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Regimes de Tributação na Importação

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LEGISLAÇÃO ADUANEIRA – AULA 3
LOGÍSTICA – JOSÉ MACHADO CARREGOSA 
Rio de Janeiro,31 de Agosto de 2011
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CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
Os regimes de tributação na importação podem ser classificados como:
a) Regime de tributação comum: aplicado como regra geral nas importações brasileiras. 
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ad valorem ao incidir sobre o valor apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994 (será determinado usando-se critérios razoáveis. No entanto o valor aduaneiro não será baseado em critérios diversos, tais como valores arbitrários ou fictícios).
específica quando incide sobre uma base de cálculo não expressa em valor monetário, mas em uma unidade de medida estabelecida (Ex.: R$ 10,00 por quilo de uma determinada mercadoria); e 
mista quando contempla a alíquota ad valorem e a específica.
CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
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b) Regime de tributação simplificada: permite a classificação genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS. 
CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
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São remessas expressas que contenham por exemplo:
I – documentos;
II - livros, jornais e periódicos, sem finalidade comercial;
III - outros bens destinados a pessoa física, na importação, em quantidade e frequência que não revelem destinação comercial, cujo valor não seja superior a US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;
CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
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IV - outros bens destinados a pessoa jurídica estabelecida no País, para uso próprio ou em quantidade estritamente necessária para dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade, cujo valor não seja superior a US$ 3,000.00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda;
V - bens enviados ao exterior por pessoa física ou jurídica, em quantidade e freqüência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 5,000.00 (cinco mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; [...]
CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
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c) Regime de tributação especial: permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem. Aplica-se o regime de tributação especial aos bens, compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o limite de valor global; previstos no Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul; e adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção. 
CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
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d) Regime de tributação unificada: permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado do imposto de importação, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, observado o limite máximo de valor por habilitado, conforme estabelecido em ato normativo específico. É vedada a inclusão de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.
CUSTOS TRIBUTÁRIOS
(PARTE II)
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TRIBUTAÇÃO DAS MERCADORIAS NÃO IDENTIFICADAS
	Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de cinqüenta por cento para o cálculo do imposto de importação e de cinqüenta por cento para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados. Na falta de informação sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte.
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DESNACIONALIZAÇÃO
	Considera-se desnacionalizada aquela mercadoria nacional ou nacionalizada que for exportada a título definitivo.
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INCIDÊNCIA DE TRIBUTOS
NA EXPORTAÇÃO
	O sistema tributário prevê a incidência de tributos na exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.  O tributo incidente sobre as exportações tem função fiscal e de regulação, não visando unicamente aumentar a arrecadação de tributos pelo Estado, mas, objetivando, também, disciplinar o fluxo de exportação.
	O Estado utiliza o imposto sobre a exportação com o intuito de executar sua política econômica no comércio internacional. Por exemplo, no caso de escassez de determinado produto agrícola e ameaça de elevação de seus preços no mercado interno, o governo pode aumentar a alíquota do imposto de exportação sobre o produto para evitar um desabastecimento interno.
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ESTÍMULO À COMPETITIVIDADE
 DOS PRODUTOS BRASILEIROS
 NO EXTERIOR
	Existe a preocupação dos governos em não encarecer os produtos exportados com tributos para manter sua competitividade nos mercados internacionais. 
	Com isso, o governo brasileiro tem procurado evitar onerar do imposto de exportação os produtos exportados, considerando, inclusive, que nossa constituição prevê a não aplicabilidade dos demais tributos incidentes sobre as operações externas de exportação.
 A Organização Mundial de Comércio (OMC) que regula as práticas de comércio internacional não considera esse procedimento como subsídio à exportação.
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A LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL BRASILEIRA E A NÂO-INCIDÊNCIA DE TRIBUTOS SOBRE AS EXPORTAÇÕES
	Está prevista na Constituição brasileira a não-incidência na exportação do Imposto de Produtos Industrializados (IPI), Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e contribuições sociais de intervenção no domínio econômico. Compete à União instituir impostos sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
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IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
	Incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior, tendo como objetivo conciliar os da política cambial e do comércio exterior.
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A base de cálculo do imposto, poderá ser específica, correspondendo a unidade de medida adotada pela lei tributária; e ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência.
O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro. A Câmara de Comércio Exterior deve relacionar as mercadorias sujeitas ao imposto.
A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional.
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
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Quando o preço da mercadoria for de difícil apuração ou for suscetível de oscilações bruscas no mercado internacional, a Câmara de Comércio Exterior fixará critérios específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração da base de cálculo. 
Para efeito de determinação da base de cálculo do imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá ser inferior ao seu custo de aquisição ou de produção, acrescido dos impostos e das contribuições incidentes e da margem de lucro de quinze por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e contribuições. 
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO
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INCENTIVO FISCAL SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS NA EXPORTAÇÃO
	É concedido nas operações de remessa ao exterior de juros para quitação de débitos relacionados às exportações, e no Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro em transações financeiras na exportação de produtos brasileiros. 
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RESSARCIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES
SOCIAIS -
 PIS/PASEP E DA COFINS
	É permitido o ressarcimento das contribuições sociais que incidem sobre os insumos adquiridos no mercado interno, e utilizados no produto destinado à exportação. Com isso, o produto nacional exportado se torna mais competitivo no exterior ao reduzir a incidência de tributos na mercadoria.
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CRÉDITOS FISCAIS
DO IPI E DO ICMS
	É permitido o crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), nos casos previstos em lei, relativos aos insumos adquiridos e utilizados na mercadoria destinada ao exterior. O objetivo, assim como o crédito das contribuições sociais, é tornar mais competitivo os produtos brasileiros no comércio internacional.
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