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Direito Economico

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Direito Econômico
Dia 11/08/16
CONSTITUIÇÃO ECONÔMICA 
- É a parte de um todo constitucional. Deve ser mantida a unidade constitucional.
- O Estado controla mais os efeitos econômicos e atribui segurança jurídica à matéria.
- O Estado integra ordem econômica à ordem jurídica. 
- Juridicização de temas econômicos em sede constitucional.
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
Estatutárias ou Orgânicas :
- Afirmam normas econômicas mas não indicam a ordem econômica. 
Diretivas; dirigentes; programáticas; ou doutrinais:
- São aquelas que determinam a finalidade da política econômica, definem diretrizes de políticas públicas para a nova ordem econômica. 
Fontes do Direito Econômica:
- Ciência Econômica (fonte auxiliar)- explica o fato econômico. 
- Circular ou portaria do Bacen, ou qualquer outra agencia reguladora- possui força cogente e normativa.
- Atos jurídicos geradores de direito e obrigações praticados por empresas públicas ou privadas no exercício da atividade econômica. 
Leis em Direito Econômico:
- Devem ser abrangentes e genéricas a fim de permitir adaptações futuras. Assim, são dotadas ou deveriam ser de:
* Flexibilidade
* Mobilidade
Com o propósito de acompanhar o dinamismo da realidade econômica. 
Ordem Econômica na CF/88:
- A CF/88 destaca-se pelo aspecto social na forma como trata o cidadão, e no campo econômico, devido o foco atribuído ao Estado, no desempenho de suas funções. 
- A Constituição Econômica de 88 deve ser interpretada além do Título VII, mas sobretudo os artigos 1°, 3°, 7° a 11, bem como, o artigo 5°, LXXI; 24, I e artigo 37, XIX e XX, dentre outros. 
Ordem Econômica e Financeira: 
- Artigo 170, “caput” -> A ordem econômica está fundada:
*Valorização do Trabalho
*Livre Iniciativa.
 
Dia 18/08/16
Tem como objeto – existência digna do ser humano. Sendo assim, há a necessidade da conciliação entre os titulares da capital e do trabalho.
Portanto, a CF/88 prevê a sociedade brasileira, como uma sociedade capitalista moderna.
O art. 170, CF/88 indica diversos princípios referentes à Ordem Econômica que tem como função: 
-balizar os políticos governamentais; 
-fixar parâmetros de constitucionalidade da leis e das normas em geral.
PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONOMICA
Art. 170, CF/88
Soberania Nacional: exclusividade para defender normas, conceitos e critérios econômicos, bem como, a resolução de conflitos internos.
Ob.s: a Soberania tem sido mitigado
Tratados internacionais;
Globalização; 
Proteção a propriedade privada: em concordância com o art. 5°, XXII, este principio gera segurança jurídica para que o agente econômico invista no pais e fomente a atividade econômica.
Função social da propriedade: utilização da propriedade privada, desde que não seja prejudicado interesse (coletivo). Não há mais o direito da propriedade em sua plenitude, típico do liberalismo econômico. 
P. Da livre concorrência: garantia de concorrência leal, competição justa, isenta de práticas fraudulentas e utilização abusiva do poder econômico. O estado deve intervir, quando necessário, para fiscalizar e punir praticas que impedem a livre concorrência. 
P. Da proteção ao consumidor: o consumidor passa a ser um fato econômico relevante merecendo o mesmo tratamento protetivo e leg. Conferido aos demais fatores econômicos com a CF/88 e dirigente/programática o constituinte obrigou a criação do código de defesa do consumidor para a regulamentação desta proteção. 
Proteção ao meio ambiente (MA): até 88 o meio ambiente era protegido sendo considerado apenas como um fornecedor de matéria prima para a atividade econômica. Hoje a preservação ambiental mudou seu enfoque, o MA é preservado ainda que determinadas atividades econômicas sejam proibidas buscando assim o “desenvolvimento sustentável ou econômica sustentável”.
Dia 25/08/16
P. Da redução das desigualdades sociais: o Estado deve implementar politicas econômicas para promover a redução das desigualdades sociais, como por ex., a implementação de fundos e programas de incentivos regionais.
P. Do pleno emprego: a intenção de tal princ. Se reflete na utilização plena dos fatores de produção no sentido de não se ter ociosidade de capital, terra e trabalho.
P. Do incentivo e proteção às Micro e pequenas Empresas: As ME e EPP são as principais portas de acesso às diversas atividades econômicas. São as principais geradoras de empregos formais. São frágeis economicamente, portanto, necessitam:
Incentivo fiscal;
Menor burocracia contábil;
Vantagens licitatórias;
ATUAÇÃO DO ESTADO NO DOMINIO ECONOMICO
O Estado pode atuar de duas formas no domínio econômico, diretamente, como agente econômico, ou indiretamente, controlando e fiscalizando a atuação dos entes particulares.
INTERVENÇÃO INDIRETA OU NORMATIVA
O Estado utiliza de sua competência legislativa e regulamentar parra disciplinar o exercício de atividades econômicas desempenhadas nas esferas publicas ou privadas (art. 174, CF).
INTERVENÇÃO DIRETA
O Estado atua por meio de uma entidade administrativa de natureza econômica, em competição com particulares ou mediante monopólio, na prestação de serviço publica (art. 175, CF) ou exploração da atividade econômica (art. 173 e 177, CF).
TEORIA GERAL DA REGULAÇÃO
O termo regulação refere-se às formas de organização da atividade econômica pelo Estado, tanto pela concessão de serviços públicos, quanto pelo poder de policia. Diz respeito à redução da intervenção direta dos estados.
AGENCIAS REGULADORAS.
São autarquias de regime especial, dotadas de considerável autonomia frente à Administração Direta. São incumbidas do exercício de função reguladoras dirigidas por colegiado, cujos membros são nomeados, por prazo determinado, pelo Presidente da República, após previa aprovação do Senado Federal. É vedada a exoneração “Ad Nutum”. Integram a Administração Indireta Federal e vinculam-se ao Ministério relativo às atividades por elas desempenhadas.
CARACTERISTICAS
Poderes normativos: possuem poderes para editar normas com velocidade necessária para acompanhar os “constantemente” mutáveis fenômenos financeiros e econômicos.
Autonomia administrativa: como são investidas de competência discricionária, pois decidem por soluções de conflitos que consideram mais adequadas ao caso concreto, não admitem interferências de outros órgãos externos a elas. Os atos e decisões das agencias reguladoras não comportam recurso na esfera administrativa, mas somente controle do judiciário.
Atividade Fiscalizadora: exerce a função de regular o serviço publico, a exploração privada de monopólio ou bem publico e a atividade econômica privada.
Dia 1/9/16
TEORIA GERAL DA REGULAÇÃO
O termo regulação refere-se às formas de organização da atividade econômica pelo Estado, tanto pela concessão de serviços públicos, quanto pelo poder de policia. Diz respeito à redução da intervenção direta dos estados.
AGENCIAS REGULADORAS.
São autarquias de regime especial, dotadas de considerável autonomia frente à Administração Direta. São incumbidas do exercício de função reguladoras dirigidas por colegiado, cujos membros são nomeados, por prazo determinado, pelo Presidente da República, após previa aprovação do Senado Federal. É vedada a exoneração “Ad Nutum”. Integram a Administração Indireta Federal e vinculam-se ao Ministério relativo às atividades por elas desempenhadas.
CARACTERISTICAS
Poderes normativos: possuem poderes para editar normas com velocidade necessária para acompanhar os “constantemente” mutáveis fenômenos financeiros e econômicos.
Autonomia administrativa: como são investidas de competência discricionária, pois decidem por soluções de conflitos que consideram mais adequadas ao caso concreto, não admitem interferências de outros órgãos externos a elas. Os atos e decisões das agencias reguladoras não comportam recurso na esfera administrativa, mas somente controle do judiciário.
Atividade Fiscalizadora: exerce a função de regular o serviço publico, a exploração privada de monopólio ou bem publico e a atividade econômica privada.
 DIA8/9/16
Atividade Sancionatória: uma vez descumpridos os preceitos legais, regulamentares ou contratuais, o ente regulamentador poderá aplicar sanções ao agente econômico faltoso.
Atividade julgadora: decidem em esfera administrativa os conflitos entre os agentes envolvidos no mercado em que prestam serviço. 
Caráter técnico: por regularem mercado específico, características mercadológicas especificas, o conhecimento técnico, cientifico e especializado dos seus dirigentes são pressupostos imprescindíveis para o desempenho de suas funções. 
Regime de pessoal: conforme a Lei 9986/00, art.4° a 10, os dirigentes devem ser:
- Brasileiros, reputação ilibada e notável conhecimento;
- Nomeados pelo Presidente da República, e após aprovação pelo Senado Federal;
- O mandato será por tempo certo, fixado em Lei instituidora da Agência Reguladora. 
Só há perda do mandato em caso de:
- Renúncia; 
- Condenação transitada em julgado;
H) Autonomia Financeira: provém das taxas regulatórias e das dotações orçamentárias aprovadas pelo Ministério correspondente.
I) Autonomia em Relação ao Poder Legislativo: é bastante reduzida. O legislador pode alterar o seu regime jurídico, fiscalizá-la e inclusive suspender seus atos normativos não condizentes com a Lei.
J) Autonomia em Relação ao Tribunal de Contas da União (TCU): o TCU pode controlar as verbas públicas utilizadas nas atividades de fim e também as atividades de meio.
K) Transparência é Accountability: significa que geralmente todos seus atos são precedidos de publicidade, inclusive as audiências, e sua prestação de contas deve se dar de forma responsável, conforme as boas práticas contábeis e auditorias.
Dia 15/09/16
DIREITO DA CONCORRENCIA
Em uma economia de mercado a concorrência é fundamental para:
Possibilitar maior variedade de produtos e serviços. 
Aprimorar a qualidade dos produtos e serviços. 
Reduzir preços.
Equilibrar a demanda e a oferta.
Assim, as empresas são obrigadas investir em “P e D” (pesquisa e desenvolvimento) de produtos e serviços, bem como, em pesquisa mercadológica a fim de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores. 
Além disso, a concorrência contribui significativamente para o ingresso e a permanência do país no mercado exterior.
TEORIAS (ESCOLAS) SOBRE O DIREITO DA CONCORRÊNCIA – ESCOLA ORDOLIBERAL
Surge na Alemanha na década de 30, e defende que a garantia da competição é fundamental para o funcionamento econômico do sistema capitalista, ainda que esta garantia se dê de modo potencial.
ESCOLA DE CHICAGO
Entende que a defesa da concorrência esta centrada nos benefícios ao consumidor, garantidos pela eficiência a locativa do mercado, independentemente do agente econômico, estar em posição monopolística ou em plena competição. Também defende menor regulação estatal, possível, da econômica. 
ESCOLA DE HARVARD 
Prega a concorrência leal e defende a ideia de que excessivas concentrações de poder econômico devem ser evitadas.
Entende que a concorrência é efetivada por meio da manutenção ou aumento do número de participantes no mercado. A frase que resume a ideologia desta escola é: “small is beautiful”.
CONCEITO DE DIREITO DA CONCORRÊNCIA 
É a ramo do Direito Econômico cujo objeto é o tratamento jurídico da politica econômica de defesa da concorrência, com normas a assegurar a proteção dos interesses individuais ou coletivos, em conformidade com a ideologia adotada no ordenamento jurídico. 
Dia 23/09/2016
Conceito de mercado Relevante
É o mercado em questão, o locus pertinente à analise concorrencial de determinada prática ou operação. É o palco onde as relações concorrenciais são travadas, é o local de atuação do agente econômico cuja, conduta ainda que potenciais é analisadas.
Mercado relevante Material
Incorpora produtos e serviços considerados pelos consumidores, subtítulos entre si, em razão de suas características, preços e formas e utilização. Pode – se dizer que identificada a necessidade do consumidor por determinado produto ou serviço, deve – se verificar se ele esta disposto substitui – lo por outro, sendo assim, estes produtos ou serviços fazem parte do mesmo mercado relevante material.
As autoridades de defesa as concorrência limitam ao máximo a extensão dos mercados relevantes materiais para que:
Seja mais facilmente caracterizada a posição dominante do agente econômico;
Os efeitos ant concorrenciais de determinada prática sejam potencializados;
As praticas não sejam consideradas como de pouca relevância e, assim, não sejam isentas da análise concorrencial competente.
Mercado Relevante Geográfico
É o espaço físico, a área concorrenciais em analise se realizam. É a área na qual os agentes econômicos ofertam e procuram produtos ou serviços em condições concorrenciais equivalentes em preços, preferenciais dos consumidores e características dos produtos. Além da localização do agente econômico, a natureza do produto, a existência de barreiras à entrada e a conduta praticada, também são fundamentais para precisar o mercado relevante geográfico.
Fatores de analise concorrencial para verificação de um mercado geográfico relevante:
Disposição do consumidor para adquirir produto ou serviço em outra área mais distintas de sua localização atual;
Custo dos fretados produtos distantes;
Possibilidades de transporte dos produtos mais distantes, devido as características como, durabilidade e resistência;
Incentivos governamentais local.
Estudo Dirigido 1 - Direito Econômico
1. O que se entende por “constituições econômicas”?
O conjunto de preceitos e instituições jurídicas que, garantindo os elementos definidores de um determinado sistema econômico, instituem uma determinada forma de organização e funcionamento da economia e constituem, por isso mesmo, uma determinada ordem econômica; ou, de outro modo, aquelas normas ou instituições jurídicas que, dentro de um determinado sistema e forma econômicos, que garantem e (ou) instauram, realizam uma determinada ordem econômica concreta
2. Defina Direito Econômico.
Direito Econômico é o ramo do direito que se compõe das normas jurídicas que regulam a produção e a circulação de produtos e serviços, com vista ao desenvolvimento econômico do país jurisdicionado, especialmente no que diz respeito ao controle do mercado interno, a luta e disputa lá estabelecida entre as empresas, bem como nos acertos e arranjos feitos para explorarem o mercado.
São normas, portanto, que regulam os monopólios e oligopólios, fusões e incorporações, tentando impedir a concorrência desleal, a manipulação de preços e mercado pelas corporações, através da maior transparência e regulação do assunto.
No Brasil, as normas estão espalhadas em leis (mesmo porque Direito Econômico e Empresarial são espécies de um mesmo gênero), dentre as quais se destacam a Lei Antitruste (Lei 8.884/94) e a Lei de Economia Popular.
3. Diferencie as três ordens econômicas: capitalista, socialista e neoliberal.
4. O que significa dizer: “a decisão do jurista não se detém ao certo econômico, mas visa o certo-justo”.
5. Diferencie constituição estatutária de constituição programática.
6. Comente sobre as fontes do Direito Econômico.
*Fontes materiais: são os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria-prima da elaboração deste, pois são os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas para a formação deste concorrem sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos, religiosos, morais.
*Fontes históricas: são os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que, mercê de sua sabedoria, continuam a influir nas legislações do presente. Como exemplo, poderiam ser citados: a Lei das Doze Tábuas, em Roma; o célebre Código de Hamurabi, com sua pena de talião, na Babilônia; a famosa compilação de Justiniano etc. São fontes históricas do Direito brasileiro, por exemplo, o Direito Romano, o Direito Canônico, as Ordenações Afonsinas, Manuelinase Filipinas, o Código de Napoleão, a legislação da Itália fascista sobre o trabalho.
* Fontes formais: seriam a lei, os costumes, a jurisprudência e a doutrina. O Estado cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência, a força desta. As forças sociais, as questões históricas seriam tão-somente causa material do Direito formal, a matéria-prima de sua elaboração.
7. Quais são os pré-requisitos das leis em Direito Econômico e o que os justificam?
8. Qual ou quais as implicações de um Estado inserir na sua Constituição temas relacionados à ordem econômica?
9. Justifique a afirmativa de que a Ordem Econômica na CF/88, não se restringe apenas ao Título VII - Da Ordem Econômica e Financeira.
10. Faça um breve comentário, tendo por base o art. 170 da CF/88, sobre a finalidade da política econômica adotada pela República Federativa do Brasil e dos seus pressupostos de existência.
11. Explique as duas formas de intervenção estatal no domínio econômico.
12. Via de regra, de que forma o Estado deve intervir no domínio econômico? Justifique sua resposta.
13. Qual o papel a ser desempenhado pelas Agências Reguladoras?
14. Qual implicância em uma Agência Reguladora ser um órgão de Estado e não um órgão de Governo?
15. Escolha e comente sobre três características das Agências Reguladoras.

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