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Trabalho emgrupo 4° período

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
ALICE MIRELLI DO NASCIMENTO LEOPOLDINO
CLAUDIANE cavalcante nunes 
LEYLIANNY MARA OLIVEIRA PAES
TATISMARA ROMEIRO DOS SANTOS BEZERRA
VANESSA DE SOUSA GOMES
MOVIMENTOS SOCIAIS: 1988 AOS DIAS ATUAIS
SÃO RAIMUNDO NONATO – PI
2016
ALICE MIRELLI DO NASCIMENTO LEOPOLDINO
CLAUDIANE cavalcante nunes 
LEYLIANNY MARA OLIVEIRA PAES
TATISMARA ROMEIRO DOS SANTOS BEZERRA
VANESSA DE SOUSA GOMES
MOVIMENTOS SOCIAIS: 1988 AOS DIAS ATUAIS
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Politicas Setoriais e Politicas Setoriais Conteporâneas, Instrumentalidade em Serviço Social, Pesquisa Social e Oficina de Formação, Movimentos Sociais, Estagio em Serviço Social I.
Profs.: Maria Lucimar Pereira, Amanda Boza G. Carvalho, Clarice da Luz Kernkamp, Nelma S. A. Galli.
SÃO RAIMUNDO NONATO - PI
2016
1 INTRODUÇÃO
Segundo Norberto Bobbio e Nicolau Mateucci, os movimentos sociais constituem tentativas pautadas em valores comuns aqueles que compõem o grupo de definir formas de ação social para se alcançar determinados resultados. 
De acordo com Alain Tauraine, os movimentos sociais fariam explodir os conflitos já postos pela estrutura social geradora por si da contradição entre as classes, sendo uma ferramenta fundamental para a ação com fins de intervenção e mudanças na mesma estrutura.
Os movimentos sociais no Brasil tem sua historia marcada pelos grandes embates realizados contra os governos autoritários, ainda nas lutas pela liberdade e democracia na década de 70 e parte da década de 80, são considerados como inspiração a ideologia que movia mentes e corações desses movimentos sociais. 
De 1988 aos dias atuais, podemos observar uma serie de movimentos pela efetivação de direitos existentes e pela conquista de novos direitos, pois vivemos sob uma constituição que privilegia os direitos humanos sobre a ação do Estado, e os movimentos sociais devem ser instrumentos para o questionamento das muitas desigualdades existentes no País. Em 1990, o Brasil se encontrava no auge do neoliberalismo, que tinha como influencia direta Ronald Reagar e Margareth Thatcher que foi tido como berço das lutas contra os governos FHC, do sucateamento de todos os aparelhos estatais, das provatórias, do desrespeito aos trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil e de todos os traços básicos de um governo que não dialogava com os movimentos sociais, pois estava ao lado das elites brasileiras e internacionais em nome do capital privado, sem levar em consideração o povo que vivia a margem da democracia então vivida.
No Brasil cada movimento social possui uma forte tendência ao marxismo quando vinculado ao espaço urbano e rural. No urbano a luta por mais creches, escolas publicas e mordias, por melhoria na saúde e no saneamento básico. Já na zona rural expressa-se pelos movimentos dos boias-frias, de posseiros, dos sem-terra, arrendatários e pequenos proprietários, no qual cada um expressa sua reivindicação, todos demonstram suas inquietações pelas contradições econômicas e sociais na sociedade brasileira.
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL.(1988 aos dias atuais).
O movimento social se refere a ação coletiva de um grupo organizado no qual tem como objetivo alcançar mudanças sociais, por meio do embate politico conforme seus valore e ideologias dentro de uma determinada sociedade e de um contexto especifico, permeados por tensões sociais.
2.1 CONSTITUIÇÃO DE 1988
A constituição era uma antiga reivindicação da sociedade que a considerava importante para acabar com as leis da ditadura que ainda vigoravam. Diversos setores da sociedade mobilizaram-se para participar da Constituinte, nas diversas comissões que se formaram.
A exposição publica dos votos dos parlamentares a favor e contra os direitos dos trabalhadores exerceu forte pressão sobre o centro da Constituinte, atraindo-o para uma composição politica com a esquerda e assegurando o perfil mais democrático da constituição de 1988.
A maior conquista da constituição de 1988 foi o estabelecimento do Estado de direito no Pais, com a conquista das liberdades democráticas, a adoção das eleições diretas em todos os níveis, a liberdade de organização partidária e sindical. Em relação aos partidos políticos estabeleceu-se o Fundo Partidário e o acesso gratuito ao radio e a TV, em determinados períodos do ano e no período eleitoral.
Como a resposta direta aos crimes praticados pela ditadura o texto constitucional definiu a tortura como crime inafiançável e não passível de perdão ou anistia, definindo também como crime inafiançável e imprescritível o racismo.
Outras mudanças importantes na Constituição de 1988 foram: estabelecimento de dois turnos nas eleições para presidente, governadores e prefeitos de cidades com mais de 200 mil eleitores, voto facultativo entre os 16 e os 18 anos, proibição da comercialização de sangue e seus derivados, fim da censura no radio, na televisão, no cinema, etc. leis de proteção ao meio ambiente, mandato de 5 anos para presidente da Republica.
Diante dessa Constituição os povos indígenas tiveram reconhecidos e definidos importantes direitos relativos ás suas terras e á sua identidade cultural e étnica.
A nova Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, trouxe uma nova concepção para a Assistência Social, incluindo-a na esfera da seguridade social, oferecendo um padrão de proteção social afirmativo de direitos que superasse as praticas assistenciais e clientelistas, além do surgimento de novos movimentos sociais objetivando sua efetivação.
2.2 MOVIMENTOS DOS TRABALHADORES SEM TERRA – MST- 1990
Em 1990 , o movimento do trabalhadores sem terra, começavam sua luta com o objetivo de implantar a reforma agrária. Esse movimento teve sua origem vinda dos descontentes com o modelo do militar que dava enfoque à colonização de terras devolutas em terras distantes com o objetivo de diminuir a concentração populacional e fazer uma integração estratégica. Nos dias atuais o MST busca a redistribuição de terras improdutivas.
2.3 MOVIMENTO FEMINISTA
	
Teve seu inicio nos anos 60 e chegou aos anos 90, esse movimento teve como objetivo a luta por direitos iguais e a proteção legal às mulheres. Dentro do contexto desse movimento entre outros ouve a luta pelo direito do aborto legalizado, pela proteção contra a violência domestica, ao assedio sexual e ao estupro, direitos trabalhistas com salários iguais, incluindo ainda todas as formas de discriminação.
2.3.1 IMPEACHMENT-1992
Uma campanha popular tomou as ruas para pedir o afastamento de Fernando Collor de Melo do cargo de presidente, acusado de corrupção e esquemas ilegais em seu governo, na qual a campanha Fora Collor, mobilizou muitos estudantes que saíram às ruas com as caras pintadas para protestar contra o presidente corrupto. No dia 29 de setembro de 1992 cerca de 100 mil pessoas acompanharam a votação do IMPEACHMENT de Collor em torno do Congresso, o qual foi aprovado tendo 441 votos favoráveis e apenas 38 contrários. Tendo visto a sua derrota diante do Congresso Fernando Collor correu para renunciar seu cargo para não perder seus direitos políticos, mais isso já era tarde, pois, mesmo renunciando, o então presidente foi caçado e impedido de concorrer em eleições por muitos anos.
3. MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO – MTST
Da mesma forma do MST, a população manifestou-se para garantir a reforma urbana, onde reivindicavam moradias para todos os cidadão. Esse movimento surgiu no ano de 1997, foi organizado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas, onde o próprio MST viu a necessidade de haver uma atuação somente na cidade, com um movimento especifico e que lutasse por trabalho e moradia a todas as pessoas que estivessem necessitando. 
4 JORNADA EM DEFESA DOBRASIL ABRIL DE 2000
 A CUT e o Fórum Nacional de Lutas desencadearam esta jornada exigindo a suspensão do pagamento da dívida externa e dos seus juros, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, reforma agrária e política agrícola, aumento geral dos salários e do salário-mínimo, defesa dos direitos dos trabalhadores, fortalecimento e expansão das redes públicas de saúde e do ensino e a construção de casas populares. A primeira etapa da jornada culminou com a realização de grandes atos de 1º de Maio, tendo como referência nacional o Ato no histórico Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo.
4.1 MARCHA À BRASÍLIA PELA INSTALAÇÃO DA CPI DA CORRUPÇÃO
05 DE ABRIL DE 2001
No dia 05 de abril mais de 20 mil pessoas protestaram em Brasília pela instalação da CPI da Corrupção e também pelo pagamento imediato e sem desconto da correção das contas expurgadas do FGTS e por reajustes salariais aos servidores públicos, que estavam com os salários congelados há sete anos. A mobilização foi organizada pela CUT e pelo Fórum Nacional de Lutas e também reuniu outros setores organizados da sociedade civil.
4.2 MARCHA NACIONAL DO SALÁRIO MÍNIMO 13 A 15 DE DEZEMBRO DE 2004
 
 A Marcha Nacional sobre Brasília pela Recuperação do Salário Mínimo e Correção da Tabela do Imposto de Renda foi proposta pela CUT e organizada conjuntamente com as centrais sindicais Força Sindical, CGT, CGTB, SDS e CAT. Durante três dias aproximadamente três mil sindicalistas fizeram a caminhada que terminou em frente ao Palácio do Planalto num grande ato público. Ao final do ato, os dirigentes que se reuniram com Lula anunciaram a elevação do salário mínimo para R$ 300,00 (trezentos reais) e a correção em 10% da tabela do imposto de renda a partir de 2005.
4.3 RECONHECIMENTO DAS CENTRAIS SINDICAIS MARÇO DE 2008
O movimento sindical ocupou a Câmara dos Deputados no dia 11 de março e acompanhou a votação e aprovação do projeto de lei 1.990/07, enviado pelo presidente Lula, que reconhece as centrais sindicais de trabalhadores. O projeto deu origem a Lei 11.648/2008, sancionada no dia 31 de março. O reconhecimento das centrais sindicais atendeu a uma reivindicação tão antiga quanto à própria CUT.
 
4.4 DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÕES E PARALISAÇÕES 18 DE MAIO DE 2010
 Com a finalidade de ampliar a pressão sobre os deputados federais para que colocassem em votação a Proposta de Emenda à Constituição que reduz a jornada de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários e aumenta o adicional de hora extra de 50% para 75%, a CUT realizou o Dia Nacional de Mobilizações e Paralisações, quando ocorreram manifestações de forma descentralizada de trabalhadores e trabalhadoras em todas as regiões do país.
5 PROTESTOS – 2013
No ano de 2013, ocorreu uma das maiores mobilizações no país desde as manifestações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992. Essas manifestações inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifa de transporte publico, principalmente nas principais capitais.
Essas manifestações que começaram inicialmente com poucos milhares de pessoas, os atos pela redução das passagens nos transporte públicos ganhou grande apoio popular cerca de 84% da população simpatizaram com o movimento, isso ocorreu em especial após a forte repressão policial contra os manifestantes Em seu ápice, milhões de brasileiros estavam nas ruas protestando não apenas pela redução das tarifas e a violência policial, mas também por uma grande variedade de temas como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral. Os protestos geraram grande repercussão nacional e internacional. 
Podemos perceber que a lista de motivos das contestações se ampliou quando manifestantes em São Paulo deram início aos protestos contra o aumento da tarifa e a falta de qualidade do transporte público. Além das despesas dos governos com o Mundial de 2014, consideradas excessivas, as contestações se voltam também contra a corrupção e exigem mais investimentos em saúde e educação, além de criticar a PEC 37, dispositivo legal que anula o poder de investigação do Ministério Público.
Em resposta, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes e o Congresso Nacional votou uma série de concessões (a chamada "agenda positiva"), como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquivado a chamada PEC 37 e proibido o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades. Houve também a revogação dos então recentes aumentos das tarifas nos transportes em várias cidades do país, com a volta aos preços anteriores ao movimento. 
5.1 MOVIMENTO SOCIAL CONTRA A COPA DO MUNDO NO BRASIL – 2014
Os movimentos contra a Copa do Mundo no Brasil tiveram inicio em 25 de janeiro de 2014, de forma pacífica e acabaram em confusão. Em varias regiões e cidades os manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar, varias pessoas foram presas. Os protestos também foram alvo de uma agencia de propaganda e marketing que criou comercial com o craque argentino Lionel Messi sonhando com protestos contra a copa do mundo. Em clima de tensão muitas lojas foram saqueadas e os protestos ficaram vulgarmente conhecidos como “Não vai ter copa”.
O principal foco foi o abuso do gasto de dinheiro público, sendo que superfaturaram os estádios de futebol e em contra partida não aplicaram o dinheiro nas obras de saúde e educação. Os protestos tiveram inicio em diversos locais nas capitais federais e em sua maioria foram organizados pelas redes sociais, abrangendo varias classes sociais, que engajaram e foram as ruas protestar.
Os movimentos contrários a realização do evento em nosso País chamam a atenção para a violação dos direitos humanos. Buscam, principalmente mediante as ferramentas da internet, mostrar a opinião publica os fatos que os organizadores dos eventos e o poder publico gostariam de esconder, com a remoção forçada dos moradores de rua, a falta de transparência com o dinheiro publico e a exclusão dos menos favorecidos dos jogos.
O evento trouxe à tona a indignação e a revolta de parte da população com a politica e a economia do País. O futebol, mais uma vez, serviu de pano de fundo para as discussões sociais emergentes. Os custos com a realização do evento, os altos preços cobrados pelos ingressos e ação desmedida da policia para promover a segurança publica foram alguns dos questionamentos. Mas o que chamou atenção mesmo foi o movimento oriundo das redes sociais, liderado por jovens estudantes, provocou as reflexões criticas sobre o desenvolvimento social do País. A agenda do povo alterou a agenda midiática. Poucas vezes se viu “o País do futebol” deixar as chuteiras de lado para lutar por questões fundamentais da coletividade e do bem – estar social, simbolizando um novo tempo em nossa Nação. 
5.2 DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO CONTRA O IMPEACHMENT E O AJUSTE FICAL! FORA CUNHA! 16 DE DEZEMBRO DE 2015
 A CUT, outras centrais sindicais e entidades dos movimentos sociais colocaram, mais uma vez, milhares de pessoas nas ruas de todo o país para protestar contra o ajuste fiscal e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, por ter aceitado sem base jurídica o pedido do impeachment da Presidenta Dilma, motivado apenas por razões oportunistas e revanchistas, caracterizando assim uma tentativa clara de golpe. Os trabalhadores e trabalhadoras marcharam para defender a democracia, para dizer não a política econômica recessiva e impopular adotada, para se opor ao ajuste fiscal, que só vem gerando desemprego, retirando direitos e cortando investimento sociais. Contra o ajuste fiscal de Joaquim Levy, fora Cunha, não vai ter golpe. 
  
5.3 NAS RUAS CONTRA O GOLPE E EM DEFESA DA DEMOCRACIA 18 DE MARÇO DE 2016A CUT juntamente com outras centrais sindicais e entidades dos movimentos sociais que integram a Frente Brasil Popular foram às ruas em todo o Brasil mobilizando os trabalhadores e as trabalhadoras da cidade e do campo, estudantes, profissionais de todas as categorias e todos aqueles que prezam pela democracia e lutam por um país justo e solidário. Mais de 1 milhão e 360 mil pessoas em todo o país disseram não ao golpe gestado por partidos políticos derrotados, que não aceitam os resultados das urnas que elegeram a presidenta Dilma, contra a grande mídia golpista, setores do empresariado e do judiciário. Em todos os atos a população disse bem alto “Não vai ter Golpe” e sim a democracia. Em São Paulo, 500 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista.  O ex-presidente e agora ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, compareceu ao evento e encerrou o ato com um discurso emocionado gritando para a multidão: “Não vai ter golpe”. Foi um dos atos mais significativos das últimas décadas promovido pelas centrais sindicais e movimentos sociais. 
 
5.4 JORNADA NACIONAL PELA DEMOCRACIA 31 DE MARÇO DE 2016
 
A Frente Brasil Popular, integrada pela CUT, partidos políticos e movimentos sociais, e a Frente Povo Sem Medo, também dos movimentos sociais, realizaram manifestações unitárias em diversas cidades do Brasil.. Os eixos das mobilizações foram: em defesa da democracia, contra o golpe, contra a reforma da previdência, contra a privatização da Petrobrás, em defesa do Pré-Sal, não a lei antiterrorismo, contra a criminalização dos movimentos sociais, não ao ajuste fiscal e aos cortes dos investimentos sociais, em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores, Fora Cunha! e contra o impeachment. Mais de 800 mil pessoas foram as ruas neste dia em todo país, sendo que 200 mil concentraram-se na manifestação realizada em Brasília. Também tiveram manifestações contra a tentativa de golpe no Brasil em vários países das Américas e da Europa. 
6 Conclusão
No Brasil existem diferenças profundas, não obstante os muitos movimentos sociais terem lutado para a construção de uma sociedade melhor, essa estrutura social absurdamente desigual ainda persiste nos dias atuais. 
Todos esses movimentos, no entanto, contribuíram para despertar a consciência dos problemas vividos e possibilitaram a participação da população com capacidade de continuar e organizar-se em movimentos sociais, de forma a consolidar e a ampliar os direitos sociais e políticos conquistados, por meio de um processo constante e contínuo.
O resgate da história nos faz compreender e reconhecer que os movimentos sociais e a participação popular sempre estiveram presentes nas sociedades em todos os tempos e lugares, sempre houve homens dominando homens, homens lutando – uns pela conquista de direitos e contra a opressão e outros pela manutenção do mando e do poder. 
Continuando a ser, os movimentos sociais e a participação popular, elementos fundamentais na ocupação dos espaços de luta por uma sociedade mais justa e igualitária, na qual a cidadania saiu do discurso e se constrói na prática através da conquista, consolidação e ampliação dos direitos.
REFERÊNCIAS
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