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FICHAMENTO 2 - IED - Direito definição

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Direito - definição e elementos (...) - Capítulo IV (pg. 49 a 68) - Segunda Parte - Teoria do Direito.
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao Estudo do Direito. 40º ed. - Rio de Janeiro: Editora Forense, 2008.
30. DEFINIÇÃO DE DIREITO
“Direito tem três sentidos: 1º, regra de conduta obrigatória (direito objetivo); 2º, sistema de conhecimentos jurídicos (ciência do direito); 3º, faculdade ou poderes que tem ou pode ter uma pessoa, ou seja, o que pode uma pessoa exigir de outra (direito subjetivo)
Estrutura bilateral, enquanto atribui uma “prerrogativa” a uma parte impõe uma “obrigação” a outra
Mas o direito quando prescreve organização social, administrativa, política e etc., não tem tal estrutura. EX: Constituição Federal.		
A nosso ver, a característica do direito é a coercibilidade, que consiste na possibilidade do emprego da força para fazê-lo ser observado, ou melhor, na possibilidade de se recorrer ao Poder Judiciário para fazê-lo ser respeitado quando violado ou ameaçado.
O fato de existirem normas jurídicas sem sanção não enfraquece a tese da coercibilidade como elemento característico do direito, por prever o ordenamento jurídico consequências constrangedoras, ou melhor, sanções indiretas para os que inobservarem normas aparentemente sem sanção (sanções indiretas)
Eliminada essa nota característica, estaríamos diante de uma dificuldade, qual seja, como nota Bobbio, a de encontrar o “critério para distinguir as normas jurídicas das normas morais ou das do costume”, pensamos poder definir o direito como a norma que se inobservada, poderá ser aplicada coercitivamente pelo poder competente, estatal ou internacional.
Tem origem social, destina-se a uma sociedade, supondo, em qualquer uma de suas formas, ao menos mais de uma pessoa como seus destinatários.
“Ubi societas, ib jus”
O direito, apesar de ser, como norma de conduta, bilateral e, como norma de estruturação, norma de organização, é, em qualquer uma dessas duas formas, norma executável coercitivamente.
Quanto ao direito moderno, pode-se defini-lo como conjunto de normas executáveis coercitivamente, reconhecidas ou estabelecidas e aplicadas por órgãos institucionalizados.
31. DIREITO POSTIVO
Se é positivo, é o que é real, certo, fora de qualquer dúvida; o direito só pode ser positivo na medida em que é sancionado pelo poder público ou criado pelos costumes ou reconhecido pelo Estado ou pelo consenso das nações.
É o direito vigente, garantido por sanções, coercitivamente aplicadas ou, então, o direito vigente aplicado coercitivamente pelas autoridades do Estado e pelas organizações internacionais, quando inobservado.
Direito tem dimensão temporal, tendo vigência a partir de determinado momento histórico, perdendo-a quando revogado em determinada época. Dimensão espacial ou territorial, pois vige e tem eficácia em determinado território ou espaço geográfico em que impera a autoridade que o prescreve ou o reconhece, apesar de haver a possibilidade de ter eficácia extraterritorial.
O direito positivo tem ainda caráter formal, pois é instituído por meio de fonte formal. Caracteriza-se, também, por autocontrolar a sua própria criação, a sua modificação ou revogação, pois estabelecendo regras para a elaboração legislativa inovadora, modificadora ou revogadora de leis.
32. DIREITO POSITIVO, DIREITO NATURAL E DIREITOS HUMANOS
O direito positivo resulta de vontade, sendo, por isso, heterônomo por ser imposto pelo Estado (lei), pela sociedade (costume), ou convencido pela comunidade internacional, enquanto o direito natural não depende de lei alguma, sendo evidente, espontâneo, por isso é autônomo
Estamos convencidos de haver dois direitos fundamentais, superior a qualquer legislação: direito à vida e o direito à liberdade.
No primeiro, está implícito o direito de não ser submetido a tortura, a maus-tratos nas prisões, no lar, no trabalho etc; enquanto no da liberdade, prisões arbitrárias, injustas, sequestros por dinheiro ou motivação política etc.
O direito natural é o que independente de qualquer legislador, destinado a satisfazer exigências naturais do homem, como, por exemplo, a de igualdade e a de liberdade. Seria válido universalmente, principalmente no espaço social, cuja validade independe de lei, de tratado internacional, de governos ou de consenso de nações.
33. DIREITO OBJETIVO
Quando consideramos o direito como norma obrigatória, ou como conjunto de normas obrigatórias, entendemo-lo como direito objetivo.
34. INSTITUIÇÃO JURÍDICA
As regras de direito, quando unificadas, constituindo um todo orgânico destinado a reger matéria jurídica formam uma instituição jurídica.
35. ORDEM JURÍDICA
Ordem jurídica que pode ser definida como o complexo de normas jurídicas vigentes em dado momento histórico, numa sociedade determinada, garantindo coercitivamente por sanções eficazes, que garante a cada um o que é seu e o que pode fazer.
A ordem jurídica é, na realidade, uma forma de ordem social, que, como sabemos, é mais ampla, pois é constituída por todos os controles sociais.
36. LÍCITO E ILÍCITO JURÍDICOS
O campo do lícito jurídico é muito vasto, pois coincide não só com o que é permitido pelo direito, como, também, como que lhe é indiferente. Quando impõe ou proíbe, não deixa margem à liberdade individual. Mas, quando permite, tolera, faculta ou, então, quando não prescreve, domina a liberdade individual.
O ilícito, isto é, o que é contrário ao prescrito ou ao expressamente proibido pelo direito. Consiste assim na ação inobservadora de norma proibitiva de atos, ações ou omissões.
37. VALIDADE DO DIREITO
A validade do direito depende da competência para legislar da autoridade que o prescrever. Valido é direito estabelecido conforme as normas constitucionais reguladoras de sua produção. É indispensável que a lei não seja incompatível com a Constituição.
38. VIGÊNCIA DO DIREITO
Vigência é a dimensão temporal e espacial da obrigatoriedade do direito, determinável, começando da data em que for publicada a lei no Diário Oficial, ou da data nela prevista, até quando for revogada.
A data da publicação no Diário Oficial nem sempre coincide com a do início da eficácia da lei, porquanto o legislador postergar os seus efeitos para data posterior, estabelecendo-a expressamente. Nesse caso, a lei é vigente, mas aplicável somente a partir da data nela prevista.
39. EFICÁCIA E EFETIVIDADE DO DIREITO
Eficaz é o direito efetivamente observado e que atinge a sua finalidade. Eficácia, com palavras do Kelsen, tem o direito “realmente aplicado e obedecido”.
O direito pode ter vigência e não ter eficácia, pois pode viger e não ser observado (EX: cair em desuso, ou seja, se não for aplicada, habitual, uniforme e reiteradamente pelo poder público), mas não pode ter eficácia sem vigência.
Distinção entre eficácia efetividade; a primeira, dependendo de a norma alcançar o resultado jurídico pretendido pelo legislador, enquanto a efetividade, do fato da observância efetiva da norma, por parte das autoridades e de seus destinatários.
40. EXEQUIBILIDADE DO DIREITO
Exequibilidade depende de haver as condições de fato, previstas na norma, para a sua aplicação.
41. LEGITIMIDADE DO DIREITO
A legitimidade depende de o direito ter apoio da sociedade civil. 
Mas há também outro sentido de legitimidade. Nesse caso, decorre do fato de o direito ser instituído de acordo com normas preestabelecidas que disciplinam a sua elaboração, em regra segundo a Constituição. 
42. LEGALIDADE
Legalidade como a qualidade do direito prescrito por autoridade competente, com observância da Constituição, aplicado de acordo com a lei, por autoridade qualificada para tal.

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