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– 2008 – Universidade Federal de Itajubá Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Indústria Curso de Especialização em Proteção de Sistemas Elétricos – CEPSE SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 NNoovvaass TTééccnniiccaass ppaarraa EEnnssaaiiooss ddee RReellééss MMuullttiiffuunncciioonnaaiiss Marcelo E. de C. Paulino SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 2 SSUUMMÁÁRRIIOO 1. Introdução ........................................................................................ 3 2. Instalações Convencionais versus Instalações Operando com Redes de Comunicação .... 4 3. Motivadores para a Utilização da Norma IEC 61850 em Sistemas de Automação de Subestação ........................................................................................... 6 3.1. Utilização de Diversos Protocolos de Comunicação .............................................. 6 3.2. Limitações Existentes nos Protocolos ............................................................... 7 3.3. As Necessidades do Mercado .......................................................................... 7 4. O Estabelecimento da Norma IEC 61850 ....................................................... 8 4.1. Os níveis Hierárquicos na IEC61850 ................................................................. 9 5. Sistemas de Automação de Subestação Antes da Aplicação da IEC 61850 ............... 12 6. A Implementação da Norma IEC 61850 ...................................................... 14 7. Objetivos da Norma IEC 61850 ............................................................... 17 7.1. Redução de Custo ........................................................................................ 17 7.2. Salvaguarda de Investimentos ....................................................................... 17 7.3. Simplificar a Engenharia ............................................................................... 17 7.4. Flexibilidade ............................................................................................... 17 7.5. A IEC 61850 na Prática ................................................................................. 18 8. Benefícios aos Usuários da Norma IEC61850 ................................................ 18 8.1. Redução de custos ....................................................................................... 18 8.2. Salvaguarda de Investimentos ....................................................................... 18 8.3. Alto Desempenho ........................................................................................ 18 8.4. Simplificar a Engenharia ............................................................................... 19 8.5. Flexibilidade ............................................................................................... 19 9. Outros Benefícios da Norma IEC61850 em Comparação com Outros Padrões ........... 19 10. Considerações Sobre a Implementação da Norma IEC61850 ............................ 21 11. A Decomposição e Especificação Funcional ................................................ 22 12. Requisitos da Norma IEC 61850 ............................................................ 22 13. Especificação de Funções e os Dados Relacionados com os Modelos .................... 23 13.1. Funções e a Conformidade da Comunicação ..................................................... 23 13.2. Sistemas e Nós Lógicos (Logical Nodes) .......................................................... 24 14. Liberdade de Configuração com Funções distribuídas ..................................... 27 14.1. Exemplo de Modelo de Função Distribuída: Proteção de Distância ........................ 27 15. Linguagem de Configuração de Subestação SCL .......................................... 32 16. Testes de Sistemas com IEC61850 ......................................................... 36 17. Componentes de Sistemas de Teste Baseados na norma IEC61850 ..................... 37 17.1. Teste Funcional em Unidade de Conformação de Dados Baseada na norma IEC 61850-9-2. ........................................................................................................ 39 17.2. Teste Funcional em IEDs Baseados na norma IEC61850-9-2. .............................. 40 17.3. Teste Funcional de Aplicações Distribuídas nos Níveis de Estação e Processo Baseados na IEC61850-8-1 e IEC61850-9-2. ........................................................... 42 18. Requisitos para Testes de IEDs baseados na IEC61850 .................................. 43 18.1. Equipamentos de Teste para Relés Microprocessados Convencionais ..................... 43 18.2. Equipamentos de Teste para IEDs Baseados na IEC61850 .................................. 43 18.3. Processo de Configuração de Teste de IEDs Baseados na IEC61850 ..................... 45 SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 3 PPAARRTTEE 11:: IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO AA SSIISSTTEEMMAASS BBAASSEEAADDOOSS NNAA IIEECC6611885500 O estabelecimento da norma IEC 61850 para redes de comunicação e sistemas em subestações elétricas possibilita a aplicação de dispositivos inteligentes baseados em comunicação ponto a ponto de alta velocidade, com medidas distribuídas, controle, proteção e soluções baseadas em grandezas analógicas transmitidas pela rede. Abordaremos Sistemas de Automação de Subestações baseados na IEC 61850. Esta primeira parte mostra aspectos introdutórios para uma visão ampla do histórico da utilização de dispositivos e sistemas conforme a norma mencionada. 11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO As novas subestações são construídas com avançados equipamentos de controle e proteção (relés de proteção, medidores, registradores de perturbação, etc.). A utilização desses equipamentos influencia diretamente o conceito e a arquitetura de todo Sistema de Automação de Subestação (SAS). Por cerca de duas décadas as empresas do setor elétrico e fornecedoras de equipamentos elétricos em todo mundo construíram e mantiveram sistemas de automatização de subestação em suas subestações de transmissão e distribuição utilizando esses novos equipamentos. Essas empresas decidiram então investir em novas tecnologias para o controle de suas subestações buscando métodos e ferramentas para facilitar o projeto e a redução dos custos de operação e manutenção. Esta evolução foi provocada pelo advento dos denominados Dispositivos Eletrônicos Inteligentes (IED, do inglês Intelligent Electronic Devices) ou Sistema Eletrônico Inteligente (IES - Intelligent Electronic System). A figura 1 ilustra a evolução das tecnologias empregadas na fabricação desde os relés eletromecânicos até os atuais relés digitais. Figura 1: Evolução das tecnologias na fabricação de IEDs. Esses dispositivos IEDs são equipamentos microprocessados que têm apresentado um caráter multifuncional incorporando novas funcionalidades, tais como: Execução de funções de proteção e controle; SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 4 Alta velocidade nos dispositivos de comunicação; Utilização da rede local com funções distribuídas; Capacidade para aquisição de dados e medição; Monitoração de Qualidade de Energia; Controle de algoritmos para eliminar rapidamente a falta; Capacidade de implementação de novas funções pelo usuário. Uma das características importantes desses IEDs é permitirem a execução de funções de proteção e controle distribuídas sobre uma rede local Ethernet.Isto é possível devido à capacidade interna desses IEDs em efetuar comunicação em alta velocidade, permitindo o compartilhamento de informações entre os diversos IEDs. A utilização de uma rede local permite a substituição da fiação, feita com vários fios de cobre, por uma instalação utilizando protocolos de comunicação. Isto permite o aperfeiçoamento das lógicas de proteção e controle com melhoria na funcionalidade sem qualquer aumento de custo. Inclusive oferece garantia de interoperabilidade entre IEDs de fabricantes diferentes, reduzindo drasticamente o custo do sistema. Portanto, esses dispositivos começam a ganhar uma larga aceitação, sendo reconhecidos como essenciais para a operação eficiente e gerenciamento de uma subestação moderna. A utilização de uma rede Ethernet implica no uso de protocolos de comunicação. Ultimamente muitos protocolos são usados em subestações, sendo alguns concebidos para aplicações específicas. Outros são estruturados utilizando-se normas internacionais, mas também são ajustados às necessidades de instalações locais. Isto vale muito pouco quando buscamos um protocolo que possa abranger todas as necessidades do SAS. A norma IEC61850 define caminhos para o intercambio de dados entre IEDs que pode ser usado de diferentes formas no controle distribuído e aplicações de proteção. Esses caminhos introduzem um novo conceito que requer uma abordagem e tecnologia diferente para serem aplicados aos componentes individuais do SAS. A utilização da rede Ethernet também possibilita a transmissão de grandezas analógicas (tensão e corrente) através de valores amostrados (sampled values). Este é um dos grandes diferenciais em uma aplicação típica com protocolos de comunicação e a norma IEC61850. Os sistemas operando com a norma IEC61850 impõem desafios a todos os profissionais envolvidos, sejam as equipes de projeto e engenharia, sejam as equipes de operação e manutenção. Esses desafios são proporcionais às inovações tecnológicas implementadas nas instalações baseadas na norma IEC61850. 22.. IINNSSTTAALLAAÇÇÕÕEESS CCOONNVVEENNCCIIOONNAAIISS VVEERRSSUUSS IINNSSTTAALLAAÇÇÕÕEESS OOPPEERRAANNDDOO CCOOMM RREEDDEESS DDEE CCOOMMUUNNIICCAAÇÇÃÃOO Nos esquemas de instalações convencionais toda a conexão necessita de uma instalação elétrica ponto-a-ponto. Esta instalação é realizada com cabeamento dedicado mostrado na Figura 2. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 5 O esquema equivalente utilizado em instalações operando com a rede Ethernet é mostrado na figura 3. Nesta condição a comunicação entre IEDs é realizada via pacotes de informação ou “telegramas” definidos pela norma IEC61850. Essa informação trafega livremente pela rede, no modo unicast ou multicast, o que significa que um único ou múltiplos IEDs podem receber a mensagem e utilizá-la ou não, conforme sua necessidade. Figura 2 - Comunicação entre IEDs através de fiação convencional. Figura 3 - Distribuição de mensagens GOOSE entre IEDs operando com rede de comunicação. Com o aumento da importância da rede dentro do sistema de proteção e automação, as componentes da rede (switches, roteadores, cabos de comunicação etc.) têm um importante papel. Por isso devem ser especificadas, operadas e mantidas da mesma forma e cuidado dos demais componentes do sistema. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 6 A grande vantagem das mensagens enviadas pela rede é permitirem a interligação entre dois ou mais IEDs, intercambiando mensagens com alta velocidade e confiabilidade, substituindo as ligações físicas por meio de cabos ou fios. É importante mencionar que um dos objetivos da norma IEC61850 é a diminuição ou quase eliminação dos cabos de controle que conduzem os sinais de estados dos equipamentos, alarmes e comandos, transferindo esta função e responsabilidade para a rede de comunicação e para os próprios IEDs. 33.. MMOOTTIIVVAADDOORREESS PPAARRAA AA UUTTIILLIIZZAAÇÇÃÃOO DDAA NNOORRMMAA IIEECC 6611885500 EEMM SSIISSTTEEMMAASS DDEE AAUUTTOOMMAAÇÇÃÃOO DDEE SSUUBBEESSTTAAÇÇÃÃOO A integração entre diferentes dispositivos de diferentes fabricantes em sistema de automação de subestações exige respostas para muitas questões. Fornecer essas respostas é um dos objetivos da norma IEC61850. 33..11.. UUttiilliizzaaççããoo ddee DDiivveerrssooss PPrroottooccoollooss ddee CCoommuunniiccaaççããoo A estrutura de comunicação em uma instalação implica na utilização de elos físicos constituído por cabeamento rígido ou cabos óticos e no emprego de protocolos de comunicação que possam ser entendidos pelos equipamentos que estão se comunicando. Alguns protocolos são concebidos para aplicações específicas ou configurações de instalações únicas. Outros são estruturados utilizando-se padrões ou normas internacionais. Isto é insuficiente quando buscamos um protocolo que possa abranger todas as necessidades do SAS. A figura 4 mostra exemplos da ligação física e de protocolos que têm sido utilizados para a comunicação local em subestações. Figura 4- Exemplos de ligação física e de protocolos SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 7 33..22.. LLiimmiittaaççõõeess EExxiisstteenntteess nnooss PPrroottooccoollooss Nas últimas décadas, muitos protocolos de comunicação são usados em subestações. Alguns desses protocolos são mostrados como exemplo na Figura 5. A utilização de diversos protocolos concebidos para diferentes aplicações limitava o uso de produtos multiusuários. Dá-se a necessidade da criação um protocolo abrangente, que cubra todas as necessidades do SAS. O cenário com a utilização de vários protocolos implica em um alto custo de engenharia, pois cada protocolo tem sua própria estrutura de representação de dados e implementação com diferentes níveis de funcionalidade. Figura 5 - Protocolos usados antes da IEC61850. A busca da interoperabilidade entre dois dispositivos de fabricantes diferentes resulta em um enorme gasto para integração de aplicações. 33..33.. AAss NNeecceessssiiddaaddeess ddoo MMeerrccaaddoo O mercado global necessita de um padrão também global, que reúna diversas filosofias a fim de atender as diferentes aplicações existentes. Esse padrão deve prever a existência de uma mistura de dispositivos, com comunicação convencional via cabeamento rígido e com a utilização da rede Ethernet. Essas necessidades são decorrentes da busca pela redução de custos tanto pela competição exigida pelo mercado como pelo desenvolvimento de novas funcionalidades apresentadas pelos fornecedores de IED e sistemas de automação. A utilização de um padrão global tem como resultado direto a redução de custos diretos em investimentos e na operação dos sistemas de automação. Impacta diretamente também na manutenção dos componentes desse sistema. Finalmente, podemos dizer que a utilização de um padrão aberto possibilita a salva guarda dos investimentos realizados, onde o proprietário não necessitará realizar um retrofit completo ou SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 8 adicionar novos dispositivos apenas para realizar a integração da instalação existente com dispositivos futuros. 44.. OO EESSTTAABBEELLEECCIIMMEENNTTOO DDAA NNOORRMMAA IIEECC 6611885500 A padronização dos protocolos de comunicação em Sistemas digitais de Automação de Subestações resultou na norma IEC 61850 quanto IEC e EPRI, junto com fabricantes de sistemas e proprietários de instalações, concordaramem ter uma única normalização. Essa normalização foi baseada em modelo de aplicação comum de funcionalidades de um sistema de automação, definindo o padrão de interface. Ela adotou os princípios estabelecidos pelo UCA versão 2.0, tais como objeto orientado, protocolo TCP/IP e o perfil Ethernet. O UCA, abreviatura de Utility Communications Architeture, foi publicado como um padrão IEEE em 1999. É um conjunto de padrões para dispositivos de controle e monitoramento com capacidade para interoperar com aplicações típicas de instalação de sistemas de automação em um ambiente utilizando vários dispositivos de fornecedores. O padrão UCA tornou-se mais do que um simples protocolo de comunicação, ele se tornou um sistema que define quais dados relevantes de cada dispositivo da subestação devem ser utilizados na comunicação. Desde o final da década de 90 vários trabalhos e demonstrações mostraram a interoperabilidade do sistema operando com redes de comunicação. Isto possibilitou que as concessionárias de energia que utilizam o UCA 2.0 começassem a migração para a norma IEC 61850. A norma IEC 61850 define caminhos para o intercambio de dados entre IEDs que pode ser usado de diferentes formas no controle distribuído e aplicações de proteção. Esses caminhos introduzem um novo conceito que requer uma abordagem e tecnologia diferente para serem aplicados aos componentes individuais do SAS. A norma está dividida em 14 partes, reunidas em 10 capítulos, onde deixa de lado o uso do relé multifuncional como um elemento único e utiliza o conceito funcional para modelar o sistema e sua comunicação. A figura 6 mostra o conteúdo da norma IEC61850. Figura 6 – Conteúdo da norma IEC61850 dividida em 10 capítulos e 14 partes. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 9 Para permitir a comunicação pela rede, realizando o mapeamento e configuração de todo o sistema de automação, a norma IEC61850 possui uma abrangência superior a qualquer outra tentativa de criar mecanismos para cobrir as necessidades de operação do SAS. Abordando aspectos de comunicação, a norma descreve: Serviços: Como transferir dados? (Partes 7, 8 e 9); Objetos: Como endereçar dados? (Partes 7, 8 e 9); Configuração: Como compartilhar referências comuns entre aplicações? (Parte 6); Testes de Conformidade: Como testar um dispositivo para certificação do atendimento aos requisitos de comunicação da norma? (Parte 10). Para alguns aspectos fora da comunicação: Condições ambientais (Parte 3); Requisitos de Engenharia (Partes 5); Ciclo de vida do sistema (Parte 4); Descrição informal de função (Parte 5); Conectividade entre dispositivos primários (Parte 6). 44..11.. OOss nníívveeiiss HHiieerráárrqquuiiccooss nnaa IIEECC6611885500 Atualmente a comunicação em subestação e os sistemas de controle possuem características como: Controle e monitoramento centralizado; Com Automação de Subestação usando relés numéricos (IEDs) tem facilitado a instalação; Redução de cabeamento – diminuição de tempo e esforços em comissionamento e manutenção; Comunicação entre nível de processo e nível de vão realizada com fiação tradicional, ou seja, os comandos para os disjuntores e sinais secundários de Transformadores de Corrente (TC) e Transformadores de Tensão (TP) usam fiação de cobre convencional; Comunicação para os níveis superiores, estação ou nível de rede utilizam protocolos de comunicação variados. A figura 7 mostra o esquema de um sistema de automação em uma subestação sem IEC61850 com os tipos de comunicação entre os níveis. Com o novo modelo de dados e a utilização da comunicação via rede, a IEC 61850 realiza a separação das aplicações em três níveis hierárquicos: "ível estação: definido pela parte 8-1 da norma, com o mapeamento das camadas de comunicação (TCP/IP), mensagens GOOSE/GSSE (link) e sincronização de tempo (SNTP). "ível vão: definido pelo modelo de dados e aplicação das funções do sistema (capítulo 7) SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 10 "ível processo: definido pelo capítulo 9 da norma, com os valores analógicos de tensão e corrente amostrados trafegando pela rede (9-2) e mensagens GOOSE/GSSE (9-1), também com a realização de sincronização de tempo (SNTP). Figura 7 – Esquema de esquema de um sistema de automação em uma subestação sem IEC61850. A figura 8 mostra a representação da separação dos níveis hierárquicos com a indicação de uso dos capítulos da norma IEC61850. Figura 8 – Representação dos barramentos de estação e processo na Subestação SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 11 Vale ressaltar que esta separação ocorre somente para os níveis hierárquicos. Na instalação tem- se apenas um link físico onde trafegarão as informações dos barramentos de estação, vão e processo para uma implementação completa da IEC 61850, conforme mostra a figura 9. Figura 9 – Barramento de rede único na Subestação. As mensagens que trafegam pela rede são classificadas como mensagens de comunicação vertical, isto é, aquelas realizadas entre diferentes níveis hierárquicos, ou mensagens de comunicação horizontais, que ocorrem dentro do mesmo nível. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 12 PPAARRTTEE 22:: AASSPPEECCTTOOSS SSOOBBRREE AA IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO DDAA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 A implementação da norma IEC 61850 em subestações elétricas possibilita a redução de custos, preservação dos investimentos, flexibilidade das aplicações, simplificação da engenharia de projeto, operação e manutenção dos sistemas de automação de subestação. Esta parte mostra sistemas de automação antes e depois da implementação da norma IEC61850, trata do objetivo e benefícios da Norma IEC61850 em comparação com outros padrões. 55.. SSIISSTTEEMMAASS DDEE AAUUTTOOMMAAÇÇÃÃOO DDEE SSUUBBEESSTTAAÇÇÃÃOO AANNTTEESS DDAA AAPPLLIICCAAÇÇÃÃOO DDAA IIEECC 6611885500 Atualmente, a grande maioria dos projetos desenvolvidos para sistemas de automação de subestações sem a aplicação da norma IEC16850 segue as especificações de fabricantes dos componentes desses sistemas, principalmente os fabricantes de IEDs (Dispositivos Eletrônicos Inteligentes). Esses fabricantes indicam o estado da arte das aplicações do sistema de automação, bem como os componentes como IEDs, dispositivos de conexão e rede, protocolos, etc. Esses projetos também são orientados para as soluções que utilizam conexões via cabeamento convencional de cobre (intertravamento entre IEDs, informações de estado de disjuntores, sinais analógicos de tensão e corrente, etc.). Um grande número de protocolos de comunicação é utilizado, causando problemas com a comunicação entre dispositivos de diferentes fabricantes. Geralmente a eliminação desses problemas acarreta em despesas adicionais. Além disso, graças ao avanço da tecnologia de comunicação, os sistemas de informação das modernas subestações têm aumentado o número e o volume de dados trabalhados por esses sistemas. A velocidade do advento e do uso de novas tecnologias aumenta constantemente. A norma IEC61850 substitui protocolos incapazes de conduzir a melhoria dos sistemas de automação e implementar as funcionalidades necessárias. Os fabricantes e fornecedores geralmente têm experiência nesse ambiente de constante mudança tecnológica onde os sistemas de automação de subestação são desenvolvidos, instalados, operados e mantidos. Quando uma concessionáriaadquire um sistema de automação completo de um único fabricante, este sistema geralmente está configurado de forma adequada para um desempenho otimizado e para evitar problemas com a utilização de protocolos de comunicação. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 13 Entretanto, se esse sistema for constituído de diversos equipamentos de diversos fabricantes diferentes, podem-se empregar protocolos incompatíveis. Neste caso haveria a necessidade de gastos adicionais para adequar todo esse sistema. Hoje um sistema da automação de subestação compreende três níveis hierárquicos, isto é, o nível estação, o nível vão e o nível processo, como mostrado em figura 10 Figura 10 – Níveis hierárquicos em um sistema de automação de subestação A comunicação entre o nível estação e o nível vão (barramento de estação) é realizada às vezes por meio dos diferentes protocolos tais como IEC 60870, Profibus, DNP, LON, Modbus e muitos de outros proprietários e não-proprietários. No barramento de processo, a comunicação entre o nível vão e o nível processo é feita na grande maioria das instalações, quase totalidade, com fiação de cobre convencional. Gateways, ou outras conversões de protocolo, resolvem a maior parte do problema de incompatibilidade entre protocolos. Entretanto adicionam equipamentos extras ao sistema. Introduzem também atrasos nos tempos do sistema e uma possibilidade de erros nos trajetos da comunicação. Mesmo nas situações onde os Gateways não são usados, a utilização de um grande número de protocolos não é desejável tanto do ponto de vista dos usuários quanto dos fabricantes. Em uma concessionária, a equipe técnica precisa ser treinada para operar e manter as instalações com esses protocolos. O atual modelo do mercado de energia no Brasil e o aumento da complexidade do Sistema Elétrico de Potência incentiva a interligação de sistemas de diferentes empresas. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 14 Não é raro encontrar empresas acessantes que operam dentro das instalações de subestações de outras empresas. Muitas vezes essas duas empresas compartilham vários dados e informações de todo sistema de automação dessa subestação. Para essas empresas é desejável a redução do número dos protocolos utilizados. A padronização é a chave para o avanço da conectividade entre usuários e da interoperabilidade entre os sistemas. 66.. AA IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO DDAA NNOORRMMAA IIEECC 6611885500 A utilização da norma IEC 61850 permite a operação otimizada de todos os componentes integrados a um sistema de automação de subestação. Este processo ocorre devido ao progresso e desenvolvimento dos IEDs. Os novos IEDs podem agregar funcionalidades específicas como a execução de funções de proteção e controle utilizando a rede local, alta velocidade nos dispositivos de comunicação, capacidade para aquisição de dados e medição, dentre outras. Algumas dessas funcionalidades não estão disponíveis em relés convencionais. Em uma instalação convencional, a troca de dados entre os dispositivos de subestação nos níveis de vão e de processo é realizada por conexões com fiação metálica. Isto ocorre tanto para os sinais analógicos quanto para os sinais binários e comando dos equipamentos de manobra e alarmes (entradas e saídas digitais). A figura 11 mostra o esquema típico da vista traseira de um relé convencional, com os elementos de entrada e saída dos sinais binários e os pontos de entrada para os sinais de tensão e corrente. Figura 11 – Esquema típico da vista traseira de um relé convencional A figura 12 mostra a vista traseira de um relé convencional instalado em um painel. Nota-se a fiação convencional utilizada. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 15 Além da maior quantidade de material utilizado, o número de entradas e saídas estava limitado aos terminais de hardware disponíveis. Com a norma IEC 61850 e a utilização da rede Ethernet, os sinais analógicos e digitais via fiação de cobre são substituídos por dados que trafegam na rede Ethernet. Pacotes de mensagens ou telegramas podem ser enviados pela rede em tempo real como valores amostrados na rede ou mensagens de comando e controle. Figura 12 – Vista interna de um painel convencional com a fiação na parte traseira de um relé de proteção Dois tipos típicos de sistemas de automação de subestação baseados na IEC 61850 podem ser definidos baseados na interface com os equipamentos primários de subestação. O primeiro tipo é um sistema com implementação parcial, onde a interface com o processo é idêntica às subestações convencionais, isto é, utilizando conexões com cabeamento com fios de cobre convencionais entre: Lado secundário de transformadores de instrumentos de corrente e tensão e entradas analógicas de IEDs; Contatos auxiliares dos disjuntores e das entradas ópticas dos IED; Saídas binárias do IED e controle de processo (por exemplo, bobina de trip de disjuntores ou comutador de tape de transformadores); A interface entre os equipamentos da subestação é baseada na troca de mensagens de comunicação sobre a rede local da subestação. A figura 13 mostra a vista da parte traseira de um relé de proteção com implementação parcial da IEC 61850, mostrando a entrada convencional dos sinais analógicos de tensão e corrente e a conexão Ethernet para as mensagens de comunicação. O segundo tipo é um sistema com implementação total, onde a interface entre todos dispositivos de sistema neste caso é baseado na comunicação, com o uso de cabos de cobre convencionais sendo limitados para: SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 16 Alimentação DC ou AC; Transformadores de instrumentos secundários e unidades de medida; Contatos auxiliares de disjuntores, bobinas de trip e equipamentos secundários na subestação. Figura 13 – Vista da parte traseira de um relé de proteção com implementação parcial da IEC61850 A figura 14 mostra a vista da parte traseira de um relé de proteção com implementação total da IEC 61850, mostrando a entrada dos sinais analógicos de tensão e corrente através de valores amostrados na rede (Sampled Values) baseados na IEC61850-9-2-LE e a conexão Ethernet para as mensagens de comunicação. Figura 14 – Vista da parte traseira de um relé de proteção com implementação total da IEC61850 SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 17 77.. OOBBJJEETTIIVVOOSS DDAA NNOORRMMAA IIEECC 6611885500 77..11.. RReedduuççããoo ddee CCuussttoo A inserção das companhias de transmissão e distribuição de energia elétrica na dinâmica de mercado aberto torna o custo das operações um componente muito importante. A necessidade de manter o fornecimento de energia faz com que os operadores de sistemas elétricos necessitem de sistemas de potência funcionando de forma confiável e eficiente. Isto tudo a um custo mínimo. Existem esforços para conseguir estes objetivos de operação utilizando as potencialidades e vantagens das novas tecnologias aplicadas aos sistemas de automação de subestação. Torna-se importante que exista um único padrão no mundo para reduzir o número dos protocolos. O padrão deve ser aberto para permitir que equipamentos de diferentes fabricantes operarem em conjunto. 77..22.. SSaallvvaagguuaarrddaa ddee IInnvveessttiimmeennttooss O uso da eletrônica digital casou grande impacto na automação desubestações e elevou a importância das comunicações nesses sistemas. Em paralelo a esse processo, a própria tecnologia de comunicação tem evoluído rapidamente devido ao desenvolvimento dos processadores e de avanço técnicos e comerciais em sistemas de fibra ótica. As instalações, os componentes, os IEDs e os equipamentos de comunicação têm tempos de vida útil diferentes da tecnologia empregada. Apesar de esses equipamentos possuírem vida útil de 20 anos ou mais, devido ao avanço da tecnologia ou necessidade de incorporação de uma determinada função, esses equipamentos são trocados em um intervalo de tempo muito menor. No caso de uma aplicação de comunicação, se temos alguma mudança nessa tecnologia, somente a parte relativa à comunicação do sistema de automação deve ser mudada. Os outros componentes do sistema são mantidos sem alteração. A compatibilidade entre a tecnologia velha e a nova é definitivamente desejável porque faria a transição do velho para o novo de forma adequada e menos dispendiosa. O uso da atual tecnologia de comunicação, com redes Ethernet, deve fornecer uma melhor compatibilidade entre os sistemas 77..33.. SSiimmpplliiffiiccaarr aa EEnnggeennhhaarriiaa A vida útil de uma subestação é maior do que a vida útil do sistema de automação da subestação. A norma deve prever meios para apoiar a atualização, expansão, testes, ensaios e manutenção do sistema de automação. 77..44.. FFlleexxiibbiilliiddaaddee A norma deve ser flexível e deve sobreviver a: SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 18 Alterações nas preferências do usuário; Alterações criadas pelos fabricantes como, por exemplo, inovações criadas no futuro. 77..55.. AA IIEECC 6611885500 nnaa PPrrááttiiccaa A norma oferece soluções às exigências mencionadas anteriormente e atinge os objetivos fixados. Ela prevê a interoperabilidade do equipamento de diferentes fabricantes. Isto conduz a mudanças mínimas para soluções na operação de equipamentos de diferentes gerações. A norma ainda é capaz de cobrir todas as funções do sistema de automação da subestação. Um dado de comunicação pode existir dentro do nível estação ou do nível vão, mas também pode existir entre dois níveis, por exemplo, entre o nível vão e o nível processo. 88.. BBEENNEEFFÍÍCCIIOOSS AAOOSS UUSSUUÁÁRRIIOOSS DDAA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 88..11.. RReedduuççããoo ddee ccuussttooss O IEC 61850 especifica o uso de um protocolo aberto e comum, o TCP/IP, que facilita o acesso às redes de dados públicos e privadas. Abre a possibilidade de acesso remoto dos equipamentos na subestação, aliviando a manutenção e reduzindo o número de visitas de local. 88..22.. SSaallvvaagguuaarrddaa ddee IInnvveessttiimmeennttooss O investimento da empresa é protegido porque o desenvolvimento da rede de comunicação é independente do desenvolvimento das aplicações. A empresa também pode se beneficiar das últimas tecnologias da comunicação para melhorar o desempenho do sistema de automação da subestação. A rede Ethernet é altamente compatível com expansões e novas aplicações. Por exemplo, uma rede de 10Mbit/s pode ser facilmente integrada em uma rede de 100Mbit/s, e uma rede de 100Mbit/s pode ser integrada em uma rede de 1Gbit/s da mesma forma. Assim, o investimento da empresa é preservado pelo menos nesse nível de aplicação. 88..33.. AAllttoo DDeesseemmppeennhhoo A principal vantagem da norma IEC 61850 é a interoperabilidade de IEDs de fabricantes diferentes e a eliminação de gateways. A ausência de gateways significa menor número de equipamentos, nenhum atraso desnecessário ou erros adicionais causados por conversões de protocolo. O uso de comunicações através de rede Ethernet para todas as funções da automação da subestação resulta no uso de cabeamentos mais simples em comparação com o uso de comunicações ponto a ponto via cabeamento convencional. Esta é uma vantagem na execução do projeto, na instalação de equipamento e na fase de validação de toda a instalação. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 19 É esperado que a capacidade e potencialidades dos componentes da rede Ethernet aumentem ano a ano. Será possível, dentro de alguns anos, a empresa ter uma única infra-estrutura de comunicação. Isto possibilitará a racionalização e melhor organização do fluxo de dados. 88..44.. SSiimmpplliiffiiccaarr aa EEnnggeennhhaarriiaa A norma IEC 61850 define a Linguagem de Configuração da Subestação (SCL – Substation Configuration description Language) onde permite que a configuração de um sistema da automação seja definida e os ajustes de IEDs de diferentes fabricantes sejam preparados pelo usuário ou por algum dos fabricantes envolvidos no projeto do sistema de automação. Isto reduzirá o tempo do projeto, simplifica a integração do sistema e reduzirá a manutenção e também os esforços de treinamento 88..55.. FFlleexxiibbiilliiddaaddee A norma IEC 61850 não implica na obrigatoriedade do uso do barramento de estação ou barramento de processo. O número de barramentos utilizados é flexível. É desnecessário adotar a estrutura rígida de três níveis (nível estação, nível vão e nível processo). A empresa ou usuário pode especificar a configuração de sistema em uma maneira flexível. Figura 15 – A flexibilidade da IEC61850 aliada à promoção da interoperabilidade 99.. OOUUTTRROOSS BBEENNEEFFÍÍCCIIOOSS DDAA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 EEMM CCOOMMPPAARRAAÇÇÃÃOO CCOOMM OOUUTTRROOSS PPAADDRRÕÕEESS A norma IEC 61850 é o único padrão que abrange as comunicações em todos os três níveis em uma subestação, ou seja, nível estação, nível vão e nível processo. Outras normas abrangem as comunicações em apenas um ou dois desses três níveis porque a maioria dos padrões foi desenvolvida para fins específicos. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 20 A arquitetura lógica praticada pela norma IEC61850 impõe um fluxo de dados com mensagens transferidas no modo cliente-servidor, diferente do modo mestre-escravo utilizado em outros protocolos. Podem-se haver múltiplos clientes. Figura 16 – Exemplo de modo Mestre-Escravo No modo de comunicação mestre-escravo, mostrado na figura 6, um dispositivo mestre é essencial. Uma falha no dispositivo mestre resulta em falha em outros dispositivos que não poderão se comunicar. Com a norma IEC61850, a arquitetura lógica é implementada através da definição dos serviços, ou seja, a forma de como transferir esses dados pela rede. Isto é possível com a abordagem de comunicação orientada ao objeto que define como é realizado o endereçamento de dados. Neste caso o cliente é quem controla a troca de dados, podendo ser qualquer IED associado à lógica de proteção e controle em funcionamento. A figura 6 mostra a representação do modo de transmissão de dados cliente-servidor. Outra vantagem é a utilização da comunicação Multicasting, isto é, significa que um único ou múltiplos IEDs podem receber a mensagem e utilizá-la ou não, conforme sua necessidade. Este tipo de comunicação melhora o desempenho de tempo no envio das mensagens. O TCP/IP é o protocolo de transmissão da Internet. O IEC61850 facilita a transferência de dados através das redes de dados públicos ou privados especificando os protocolos compatíveis com TCP/IP. Os dados de outros protocolos baseados no perfil Ethernet e no protocolo TCP/IP, tal como dados de serviços de web para a manutenção remota, podem ser transmitidos em paralelo através da mesma infra-estrutura de comunicação. SSiisstteemmaassddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 21 Figura 17 – Exemplo de modo cliente-servidor A norma IEC61850 é orientada para o futuro, mas outros padrões não são. Todas as mudanças na tecnologia de comunicação no futuro causarão mudanças mínimas somente nos sistemas da automação de subestação conformes com a IEC 61850. Na IEC 61850, o modelo dos dados é definido claramente. Isto facilita uma expansão futura, tomando-se cuidado para manter a interoperabilidade em todo sistema. 1100.. CCOONNSSIIDDEERRAAÇÇÕÕEESS SSOOBBRREE AA IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO DDAA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 Muitos dos tópicos descritos anteriormente têm impacto direto no custo das instalações. A interoperabilidade possibilita a escolha do melhor IED adequado a uma determinada instalação no que diz a respeito à funcionalidade e custo. A recolocação de IEDs desatualizados do mesmo fornecedor ou de diferentes fornecedores é facilitada. Um protocolo que cobre todas as exigências de comunicação na subestação facilita a troca de dados, a manutenção do sistema de comunicação e o entendimento da tecnologia de comunicação. O número de Gateways necessários é minimizado, isto é, somente uma ligação à rede de controle central é utilizada. A norma possui estabilidade ao longo do tempo, ou seja, ela poderá ser aprimorada no futuro. A norma está habilitada para seguir o progresso da tecnologia de comunicação bem como as necessidades dos sistemas envolvidos. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 22 PPAARRTTEE 33:: AA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 EE SSEEUUSS CCOOMMPPOONNEENNTTEESS A norma IEC 61850 define a troca de dados entre os elementos funcionais e cria o conceito de nós lógicos. Esses elementos funcionais podem ser distribuídos entre diferentes dispositivos lógicos ou físicos. Esta parte aborda a decomposição funcional descrita na norma IEC61850 e mostra exemplo de função distribuída. 1111.. AA DDEECCOOMMPPOOSSIIÇÇÃÃOO EE EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO FFUUNNCCIIOONNAALL A norma IEC 61850 não é somente outro protocolo, pois faz muito mais que qualquer outro padrão de comunicação. A aplicação da norma IEC 61850 cobre todos os níveis de comunicação em um sistema de automação de subestação. Além de padronizar a comunicação, a norma IEC 61850 também cria um caminho para os equipamentos trabalharem em conjunto, pois define “O QUE” e “COMO” comunicar. Assim, descreve as propriedades dos componentes do sistema de automação, criando um modelo de dados onde tudo tem um nome. Cria assim uma Linguagem de Configuração de Subestação (SCL – Substation Configuration description Language). Para a implementação dessas propriedades a norma IEC 61850 utiliza três métodos: A decomposição funcional O fluxo de dados O modelo dos dados de informação A decomposição funcional tem o objetivo de compreender as relações lógicas entre os elementos de uma função distribuída. Para alcançar este objetivo, a norma utiliza a abordagem orientada a objeto e subdivide as funções do sistema em objetos denominados Nós Lógicos, identificado pela sigla LN, derivada do nome em inglês Logical "ode. O fluxo de dados abrange as interfaces de comunicação. Essas interfaces devem suportar a troca de informações entre os elementos funcionais, ou seja, os Nós Lógicos, distribuídos entre os sistemas e subsistemas. Deve também atender os requisitos de desempenho estabelecidos para esses elementos funcionais. A modelagem da informação é utilizada para definir a sintaxe abstrata e a semântica da troca de informação. Para elaboração desse modelo, os dados são descritos através de classes e tipos de objeto com atributos. São definidos serviços, os métodos e objetos abstratos e suas relações. 1122.. RREEQQUUIISSIITTOOSS DDAA NNOORRMMAA IIEECC 6611885500 Uma aplicação baseada na norma IEC61850 busca: SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 23 Interoperabilidade: É a habilidade de IEDs de um ou de vários fabricantes de poderem trocar informações entre si e operar diferentes funções do sistema, sem precisar de dispositivos de conversão de protocolos. Liberdade de Configuração: O sistema configurado deve suportar diferentes filosofias e habilitar a alocação livre de funções, isto é, pode-se trabalhar igualmente para um sistema centralizado, quando as funções são executadas por um único IED, ou descentralizado, quando vários IEDs trocam informações para executar uma função. Estabilidade em Longo Prazo: A norma poderá ser aprimorada no futuro, isto é, ela está habilitada para seguir o progresso da tecnologia de comunicação bem como as necessidades dos sistemas envolvidos. 1133.. EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDEE FFUUNNÇÇÕÕEESS EE OOSS DDAADDOOSS RREELLAACCIIOONNAADDOOSS CCOOMM OOSS MMOODDEELLOOSS 1133..11.. FFuunnççõõeess ee aa CCoonnffoorrmmiiddaaddee ddaa CCoommuunniiccaaççããoo As funções não são padronizadas pela norma IEC61850. Elas continuam sendo especificadas e determinadas pelos fabricantes dos IEDs ou em conjunto com os usuários. Assim, as funções devem ser especificadas como já é feito. A especificação de uma função se refere às características necessárias da proteção do sistema elétrico, como tempos de operação, seqüências e lógicas de operação, interface com usuário, etc. Devem ser especificados também os dados necessários para executar uma determinada função particular. Por exemplo, se para uma função qualquer especificada for necessário o sinal de estado do disjuntor para compor a lógica da proteção, será necessário um mapeamento detalhado do estado de posição de todos os disjuntores componentes da instalação a ser protegida. É importante ressaltar que a conformidade com a norma IEC 61850 não implica em conformidade com as necessidades funcionais do usuário. A norma IEC 61850, em sua Parte 10, estabelece os requisitos para os testes de conformidade a serem realizados em um IED ou em um SAS. O objetivo destes testes é verificar se o dispositivo sob teste obedece aos requisitos de comunicação definidos pela norma IEC 61850. Entretanto, a comprovação das necessidades funcionais requeridas pelo usuário do IED é garantida com os testes funcionais. O modelo de dados e os serviços de comunicação requeridos pelo usuário são independentes do comportamento das funções, por isso um IED pode estar conforme com a norma IEC 61850 e também pode não atender a uma determinada aplicação funcional requisitada pelo usuário. Os dados necessários para sua configuração das funções distribuídas estão contidos na especificação de cada função. A razão, o como e porque esses dados sejam comunicados pelos IEDs está fora das especificações das funções, mas dentro da solução proposta por parte dos fornecedores e do sistema integrador. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 24 A norma IEC61850 estabelece o modelo de dados de comunicação. A função de proteção fica a cargo do fabricante do IED. A figura 1 ilustra o descrito. Figura 1 – Representação da função com os dados de comunicação 1133..22.. SSiisstteemmaass ee NNóóss LLóóggiiccooss ((LLooggiiccaall NNooddeess)) Se as funções são predeterminadas, o modelo de dados da IEC 61850 especifica automaticamente todos os dados obrigatórios para a descrição dessas funções. Esses dados obrigatórios compõem uma lista mínima de sinais que pode ser controlado com a ajuda de Logical Nodes, LN. Em resumo, um nó lógico é a menor parte capaz de trocar informações, ou seja, trata-sedo elemento funcional simples que compõe todo sistema de automação, proteção e controle. A descrição dessas funções e a nomenclatura dos nós lógicos podem ser obtidas através da leitura do texto da norma em usa parte IEC 61850-7-4 ou com o apoio do fornecedor ou integrador de sistemas. A norma IEC 61850 define o sistema como: Isto não está muito longe da definição abstrata de um sistema como um grupo de elementos de interação, inter-relacionados ou independentes, formando um todo complexo. Cada componente do sistema interage ou se relaciona com pelo menos outro componente/elemento. Qualquer objeto que não tenha relação com outro elemento qualquer do sistema não é obviamente um componente deste sistema. Dependendo da complexidade do sistema, seus componentes podem ser elementos funcionais simples, subsistemas ou uma combinação dos dois. Um subsistema é definido como um conjunto de elementos, que é um sistema próprio, e também uma parte de todo o sistema. ““OO ssiisstteemmaa llóóggiiccoo éé aa uunniiããoo ddee ttooddaass aass aapplliiccaaççõõeess--ffuunnççõõeess ddee ccoommuunniiccaaççããoo eexxeeccuuttaannddoo aallgguummaa ttaarreeffaa ccoommpplleettaa ccoommoo ““ggeerreenncciiaammeennttoo ddaa ssuubbeessttaaççããoo””,, eemmpprreeggaannddoo nnóóss llóóggiiccooss.. OO ssiisstteemmaa ffííssiiccoo éé ccoommppoossttoo ppoorr ttooddooss ooss ddiissppoossiittiivvooss qquuee hhoossppeeddaamm eessttaass ffuunnççõõeess ee aa rreeddee ddee iinntteerrccoonneexxããoo ffííssiiccaa ddee ccoommuunniiccaaççããoo.. OO lliimmiittee ddoo ssiisstteemmaa éé ddaaddoo ppeellaass iinntteerrffaacceess llóóggiiccaass oouu ffííssiiccaass.. DDeennttrroo ddoo eessccooppoo ddaa nnoorrmmaa IIEECC 6611885500,, ´´ssiisstteemmaa´´ sseemmpprree ssee rreeffeerree aaoo SSiisstteemmaa ddee AAuuttoommaaççããoo ddee SSuubbeessttaaççããoo ((SSAASS)),, aa mmeennooss qquuee aannoottaaddoo ddee oouuttrraa mmaanneeiirraa”” SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 25 No domínio da proteção e automação de uma subestação, nós podemos considerar diferentes funções executadas pelo sistema com subsistema. A figura 2 mostra uma representação de um sistema composto de funções F, subfunções SF e elementos funcionais FE. Figura 2 – Representação de um sistema Assim, como descrito, através de uma hierarquia funcional são estabelecidos os nós lógicos como funções básicas do SAS, como, por exemplo, uma função de proteção. A função de um fabricante específico não é modificada. Em outras palavras, a função de proteção é projetada e implementada pelo fabricante do IED. A norma padroniza os dados de configuração, entrada e saída dessa função. A informação é trocada entre os dispositivos que compõe o sistema através das Conexões Lógicas (LC do inglês Logical Connections). Mais precisamente, os dados são trocados entre funções e sub-funções residentes nos dispositivos físicos. A menor parte da função que troca informações é chamada de nó lógico. A figura 3 mostra graficamente a separação da função básica com os elementos de comunicação baseados na norma IEC61850. Os nós lógicos LN estão alocados nas funções F e nos dispositivos físicos (Physical Devices – PD), mostrados em azul. Os LN estão conectados através das conexões lógicas LC. Os dispositivos físicos PD estão conectados por conexões físicas (Physical Conections – PC). Qualquer nós lógicos LN é parte de um dispositivo físico PD e quaisquer conexões lógicas LC é parte de uma conexão físicas PC. Cada dispositivo físico PD possui um nó lógico LN dedicado denominado LN0. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 26 Figura 3 – O conceito de Logical "ode e Logical Connection – links de comunicação entre os elementos funcionais Esses nós lógicos são agrupamentos de dados e aplicações relacionados dentro de uma função lógica do sistema de automação. São 92 nós lógicos descritos na norma, agrupados de acordo com a Tabela 1 mostrada a seguir. Grupo Indicador Grupo dos Logical Nodes Número de Lógical Nodes A Controle Automático 4 C Controle 5 G Genéricos 3 I Interfaceamento e arquivamento 4 L Nós lógicos do sistema 3 M Medição 8 P Funções de proteção 28 R Nós lógicos relacionados com proteção 10 S Sensoriamento e monitoração 8 T Transformadores de Instrumentação 2 X Chaveamento 2 Y Transformadores de Potência 4 Z Equipamentos adicionais do sistema de potência 15 Tabela 1 – Lista dos Grupos de Logical Nodes – IEC61850-7-4 SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 27 Os nomes dos nós lógicos devem começar com o caractere representando o grupo o qual o nó lógico pertence. Além disso, a especificação do usuário poderá listar quaisquer dos 92 nós lógicos declarados na norma como também poderá criar novos dados e atributos para eles se solicitados para o sistema de automação subestação em estudo. Os modelos de dados completos, incluindo as regras de extensão e nomes, estão na parte IEC 61850-7-4 e na parte IEC 61850-7-3. 1144.. LLIIBBEERRDDAADDEE DDEE CCOONNFFIIGGUURRAAÇÇÃÃOO CCOOMM FFUUNNÇÇÕÕEESS DDIISSTTRRIIBBUUÍÍDDAASS A norma IEC 61850 define a troca de dados entre os elementos funcionais definindo os links de comunicação entre os elementos funcionais. Os elementos de uma função podem ser distribuídos entre diferentes dispositivos lógicos ou físicos. A função distribuída é assim chamada quanto é realizada por dois ou mais LN localizados em dispositivos físicos diferentes. 1144..11.. EExxeemmpplloo ddee MMooddeelloo ddee FFuunnççããoo DDiissttrriibbuuííddaa:: PPrrootteeççããoo ddee DDiissttâânncciiaa É apresentado um exemplo de uma função de proteção de distância mostrada na figura 4. Seja uma representação do Sistema Elétrico de Potência utilizando uma proteção de distância. Nesse caso temos um relé microprocessado, o IED, acoplado ao sistema elétrico, juntamente com um transformador de corrente e um transformador de potencial transferindo dados do primário da rede para o dispositivo de proteção. Figura 4 – Representação de uma função de proteção de distância Esses sinais analógicos são injetados no módulo de entrada analógica que converte esses sinais para um barramento de dados. Ao mesmo tempo em que armazena as formas de onda recebidas, o processamento interno desses dados inicia-se com a decomposição desse sinal em componentes simétricas. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 28 Esse sinal decomposto é enviado para um módulo de proteção que decidirá sobre a atuação do IED. Uma vez decidido o comando de disparo, é enviado um sinal para um módulo de saída que transferirá o comando para o disjuntor. Adicionalmente, o estado desse disjuntor é monitorado para a utilização desse estado em um esquema ou lógica de proteção. Essa estrutura do IED de proteção de distância pode ser representada em um modelo baseado na norma IEC61850. Este modelo é mostrado na figura 5. Figura 5 – Representação do modelo da função de proteção de distância, baseada na IEC61850 Neste modelo estão localizados os nós lógicos, ou seja, cada elemento funcional mais simples que compõe a função principal. Recebendo os sinais dos transformadores de instrumentos, temos o LN do Transformador de Corrente, TCTR, e o LN do Transformador de Potencial, TVTR. Esses dois são instâncias por fase. Três ou quatro instânciaspodem ser alocadas para diferentes dispositivos físicos montados em cada transformador de instrumento por fase. A função de proteção de distância é composta por um relé que funciona quando os valores de admitância, impedância ou reatância aumentam e diminuem com relação a valores pré- determinados. Essa mudança de valores é vista pelo nó lógico PDIS, equivalente da função ANSI 21. Essa mudança de valores é causada por alterações dos sinais do sistema, sejam causadas por uma falha ou anormalidade, seja por operação normal do sistema elétrico. Figura 6 – Representação de Zonas de proteção de distância no plano R-X SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 29 A característica de atuação do relé é determinada pelo lugar geométrico estabelecido no plano de impedância R-X. O alcance dessas características é normalmente dividido em diferentes zonas de proteção, por exemplo, 1 a 4 zonas para frente e uma pra trás. A figura 6 mostra um exemplo de zonas de proteção no plano R-X. O nó lógico PSCH é usado para a modelagem de esquemas típicos em IEDs multifuncionais de proteção de linhas. Os dados fornecidos por PDIS permitem seu uso para modelar comunicações em proteções de linha de transmissão baseadas em esquemas de aceleração dos tempos de atuação. O nó lógico PSCH pode exportar dados para outros nós lógicos (PDIS, PTOC, outros PSCH, etc.). Todos esses nós lógicos podem ser alocados em diferentes dispositivos lógicos ou diferentes dispositivos físicos (IEDs). O nó lógico PTRC é usado para combinar e condicionar os vários sinais de trip em um único sinal de disparo. Usar nós lógicos relacionados a chaveamento (switchgear) no sistema de potência significa agrupar os elementos de entrada e saída, I/Os, predefinido de acordo com um dispositivo físico tal como um disjuntor no circuito. O nó lógico XCBR refere-se ao modelo do disjuntor (circuit breaker) 52, definida pela IEEE C37.2-1996. Este nó lógico cobre todo tipo de disjuntores, isto é, chaves que habilitam interrupção de curto-circuitos. Um disjuntor AC é um equipamento usado para fechar ou interromper um circuito de potência em AC sobre condições normais ou interromper um circuito sob falha ou condições de emergência. Se o disjuntor for monofásico, este LN será uma instância por fase. Assim três instâncias podem ser alocadas para três dispositivos físicos alocados montados para o chaveamento. Podemos então reunir os nós lógicos mostrados na figura 5 em um único dispositivo de proteção de linha de transmissão, ou seja, um único IED, consistindo da função para proteção de distância (no exemplo, três instâncias para três zonas) com teleproteção (PDIS + PSCH). Esta condição é mostrada na figura 7. Figura 7 – Reunião de nós lógicos em um único IED SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 30 A alocação de função nos dispositivos (IEDs) e níveis de controle não é fixa pela norma. A alocação normalmente depende das exigências de disponibilidades, requisitos de desempenho, custo, o estado da arte da tecnologia, filosofia do integrador, etc. Entretanto a norma suporta qualquer alocação de funções. Para permitir a livre alocação das funções nos IEDs, a interoperabilidade entre as funções implementadas na subestação deve ser provida. Essas funções podem ser alocadas em equipamentos (dispositivos físicos) de diferentes fornecedores. As funções podem ser divididas em partes executadas em diferentes IEDs, mas comunicando com cada uma dos outras funções (funções distribuídas). Dessa forma as funções alocadas no IED de proteção mostrado na figura 7 podem ser distribuídos em diferentes dispositivos físicos, como mostrado na figura 8. Figura 8 – Função distribuída – nós lógicos distribuídos em diferentes equipamentos Desta forma os nós lógicos responsáveis pelos sinais dos transformadores de instrumentos são integrados em uma Merging Unit (MU), que pode ser traduzida como uma Unidade de Conformação de Dados. Trata-se de uma unidade física que executa a combinação dos dados de corrente e/ou tensão que vêm dos conversores secundários (transformadores de instrumentos). A MU pode ser parte dos transdutores no campo ou pode ser uma unidade separada, por exemplo, como uma unidade física no painel de controle e proteção. Assim os nós lógicos TVTR1 e TCTR1 são retirados do IED principal com a proteção de distância e agregados em uma Merging Unit. Seguindo o mesmo raciocínio, o LN responsável pelo sinal do disjuntor é retirado do IED principal e alocado em uma e Input Output Unit (IOU), ou seja, uma unidade de entrada e saída. Novamente trata-se de um dispositivo físico que pode estar instalado junto como equipamento da subestação ou dentro do painel de controle e proteção. Outra possibilidade é mostrada na figura 9. Neste caso o nó lógico PTRC1 é adicionado à unidade de entrada e saída IOU. Vale observar que nesse caso o IED reúne apenas as funções e lógicas de proteção de distância. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 31 Figura 9 – Função distribuída – nós lógicos distribuídos em diferentes equipamentos SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 32 PPAARRTTEE 44:: TTEESSTTEESS BBAASSEEAADDOOSS NNAA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 Este texto mostra os princípios e aplicações dos testes baseados na norma IEC61850. Abrange ainda a questão dos IEDs baseados nessa padronização e os arquivos formatados em XML usando esquemas definidos pela IEC 61850 parte 6. Analisa os esquemas de comunicação em instalações convencionais e de esquemas equivalentes executados com a rede Ethernet. Também são abordados testes e ensaios para validação desses IEDs, seus requisitos e necessidades. Apresenta soluções onde testes adequados somente são possíveis com a utilização de um equipamento de teste especializado e com capacidade de reproduzir as características do sistema de comunicação 1155.. LLIINNGGUUAAGGEEMM DDEE CCOONNFFIIGGUURRAAÇÇÃÃOO DDEE SSUUBBEESSTTAAÇÇÃÃOO SSCCLL A parte 6 da norma IEC 61850 define a configuração da linguagem SCL. Esta habilita a configuração da subestação e possibilita facilmente a especificação da relação da comunicação entre as unidades que compõe o SAS. Possibilita, com a ajuda de testes e ajustes adequados, que novos ajustes possam ser implementados imediatamente no projeto. A relação entre o equipamento secundário e o diagrama unifilar é também descrito pela SCL. Um dos principais objetivos do formato da SCL é a uniformização da nomenclatura utilizada através de um modelo único de descrição de dados, criando um vocabulário comum. Essa modelagem é essencial para integração de aplicações, pois diferenças de modelo implica no uso de dispositivos para tradução e, inevitavelmente, falha de comunicação em um primeiro momento. Uma grande inovação foi a troca de informações entre as ferramentas de engenharia dos IEDs (os chamados software de parametrização) e a(s) ferramenta(s) de engenharia do Sistema de diferentes fabricantes numa forma compatível. A Figura 10 mostra a estrutura da SCL definida pela norma. Figura 3 – Estrutura da Linguagem de Configuração da Subestação definido na IEC61850-6 SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 33 Assim, o processo de especificação oferece um enorme potencial para racionalização das diferentes praticas existentes na implementação dos projetos utilizando os arquivos: SSD: System Specification Description.Descrição XML dos dados do Sistema. O arquivo SSD possui a descrição dos dados de todo sistema, contém o diagrama unifilar com as funções alocadas, e é o ponto de partida para gerar a SCD. SCD: Substation Configuration Description. Descrição XML de uma subestação. A descrição da configuração da subestação (arquivo SCD), gerado pela ferramenta de configuração do sistema, contem os ICDs da subestação e descreve a configuração completa da subestação incluindo a rede de comunicação e informações sobre o fluxo de dados de comunicação. ICD: IED Capability Description. Descrição XML dos itens aplicados em um IED. A Descrição da Capacidade do IED (arquivo ICD) descreve as capacidades e pré-configurações dos IEDs, gerados pela ferramenta de configuração de descrição dos IEDs. Neles estão descritas todas as funções que poderão ser utilizadas no sistema. CID: Configured IED Description. Descrição XML da configuração de um IED especifico. A Descrição da Configuração do IED (arquivo CID) pode ser usada para configurar um IED. Neste arquivo estão descritas as funções parametrizadas ou habilitadas pelo usuário no IED. Todos os arquivos são formatados em XML - Extensible Markup Language – versão 1.0, definidos pela IEC61850-6. Isto permite que a descrição da configuração de um IED seja passada a uma ferramenta de engenharia de aplicação e comunicação, no nível de sistema, e retorna com a descrição da configuração do sistema completo para a ferramenta de configuração do IED. A descrição da especificação do sistema (arquivo SSD) descreve o diagrama e a funcionalidade da automação da subestação associado aos nós lógicos (Logical "odes - LN). A informação é trocada entre os dispositivos que compõe o sistema. Mais precisamente, os dados são trocados entre funções e sub-funções residentes nos dispositivos. A menor parte da função que troca informações é chamada de nó lógico. Esses nós lógicos são agrupamentos de dados e aplicações relacionados dentro de uma função lógica do sistema de automação. Através de uma hierarquia funcional é estabelecido o nó lógico como uma função básica do SAS, por exemplo, uma função de proteção. A função de um fabricante específico não é modificada. Em outras palavras, a função de proteção é projetada e implementada pelo fabricante do IED, mas a norma padroniza os dados de entrada e saída dessa função. Esse LN é associado a um Logical Device – LD. Para cada LN podem-se designar Dados e Atributos, sendo esses valores fixos pela norma. A figura 11 mostra a estrutura da hierarquia descrita. O modelo de dispositivos de proteção complexos não depende apenas de sua funcionalidade, mas também da configuração da subestação onde eles são instalados. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 34 Com o propósito de definir corretamente os métodos para o teste de sistemas da automação da subestação complexos baseados no protocolo IEC 61850 é importante definir corretamente o conceito de sistema e considerar que métodos existentes para o teste do sistema são conhecidos. Sistemas complexos não são específicos dos sistemas elétricos de potência. Eles existem na indústria, comunicações, computação e muitos outros campos. Figura 11 – Hierarquia do modelo de dados O desenvolvimento de software deve ser considerado no desenvolvimento de sistemas complexos que trocam informações entre diferentes módulos funcionais. Modernos sistemas de automação de subestações são complexos softwares de aplicações distribuídas baseados na troca de informações sobre a rede local da subestação. Pode-se também identificar similaridades significativas entre o teste de complexas ferramentas de software e sistemas de automação de subestações. Dependendo da complexidade do sistema, seus componentes podem ser elementos funcionais simples, subsistemas ou uma combinação dos dois. Um subsistema é definido como um conjunto de elementos, que é um sistema próprio, e também uma parte de todo o sistema. No domínio da proteção e automação de uma subestação, nós podemos considerar diferentes funções executadas pelo sistema com subsistema. A hierarquia de sistemas complexos é mostrada na figura 12 com um diagrama UML. Nesta figura pode ser visto que o sistema pode conter de uma a muitas funções, que podem ter diversas camadas contendo também de uma a muitas subfunções e assim em diante – a subfunção pode conter de um a muitos elementos multifuncionais. Os elementos multifuncionais correspondem aos nós lógicos da IEC 61850. O teste do sistema conduz o teste por completo integrado no sistema de automatização de subestação, em um subsistema ou em uma função distribuída. Seu objetivo é avaliar a conformidade do sistema com suas exigências requeridas. O sistema de teste inclui o escopo do teste da “Caixa Preta”. Isto significa que o sistema de teste não necessita de nenhum conhecimento da lógica interna e do comportamento dos diferentes subsistemas ou elementos funcionais incluídos nele. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 35 Figura 12 – Diagrama da hierarquia de sistema em UML Utilizando-se a hierarquia mostrada, o sistema de testes pode ser aplicado de cima para baixo ou de baixo para cima. Isto é em grande parte dependente da proposição do teste. Se o teste é uma aceitação em fábrica seria uma boa idéia usar a abordagem de cima para baixo. Neste caso o teste inicia primeiro com as partes individuais do sistema, os elementos funcionais. Eles são agrupados para formar subfunções ou funções que estão em fila ligados dentro de funções mais complexas até que o sistema completo seja testado. Quando fazemos testes de comissionamento ou manutenção, nós assumimos que os elementos funcionais individuais estão operando corretamente, especialmente se não existem alarmes em nenhum dos IEDs que são incluídos no teste do sistema. Neste caso uma abordagem de cima para baixo é indicada, desde que estivermos interessados no desempenho completo das funções do sistema testadas e não no comportamento dos componentes do sistema. Isto combina a abordagem da “Caixa Preta”. Isto significa que temos uma perspectiva externa do objeto sob teste para derivar os casos de teste e analisar os resultados. Testes funcionais de qualquer função ou subfunção necessitam que o programador do teste selecione o ajuste das entradas válidas ou inválidas e determine a saída esperada para cada condição de teste definidas no plano de teste. Isto servirá para definir o critério de avaliação e para determinar se o resultado do teste é APROVADO ou REPROVADO. O propósito do teste do elemento funcional é determinar se o elemento testado tem o comportamento esperado sob diferentes condições de teste reais. Os elementos funcionais no teste do sistema são considerados unidades, ou seja, os menores componentes do sistema que tem interface visível e comportamento definido. Do ponto de vista do teste nós podemos dizer que a unidade é a menor parte que se pode testar de qualquer sistema. Teste de integração é usado para detectar qualquer problema potencial de interoperabilidade entre os elementos funcionais e/ou subfunções que são integradas na função ou em sistemas. Isto não testa somente o desempenho do sistema, mas também observa as trocas entre os diferentes componentes sendo integrados no sistema. Testes de sistema olham o desempenho completo do sistema sob um ponto de vista de um observador externo. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 36 No modelo de teste de cima para baixo o sistema é definido de um modo geral com seus limites e comportamentos, sem consideraros detalhes para qualquer parte dele. Cada subparte do sistema pode então ser testada da mesma forma até que cheguemos ao fim da hierarquia funcional onde executamos o teste dos elementos funcionais. No modelo de baixo para cima iniciamos o teste dos elementos funcionais e então subimos o teste das subfunções da hierarquia funcional até terminarmos com o teste completo do sistema. Em todos os casos isto é importante para identificar claramente as fronteiras do sistema ou função que irão definir os requisitos para a simulação pelo sistema de teste e monitoramento do comportamento da função testada. Na figura 13, a subfunção contem os elementos funcionais A, B e C. Os elementos funcionais são os menores componentes do sistema que podem ser definidos com o limite função, interface e comportamento, isto é, os menores componentes que podem ser testados. Figura 13 – Definição do limite da função Todos os princípios descritos podem ser usados em testes de sistemas de proteção e automação de subestação baseados na IEC 61850. 1166.. TTEESSTTEESS DDEE SSIISSTTEEMMAASS CCOOMM IIEECC6611885500 O método pra teste de ambos os tipos de sistemas é proposto baseado na seguinte ordem de testes dos componentes do: Teste de conformidade do protocolo IEC 61850 de componentes individuais do sistema Teste de Unidades Conformação de Dados (Merging Unit) Teste de IEDs compatíveis com a IEC 61850 Teste de aplicações distribuídas no nível de processo Teste de aplicações distribuídas no nível de estação O objetivo do teste da conformidade é assegurar que a IEC 61850 com todos seus modelos e serviços sejam executados corretamente. Os procedimentos e as ferramentas de teste usados são SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 37 baseados nas definições na parte 10 da norma. Isto melhora as possibilidades para a interoperabilidade entre os dispositivos individuais integrados no sistema. 1177.. CCOOMMPPOONNEENNTTEESS DDEE SSIISSTTEEMMAASS DDEE TTEESSTTEE BBAASSEEAADDOOSS NNAA NNOORRMMAA IIEECC6611885500 Um sistema de teste projetado para IEDs ou aplicações distribuídas baseadas na IEC 61850 tem diversos componentes necessários para o teste de funções individuais ou de uma aplicação completa. Um diagrama de bloco simplificado deste sistema é mostrado em figura 14. Figura 14 – Sistema de Teste/Ferramenta de configuração, diagrama de bloco simplificado. O primeiro componente do sistema do teste é a Ferramenta de Configuração do Sistema. Utiliza a vantagem de um dos componentes chaves da norma IEC 61850 - a Linguagem de Configuração de Subestação e é usada para criar os arquivos requeridos para a configuração de diferentes componentes do sistema do teste. Importa ou exporta os diferentes arquivos da configuração definidas por Parte 6 da IEC 61850. A Ferramenta de Configuração de Teste lê a informação a respeito de todos os IEDs, a configuração de comunicação e a descrição das seções da subestação. Esta informação está em arquivo com extensão .SCD (para a Descrição da Configuração da Subestação) e é usado para configurar o ajuste dos testes a ser executados. A funcionalidade total de todo dispositivo compatível à IEC 61850 está disponível em arquivo que descreva suas capacidades. Este arquivo possui a extensão .ICD (para a Descrição da Capacidade do IED) A ferramenta da configuração de IED emite a informação do IED de acordo com projeto do Sistema da Automação de Subestação (SAS). A seção de comunicação do arquivo possui o endereço atual do IED. A seção da subestação relacionada a este IED pode estar presente e então terá os valores conhecidos atribuídos de acordo com os nomes específicos do projeto. Este arquivo tem a extensão .CID (para a Descrição da Configuração do IED). SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 38 O segundo componente deste sistema é uma Ferramenta de Simulação que gera formas de onda de correntes e tensões. As especificidades de cada condição de teste simulada são determinadas por completo, bem como a configuração funcional do dispositivo ou da aplicação testada. Os requisitos da Ferramenta da Simulação também serão diferentes dependendo do tipo de função que está sendo testada. Por exemplo, se a função testada for baseada em valores do RMS ou em medidas de fasores, a Ferramenta da Simulação pode incluir uma seqüência dos estados com os valores analógicos em cada um dos estados definidos como fasores com amplitude e ângulo de fase. Baseado nestes parâmetros de configuração a Ferramenta de Simulação gerará as formas de onda senoidais a ser aplicadas como sinais analógicos ou em um formato digital aos componentes ou aos sistemas testados. Se as funções testadas forem projetadas para detectar condições transitórias ou se sua operação for baseada em ajuste subciclo de amostras de forma de onda, uma simulação de transitórios eletromagnéticos será mais apropriada. A figura 15 mostra a interface de ferramenta de simulação que permite o usuário configurar modelo especifico de rede, tipo de defeito, localização de defeito, etc. que são então usados para calcular as formas de onda que são aplicadas no equipamento ou sistema sob teste. Figura 15 – Interface do Simulador de Rede (Network Simulator) A terceira parte do sistema de teste é o simulador da Unidade Virtual de Conformação de Dados (Virtual Merging Unit). Do mesmo modo de um teste convencional, as formas de onda geradas pela ferramenta de simulação serão aplicadas ao dispositivo testado como sinais analógicos de corrente e tensão. A Unidade Virtual de Conformação de Dados emitirá valores amostrados medidos como definidos na IEC 61850 sobre a rede Ethernet usada no teste. SSiisstteemmaass ddee AAuuttoommaaççããoo BBaasseeaaddooss nnaa IIEECC6611885500 Marcelo E. de C. Paulino Página 39 O simulador da Unidade Virtual de Conformação de Dados deve suportar múltiplas taxas de amostragem e permitir o usuário selecionar uma proteção, um evento de qualidade de energia ou um modo de gravação. De acordo com IEC 61850 9-2 LE, no primeiro caso o simulador deve emitir 80 amostras/ciclo em 80 mensagens/ciclo. Cada mensagem possui uma amostra de correntes e tensões trifásicas (classe WYE). No segundo caso, 256 amostras/ciclo estão sendo emitidas em grupos de 8 amostras em uma única mensagem, requerendo assim 32 mensagens/ciclo. O quarto componente do sistema de teste é o simulador Virtual de IED usado para representar os componentes do sistema que não estão disponíveis na ocasião do teste, por exemplo, durante teste de aceitação em fábrica. Durante o teste este módulo emite mensagens GOOSE que a função ou a subfunção sob o teste utiliza como as entradas que determinam seu comportamento sob as condições de teste aplicadas. O quinto componente do sistema do teste é a Ferramenta de Avaliação de Teste que inclui as funções de monitoração usadas para avaliar o desempenho dos elementos testados dentro de sistema baseado em valores analógicos amostrados distribuídos. Tal ferramenta de avaliação requer múltiplos submódulos de avaliação que são direcionados para funções específicas testadas. Podem ser baseadas na monitoração de valores medidos amostrados de uma unidade de Conformação de Dados testada, mensagens GOOSE de um IED testado, bem como nos relatórios de forma de onda do dispositivo testado. O sexto componente do sistema de teste é a Ferramenta de Registro ou Ferramenta de Relatório. Esta ferramenta gerará os relatórios de teste baseados no formato definido pelo usuário e nas saídas das ferramentas de simulação e avaliação. 1177..11.. TTeessttee FFuunncciioonnaall eemm UUnniiddaaddee ddee
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