGURA 30 – Embalagem flexível em alumínio
Descrição: Embalagem blister de folha de alumínio flexível. Fonte: Davydenko Yuliia/shutterstock ID:219480094
As embalagens que utilizam o alumínio em forma de chapa são representadas por latas de 
refrigerantes, cervejas, sucos, chás, sardinhas, atum etc. Essas embalagens são produzidas em 
duas peças: o corpo estruturado e moldado e a tampa semirrecortada, com um anel rebitado para 
facilitar a abertura. As latas de aerossol são moldadas em peças únicas, pressurizadas, e podem 
receber tratamento interno, dependendo do produto.
As embalagens feitas de chapas de alumínio também são usadas basicamente para alimentos, 
cosméticos, medicamentos humanos e veterinários, higiene etc. As bisnagas produzidas em tubos 
de alumínio, que não voltam ao formato inicial depois de usadas, impedem a entrada de ar porque 
isso prejudicaria a integridade do produto, que varia desde cremes, pomadas, gel, cosméticos, 
alimentos até tintas, colas etc. A versatilidade das embalagens de alumínio, além da variedade 
enorme de produtos atendidos, permite acabamentos e formatos diferenciados, facilitando também 
a impressão de comunicação para o consumidor.
Embalagem e inovação do produto
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ACONTECEU
A reciclagem do alumínio é o processo pela qual a sucata de embalagens feitas com esse material 
pode ser reprocessada e reutilizada após o uso inicial e o descarte. O processo é simples, embora 
feito em várias etapas para possibilitar a higienização do material recolhido e evitar que outras 
substâncias possam interferir no processo de reciclagem.
A reciclagem do alumínio é significativamente mais barata do que o processo tradicional de extração 
desse mineral da natureza e consome muito menos energia, além de evitar os procedimentos 
traumáticos para a natureza causados pela extração primária. Grande parte do alumínio utilizado 
na produção de embalagens no Brasil vem do reaproveitamento da matéria-prima das embalagens 
descartadas, e nosso país é líder mundial de reciclagem de latas de alumínio, tendo batido o recorde 
mundial em 2014.
Leia uma reportagem sobre esse evento:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE LATAS DE ALTA RECICLABILIDADE (ABRALATAS). 
Reciclagem de latas de alumínio bate novo recorde e Brasil continua líder mundial. Disponível em: 
<http://www.abralatas.org.br/reciclagem-de-latas-de-aluminio-bate-novo-recorde/>, acesso em: 
18.ago.2016
(2) . Embalagens de aço: os componentes derivados do aço, como a folha de flandres, são 
muito usados para embalagens de produtos como latas de azeite, conservas, sardinhas, tintas, 
vernizes etc. As embalagens que usam folhas de flandres têm um enorme mercado nos produtos 
alimentícios Esse material é revestido com estanho e vernizes especiais, que protegem o metal da 
corrosão e impedemque partículas dele contaminem os alimentos. Cada tipo de enlatado exige 
um tipo específico de verniz.
Essas embalagens, por fatores de processamento, têm formatos característicos, como as latas de 
três partes, constituídas de um fundo, um corpo e uma tampa, fechadas hermeticamente. Também 
pode ser utilizada para essas embalagens uma tampa removível, para produtos que serão usados 
parcialmente e deverão permanecer na embalagem até o seu término, caso das latas de tintas e 
vernizes. Alguns formatos foram personalizados de tal forma que reconhecemos os produtos só 
pela embalagem, como o queijo tipo reino com formato de bola (figura 31).
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FIGURA 31 – Embalagem de aço
Descrição: Embalagem de aço para queijo tipo bola. Fonte: http://stravaganzastravaganza.
blogspot.com.br/2011/07/queijos-do-brasil.html.
A rigidez das embalagens metálicas protege os produtos acondicionados, permitindo o 
empilhamento, como no caso das latas de tinta, estruturadas com frisos horizontais para amortecer 
impacto, e permite receber produtos sob pressão interna, como as embalagens do tipo aerossol. As 
embalagens de alimentos são esterilizadas por autoclave. A evolução das pesquisas nas indústrias 
de embalagens tem levado a inovações, como lata para micro-ondas, sistemas de aberturas muito 
mais eficientes, processos de impressão mais refinados etc.
Embalagens plásticas
O plástico é derivado de resinas extraídas no processamento do petróleo. São polímeros 
com características diferenciadas, com mais de 40 grupos básicos, cada um diferente do outro. 
Dependendo do processamento do plástico, as suas propriedades são alteradas, resultando numa 
enorme possibilidade de materiais para os mais diversos tipos de embalagens. Cada tipo tem 
determinadas características, que devem ser avaliadas para as aplicações corretas.
Só uma pequena porcentagem do óleo produzido nas petroquímicas (indústrias dedicadas à 
produção de derivados de petróleo) é destinada à produção do plástico para embalagens. A partir 
da década de 1950, após a Segunda Guerra Mundial, foi que se iniciou a utilização do plástico em 
embalagens (NEGRÃO; CAMARGO, 2008).
De acordo com o processamento (por aquecimento e/ou resfriamento) do plástico, os materiais 
resultantes são classificados em dois grandes grupos:
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(1) Termoplásticos: como o PET (polietileno) e o PP (polipropileno), podem ser moldados quando 
aquecidos e endurecem após o resfriamento. Podem ser reprocessados várias vezes sem perder 
suas propriedades iniciais, o que facilita extraordinariamente a sua reciclagem. Correspondem a 
80% dos plásticos e são os mais utilizados na fabricação de embalagens.
(2) Termorrígidos (ou termofixos): como o PU (poliuretano) rígido, quando aquecidos e moldados, 
permanecem com o formato definitivo inalterado e são de difícil reciclagem. É um material que se 
decompõe antes de ser fundido ou reformatado, e isso dificulta o reaproveitamento pela indústria 
da reciclagem. Os termorrígidos são utilizados para enchimento de superfícies e frestas (indústria 
moveleira, construção civil), peças injetadas, como engradados para transporte de garrafas, fios 
de tecidos e isolamento de cabos elétricos, solados de sapato etc.
No processamento do plástico com acréscimo de aditivos, esse material adquire outras 
propriedades, de acordo com o objetivo que se pretende alcançar e as características desejadas. 
É o caso de aditivos antiestáticos, autoextinguíveis, biodegradáveis etc. Com a tecnologia avançada 
disponível, eles podem ser moldados nas mais variadas formas e servir a fins inumeráveis, que 
abrangem desde sacos plásticos de paredes finíssimas até o corpo de celulares. Essa capacidade 
de adaptação tão vasta serve para atender às necessidades das embalagens atuais, tanto pela 
ampla possibilidade de formatos quanto por facilidade de exibição no ponto de vendas, impressão 
de informações, proteção dos produtos e reciclagem.
Existem muitos tipos de materiais plásticos com várias propriedades diferentes, o que significa 
que eles podem ser empregados para atender às mais diferentes exigências das embalagens, como 
proteção para evitar a quebra de ovos ou transporte de órgãos vitais para transplante, tornando 
possível salvar vidas humanas. Para confecção de embalagens, podemos citar entre os mais 
utilizados:
(1) PET (polietileno tereftalato): começou a ser fabricado no Brasil em 1989, principalmente para 
a produção de embalagens de bebidas gaseificadas. Dependendo da espessura, o acabamento 
pode ser rígido ou semirrígido. Esse material plástico é aplicado em embalagens de vários tipos de 
produtos e é facilmente reciclável. Por ser mais leve, mais resistente ao impacto e permitir transporte 
mais barato, tem substituído as embalagens de vidro. É usado em garrafas de refrigerante, água e 
óleo vegetal, frascos de ketchup, mostarda e medicamentos, embalagens de iogurte etc.
(2) PVC (policloreto de vinila): existem dois tipos de PVC: o rígido, que é pouco resistente a altas 
e baixas temperaturas, é frágil e muito tóxico quando em decomposição, usado na moldagem de 
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blisters, em frascos de xampu, em garrafas de óleo comestível, de vinagre, de água mineral etc.; e o 
flexível, que não deve ser usado para embalar alimentos, sendo usado em recipientes transparentes 
de produtos de limpeza, como detergente líquido, garrafas de água sanitária, embalagens de óleo 
de motor, blisters, filmes em geral etc.
(3) PP (polipropileno): tem a menor densidade entre os plásticos, pode substituir vários outros, 
é resistente a produtos químicos e calor e muito transparente, competindo com o PVC. É usado em 
potes de margarina e de ketchup, embalagens de biscoitos, bandejas de alimentos para forno de 
micro-ondas, rótulos de garrafas de refrigerantes, embalagens de iogurte, frascos de medicamentos, 
tampas etc. O polipropileno biorientado (BOPP) é componente de um filme plástico muito resistente 
usado em embalagens flexíveis. Pode ser metalizado, transparente ou fosco opaco. É muito usado 
em embalagens de alimentos. Sua aparência brilhante dá um visual atraente, além de ser muito 
versátil, pois permite vários tipos de impressão. Pode ser usado em embalagens laminadas, como 
em salgadinhos, biscoitos, cafés, rótulos de garrafas PET etc. (figura 32).
FIGURA 32 – Embalagem plástica
Descrição: Embalagens plásticas para salgadinhos. Fonte: http://www.plastcapbig.
com.br/produtos_lista.asp?categoria=2&subcategoria=3.
(4) PS (poliestireno): tem múltiplas funções, pode ser rígido ou na forma expandida. É um plástico 
frágil, usado na forma transparente ou composto com aditivos. As principais aplicações são em 
caixas de ovos, embalagens de fast food, iogurte, café, queijo fresco e manteiga, copos de água 
mineral. Quando expandido, é usado como isolante térmico (isopor) e também em embalagens de 
alimentos, como complemento amortecedor para proteger produtos frágeis, em tampas etc.
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(5) PE (polietileno): é um material plástico apresentado em três formulações: PE de alta densidade; 
PE de média densidade; e PE de baixa densidade. Em qualquer delas, é inerte, possibilitando contato 
direto com alimentos. É muito usado em garrafas de detergente e água sanitária, frascos de xampu 
e óleo de motor etc., dependendo das densidades, que devem se adequar ao tipo de produto que 
a embalagem vai conter.
(6) Pead (polietileno especial de alta densidade): esse plástico pode substituir o polipropileno. É 
um material leitoso, fácil de moldar, resistente a quedas. Por ser barato em comparação com outros 
plásticos, é muito usado em embalagens de detergente para roupas, xampu, leite, suco de frutas, 
produtos lácteos, óleo de motor etc. Em forma de filmes, compete com o PEBD.
(7) PEBD (polietileno especial de baixa densidade):é um dos materiais plásticos mais utilizados 
em embalagens. É semitransparente, branco leitoso ou colorido, flexível, de baixo custo, porém não 
resiste a temperaturas altas. É usado em potes de margarina, sacolas, sacos, tampas elásticas de 
várias embalagens etc. Quando em forma de filme, serve para embalar frutas, verduras e carnes e 
também pode ser aplicado para envolver pallets nas unidades de carga (figura 33).
FIGURA 33 – Película plástica
Descrição: Película plástica especial para embalar alimentos, pode ter uso industrial ou doméstico.
Fonte: https://pt.aliexpress.com/film-plastic-bag_reviews.html.
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E SISTEMAS 
INOVADORES DE EMBALAGEM
É muito importante enfatizar que as embalagens são sempre levadas em consideração no âmbito 
do desenvolvimento de novos produtos. A alta competitividade no mercado de bens de consumo 
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tem determinado uma ação constante de renovação dos produtos existentes ou de criação de novos 
por parte das empresas, que procuram assim garantir a sua fatia de participação de mercado. A 
embalagem faz parte do planejamento para desenvolver novos produtos. Ela precisa ser diferenciada 
em relação à concorrência, tornando-se, muitas vezes, um fator de distinção poderoso nas ofertas 
para o consumidor pelo alto potencial de comunicação e atratividade que pode incorporar, tanto do 
ponto de vista do seu design como também por fornecer um suporte importante para a transmissão 
de informações e mensagens de venda.
Cada vez mais, a importância da embalagem cresce em relação à formatação técnica das 
normas de padronização no lançamento de novos produtos, tanto no mercado interno quanto nos 
internacionais. Diversos fatores podem levar um produto ao sucesso ou fracasso, dentre eles, a 
concepção de uma embalagem adequada, que, além de protegê-lo efetivamente, sirva também para 
destacá-lo e criar atratividade. Isso é especialmente válido quando esse produto é distribuído nos 
autosserviços, como hipermercados e supermercados.
A superioridade de um produto é fator determinante para o sucesso de venda e a aceitação 
por parte dos consumidores. Por isso, as fases de definição do projeto e pré-desenvolvimento são 
cruciais para a concepção do produto, e a forma como ele vai ser protegido e enviado ao mercado 
necessariamente deve fazer parte dessa preocupação. Um novo produto exige uma nova embalagem, 
e isso inclui não só design como também formatos e materiais que possam atender de maneira 
mais eficaz à necessidade de embalá-lo.
As inúmeras possibilidades de combinação de materiais para aumentar a eficácia de uma 
embalagem, bem como durabilidade, resistência mecânica, flexibilidade, porosidade, não interferência 
química, além dos esforços para diminuir os custos de produção, têm estimulado as indústrias de 
embalagens a investir altas quantias em pesquisas. Muitas combinações de diversos materiais 
com características próprias já são utilizadas nas embalagens, integrando uma nova categoria. As 
composições procuram atender às necessidades de cada produto, de modo a complementar as 
propriedades de cada material individual. As embalagens compostas geralmente combinam dois 
ou mais materiais com outros reciclados.
Entre as diversas possibilidades de combinação de matérias-primas, podemos destacar as 
seguintes:
Embalagem e inovação do produto
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(1) Embalagens cartonadas: usam várias camadas de materiais, como as embalagens longa vida, 
compostas de 75% de papel cartão, 20% de polietileno (PEBD) e 5% de alumínio. Esses materiais 
são eficazes para criar barreiras protetoras e para manter a integridade do produto.
(2) Embalagens mistas: são compostas por dois ou mais materiais, inclusive reciclados, como 
plástico com metal, plástico com vidro, vidro com metal, cartão com madeira etc.
(3) Embalagens laminadas: usam menos materiais e ocupam menos espaço no armazenamento 
e no transporte, por exemplo: sacos de salgadinhos, biscoitos, café em pó etc. e embalagens SUP 
(stand-up pouches). São normalmente compostas de duas camadas de filmes, uma de poliéster, o 
que dá brilho ao formato final da parte externa, e outra de polietileno, que pode ser metalizado ou 
receber aplicação de nylon, na parte interna. Essas embalagens são utilizadas em produtos líquidos, 
pastosos, granulados, em vários setores do mercado. Entre elas, destacam-se:
• Embalagens de plástico e alumínio: tubos ou bisnagas de cosméticos, creme dental.
• Embalagens de plástico, papel e alumínio: café em pó, ração para cães e gatos.
• Embalagens de papel e alumínio: pacote de manteiga, envelopes de papel Kraft com alumínio 
interno.
• Embalagens de cartão e polietileno: blisters em geral, como a cartela de pilhas.
• Embalagem de papel, alumínio e polietileno: embalagens longa vida.
Os designers de produto estão sempre procurando reinventar seus modelos em uma tentativa 
de atender cada vez mais satisfatoriamente às exigências de um novo consumidor. Este passou a 
ser alinhado com os problemas ambientais e mais crítico em relação aos impactos negativos que 
produtos e embalagens podem causar à natureza. Outra preocupação é em encontrar novas formas 
de destacar o produto nas prateleiras.
Em consequência, a indústria de embalagens de alimentos é provavelmente uma das mais 
inovadoras do mundo, embora existam ainda algumas empresas de gêneros alimentícios cujas 
embalagens não mudam há mais de um século, caso de alguns alimentos enlatados. Entretanto, 
as pressões ambientais e dos consumidores estão alterando até mesmo esses comportamentos, 
e a indústria de enlatados começou a utilizar embalagens de plástico transparente ao invés do 
metal tradicional (figura 34).
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FIGURA 34 – Embalagem transparente
Descrição: Embalagens de plástico transparente. Fonte: https://revipack.wordpress.
com/2015/05/12/meetingpack-2015-inovaes-para-embalagem-alimentar/.
As latas de plástico transparente, embora ainda criticadas por alguns ambientalistas, são resultado 
de alta tecnologia na combinação de múltiplas camadas de plástico, que permitem aos consumidores 
visualizar exatamente aquilo que estão comprando. Muitas dessas embalagens mantêm as tampas 
e o fundo confeccionados em metal, configurando assim uma excelente combinação entre os dois 
materiais e facilitando as possibilidades de reutilização, pois eles são facilmente separáveis quando 
são destinados aos processos de reciclagem.
As embalagens transparentes para alimentos são uma nova tendência no setor de alimentos 
enlatados, permitindo atender com êxito as expectativas do consumidor. Além disso, possibilitam 
transmitir uma imagem de alimentos sempre frescos, melhorando as chances de os alimentos 
conservados competirem melhor com os in natura, além do alto impacto nas prateleiras e nas 
gôndolas dos pontos de varejo.
Essas embalagens plásticas, pelo tipo de material que utilizam, aumentam os prazos de validade 
dos produtos e melhoram significativamente as condições de armazenagem e durabilidade. Ao 
contrário de outros plásticos de embalagens tradicionais, as novas “latas plásticas” são capazes de 
suportar altas temperaturas em ambientes de alta pressão com a mesma competência das latas de 
metal durante todo o seu percurso na cadeia de abastecimento. Assim, oferecem vários benefícios 
e alta competitividade em relação a outros tipos de embalagens. A qualidade do material oferece 
proteção total e segura aos alimentos embalados.
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SAIBA MAIS
A indústria norte-americana de embalagens acaba de lançar uma nova linha de latas plásticas 
transparentes e recicláveis para atender à indústria de alimentos processados. Ela oferece uma 
excelente oportunidade para sustentabilidade, conveniência e até mesmo rentabilidade pelo baixo 
custo de produção em relação às latas de aço que tradicionalmente são utilizadas

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