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TERAPÊUTICA: RECEITUÁRIO: Prescrição escrita do medicamento Conter dados da clínica/veterinário: nome, endereço, CRMV, CPF, telefone etc. Dados do animal: raça, espécie, peso, data, proprietário, etc. Uso: oral, parenteral, tópico etc. Medicamento/formulação (veterinário/humano) quantidade de caixas. Instruções de uso, vias de administração, intervalo entre elas, etc. Data, assinatura e carimbo Lembrar de colocar de x em x horas, durante x dias. Comprimido: administrar. Spray: borrifar. Pomada: aplicar fina camada sobre a pele limpa. Não deixar receita poluída. Casos de banho: aplicar sobre os pelos úmidos, massagear, deixar agir por x minutos e enxaguar com agua corrente. Notificação de receita: Documento que acompanha a receita, é personalizada e intransferível. Amarela: A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos). Azul: B1 e B2 (psicotrópicos). Branca: C2 (retinóicos para uso sistêmico) e C3 (imunossupressores). *só para médicos FLUIDO TERAPIA: Objetivos: expandir a volemia, corrigir desequilíbrios hídricos e eletrolíticos, suplementar calorias e nutrientes, auxiliar no tratamento de doenças primárias. Indicações de fluido: hemorragias, vômitos, diarreia, insuficiência renal, desequilíbrio eletrolítico, osmótico, hídrico, ácido base. A diferença de soro e fluido terapia é que soro reverte o efeito de algum veneno enquanto a fluido repõe líquidos perdidos. É um tratamento de suporte, o diagnóstico da doença base é fundamental para cura do paciente. A perda de água pode ocorrer de diversas formas, podem ser perdas imperceptíveis (durante a respiração, ou perdas pelo suor) e perdas perceptíveis que são facilmente detectadas e mensuradas (através do trato urinário e gastrointestinal). É importante que ocorra avaliação prévia do paciente para escolher o tipo de fluido que e via de fluido terapia. A necessidade de uma etapa de reidratação depende da doença primária do paciente. Importante uma boa avaliação clínica: história clínica, exame clinico (turgor cutâneo, TPC, pressão, FC, coloração de mucosa principalmente) e exame laboratorial (hematócrito, ppt, densidade urinaria e ureia e albumina). Tipos de desidratação Desidratação hipotônica: a perda de soluto é maior que a de água. Ocorre redução da osmolaridade do líquido extracelular (LEC), que ocorre após perda hipertônica de fluído pelo organismo. O melhor exemplo para este tipo de perda é o hipoadrenocorticismo (Síndrome de Addison), que cursa com deficiência de glicocorticoides e mineralocorticoides (aldosterona). A aldosterona é responsável pela excreção de potássio e reabsorção de sódio nos túbulos renais, então sua deficiência leva a perda de sódio e retenção de potássio, o LEC ficará com osmolaridade menor que a normal. A fim de restabelecer a tonicidade entre o LIC e LEC, o sódio pode se mover do LIC para o LEC, assim como a água pode ser mover do LEC para o LIC. O movimento da água normalmente é passivo, e dos eletrólitos é ativo. Porém como há grande perda de eletrólitos, o LEC fica hipotônico. Considera-se que a osmolaridade 290-300 mOSm/L. Desidratação isotônica: perdas urinárias e gastrointestinais resultam em perda de eletrólitos e água, incluindo sódio, potássio, cloreto e bicarbonato. O tipo de perda dependerá da doença primária que acomete o paciente. Os fluídos e eletrólitos perdidos originam-se inicialmente do compartimento extracelular. Porém não há mudança de osmolaridade nos compartimentos. Ambos os compartimentos, intra e extracelular, realizam trocas de água e eletrólitos a fim de manter a osmolaridade. Desidratação hipertônica: é mais rara, a perda de solutos é menor que a perda de água. Esta condição ocorre em pacientes com perda de fluido hipotônica, como nos casos de diabetes insipidus (deficiência de ADH), nos quais a urina é quase água pura. Ocorre uma perda maior de água do que de eletrólitos na urina, deixando a osmolaridade do LEC maior que do LIC. A fim de equilibrar a osmolaridade ocorre movimento de água do LIC para o LEC, entretanto como há grande perda de água o LEC fica hipertônico. As células que mais rapidamente demonstram sinais de perda intracelular de água são os neurônios, levando os animais apresentarem dor de cabeça e demência. % Desidratação Sinais clínicos < 5 Mto suave Não detectável Histórico: menor ingestão de água 5 – 6 Suave Discreta perda do turgor cutâneo ou elasticidade cutânea Histórico: episódios esporádicos de vômito e diarréia 6 – 8 Moderada Demora evidente o retorno da pele à posição normal, ligeiro prolongamento do tempo de preenchimento capilar, possível retração do globo ocular e possível ressecamento das membranas mucosas. Histórico: inapetência, vômito e diarréia moderados 10 – 12 Severa Permanência de pele em forma de “tenda” no local do teste, evidente prolongamento do tempo de preenchimento capilar, retração do globo ocular, ressecamento de membranas mucosas e possíveis sinais de choque (taquicardia, extremidades frias, pulso fraco e rápido) Histórico: anorexia, vômito e diarréia severos, insuficiência renal crônica 12 – 15 Choque Sinais evidentes de choque, morte eminente. Histórico: hemorragias, queimaduras Tipos de fluido: Cristalóide: soluto com e sem eletrólitos que penetram em todos os compartimentos corporais (LIC/LEC). Ex: solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,09%, ringer simples, ringer lactato, solução glicosada. De manutenção, para repor perda obrigatória de eletrólitos e fluidos hipotônicos, a composição é diferente a do plasma. Ex: glicose 5% e cloreto de potássio, usar diluído no cristaloide de reposição, composição muito diferente pode afetar o sistema. Ringer com lactato de sódio: isotônica, com composição semelhante ao LEC, pH 6,5. Tem características alcalinizantes, o lactato sofre biotransformação hepática em bicarbonato. O lactato é usado como fonte de energia, entrando no ciclo de Krebs como oxaloacetato, gerando ATP e gás carbônico. O sódio é liberado, permitindo resintese, de um bicarbonato no rim. Sendo indicado para acidoses metabólica, por conter Ca é contraindicada para pacientes hipercalcêmicos, assim como não é indicada para pacientes hepatopatas. Não deve ser administrada junto com hemoderivados, no mesmo cateter intravenoso, para evitar precipitação do cálcio com o anticoagulante. Ringer simples: isotônico, semelhante ao ringer lactato, porém não contém lactato. Contém mais Cl e mais Ca que outras soluções, tornando-a levemente acidificantes (pH 5,5). É uma solução de emprego ideal nas alcaloses metabólicas. Solução NaCl a 0,9: isotônica, não é uma solução balanceada, pois contém apenas Na, Cl e H2O. É acidificadora, sendo indicada para pacientes com alcalose, hipoadrenocorticismo (por aumentar reposição de sódio), insuficiência renal oligúrica ou anúrica (pois evita retenção de potássio) e hipercalcemia (pois não contém cálcio). Solução de glicose a 5% em NaCl a 0,9%: também é chamada de solução glicofisiológica. Possui composição semelhante à solução de NaCl a 0,9%. Apresenta, porém maior osmolaridade e pH 4,0. De reposição, para repor o fluido e eletrólitos perdidos, a composição é semelhante à do plasma, são soluções de reposição modificada. Pode se incluir dextrose, frutose, cloreto de cálcio, potássio, vitaminas B, e nutritivos. Ex: solução fisiológica 0,09%, ringer simples, ringer com lactato e glicofisiologica. Colóide: solução com substancias de maior peso molecular que se mantem exclusivamente no plasma. Ex: plasma e dextran. Indicado quando o ppt é inferior a 3,5 g/dl, albumina menor que 1,5 g/dl e choque hipovolêmico. Aumentam a volemia, porem atuam momentaneamente após deve-seusar cristaloides, contraindicado em animais com falência renal. Soro 7% “salgadão”, é mais barato e age de forma semelhante ao dextran. Suplementação com vitamina K: Todo paciente que não apresente hipercalemia deve ser suplementado com vitamina K. Necessidade de K é de 15-30 mEq/l. (hemogasometria). 1 ml KCl 10% = 1,3 mEq de K 1 ml KCl 191% = 2,6 mEq de K Vias de administração: Oral: é indicada para hidratação de pacientes estáveis, supondo que não há perda de fluido. É um método barato, porém de absorção lenta. Pode ocorrer falsa via em altos volumes. Subcutânea: não indicada para desidratação moderada a grave, ou casos de comprometimento circulatório. É um método fácil e barato, porém há restrição de volume e pode ocorrer formação de abcessor. Intravenosa: é a mais comum, usando um cateter, é uma via mais cara, porém mais efetiva. Pode ocorrer formação de trombos, inflamação, etc. Intraperitonial: raramente utilizada, mas tem absorção rápida, é indicada para neonatos, riscos envolvem perfuração de órgãos. Intraóssea: é pouco usada, mas é bastante dolorosa, sendo raramente usada. Volume de administração: Cálculo de reidratação: % de desidratação * peso corporal (kg) *10 % Grau Turgor TPC 5-7 Leve 1-2 1-2 8-10 Moderada 3-5 2-4 >10 Grave >5 >4 Cálculo de manutenção: necessidade basal (ml/dia) Cães: 50 ml/kg/dia Gatos: 70 ml/kg/dia Bovinos: 60 ml/kg/dia Equinos: 50 ml/kg/dia Cálculo de reposição: Perda hídrica (ml/dia): vômito: 40 ml/kg/dia diarréia: 50 ml/kg/dia vômito e diarréia: 60 ml/kg/dia Velocidade: Gotas/min= volume total de infusão x gotas/ml /tempo total de infusão Equipo macrogotas: 20 gotas/ml Equipo microgotas: 60 gotas/ml Ou regra de 3. EUTANÁSIA A eutanásia significa morte sem dor e sofrimento desnecessário, é entendida como a prática de abreviar a vida para evitar sofrimento desnecessário para o paciente. A distanásia é conceituada como uma morte difícil ou penosa, usada para indicar prolongamento do processo de morte por meio de tratamento, não há qualidade de vida. Na ortotanásia o indivíduo em estágio terminal é direcionado para uma morte sem sofrimento, não há prolongamento da vida nem abreviamento. Já a mistanásia e a morte miserável fora e antes da hora. A eutanásia deve ser feita por meio tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado. Indicação: Quando há comprometimento do bem-estar, sem haver tratamentos (analgésicos/sedativos) para eliminar a dor. Quando há ameaça à saúde pública. Como objeto de ensino e pesquisa. Ou quando os custos do tratamento são incompatíveis com a atividade produtiva. Escolha do método: Compatível com os fins desejados e embasado cientificamente, deve ser seguro para quem executa, confiável (comprovando a morte), aprovado pelo CEUA (fins científicos). Bem-estar: Respeito aos animais, ausência ou redução máxima de desconforto, dor, medo e ansiedade. Inconsciência imediata seguida de morte, segurança e irreversibilidade. Ausência ou redução máxima de risco aos presentes. Treinamento e habilitação para quem executa, ausência ou redução máxima de impactos emocionais e psicológicos para quem executa. Médico veterinário: Cumprir com os princípios básicos desses métodos, atestar a morte do animal, disponibilizar prontuários com métodos e técnicas para a fiscalização. Esclarecer o proprietário, solicitar autorização por escrito, permitir que o proprietário assista ao ato. Morte do animal: Ausência de movimentos torácicos e respiratórios, ausência de batimentos cardíacos e pulso, perda de coloração de mucosas, perda de reflexo córneal, perda de brilho e umidade da córnea, e rigor mortis. Métodos: Físico: pistola de ar comprimido e dardo cativo, arma de fogo, deslocamento cervical, eletrocussão e sangria. Químicos: injetáveis: tiopental, quetamina+xilazina, propofal. Inalatória: halotano, isoflurano, seroflurano e CO2. Complementar: cloreto de potássio e bloqueadores neuromusculares. TRANSFUSÃO DE SANGUE: Caninos possuem 8 tipagens sanguínea, dificulta a transfusão. Felinos 3 tipos sanguíneos, porém posem anticorpos naturais que podem causar reações, se torna mais difícil do que cães. Testes de compatibilidade: Detectar a presença de anticorpos capazes de aglutinar ou hemolisar hemácias. Prova de reação cruzada: Maior: hemácias do doador + soro do receptor. Menor: hemácias do receptor + soro do doador. Se não tiver centrifuga e for emergência pode-se misturar duas gotas de sangue do doador com sangue do receptor e ver se coagula, porém mesmo se não coagular pode ser que haja reação. Corticóides minimizam se houver reação, importante fazer inicio da transfusão lentamente para poder avaliar caso haja reação e administrar corticoide. Seleção dos doadores: Cães: entre 2-8 anos de idade, acima de 25kg, Ht acima de 40%, machos e femeas castrados e/ou nulíparas, com saúde perfeita e imunizados. Com sorologia negativa para Brucela canis, Erlichia, Dirofilaria, Borrelia burgdorferi, Babesia e Leishmaniose. Intervalo de doação 3-4 meses. Volume 13-17 ml/kg. Gatos: entre 2-5 aos, acima de 4kg, saúde perfeita, testado para Mycoplasma, Dirofilaria, FELV e FIV. Quantidade 5 ml/kg. Equinos: mínimo 450kg, Ht acima de 35%, machos e femeas nulíparas, com saúde perfeita, testados para AIE-, doadores de mesma linhagem que receptores. Intervalo de doação de 30 dias. Volume 1,5 a 2% do peso vivo. Colheita de sangue: Bolsas com anticoagulantes ou seringas heparinizadas (acetato fosfato dextrantes (CPDA1), ácido cítrico dextrose (ACD), citrato de sódio, heparina). Colheita na veia jugular ou cefálica. Homogeneização do sangue na bolsa, tempo máximo de colheita de 15 minutos. Transfusão: Veia cefálica ou jugular, sangue aquecido a 37°C. Volume: V(ml): fator * peso do paciente * (ht% pretendido – ht% paciente)/h% doador Fator: Cão = 96 Gato= 70 Grande porte = 80 Potro recém-nascido = 150 Velocidade: 4ml/kg nos primeiros 30 minutos. 22 ml/kg/hora (máximo 4h). Sangue pode ser centrifugado e dar origem a um concentrado de hemácias, plasma e concentrado de plaquetas. Sangue total ou papa de hemácias: Indicado para hemorragias, choques, anemia trombocitopenia, depressão da hematopoiese, e anemia hemolítica grave. Fornece eritrócitos, proteína plasmática, se usado entre 8-12h após colheita fornece fatores de coagulação e plaquetas. Ht maior ou igual a 15% no cão e maior ou igual 10 no gato. Validade de 35 dias, conservado em geladeira. Concentrado de plaquetas: Indicação em casos de trombocitopenia com ativo sangramento e disfunção plaquetária. Pode ser usado em até 55 dias (ideal em 24h). Plasma fresco congelado: Plasma congelado a -20°C dentro de 6h pós colheita. Fornece a todos fatores de coagulação por mais de um ano. Se for congelado após 6h de colheita perde fatores de coagulação (V e VIII), matem fatores dependentes da vitamina K, e se torna um plasma comum congelado. Usado para repor volume plasmático ou fatores de coagulação (coagulação intravascular disseminada e queimaduras) Reações transfusionais: Temperatura, pulso, mucosas, TPC, FC e FR. MANEJO DE FERIDAS: Cicatrização de ferida inicia pelas bordas através dos fibroblastos, e de dentro para fora. Fase inflamatória tem início logo após a lesão, dura cerca de 5 dias, tem ação de células de defesa e colágeno que auxiliam na limpeza da infecção. Fase proliferativa ou de reparo ocorre a angiogenese, epitelização e contração de ferida, dura entre 5 e 20 dias após a lesão, ocorre contração centrípeta (dentro para fora). Fase de remodelação inicia na fase proliferativa após 20 dias da lesão, continua por aproximadamente um ano.Os fatores que interferem na cicatrização podem ser intrínsecos (local e sistêmico), e extrínsecos (radiações ionizantes, antisséptico, estresse e corticosteroides). Intrínsecos locais: Sujeiras, resíduos, fios de sutura e implantes cirúrgicos. Contaminação (fungos e bactérias). Grau de comprometimento vascular. Acumulo de fluido (pouco oxigênio). Localização da ferida (suporte sanguíneo). Excesso de tecido de granulação. Intrínsecos sistêmicos: Desnutrição, hipoglicemia ou hiperglicemia, hepatopatia, velhice, diabetes, hiperadrenocorticismo, sérica de proteínas (<1,5 – 2 g/dl reduz fibroplasia). Tipos de feridas: Classificação das feridas: Abertas: laceração ou perda de pele. Fechadas: esmagamento ou contusão. Abertas segundo a etiologia: Por abrasão (superficial - epiderme) ralamento. Por avulsão (profunda). Por laceração (bordos regulares). Por punção (puntiforme). Abertas segundo o tempo de contaminação: Classe 1: ferida aberta e limpa de 0-6h de duração com mínima infecção. Classe 2: ferida com 6-12h significativa contaminação. Classe 3: ferida com 12h ou mais, intensa infecção. Aberta pelo grau de contaminação: Ferida limpa: incisão cirúrgica. Ferida limpa contaminada: enterotomia. Ferida contaminada: lacerações e mordeduras. Ferida infectada ou suja: abcessos. Manejo de feridas: Prevenção da contaminação: sedação, anestesia ou lidocaína tópica. Proteção antes da tricotomia (gaze com KY, antisséptico), tricotomia intensa, uso de antimicrobiano tópico ou gaze com antisséptico (iodo povidona 0,01% ou clorexidina 0,05%) e antimicrobianos sistêmicos. Lavagem: liberação de fragmentos de tecidos, corpos estranhos, e retirada de sujidades. Debridamento: não seletivo por métodos cirúrgicos ou mecânico (bandagens) ou seletivo por métodos enzimáticos (colagenase) ou biológico (larvas). Drenagem: drenagem passiva (penrose), drenagem ativa, drenagem adequada, ferida aberta com bandagem para favorecer a junções dos bordos. Seleção do método de fechamento com base no tempo na contaminação. Formas de cicatrização: Primeira intenção: cirúrgica Segunda intenção: grande área de tecido lesado, bordos distantes, resposta inflamatória maior, maior debris celulares. Terceira intenção: quando há fatores que retardam a cicatrização inicialmente submetida a cicatrização por primeira intenção. Tratamento de feridas: Antimicrobianos: Tópico: pomada de bacitracina/neomicia/polimicina, nitrofurazona, cefazolina, sulfadiazina de prata. Sistêmico: cefalosporina, combinação sulfa+trimetroprin e penicilina. Natural: açúcar (aumenta a osmolaridade, inibe bactérias gram + e -, diminui a umidade, efeito higroscópico reduz o edema estimula a formação de tecido de granulação e epitelização), aloe e vera (antibacteriano eficaz contra pseudômonas, inibe fungos, estimula o crescimento e replicação de fibroblastos, propriedade anti-inflamatória e analgésicas) e calêndula (anti-inflamatória, analgésica, antihumoral, bactericida, cicatrizantes e imunomodelador). ANTIFUNGICOS: Tipos de micoses: Micoses superficiais: 3-6 semanas, média 30 dias de tratamento. Ex: dermatofitoses, candidíase, malassezia. Micoses subcutâneas: 30-60 dias após cura clínica (média 2-3 semanas). Ex: micitoma, pitiose, esporotricose. Micoses sistêmicas: 6-8 semanas. Ex: blastomicose, criptococose, aspergilose, histoplasmose, coccidiose e demodicose. Vias de administração: Somente tópica: micoses superficiais localizadas. Somente por via oral: micose superficial extensa ou generalizada de grau leve, alguns tipos de micoses subcutâneas e profundas. Via tópica e oral: micoses superficiais extensas ou generalizadas de grau médio a grave. Via intravenosa e oral: micoses sistêmicas. Tópicos: Xampus e sabonetes: adjuvantes da terapêutica1-2 banhos/semana/4-6 semanas. Exemplo: peróxido de benzoíla 2,5 a 5% (não usar em gatos), clorexidina 0,5 a 4%, enxofre 0,5 a 2%, cetoconazol 2%, sulfato de selênio 1 a 2,5%. *na receita escrever aplicar nos pelos úmidos, massagear e deixar agir por 10 min, após enxaguar. Loção, solução, creme e gel: lesões pequenas e/ou únicas 2 a 3x/dia/30dias. Ex: imidazóis (cetoconazol, clotrimazol, enilconazol, iconazol) e terbinofina. *na receita colocar aplicar fina camada sob a lesão x vezes ao dia, antes de aplicar lavar o local. Oral: comprimidos, capsulas e suspensão oral, compostos polienicos (anfotericina B e nistadina), grisofulvina, terbinafina, imidazóis (cetoconazol), triazóis (itraconazol e fluconazol). *na receita colocar administrar de tantas em tantas horas por tantos dias. Pulsoterapia: necessária quando há mais de uma recidiva depois do tratamento convencional, intervalo maior entre doses e período de tratamento mais prolongado. O antifúngico de escolha é o fluconazol, sempre realizar após tratamento convencional. ANALGÉSICOS E ANTITÉRMICOS: Analgésicos opioides ou hipnoanalgesicos: morfina e seus derivados, bupomorfina, butorfanol, meperidina, metadona, tramadol, interagem com receptores opioides. Agonistas a2 adrenérgicos: xilazina, romferidina, e detomidina, interagem com os receptores a2 adrenérgicos. Analgésico antipirético e anti-inflamatório: inibem COX e alguns podem inibir LOX (AINES), inibem fosfolipase A2 e COX (corticoides). Anti-inflamatórios esteroidais (corticosteroides ou corticoides) inibem a fosfolipase A2 e COX. Anti-inflamatórios não esteroidais (AINES ou DAINES) inibem a Cox e a LOX indistintamente (COX 1 e 2) preferencialmente COX2 ou seletivamente COX2. Corticoides: Ação: Curta ação (12h): utilizados para emergências aguda e terapia de reposição. Ex: hidrocortisona e cortisona. Intermediária (12-36h): usado em doenças autoimune e tratamentos longos, bom efeito para pele. Ex: predinisona e predinisolona. Longa (36-72h): processos agudos, tratamentos deve ter curto prazo. Ex: dexametasona e flumetadona Sempre dar dose mínima de corticoides, pois retém NA, cuidar com problema renal, pode causar hipoadrenocorticismo. Efeitos: No SNC causa euforia e depressão, no sistema cardiovascular sensibiliza ação da catecolamina, pode causar perda da massa muscular, hiperqueratose e pigmentação, retarda a cicatrização. Aumenta a reabsorção óssea, pode levar a eritrocitose, neutrofilia e eosinopenia. No trato gastrointestinal aumenta a excreção de HCl, pepsina e suco pancreático. Aumenta o FA hepático, reabsorção de sódio e bicarbonato, além da maior excreção de cloro e potássio nos túbulos renais. Efeito colateral: Hipoadrenocorticismo iatrogênico (doses excessivas), insuficiência de adrenal aguda (por terapia prolongada e parada subitamente), hiperglicemia e glicosuria, aumenta tempo de cicatrização, osteopenia e fraturas, hepatomegalia e degeneração vascular em cães, gastrite e ulceração gástrica, atrofia cutânea, poliúria e polidipsia. Contraindicado: Gravidez, processo ulcerativo e cicatrizante (ex: ulcera de córnea, só pode usar sistêmico), diabetes melito, pancreatite, insuficiência cardíaca e renal e doenças infecciosas. Anti-inflamatórios não esteroidais: Tipos: Inibidor não seletivo de COX: ASS, paracetamol (tóxico para gatos), diclofenaco, cetoprofeno, fenilbutazona, flunexin, meglumine, ibuprofeno, indometaxina, naproxeno, piroxicam, tebobalina, vidaprofeno, (ácido mefanico e naproxeno inibem LOX) 1ª geração inibidora especifica de COX 2: inibidor preferencialmente de COX 2. EX: etodoaloc, caprofeno, meloxicam e nimesulina. 2ª geração inibidora de COX 2: inibidor seletivo de COX 2 (COXIBES), indicados para tratamentos longos (cerca de 30 dias). Ex: celoxibes, etocoxibe, fuorocoxibe etc. Efeitos farmacológicos: Anti-inflamatórios e analgésicos (reduzem feito de COX 1 e COX 2), efeito antipirético (reduzefeito PGF2a), anticoagulante (reduz COX 1, reduz síntese de tromboxano), efeito pró trombótico (reduz efeito de COX 2 e PGF2a, favorece formação de trombos). Efeitos colaterais: Dependem da seletividade de COX 1 e COX 2, meia vida de eliminação (quanto mais longa, mais tóxica, e mais efeitos colaterais), tempo de tratamento. Principais efeitos colaterais incluem nefropatias, hepatopatias, coagulopatias, lesões na cartilagem articular, reações de hipersensibilidade, aumento dos efeitos pró trombóticos. Principais: ASS: usados para doses leves e moderadas, antipirético e anticoagulante. Carprofeno: inibe COX 2, com ação anti-inflamatória, pode ter feito hepatotóxico nos pós. Cetoprofeno: inibidor não seletivo de COX 2, usado para cães, por máximo de 7 dias. Diclofeno: pode causar gastroenterite hemorrágica, não usar para cães e gatos. Piroxicam: seletivo para COX 2, pequena margem de segurança, usado para neoplasias. Flunexim: mais potente analgésico e anti-inflamatório, máximo de 3 dias para cães e gatos, e 7 para bovinos. Dipirona: controle da dor, principalmente associado ao tramadol. Meloxicam: óde ter ação condroprotetora, máximo de 14 dias. Nimesulida: não usar para gatos. Benzidamina: semelhante a nimesulida. Tepoxalina: usado para dor, inflamação, principalmente em caso de osteoartrite. Paracetamol: jamais para gatos. Coxibes: potentes, usado para tratamento prolongado até 30 dias. Fármacos usados como adjuvantes no tratamento da dor e inflamação: Intensificam ou prolongam o efeito analgésico, usados em combinação com outras drogas. Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, imipramina e clomipramina): bloqueiam a captação da serotonina e noradrenalina no SNC, facilitando o sistema analgésico endógeno. Anticonvulsionantes (gabapentina): atua nos canais de Ca dos neurônios da medula espinhal, parecem atuar também no sistema opioides. Antagonistas NMDA (amantadina e quetamina) Benzodiazepínicos (diazempam e midazolam). Fenotiazínicos (acepromazina). Relaxantes musculares (ciclobenzaprina, tizanidina, carisoprodol, tiocolquisídeo) reduzem a sensibilidade a dor devido o relaxamento muscular. Nutraceuticos (glucosamina, condroitina e ômegas) alivio da de em problemas articulares degenerativos. Ácidos graxos: Ômega 3: ALA, EPA e DHA, efeitos cardioprotetores, anti-inflamatório bom funcionamento neuronal etc. Ômega 6: DGLA, reduz a inflamação. Efeitos em doses normais: Distúrbio gastrointestinal (diarreia e vomito), hálito de peixe, minimização com desodorização do produto. Efeitos em doses elevadas: Ganho de peso (ômega 3), distúrbio de coagulação e hemorragia (agregação plaquetária por alterações nos fosfolipídios das membranas plaquetária), imunossupressão (ômega 3), imunossupressão (ômega 6), e pancreatite (casos raros). Indicação: Indicado para ortopedia como anti-inflamatório e contra dor, para dermato como anti- inflamatório, para prurido, e alergia. Atua reduzindo a formação de trombo, previne arritmia, e colesterol. Usado no controle inflamação, aumenta produção de lagrima e melhora retinopatia. Reduz o colesterol, e triglicerídeos, e efeito anti-inflamatório. Reduz doenças inflamatórias renais, melhora a função motora e metal. Doses: Cães pequenos portes e gatos: 1 capsula de 500 mg/ 10 kg ou 1 capsula de 500 mg animal/ 1 ou 2x ao dia por via oral. Cães de médio ou grande porte: 1 capsula de 1000 mg/20 kg ou 1 capsula de 1000 mg animal/ 1 ou 2x ao dia por via oral. ANTIPARASITÁRIOS: Avermectinas: lactonas macrocíclicas Ivermectina: endectocidas, é relativamente segura, porém não deve ser usada em raças Collie e cães com menos de 3 meses. Atua realizando paralisia do parasita. Selamectina: endectocidas, ampla margem de segurança. Moxidectina: endectocidas, usada com sucesso contra demodicose. Outras drogas: Amitraz: provoca efeito sedativo, uso não aprovado. Milbemicina oxima: usado contra demodicose, não recomendada para Collies. Fipronil: atua como acaricida e inseticida, boa margem de segurança, banho e imersão não interferem na ação. Muito usado contra pulgas e sarna sarcóptica.
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