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Dicas e Bizús da Lei 9784/99 (Processo Administrativo)

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BIZU DA LEI Nº 9.784/99 (PARTE 1) 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
 
 
Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 
1
Quadro de Avisos: 
 
Prezados(as) concurseiros(as), 
 
Espero que todos estejam bem! 
 
A fim de auxiliá-los(as) no estudos da Lei nº 9.784/99, que regula o 
processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, 
disponibilizo a primeira parte do resumo sobre os principais pontos da 
referida norma. 
 
Bons estudos, 
 
Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) 
 
 
Bizu da Lei nº 9.784/99 (parte 1) 
 
 
1) As regras da Lei nº 9.784/99 aplicam-se subsidiariamente aos 
processos administrativos específicos (processo disciplinar, processo 
administrativo tributário, processo licitatório etc.), regulados em leis próprias. 
 
2) A Lei nº 9.784/99 aplica-se: 
• À Administração Federal direta e indireta; e 
• Aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando 
no desempenho de função administrativa. 
 
3) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio de 
suas próprias leis, podem dispor sobre o processo Administrativo aplicável à 
sua Administração. Por isso, não se sujeitam à Lei nº 9.784/99. 
 
4) A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos seguintes 
princípios (“SERá FÁCIL Pro MoMo”): Segurança Jurídica, Eficiência, 
BIZU DA LEI Nº 9.784/99 (PARTE 1) 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
 
 
Prof. Anderson Luiz www.pontodosconcursos.com.br 
2
Razoabilidade, Finalidade, Ampla defesa, Contraditório, Interesse Público, 
Legalidade, Proporcionalidade, Moralidade e Motivação. 
 
 
Segurança Jurídica 
Eficiência 
Razoabilidade 
Finalidade 
Ampla defesa 
Contraditório 
Interesse Público 
Legalidade 
Proporcionalidade 
Moralidade 
Motivação 
 
5) 
CRITÉRIOS PRINCÍPIOS 
Atuação conforme a lei e o Direito Legalidade 
Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total 
ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei 
Impessoalidade 
Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a 
promoção pessoal de agentes ou autoridades 
Impessoalidade 
Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé Moralidade 
Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as 
hipóteses de sigilo previstas na Constituição 
Publicidade 
Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de 
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público; 
Proporcionalidade 
e Razoabilidade 
Indicação dos pressupostos de fato e de direito que 
determinarem a decisão 
Motivação 
Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos 
dos administrados 
Segurança Jurídica 
e Informalismo 
BIZU DA LEI Nº 9.784/99 (PARTE 1) 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
 
 
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3
Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado 
grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos 
administrados 
Segurança Jurídica 
e Informalismo 
Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de 
alegações finais, à produção de provas e à interposição de 
recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas 
situações de litígio 
Contraditório e 
Ampla Defesa 
Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as 
previstas em lei 
Gratuidade 
Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da 
atuação dos interessados 
Oficialidade 
Interpretação da norma administrativa da forma que melhor 
garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova interpretação. 
Impessoalidade e 
Segurança Jurídica 
 
6) O princípio da legalidade se refere, de modo precípuo, às leis em 
sentido formal, isto é, às leis em sentido estrito, aprovadas pelo Poder 
Legislativo conforme o processo previsto nos artigos 59 a 69 da Constituição 
Federal. Além disso, refere-se, também, às leis materiais, ou seja, às leis 
em sentido amplo, como decretos, portarias e demais atos normativos 
administrativos, editados a partir de leis formais. 
Assim, a Administração se sujeita não apenas à lei e aos princípios 
jurídicos, mas também a seus próprios atos normativos, expedidos para 
assegurar o fiel cumprimento das leis. 
 
7) 
 
 
IMPESSOALIDADE 
(4 interpretações) 
FINALIDADE (interesse público) 
ISONOMIA 
(licitação, concurso, precatório) 
VEDAÇÃO À PROMOÇÃO PESSOAL 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
 
8) O princípio da impessoalidade, quando relacionado com princípio da 
finalidade, exige que a atividade administrativa seja exercida em atendimento 
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aos interesses da coletividade. Assim, a finalidade de toda atuação da 
Administração é a defesa do interesse público. 
 
9) O ato praticado pela Administração a fim de satisfazer algum interesse 
particular será válido, desde que também satisfaça o interesse público. 
 
10) A remoção de ofício só pode ser praticada com o objetivo de suprir 
carência de pessoal. Assim, independentemente da justificativa apresentada 
para a prática do ato, a remoção do servidor como forma de puni-lo ofende o 
princípio da finalidade. 
 
11) “A publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicas deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem a promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos.” (CF, 
art. 37, §1º) 
 
12) A vedação à promoção pessoal prevista no art. 37, §1º, da CF/88, 
não proíbe que o agente público se identifique ao praticar um ato 
administrativo, bem como não afasta a possibilidade de sua 
responsabilização, quando por dolo ou culpa, causar dano ao erário ou a 
terceiros. 
 
13) De acordo com o princípio da impessoalidade, o servidor público 
impedido ou suspeito é incompetente para a prática de determinado ato 
administrativo porque, em tese, não possui condições de aplicar a lei de modo 
imparcial. 
 
14) 
 
MORALIDADE 
(3 interpretações) 
 
PROBIDADE 
EFETIVAÇÃO DOS VALORES 
CONSAGRADOS NA LEI 
COSTUMES ADMINISTRATIVOS 
 
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15) As práticas reiteradamente observadas pela Administração 
(costumes administrativos) também são fontes de Direito 
Administrativo. Quando desrespeitadas, resultam na anulação do ato da 
Administração, por desrespeito ao princípio da moralidade. 
 
16) O conceito de moral administrativa não coincide, necessariamente, 
com a noção de moral comum. Todavia, determinados comportamentos 
administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, 
por ofender, também, a moral administrativa. 
 
17) Haverá ofensa ao princípio da moralidade “sempre que em matéria 
administrativa se verificar que o comportamento da Administração Pública 
ou do administrado que com ela se relacione juridicamente, embora em 
consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras da boa 
administração, os princípios de justiça e de equidade, ou a idéia comum de 
honestidade”. (Di Pietro) 
 
18) O princípio constitucional da moralidade administrativa legitima o 
controle jurisdicional de todos os atos do Poder Público que violem os 
valores éticos que devem regular o comportamento dos órgãos e agentes 
governamentais. 
 
19) "A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, 
colateral ou por afinidade,até o 3º grau, inclusive, da autoridade nomeante 
ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, 
chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta 
e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal." (Súmula Vinculante 13) 
 
20) A Súmula Vinculante nº 13 do STF, que deve ser observada por 
todos os órgãos públicos, proíbe a contratação de parentes de autoridades e 
de funcionários para cargos de confiança, de comissão e de função 
gratificada no serviço público. Ademais, em razão da expressão 
“compreendido o ajuste mediante designações recíprocas”, veda o nepotismo 
cruzado (dois agentes públicos empregam familiares um do outro como troca 
de favor). 
BIZU DA LEI Nº 9.784/99 (PARTE 1) 
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ 
 
 
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 Assim, passou a ser possível contestar, no próprio STF, por meio de 
reclamação, a contratação de parentes até o terceiro grau, consangüíneos ou 
por afinidade (filhos, netos, bisnetos, irmãos, tios, sobrinhos, sogro e 
sogra, genro e nora, cunhado e cunhada) para cargos da administração 
pública direta e indireta no Judiciário, no Executivo e no Legislativo de 
todos os níveis da federação (U, E, DF e M). 
 
 
 
Essa Súmula teve origem no julgamento do RE 579.951, apresentado 
pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte contra a contratação de 
parentes no município de Água Nova/RN. Na ocasião os Ministros do STF 
fixaram os seguintes entendimentos: 
a) As restrições impostas à atuação do administrador público pelo princípio da 
moralidade e demais postulados do art. 37 da CF são auto-aplicáveis, por 
trazerem em si carga de normatividade apta a produzir efeitos jurídicos, 
permitindo, em conseqüência, ao Judiciário exercer o controle dos atos que 
transgridam os valores fundantes do texto constitucional. 
b) O fato de haver diversos atos normativos no plano federal que vedam o 
nepotismo não significaria que somente leis em sentido formal ou outros 
diplomas regulamentares fossem aptos para coibir essa prática, haja vista que 
os princípios constitucionais, que não configuram meras recomendações de 
caráter moral ou ético, consubstanciam regras jurídicas de caráter prescritivo, 
hierarquicamente superiores às demais e positivamente vinculantes, sendo 
sempre dotados de eficácia, cuja materialização, se necessário, pode ser 
cobrada por via judicial. 
c) A proibição do nepotismo independe de norma secundária que obste 
formalmente essa conduta. 
d) A nomeação de parentes ofende, além dos princípios da moralidade 
administrativa e da impessoalidade, o princípio da eficiência. 
e) Os cargos de caráter político, exercidos por agentes políticos (ministro 
de Estado, secretário estadual e secretário municipal), desde que 
respeitados os princípios da moralidade e da impessoalidade, ficaram 
excluídos da regra estabelecida pela súmula vinculante nº 13.

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