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PROCESSO CIVIL III CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E PROCESSO DE EXECUÇÃO 6 PERIODO P1

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Direito Processual Civil III 
6º Período 
CRÉDITO: 
1 
 
Conteúdo 
24. LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ............................................................................................................................................................................................... 2 
24.1. NATUREZA JURÍDICA DA LIQUIDAÇÃO .................................................................................................................................................................. 2 
24.2. CONCEITO DE LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕESLIQUIDÁVEIS ..................................................................................................................................... 2 
24.3. TÍTULOS QUE PODEM SER OBJETO DE LIQUIDAÇÃO ....................................................................................................................................... 2 
24.4. VEDAÇÃO À SENTENÇA ILÍQUIDA ........................................................................................................................................................................... 2 
24.5. LIQUIDAÇÃO NA PENDÊNCIA DE RECURSORECEBIDO NO EFEITO SUSPENSIVO .................................................................................... 2 
24.6. DECISÃO QUE JULGA A LIQUIDAÇÃO: DECISÃOINTERLOCUTÓRIA OU SENTENÇA? ............................................................................. 2 
24.7. NATUREZA DA DECISÃO PELA QUAL A LIQUIDAÇÃO ÉJULGADA ................................................................................................................. 3 
24.8. LIQUIDAÇÃO COMO FORMA DE FRUSTRAÇÃO DAEXECUÇÃO ..................................................................................................................... 3 
24.9. NATUREZA JURÍDICA DA LIQUIDAÇÃO .................................................................................................................................................................. 3 
24.10. LEGITIMIDADE ATIVA ................................................................................................................................................................................................ 3 
24.11. COMPETÊNCIA ............................................................................................................................................................................................................ 3 
24.12. REGRA DA FIDELIDADE AO TÍTULO EXECUTIVO(ART. 509, § 4º, DO NOVO CPC) ................................................................................ 4 
24.13. ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO ....................................................................................................................................................................................... 4 
24.13.1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................................................................... 4 
24.13.2. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO ............................................................................................................................................................ 4 
24.13.3. LIQUIDAÇÃO PELO PROCEDIMENTO COMUM ....................................................................................................................................... 5 
40. FORMAS EXECUTIVAS .......................................................................................................................................................................................................... 5 
40.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................................................. 5 
40.2. PROCESSO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO E FASEPROCEDIMENTAL EXECUTIVA ................................................................................. 5 
40.3. EXECUÇÃO POR SUB-ROGAÇÃO (DIRETA) E PORCOERÇÃO (INDIRETA) .............................................................................................. 6 
41. PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO ................................................................................................................................................................................................. 6 
41.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................................................. 6 
41.2. NULLA EXECUTIO SINE TITULO ................................................................................................................................................................................ 6 
41.3. PATRIMONIALIDADE.................................................................................................................................................................................................... 7 
41.4. DESFECHO ÚNICO ......................................................................................................................................................................................................... 7 
41.5. DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO ........................................................................................................................................................................... 7 
41.6. UTILIDADE ....................................................................................................................................................................................................................... 8 
41.7. MENOR ONEROSIDADE .............................................................................................................................................................................................. 8 
41.8. LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL ......................................................................................................................................................................... 8 
41.9. CONTRADITÓRIO .......................................................................................................................................................................................................... 9 
41.10. ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS .............................................................................................................................................................. 9 
42. SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO ......................................................................................................................................................................... 9 
42.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................................................. 9 
42.2. DIFERENTES ESPÉCIES DE LEGITIMIDADE NA EXECUÇÃO .............................................................................................................................. 9 
42.2.1. POLO ATIVO ........................................................................................................................................................................................................... 9 
42.2.2. POLO PASSIVO ...................................................................................................................................................................................................... 9 
42.3. LEGITIMAÇÃO ATIVA ................................................................................................................................................................................................ 10 
42.3.1. CREDOR A QUEM A LEI CONFERE TÍTULO EXECUTIVO ........................................................................................................................10 
42.3.2. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ................................................................................................................................................ 10 
42.3.3. LEGITIMIDADE DO ESPÓLIO, HERDEIROS E SUCESSORES .................................................................................................................. 10 
Direito Processual Civil III 
6º Período 
CRÉDITO: 
2 
 
42.3.4. LEGITIMIDADE DO CESSIONÁRIO E DO SUB-ROGADO ........................................................................................................................ 10 
42.4. LEGITIMIDADE PASSIVA........................................................................................................................................................................................... 11 
42.4.1. SUJEITO QUE FIGURA NO TÍTULO COMO DEVEDOR ............................................................................................................................ 11 
42.4.2. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESPÓLIO, HERDEIROS E SUCESSORES ................................................................................................. 11 
42.4.3. NOVO DEVEDOR ............................................................................................................................................................................................... 11 
42.4.5. RESPONSÁVEL TITULAR DO BEM VINCULADO POR GARANTIA REAL AO PAGAMENTO DO DÉBITO .................................. 12 
42.4.7. LEGITIMIDADE DO RESPONSÁVEL SECUNDÁRIO................................................................................................................................... 12 
42.5. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NA EXECUÇÃO ................................................................................................................................................. 12 
42.5.1. INTERVENÇÕES TÍPICAS ................................................................................................................................................................................. 12 
42.5.2. INTERVENÇÕES ATÍPICAS ............................................................................................................................................................................... 13 
 
 
24.1. NATUREZA JURÍDICA DA LIQUIDAÇÃO 
Natureza Cognitiva: é dividida em duas fases: 
 Na primeira há a fixação do andebeatur; 
 Na segunda do quantum debeatur. 
Além da natureza não executiva da liquidação de sentença, por vezes a atividade cognitiva nela desenvolvida gera 
justamente a frustração da execução. 
 
24.2. CONCEITO DE LIQUIDEZ E OBRIGAÇÕESLIQUIDÁVEIS 
Liquidar uma sentença significa determinar o objeto da condenação, permitindo-se assim que a demanda executiva 
tenha início com o executado sabendo exatamente o que o exequente pretende obter para a satisfação de seu direito. 
A liquidação poderá ter como objeto qualquer espécie de obrigação: de fazer, não fazer, entrega de coisa e pagar quantia 
certa. 
 
24.3. TÍTULOS QUE PODEM SER OBJETO DE LIQUIDAÇÃO 
A liquidação está limitada às sentenças, ou, mais genericamente, aos TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS. 
Inclusive a homologação de sentença estrangeira, que nem sentença é, e a sentença arbitral, produzida fora do Poder 
Judiciário. 
 
Por outro lado, o título executivo extrajudicial tem necessariamente que conter uma obrigação líquida, porque caso 
contrário a ele faltará um elemento indispensável para ser título. 
 
24.4. VEDAÇÃO À SENTENÇA ILÍQUIDA 
A sentença ilíquida é a exceção no direito brasileiro, pois a desnecessidade da fase de liquidação da sentença diminui o 
tempo necessário à satisfação do direito, prestigiando os princípios da celeridade, economia processual e da duração 
razoável do processo. Art. 491, I, NCPC prever a possibilidade de prolação de sentença ilíquida se não for possível 
determinar, de modo definitivo, o montante devido. 
 
24.5. LIQUIDAÇÃO NA PENDÊNCIA DE RECURSORECEBIDO NO EFEITO SUSPENSIVO 
O art. 512 do Novo CPC permite a liquidação da sentença ainda que no processo exista pendente de julgamento um recurso 
que tenha sido recebido no efeito suspensivo. 
Segundo o art. 512 do Novo CPC, a liquidação será autuada em autos em apenso, decorrência lógica da existência de um 
recurso pendente de julgamento, oque fará com que os autos principais estejam no respectivo tribunal aguardando 
julgamento. O demandante assume todos os riscos de ingressar com a liquidação enquanto a decisão ainda não for 
definitiva: teoria do risco-proveito na liquidação realizada enquanto pendente de julgamento o recurso sem efeito 
suspensivo. 
 
24.6. DECISÃO QUE JULGA A LIQUIDAÇÃO: DECISÃOINTERLOCUTÓRIA OU SENTENÇA? 
A sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução. 
A decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não for sentença 
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A decisão que julga a liquidação de sentença pondo fim ao processo é indubitavelmente UMA SENTENÇA e a decisão que 
declara o valor devido também. 
Há a liquidação de valor zero, na qual, embora o pedido do autor seja acolhido, não haverá cumprimento de sentença 
subsequente à prolação da sentença. 
 
24.7. NATUREZA DA DECISÃO PELA QUAL A LIQUIDAÇÃO É JULGADA 
Parcela doutrinária entende que a natureza da decisão da liquidação de sentença é meramente declaratória, porque por 
meio dela somente se declara o valor da obrigação. Fundamenta-se na ideia de que a sentença condenatória já é um título 
executivo, sendo que existe uma incerteza jurídica a respeito do quantum debeatur. 
Outra parcela doutrinária entende pela natureza constitutiva da decisão que quantifica a obrigação, afirmando que, além 
de simplesmente declarar o valor, a decisão gera uma nova situação jurídica, tornando o incerto em certo. 
 
A decisão de liquidação tem como função integrar o título até então ilíquido, compondo o segundo elemento necessário a 
permitir a execução. O título originariamente fixou o andebeatur, enquanto a liquidação fixará o quantum debeatur, 
exigência para que o título possa ser efetivamente executado. 
 
24.8. LIQUIDAÇÃO COMO FORMA DE FRUSTRAÇÃO DAEXECUÇÃO 
O fim normal da liquidação é a declaração do valor devido, e o efeito normal da liquidação é a execução. 
A liquidação pode, excepcionalmente, frustrar a execução: 
a) efeito atípico: decisão terminativa, prescrição, liquidação extinta por ausência de provas; 
d) efeito típico: liquidação de valor zero. (há declaração do valor devido, mas, como esse valor é zero, o efeito será atípico, 
pois não haverá o que executar.) 
 
A liquidação de sentença tem natureza declaratória e por essa razão não está sujeita a prazos prescricionais, 
entretanto, o juiz poderá adiantar para a liquidação o reconhecimento da prescrição da pretensão executiva, extinguindo a 
liquidação com julgamento de mérito da execução. 
 
Quando há uma condenação ao pagamento de alimentos, é possível que em determinado momento, provando-se a falta de 
capacidade de pagar e/ou a falta de necessidade em receber, o obrigado pare de realizar o pagamento. Isso, entretanto, não 
significa que ele estará exonerado da obrigação, pois a sua obrigação era de pagar zero. 
 
24.9. NATUREZA JURÍDICA DA LIQUIDAÇÃO 
O legislador extinguiu de forma definitiva o processo autônomo de liquidação de sentença, que passa a ser sempre uma 
mera fase procedimental. Meio de uma ação, incidental ao processo em que foi proferida a sentença ilíquida. 
 
Deve-se atentar para o previsto no art. 515, § 1º, do Novo CPC, que prevê que, sendo o título executivo uma sentença 
penal condenatória, sentença arbitral, homologação de sentença estrangeira ou a decisão interlocutória 
estrangeira,após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça, o demandado será citado 
para a execução ou para a liquidação. 
 
24.10. LEGITIMIDADE ATIVA 
A liquidação tem como objetivo fixar o quantumdebeatur, sendo uma complementação da atividade cognitiva já 
iniciada com a condenação do réu. 
O interesse em obter o valor exato da condenação não é exclusivo do autor, que naturalmente terá tal interesse para que 
possa dar início ao cumprimento de sentença. Também o réu condenado tem interesse na liquidação, considerando-se 
que, ciente do valor exato de sua dívida, poderá quitá-la ou oferecer uma transação com base mais concreta. 
 
SENDO DE INTERESSE TANTO DO VENCEDOR COMO DO VENCIDO a fixação do valor da condenação, não resta 
nenhuma dúvida de que, ao menos como regra, tanto o credor como o devedor – assim reconhecidos no título executivo 
– têm legitimidade ativa para dar início à FASE PROCEDIMENTAL de liquidação de sentença (art. 509, caput, NCPC). 
 Sendo o credor o autor da liquidação, será cabível o cumprimento de sentença. 
 Sendo o devedor o autor da liquidação, será cabível a consignação em pagamento. 
 
24.11. COMPETÊNCIA 
 LIQUIDAÇÃO INCIDENTAL EM EXECUÇÃO – fase de satisfação de sentença ou processo autônomo – o próprio 
juízo no qual já tramita a demanda executiva. 
 LIQUIDAÇÃO QUE DÁ INÍCIO A PROCESSO SINCRÉTICO que buscará ao final a satisfação do direito do 
demandante, este deverá fazer um exercício de abstração, determinando qual seria o órgão competente para a 
execução daquele título caso não fosse necessária a liquidação. 
 LIQUIDAÇÃO ENTRE A FASE DECONHECIMENTO E A FASE DE EXECUÇÃO, haverá competência absoluta – de 
caráter funcional – do juízo que proferiu a sentença ilíquida. 
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O juízo que exerceu a função judicante de solução da lide automaticamente se tornará competente para a segunda fase, em 
nítida ocorrência de competência funcional. 
A liquidação coletiva, a regra se aplica conforme o exposto, já quando coletiva individual, poderá o liquidante realizá-la no 
foro de seu domicílio. 
 
24.12. REGRA DA FIDELIDADE AO TÍTULO EXECUTIVO(ART. 509, § 4º, DO NOVO CPC) 
A liquidação de sentença tem como único e exclusivo objetivo a fixação do quantum debeatur, sendo vedada a discussão de 
qualquer matéria alheia a esse objetivo. 
Qualquer matéria que seja alheia ao valor da prestação reconhecida em sentença condenatória ilíquida é estranha ao 
objeto da liquidação. 
Art. 509, § 4º, d NCPC ser vedado na liquidação discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou. 
A Regra da “fidelidade ao título executivo”, não é absoluta, havendo a excepcional possibilidade de inclusão na 
liquidação de matéria não posta na fase de conhecimento da qual resultou a condenação genérica. 
A Súmula 254 do STF indica a possibilidade de inclusão de juros moratórios na liquidação, ainda que a sentença seja 
omissa a esse respeito. Também a correção monetária e as custas processuais poderão ser incluídas nas mesmas 
circunstâncias. 
 
24.13. ESPÉCIES DE LIQUIDAÇÃO 
24.13.1. INTRODUÇÃO 
Art. 509 do Novo CPC preveem a liquidação: 
(I) por arbitramento 
(II) pelo procedimento comum. 
 
Liquidação por arbitramento quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou exigido pela natureza 
do objeto da liquidação, 
Liquidação pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo (antiga liquidação por 
artigos). 
 
O § 2.º do art. 509 do Novo CPC é extremamente feliz ao prever que quando a apuração do valor depender apenas de 
cálculo aritmético, o credor poderá promover, desde logo, o cumprimento da sentença. 
Para facilitar a elaboração de tal cálculo o § 3º do mesmo dispositivo prevê que o Conselho Nacional de Justiça 
desenvolverá e colocará à disposição dos interessados programa de atualização financeira. 
 
24.13.2.1. Cabimento 
Art. 509, I, NCPC deve ser realizada em três hipóteses: 
 Determinação na sentença; 
 Acordo entre as partes; 
 Ou quando o exigir a natureza do objeto da liquidação. 
 
Sempre que o cálculo do valor de um bem, serviço ou prejuízo depender de conhecimentos técnicos específicos, será o 
caso de liquidar a sentença por arbitramento. (elaboração de uma PERÍCIA para se obter o quantum debeatur) 
A liquidação por arbitramento será realizada quando não forem necessárias a alegação e a prova de fato novo, bastando a 
realização de uma prova pericial a respeito dos fatos já estabelecidos na sentença ilíquida. 
 
24.13.2.2. Procedimento 
Art. 510 do NCPC sendo a liquidação uma fase incidental, o início se dará por meio de mero requerimento; sendo a 
liquidação der início ao processo sincrético, deverá haver uma petição inicial, nos termos do art. 319 do NCPC. 
O dispositivo legal ora comentado é omisso quanto à possibilidade de apresentação de defesa pelo demandado, prevendo 
apenas a intimação das partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos. 
 
Entendo que essa intimação só deve ocorrer depois de admitida a liquidação de sentença no caso concreto, de forma que 
antes dela, em respeito ao princípio do contraditório, o demandado deve ser intimado (quando a liquidação for fase 
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intermediária) ou citado(quando a liquidação for fase inicial), sempre na pessoa de seu advogado, para que ofereça sua 
defesa no prazo geral de cinco dias (art. 218, § 3º, do Novo CPC). 
 
Decorrido o prazo de cinco dias, caso o demandado tenha apresentado defesa, o juiz deverá, sempre que possível, resolvê-
la de plano. 
Sendo acolhida alguma defesa peremptória (ex. inadequação da forma de liquidação), a liquidação será extinta, e, 
Sendo acolhida alguma defesa dilatória (ex. incompetência do juízo), as medidas cabíveis serão tomadas. 
 
Sendo rejeitada a defesa, ou não tendo sido apresentada, o juiz, nos termos do art. 510 do Novo CPC, intimará as partes 
para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, tendo tal medida o objetivo de municiar 
o juiz de elementos de convicção suficientes para a prolação de decisão, fixando o valor devido sem a necessidade da 
realização da perícia. 
Caso o juiz não consiga decidir de plano, o art. 510 do Novo CPC prevê a nomeação do perito, observando-se a partir daí, 
no que couber, o procedimento da prova pericial. 
Pagamento dos honorários do perito = incumbe ao executado a antecipação desses valores. 
 
É a mais complexa e demorada entre todas as suas espécies. Antiga “liquidação por artigos”. 
Art. 509, II, do Novo CPC: A liquidação pelo procedimento comum é cabível quando for necessária para a definição do 
quantum debeatur a alegação e prova de “fato novo”. 
 
O FATO NOVO pode ter ocorrido antes, durante ou depois da demanda judicial donde se produziu o título executivo 
ilíquido, não sendo o momento um critério correto para conceituar o fenômeno processual. Por fato novo deve-se entender 
aquele que não foi objeto de análise e decisão no processo no qual foi formado o título executivo que se busca liquidar. 
 
Para a alegação e prova de um fato novo, a liquidação em muito se assemelha a um processo – ou fase procedimental – de 
conhecimento, tanto assim é que o art. 511do Novo CPC prevê que após a intimação do requerido e do transcurso de seu 
prazo de 15 dias para a contestação. 
 
A intimação/citação do demandado, sempre na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados. 
A ausência de defesa do demandado, configura sua revelia e, ainda mais importante, a geração de presunção de que os 
fatos que o demandante pretendia provar são verdadeiros. 
 
 
 
40.1. INTRODUÇÃO 
O sistema processual pátrio entende a execução como um conjunto de meios materiais previstos em lei, à disposição do 
juízo, visando à satisfação do direito.CRITÉRIOS DISTINTOS: a autonomia (processo autônomo de execução e fase procedimental executiva) e os meios 
executórios(execução por coerção psicológica e execução por sub-rogação). 
 
40.2. PROCESSO AUTÔNOMO DE EXECUÇÃO E FASEPROCEDIMENTAL EXECUTIVA 
Toda a análise entre execução autônoma e fase executiva só tem sentido no tratamento da execução dos títulos 
executivos judiciais 
À execução de TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS será sempre necessária a instauração de um processo autônomo de execução. 
 
EXECUÇÃO DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL 
“AÇÃO SINCRÉTICA”, consubstanciada em um processo com duas fases procedimentais sucessivas: a primeira de 
conhecimento e a segunda de execução. 
A regra de nosso sistema passou a ser a execução imediata, por mera fase procedimental, enquanto somente em situações 
excepcionais o título executivo será executado por meio de um processo autônomo. 
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 Todas execuções fundadas em TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL passam a se desenvolver por meio do 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. 
O art. 515,§ 1º, do Novo CPC prevê uma especialidade procedimental na execução de quatro espécies de títulos executivos 
judiciais: 
I. Sentença penal condenatória transitada em julgado, 
II. Homologação de sentença estrangeira, 
III. Decisão interlocutória estrangeira 
IV. Sentença arbitral. 
 
O cumprimento de sentença busca a distinção, inclusive terminológica, com o processo de execução, objetivando evitar 
indevidas confusões entre os dois fenômenos processuais. 
 
40.3. EXECUÇÃO POR SUB-ROGAÇÃO (DIRETA) E PORCOERÇÃO (INDIRETA) 
Execução por sub-rogação o Estado vence a resistência do executado substituindo sua vontade, com a consequente 
satisfação do direito do exequente (execução forçada). Mesmo que o executado não concorde com tal satisfação, o juiz terá 
à sua disposição determinados atos materiais que, ao substituir a vontade do executado, geram a satisfação do direito. 
Ex. penhora/expropriação; depósito/entrega da coisa; atos materiais que são praticados independentemente da 
concordância ou resistência do executado. 
 
Na execução indireta, o Estado-juiz não substitui a vontade do executado; pelo contrário, atua de forma a convencê-lo a 
cumprir sua obrigação, com o que será satisfeito o direito do exequente. O juiz atuará de forma a pressionar 
psicologicamente o executado para que ele modifique sua vontade originária de ver frustrada a satisfação do direito do 
exequente. 
Sempre que a pressão psicológica funciona, é o próprio executado o responsável pela satisfação do direito; a satisfação será 
voluntária, decorrente da vontade da parte, mas obviamente não será espontânea, considerando-se que só ocorreu porque 
foi exercida pelo Estado-juiz uma pressão psicológica sobre o devedor. 
 
Existem duas formas de execução indireta. 
I. Ameaça de piorar a situação da parte, como ocorre com as astreintes, multa aplicável diante do descumprimento 
da obrigação, ou ainda com a prisão civil na hipótese do devedor inescusável de alimentos. Protesto = prazo 
15(quinze dias) 
 
II. Oferta de uma melhora na situação da parte caso ela cumpra sua obrigação, como ocorre no art. 827, § 1º, do Novo 
CPC, que prevê um desconto de 50% no valor dos honorários advocatícios no caso de pagamento do valor 
exequendo no prazo de três dias da citação. 
 
No procedimento de cumprimento de sentença de obrigação de pagar quantia existe a previsão de uma multa no valor de 
10% do valor da condenação na hipótese de o devedor não realizar o pagamento no prazo de 15 dias. (natureza jurídica 
híbrida = execução indireta + sanção processual.) 
 
 
41.1. INTRODUÇÃO 
Existem princípios que só vigoram na execução. 
41.2. NULLA EXECUTIO SINE TITULO 
Não há execução sem título que a embase (nulla executio sine titulo). Exige-se a existência de título que demonstra ao 
menos uma probabilidade de que o crédito representado no título efetivamente exista para justificar as desvantagens que 
serão suportadas pelo executado. 
 
E o princípio da tipicidade dos títulos executivos (nulla titulussine lege). Significa dizer que o elenco de títulos executivos 
previstos em lei constitui numerus clausus, sendo, portanto, restritivo, o que impossibilita o operador do direito criar 
títulos executivos que não estejam previstos em lei. 
 
Sem título executivo não há execução e com título executivo pode não haver execução, preferindo o pretenso credor o processo 
de conhecimento? Art. 785 NCPC permite à parte optar pelo processo de conhecimento mesmo quando já exista um título 
executivo extrajudicial em seu favor. 
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41.3. PATRIMONIALIDADE 
A execução é sempre real, e nunca pessoal, em razão de serem os bens do executado os responsáveis materiais pela 
satisfação do direito do exequente. 
 
41.4. DESFECHO ÚNICO 
A execução chega ao seu final normal quando é bem-sucedida, ou seja, quando o direito do exequente é satisfeito. No fim 
normal da execução, o processo é extinto pela sentença prevista no art. 924 do Novo CPC, que é meramente declaratória 
quanto ao final do procedimento executivo. 
 
O final anômalo do processo de execução é a sua extinção sem a resolução de mérito, o que ocorrerá por um dos 
motivos previstos pelo art. 485 do Novo CPC ou com o acolhimento integral dos embargos à execução, cujo fundamento 
seja a inexistência do direito material exequendo. 
 
O processo de execução se desenvolve com um único objetivo: satisfazer o direito do exequente. Sendo esse o único 
objetivo da execução, a doutrina aponta para o princípio do desfecho único, considerando-se que a única forma de 
prestação que pode ser obtida em tal processo é a satisfação do direito do exequente, nunca do executado. 
 
O executado, na melhor das hipóteses, verá impedida a satisfação do direito com a extinção do processo sem a resolução 
do mérito, mas jamais terá a possibilidade de obter uma decisão de mérito favorável a ele. 
 
Defesa do executado conhecida como EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE, o seu eventual acolhimento leva à extinção do 
processo executivo. O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento deque o reconhecimento da prescrição no 
próprio processo executivo gera decisão que resolve o mérito do processo. 
A impugnação ao cumprimento de sentença é defesa executiva incidental que pode conter matéria de mérito (extinção do 
cumprimento de sentença com tutela jurisdicional em favor do executado) 
 
É até possível se questionar se o desfecho único continua efetivamente sendo um princípio executivo. De qualquer forma, 
deve-se entender que continua a ser possível falar em desfecho único sempre que o executado não puder apresentar 
defesa de mérito incidentalmente. 
 
41.5. DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO 
É permitido ao exequente, a qualquer momento, ainda que pendentes de julgamento os embargos à execução, desistir do 
processo, sendo dispensada a concordância do executado para que tal desistência gere efeitos jurídicos (art. 775, caput, do 
Novo CPC). Significa dizer que o exequente simplesmente desiste de cobrar executivamente seu direito naquele momento, 
naquele processo específico, podendo, entretanto, ingressar posteriormente com ação idêntica, desde que comprove o 
pagamento das custas processuais da primeira ação (art. 486, § 2º, do Novo CPC). 
 
Todos os legitimados a propor a execução podem desistir, salvo o Ministério Público, que tem atuação processual 
orientada pelo princípio da indisponibilidade, considerando-se que defende interesse alheio na execução. 
 
A admissibilidade da desistência da execução está condicionada à não realização no processo de atos que não possam ser 
anulados sem prejuízo do devedor ou de terceiros. (Ex. bem arrematado em leilão judicial não se admitirá a desistência da 
execução; a obrigação de fazer já tiver sido satisfeitapor terceiro (art. 817 do Novo CPC). 
 
A pendência de embargos à execução não impede a desistência da execução, mas a depender da matéria alegada em sede 
de embargos variarão os efeitos gerados por essa desistência. 
 
Caso os embargos versem sobre matéria meramente processual (Ex. ilegitimidade de parte, falta de liquidez do título etc.), 
perderão o objeto e serão extintos sem a resolução do mérito e haverá perda superveniente do interesse de agir, tornando 
os embargos inúteis, devendo, por isso, ser extintos sem a necessidade de concordância do embargante. 
 
Caso os embargos versem sobre matéria de mérito, referente ao direito material alegado pelo exequente (Ex. novação, 
compensação etc.), a extinção dos embargos está condicionada à concordância do embargante, pois possui o interesse na 
continuação dos embargos, com a obtenção de sentença de mérito a seu favor, que demonstraria a inexistência do direito 
material do embargado. 
 
Art. 775, parágrafo único, do NCPC, três observações são necessárias: 
(a) não se exige a concordância do embargado, considerando-se que ao desistir do processo de execução, presumidamente 
o exequente também estará abrindo mão do julgamento dos embargos; 
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(b) não havendo a concordância do embargante, os embargos perdem tal natureza, passando a ser tratado como ação 
autônoma declaratória. A apelação, portanto, será recebida no duplo efeito (não se aplicará a exceção do art. 1.012, § 1º, III, 
do Novo CPC); 
(c) embargos com fundamento em excesso de execução serão extintos quando o exequente desistir da execução. 
 
41.6. UTILIDADE 
O processo de execução deve servir para entregar ao vitorioso aquilo que tem direito a receber. 
Este princípio que impede a aplicação das astreintes quando o juiz se convence que a obrigação se tornou materialmente 
impossível de ser cumprida. 
 
Somente prejudicaria o executado, sem nenhum proveito ao exequente na busca da satisfação de seu direito, a aplicação de 
uma medida de natureza coercitiva em situações nas quais a pressão psicológica é inútil, não dependendo da vontade do 
executado o cumprimento da obrigação. 
 
 
41.7. MENOR ONEROSIDADE 
Gravames desnecessários à satisfação do direito devem ser evitados sempre que for possível satisfazer o direito por meio 
da adoção de outros mecanismos. 
Dessa constatação decorre a regra de que, quando houver vários meios de satisfazer o direito do credor, o juiz 
mandará que a execução se faça pelo modo menos gravoso ao executado (art.805 do Novo CPC). 
 
O que se pretende evitar é o exagero desnecessário de tais gravames. Esse é um dos motivos para não permitir que um 
bem do devedor seja alienado em leilão judicial por preço vil (art. 891 do Novo CPC). 
O estrito respeito ao princípio da menor onerosidade não pode sacrificar a efetividade da tutela executiva. 
Art. 805,§ único do NCPC prevê que cabe ao executado que alegar ser a medida pretendida pelo exequente a mais gravosa 
indicar meios mais eficazes e menos onerosos, “sob pena” de manutenção dos atos executivos já determinados. 
 
Ex. a substituição de penhora de dinheiro pela fiança bancária e de seguro-garantia. Nesse caso o próprio legislador, por 
meio do art. 835, § 2º, do NCPC, equiparou o dinheiro à fiança bancária e ao seguro garantia judicial. O fez porque o 
prejuízo à eficácia da execução, desde que afiança e o seguro sejam concedidos por instituição idônea, é mínimo, enquanto 
a menor onerosidade em favor do executado é óbvia. 
Cabe ao juiz aplicar as regras da razoabilidade e proporcionalidade na análise da substituição do meio executivo, 
sendo possível que mesmo menos eficaz seja admitido um meio menos oneroso. 
 
 
41.8. LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL 
É exigido das partes o respeito ao dever de lealdade e boa-fé processual, sendo aplicáveis as sanções previstas nos arts. 77, 
80 e 81 do Novo CPC. 
O art. 774 do NCPC, com a previsão dos chamados atos atentatórios à dignidade da justiça, essa espécie de ato ou de 
omissão só pode ser praticado pelo executado, cabendo ao exequente a aplicação das sanções com fundamento nos arts. 
77, 80 e 81 do Novo CPC. 
Existem cinco espécies de ato atentatório à dignidade da justiça arroladas pelos incisos do art. 774 do NCPC, havendo certa 
divergência doutrinária a respeito de se tratar de rol exaustivo ou meramente exemplificativo. 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe 
prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus. 
 
 
Mesmo quando o executado entenda que só tem bens impenhoráveis, existirá o dever de informar ao juízo, ainda que com 
a ressalva de impossibilidade legal de penhora; afinal, não cabe ao executado, mas ao juízo, determinar se o bem é ou não 
impenhorável. A partir do momento em que a penhora já se mostra possível em razão da indicação do bem, feita pelo 
próprio exequente, falece o sentido em exigir do executado a indicação de bens. 
 
O executado que não dispõe de qualquer bem que possa responder pela execução deverá informar tal situação no prazo de 
cinco dias. 
 
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A única resposta que não se admite, gerando a imediata aplicação da multa, é o silêncio do executado diante de sua 
intimação, já que a sanção alude ao desrespeito do executado com a ordem judicial, e não à inexistência de bens que 
possam se sujeitar à execução. 
O executado deverá indicar tão somente bens suficientes para satisfazer o direito do exequente. A informação do 
executado se limitará pelo valor da execução. 
 
Art. 774 do Novo CPC: multa não superior a 20% do valor atualizado do débito em execução. 
 
 
41.9. CONTRADITÓRIO 
No processo de execução não se discute o seu mérito, já que o juiz parte de uma presunção de existência do direito do 
exequente (derivada do título executivo judicial) e busca apenas a satisfação de tal direito. 
 
Não se nega que exista mérito no processo de execução, condicionando-se o seu julgamento ao ingresso dos embargos à 
execução, ação de conhecimento autônoma e incidental ao processo de execução. 
 
A decisão sobre a natureza do bem penhorado quanto à ordem de penhora dos bens, sobre a modificação ou reforço de 
penhora, sobre a alienação antecipada de bens, sobre o preço vil na arrematação, sobre a avaliação do bem etc. em todos 
esses casos, naturalmente, haverá nulidade se não observado o contraditório. 
 
41.10. ATIPICIDADE DOS MEIOS EXECUTIVOS 
Art. 536, § 1º, do NCPC 
Meios executivos: penhora, expropriação, busca e apreensão, astreintes, arresto executivo, remoção de pessoas ou coisas, 
fechamento de estabelecimentos comerciais etc. (rol meramente exemplificativo) Tais medidas atípicas devem ser 
aplicadas somente quando as medidas típicas tiverem se mostrado incapazes de satisfazer o direito do exequente. 
 
42. SUJEITOS PROCESSUAIS NA EXECUÇÃO 
 
42.1. INTRODUÇÃO 
Três principais sujeitos processuais: 
I. Juiz (sujeito imparcial) 
II. Demandante (Sujeitos parciais) 
III. Demandado (Sujeitos parciais) 
 
Os sujeitos que figuram na demanda executiva são partes – demandante e demandado, chamados de credor e devedor ou, 
mais tecnicamente, de exequente e executado –, deve-se analisar se tais sujeitos têm legitimidade para figurar em tal 
demanda. 
 
Arts. 778 e 779 do Novo CPC = os sujeitos têm legitimidade para figurar nos polos ativo e passivo da demanda executiva, 
regras que valem tanto para o processo executivo autônomo como para o cumprimento de sentença. 
 
42.2. DIFERENTES ESPÉCIES DE LEGITIMIDADE NA EXECUÇÃO 
42.2.1. POLO ATIVO 
Legitimação ordináriaprimária ou originária: litigando em nome próprio por direito próprio(credor no próprio título 
executivo). (art. 778 NCPC). 
Legitimação ordinária superveniente e ou secundária: apesar de fazê-lo em nome próprio e em defesa de interesse 
próprio, só ganha a legitimação para propor a demanda executiva ou nela prosseguir por um ato ou fato superveniente ao 
surgimento do título executivo (art. 778, § 1º, do Novo CPC). (deve juntando à execução a prova de que um ato/fato lhe dá 
legitimidade). 
Legitimação extraordinária: nome próprio na defesa de interesse alheio (art. 778, § 1º, I, do NCPC) que atribui 
legitimidade ao Ministério Público(embora seja possível que outros sujeitos também atuem - raridade isso ocorrer). 
 
42.2.2. POLO PASSIVO 
Art. 779 do Novo CPC 
Legitimação ordinária primária ou originária (inciso I) 
Ordinária superveniente ou secundária (incisos II e III), 
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Legitimação extraordinária( incisos IV, V e VI). 
 
42.3. LEGITIMAÇÃO ATIVA 
42.3.1. CREDOR A QUEM A LEI CONFERE TÍTULO EXECUTIVO 
Art.778, caput, do NCPC o sujeito que figure no título executivo como credor. Considerando-se que o exequente nem 
sempre é credor e que o executado nem sempre é devedor. 
 
42.3.2. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
O art. 778, § 1º, I, do NCPC permite ao Ministério Público promover a demanda executiva nos casos previstos em lei. 
 
legitimação ordinária do MP figurando no título como credor: defende em nome próprio um interesse próprio com o 
objetivo de condenar o réu ao cumprimento de uma obrigação. Já tendo feito parte da demanda desde a sua primeira fase 
cognitiva em legitimação ordinária, constará da sentença como credor, tendo legitimidade ordinária originária para 
executá-la. 
 
legitimação extraordinária MP defendendo em nome próprio interesse de terceiros, o que fará com que figure no título 
executivo – sentença condenatória –, ainda que não se possa afirmar categoricamente, a título de credor. Não era o titular 
do direito material discutido durante a fase de conhecimento e certamente continua a não sê-lo após a formação do título, 
não obstante figure no título judicial como legitimado extraordinário ativo que promoveu a demanda, e não como credor. 
Por outro lado, poderá fazer parte de título executivo extrajudicial e ter legitimação extraordinária para executá-lo, como 
ocorre no termo de ajustamento de conduta. 
 
O Ministério Público pode ingressar com ação civil pública fundada em direito individual homogêneo – desde que com 
relevância social –, mas somente poderá executar a sentença se no prazo de um anodo trânsito em julgado não se 
habilitarem interessados a executar a sentença individualmente em número compatível com a gravidade do dano (art. 100 
do CDC). 
 
42.3.3. LEGITIMIDADE DO ESPÓLIO, HERDEIROS E SUCESSORES 
O art. 779, II, do Novo CPC trata da legitimação ordinária superveniente em virtude da sucessão causa mortis, atribuindo 
legitimidade ao espólio, herdeiros e sucessores para dar início à demanda executiva ou assumir o polo ativo no lugar do de 
cujus, quando esta já tiver sido iniciada, em fenômeno de sucessão processual. 
 
Os requisitos legais para a admissão dessa legitimidade: 
(i) antes de iniciada a execução = demonstração por provas suficientes da legitimidade; e 
(ii) já iniciada a execução =1 deverá ser instaurado um processo de habilitação incidente (arts. 687 a 692 do NCPC) 
 
O espólio é a massa patrimonial deixada pelo autor da herança (uma universalidade de bens). A legitimidade do espólio 
dure tão somente até o momento de partilha dos bens, resultado final do inventário. Após o encerramento da partilha, com 
a distribuição dos bens da herança, será legitimado somente aquele que receber em seu quinhão o crédito representado 
pela execução, considerando-se, inclusive, a extinção do espólio. 
Mesmo que o inventariante faça valer sua legitimidade no caso concreto, os herdeiros e sucessores poderão participar do 
processo como assistentes litisconsorciais. 
 
Na sucessão universal o herdeiro – legítimo ou testamentário – recebe toda a herança ou parte ideal dela, na sucessão 
singular o legatário é contemplado apenas com determinado bem da herança, devendo primeiro obter dos herdeiros a 
transferência do bem para ser considerado legitimado à execução. 
 
42.3.4. LEGITIMIDADE DO CESSIONÁRIO E DO SUB-ROGADO 
Direitos objetos de cessão, nos quais devido o crédito pelo credor originário, o sujeito que o recebe passa a ter legitimidade 
superveniente para executar o título. 
Para provar sua legitimação o demandante deva juntar à petição inicial (processo executivo) ou ao requerimento inicial 
(cumprimento de sentença) o instrumento de cessão de crédito. 
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Também haverá legitimidade superveniente na hipótese de subrogação, seja ela legal (art. 346 do CC) ou convencional (art. 
347 do CC). 
 
 
42.4. LEGITIMIDADE PASSIVA 
42.4.1. SUJEITO QUE FIGURA NO TÍTULO COMO DEVEDOR 
O art. 779, I, do NCPC O sujeito que figura no título como devedor. Basta que o título o aponte como tal para que tenha 
legitimidade ordinária primária para participar no polo passivo da demanda judicial. 
Devedor = é todo sujeito obrigado a solver a obrigação, ainda que possa afirmar não ser o devedor por não ter participado 
como parte principal na relação de direito material da qual surgiu a dívida. 
 
Também são considerados devedores para fins de legitimidade passiva na execução o avalista, o fiador convencional, o 
endossante, sendo que entre eles há típica hipótese de litisconsórcio passivo facultativo, que somente será criado a 
depender da vontade do exequente. 
 
42.4.2. LEGITIMIDADE PASSIVA DO ESPÓLIO, HERDEIROS E SUCESSORES 
A legitimação ordinária superveniente por causa mortis (art. 779, II, do NCPC) paralelo quanto à legitimação ativa (art. 
778, § 1º, II, do NCPC. 
Uma vez realizada a partilha dos bens do de cujus, a legitimação passiva restará tão somente àquele sujeito que ficou em 
seu quinhão com o débito. 
Os herdeiros e sucessores só respondem pelas dívidas do de cujus nos limites da herança, de forma que os bens de seu 
patrimônio que não vieram da herança jamais poderão ser atingidos por dívidas contraídas originariamente pelo de cujus. 
Benefício de inventário - art. 1.792 do CC - Exclui a responsabilidade civil do espólio, herdeiro ou sucessor, além da 
herança. 
 
42.4.3. NOVO DEVEDOR 
A legitimidade ordinária superveniente por ato inter vivos (art. 779, III, NCPC) assunção de dívida ou cessão de débito, 
exige a concordância expressa do credor (art. 299 do CC). 
Sendo indispensável ao exequente demonstrar com sua petição/requerimento inicial que houve um negócio jurídico de 
cessão de débito que contou com sua expressa concordância. 
 
42.4.4. FIADOR 
O inciso IV do art. 779 NCPC prevê a legitimidade ativa executiva do fiador do débito constante em título executivo 
extrajudicial. 
 
O fiador será parte apenas do contrato de garantia que, insista-se, não é título executivo e contém obrigação acessória que 
não será objeto da execução. 
 
Havendo um título executivo judicial – mais precisamente uma sentença condenatória – é imprescindível que o fiador 
tenha sido réu na fase de conhecimento, constando, portanto, do título executivo, sem o que não haverá legitimidade 
passiva. 
 
O fiador judicial é um 3º no processo judicial que presta uma garantia em favor de uma das partes, sendo ela real ou 
fidejussória. 
 
Tanto o fiador convencional quanto o judicial poderão, na execução, valer se do benefício de ordem (beneficium 
excussionis), indicando à penhora bens do devedor antes que seus próprios bens sejam objeto de constrição judicial (art. 
794, caput, NCPC). 
Ocorrendo o pagamento, o fiador – convencional ou judicial – poderá executar o afiançadono mesmo processo em que 
ocorreu o pagamento. 
 
 
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42.4.5. RESPONSÁVEL TITULAR DO BEM VINCULADO POR GARANTIA REAL AO PAGAMENTO DO DÉBITO 
DIREITOS REAIS DE GARANTIA: hipoteca, penhor, anticrese e alienação fiduciária em garantia. (arts. 1.419 a 1.430 do CC 
e DL 911/1969 e pela Lei 9.514/1997.) 
 
O terceiro que prestou a garantia real não é devedor e nem figurará como tal no título executivo extrajudicial (contrato 
principal). O garante deve ter legitimidade passiva para a execução, porque em caso contrário a garantia de nada valeria, 
não podendo ser atingida numa execução promovida apenas contra o devedor. 
 
42.4.6. RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO 
A responsabilidade secundária do responsável tributário (art. 779, VI, NCPC e art. 4.º, V, da Lei 6.830/1980 (Lei de 
Execuções Fiscais) e Código Tributário Nacional (arts. 121 a 138). 
 
A responsabilidade pelo crédito tributário pode ser: 
Do contribuinte, que é o sujeito que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador 
(art. 121, parágrafo único, I, do CTN), Do mero responsável, que é sujeito que não é o contribuinte, mas que tem obrigação 
(responsável patrimonial) de satisfazer a dívida em decorrência de disposição expressa de lei (art. 121, parágrafo único, II, 
do CTN). 
 
Duas espécies de responsabilidade tributária: 
POR TRANSFERÊNCIA: o contribuinte deixa de cumprir sua obrigação por alguma razão, mas não é originariamente 
ignorado, transferindo-se a responsabilidade somente posteriormente por ato superveniente. 
POR SUBSTITUIÇÃO: o contribuinte é desde logo afastado, não chegando nem mesmo a ser considerado sujeito passivo, 
sendo que a própria lei, independentemente de um fato posterior, atribui a responsabilidade a quem não é contribuinte. 
 
Somente quando as obrigações tributárias forem resultantes de “atos praticados com excesso de poderes ou infração de 
lei, contrato social ou estatutos”, nos exatos termos do art. 135 do CTN, haverá responsabilidade tributária. 
Na hipótese de dissolução irregular de sociedade, constituída estará a infração à lei, respondendo os sócios-gerentes com 
seus patrimônios próprios pelas dívidas da sociedade. 
 
42.4.7. LEGITIMIDADE DO RESPONSÁVEL SECUNDÁRIO 
Responsável patrimonial ( art. 790 NCPC) mesmo não sendo devedor, responde com seus bens pela satisfação da 
obrigação em juízo. 
 
Trata-se de legitimação extraordinária, porque o responsável secundário estará em juízo em nome próprio e na defesa de 
interesse de outrem, o devedor. 
 
Há uma condição para que a legitimidade extraordinária nesse caso exista: o patrimônio do responsável secundário 
efetivamente responder no caso concreto pela execução. 
 
Para que seja demonstrada a legitimação do responsável secundário já com a distribuição da petição inicial (processo 
autônomo executivo) ou com o protocolo do requerimento (cumprimento de sentença), é imprescindível que o exequente 
indique nessas peças processuais bens do patrimônio do responsável secundário (arts. 524, VII, e 798, II, c, ambos do Novo 
CPC), o que justificará sua presença no polo passivo da demanda. 
 
Por outro lado, essa legitimidade poderá se mostrar no caso concreto supervenientemente, com a efetiva 
constrição de bem que não pertence ao executado. No momento processual da penhora o responsável secundário é um 
terceiro, mas sofrendo a constrição judicial deverá ser citado na demanda executiva, passando a integrar o polo passivo 
como parte. 
 
42.5. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NA EXECUÇÃO 
42.5.1. INTERVENÇÕES TÍPICAS 
Na execução não se declaram responsabilidades, apenas satisfazem-se direitos. 
 
A principal alegação decorre do disposto no art. 119, caput, NCPC, que ao qualificar o interesse legitimador da assistência 
faz expressa menção à hipótese de a sentença ser favorável a uma das partes, o que evidentemente não se coaduna com a 
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execução, considerando-se que a sentença prevista pelo art. 925 do Novo CPC apenas declara a extinção do procedimento 
executivo, diante a satisfação do exequente, não sendo apta a interferir em relação jurídica de direito material mantida 
entre as partes e 
terceiros. 
A assistência é permitida em toda espécie de processo, e não somente em toda espécie de procedimento, conforme a 
literalidade do dispositivo legal. Dessa forma, a assistência é admitida na execução, independentemente do ingresso de 
embargos à execução. 
 
O termo “sentença”, capaz de influir em uma relação jurídica não controvertida mantida entre o terceiro e uma das partes, 
deve ser entendido na realidade como “resultado” do processo. Deve-se pensar não em termos da sentença na execução, 
porque esta realmente não tem condições mínimas para afetar relações jurídicas mantidas entre as partes e terceiros, 
considerando-se sua natureza meramente declaratória do encerramento das atividades executórias. O que interessa são os 
efeitos que podem afetar juridicamente o terceiro em decorrência do resultado da execução, que é a satisfação ou não do 
exequente. 
 
Ex. assistência na execução = é do fiador expressamente autorizado a intervir na execução promovida ao afiançado em 
caso de demora imputável ao exequente (art. 834 do CC). 
O fiador, portanto, ingressa na demanda executiva para assistir o credor, porque o resultado positivo da execução lhe 
interessa, em nítida hipótese de assistência. 
 
Nos termos do art. 134 do Novo CPC, o incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de 
conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 
Na execução será cabível essa forma de intervenção de terceiro. 
 
As hipóteses de intervenção de terceiro como amicus curiae estão previstas no art. 138, caput, NCPC. 
 
42.5.2. INTERVENÇÕES ATÍPICAS 
é inegável que não o fez de forma exauriente, existindo no sistema outras formas permitidas de intervenção de terceiro, 
chamadas de intervenções atípicas. Tal fenômeno ocorre no processo executivo e na fase de cumprimento de sentença. 
Sempre que um terceiro ingressa na demanda executiva durante a fase de expropriação do bem com a intenção de adquiri-
lo, estar-se-á diante de uma espécie atípica de intervenção de terceiros. (Ex. adjudicação, alienação por iniciativa particular 
(art. 880 do Novo CPC); na alienação ocorrida em leilão 
judicial por meio de arrematação) 
 
Haverá intervenção anômala sempre que outros credores ingressarem na demanda executiva para discutir o direito de 
preferência. Cada qual participará do incidente processual que se formará (concurso de credores) defendendo interesse 
próprio à satisfação de seu crédito em primeiro lugar, sendo impossível imaginar que essa situação seja amoldável às 
espécies de intervenção de terceiros previstas pelo CPC.

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