Buscar

Aspiraçao Traqueobronquica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aspiração Traqueobrônquica
A aspiração traqueobrônquica é um recurso mecânico simples e importante na rotina 
hospitalar. É amplamente utilizado em pacientes de unidade de terapia intensiva, sob 
ventilação mecânica ou não, ou em pacientes de leito hospitalar que não consegue expelir 
voluntariamente as secreções pulmonares. É um procedimento invasivo, intensamente 
utilizado pela fisioterapia respiratória, com o objetivo de remover secreções 
traqueobrônquicas e orofaríngeas, favorecendo a melhora na permeabilidade das vias 
aéreas e, com isso, melhorando a ventilação pulmonar.
A aspiração traqueobrônquica é indicada aos pacientes que não conseguem tossir ou 
expelir naturalmente o acúmulo de secreção pulmonar, como pacientes em coma ou 
mentalmente confusos, no pós- operatório, politraumatizados, em pacientes com 
doenças pulmonares, traqueostomizados ou com tubo endotraqueal.
Nas vias aéreas de pacientes com exaustão e fraqueza muscular respiratória que não 
estão respirando espontaneamente, a aspiração traqueobrônquica é necessária para 
suplementar seus esforços e promover a limpeza das secreções presentes. Outros 
pacientes, respirando espontaneamente, podem estar fracos ou incapazes de tossir, 
por confusão mental, dor ou fraqueza; nessas circunstâncias, a aspiração também é 
indicada, até mesmo para estimular o reflexo da tosse e favorecer a limpeza das 
secreções pulmonares. Além disso, a aspiração traqueobrônquica pode também evitar 
ou reverter uma atelectasia, aumentar a capacidade residual funcional (CRF) e facilitar 
as trocas gasosas.
 
Tipos de Aspiração 
A aspiração traqueobrônquica pode ser realizada através da boca (orotraqueal), nariz 
(nasotraqueal) ou traqueostomia (endotraqual).
Tanto a orotraqueal quanto a nasotraqueal causam desconforto para o paciente e só devem
ser realizadas quanto absolutamente necessário, ou seja, quando o paciente esta 
impossibilitado de tossir de forma produtiva, incapaz de eliminar as secreções que 
obstruem suas vias aéreas, podendo sofrer um colapso pulmonar, com redução da 
complacências e riscos de infecção.
Estes dois tipos de aspiração (nasotraqueal e orotraqueal) são potencialmente mais 
perigosos do que a aspiração endotraqueal (através de um tubo traqueal), pois, se 
ocorrer um espasmo, os pulmões não podem ser rapidamente reexpandidos na 
tentativa de introduzir o cateter pela laringe. Em casos como este, pode ocorrer 
hipoxemia e até a morte. No entanto a aspiração traqueal pode ser particularmente 
importante quando a doença respiratória está associada a uma grande quantidade de 
secreção purulenta.
A técnica de aspiração orotraqueal ou nasotraqueal requer algumas condições e cuidados, 
como colocar o paciente em flexão de pescoço e hiperextensão de cabeça com a boca 
aberta e a língua para fora quando se trata da orotraqueal; sempre que necessário, o 
paciente devera estar com os braços fixados no leito. O fisioterapeuta devera usar luvas 
estéreis e tomar todo o cuidado para não contaminar a sonda ou cateter que será 
introduzido nas vias aéreas do paciente o mais rápido possível.
É comum haver um fechamento glótico impedindo que a sonda continue a ganhar 
trajeto na laringe e na traquéia; quando isso ocorre, aconselha-se aguardar o momento
de uma inpiraçao (quando o paciente ira relaxar ou abrir a glote) para introduzi-la por 
completo. Deve-se aspirar o máximo possível de secreção e evitar ferimentos nas vias 
aéreas.
No tipo endotraqueal, para executar de forma correta a aspiração, deve-se abrir a 
ponta do papel deve-se abrir a ponta do papel da sonda estéril, adapta- la à conexão do
vácuo e em seguida vestir a luva estéril, segurando- a com uma das mãos e com a outra 
desconectando o respirador, se for o caso. Em seguida, introduz-se o cateter na 
traquéia do paciente através do tubo endotraqueal ou traqueostomia. O cateter estará 
ligado a um sistema aspirador e, então, a aspiração é realizada quando a ponta do 
cateter estivar no interior da traquéia. O tempo de introdução da sonda deve ser o 
mais rápido possível. E a retirada deve ser cuidadosa permitindo a limpeza das 
secreções com o mínimo de dano à parede traqueal.
Este procedimento deve ser feito com uma duração não superior a 15 segundos, pois o 
fator tempo é um determinante muito importante na aspiração, podendo acarretar 
sérios problemas ao paciente, já que, juntamente com as secreções aspira-se ar. Neste 
momento, o conteúdo aéreo nos pulmões fica reduzido.
Pequenas quantidades de soro fisiológico (10-20 ml) podem ser instiladas 
intrabronquicamente para fluidificar e mobilizar as secreções estimulando a tosse e 
facilitando a remoção das secreções espessas. Quando há risco de formação de 
atelectasias, devido à rolha de secreção, associa-se a utilização do ambu, sempre 
seguindo os cuidados de assepsia indicados.
Existem falhas na manipulação e na escolha dos materiais utilizados. De preferência, 
devem ser sondas traqueais maleáveis, descartáveis, com três orifícios na extremidade 
distal, dispostos lateralmente e na ponta, para que não haja colabamento da traquéia, 
nem aspiração da mucosa traqueal, que poderia provocar ulcerações e sangramento. A 
introdução e retirada da sonda consiste em uma forma errônea da utilização dessa 
técnica, pois isso so favorece a erosão endotraqueal e acaba por não remover 
quantidades superiores de secreção. O suporte de oxigênio deve ser indicado de 
acordo com o quadro clínico do paciente.
 
Técnica
- Pocisione o paciente adequadamente
- Explique ao paciente o que você vai fazer
- Fixe o regulador da aspiração em 100 a 120 mmhg
- Usando técnica estéril, abra o pacote contendo o cateter de aspiração e coloque a 
luva.
- Com a mão enluvada, fixe o cateter ao tubo de aspiração
- Hiperoxigene o paciente (FiO2 = 100%)
- Passe o cateter de aspiração pela via aérea, sem vácuo, até que o reflexo da tosse seja 
provocado ou encontrar uma resistência.
- O cateter não deve permanecer na via aérea por mais de 15 segundos; o cateter é 
retirado gradualmente.
- Hiperoxigene (por uma bolsa auto-inflável ou mesmo pelo ventilador) o paciente 
antes de reintroduzir o cateter de aspiração na via aérea.
- A instalação na via aérea de 3 a 5 ml de água estéril pode ser útil para soltar 
secreções espessas.
- Fixe o oxigênio no valor pré-aspiração
- Enrole o cateter de aspiração ao redor dos dedos com a luva e então, remova a luva 
sobre ele.
- A aspiração pode ser fechada.
- Lave as mãos.
- Realizar higiene nasal e oral freqüente após a aspiração.
 
Resultados da aspiração 
- A ausculta pulmonar após a aspiração deve apresentar diminuição dos ruídos 
adventícios.
- A radiografia de tórax deve mostrar evolução positiva progressiva do quadro.
- O resultado da gasometria arterial deve indicar melhora na relação ventilação/perfusão 
do paciente.
- O aspecto da secreção (espessa, fluída, espumosa) aspirada indica o nível de 
hidratação e umidificação.
- A cor (clara, amarela, purulenta) e o resultado da amostra encaminhada para cultura 
indicam ausência ou melhora da infecção.
- A quantidade da secreção aspirada serve de parâmetro para prescrever a freqüência 
das próximas aspirações.
- A aspiração pode ser seguida de uma drenagem postural e técnicas manuais e o 
treinamento respiratório.
 Complicações
A aspiração em pacientes sob ventilação mecânica expõe-nos a sérios riscos, devendo 
ser feita cuidadosa e criteriosamente para evitar complicações serias ao paciente. A 
aspiração é um procedimento importante e aparentemente simples para remoção de 
secreções. No entanto, ela é muitas vezes utilizada sem critérios e cuidados 
necessários, acabando por acarretar efeitos nocivos ao paciente, como hipoxemia, 
atelectasia, arritmias e infecções.
 - Hipoxemia: a aspiração não somente interrompe a seqüência da ventilação artificial, 
mas,alem disso pode obstruir temporariamente a passagem se ar nas vias aéreas e 
aspirar gás intrapulmonar. Alem disso, tem sido demonstrado que a aspiração pode 
oxigenar um decréscimo significativo na oxigenação arterial (hipoxemia), constatado 
pela medida de pressão parcial de oxigênio (PaO2) após o procedimento de aspiração. 
Isso ocorre provavelmente porque o cateter capta tanto secreções como oxigênio das 
vias aéreas pulmonares. A hipoxemia produzida pela aspiração esta diretamente 
relacionada com a duração do procedimento; portanto, deve-se limitar este tempo a 
um total de 12 a 15 segundos, em média.
- Arritmia: a queda da PaO2 é um importante fator clinico, pois, nos pacientes que tem 
altoshunt pulmonar ou serio comprometimento cardiovascular, a hipoxemia pode 
causar arritmias cardíacas significativas. Com essas considerações, fica evidente que a 
hipoxemia e a estimulação traqueal podem ocorrer durante a aspiração e que ambas 
podem causar mudanças na função cardíaca, pois a estimulação traqueal em pessoas 
normais pode provocar aumento da atividade simpática, resultando em taquicardia e 
hipertensão arterial. Ao utilizar esse procedimento o fisioterapeuta ou qualquer 
profissional devera levar em conta varias características, como diagnostico, ajustes nos
ventiladores e gases do sangue arterial antes da aspiração, evitando alterações 
fisiológicas importantes e nocivas aos pacientes. Outra característica é a idade dos 
pacientes; crianças e idosos com baixo volume do fechamento apresentam maior 
probabilidade de sofrer oclusão de pequenas vias aéreas. Alem da diminuição na PaO2 
a aspiração traqueal acarreta diminuição na saturação de oxigênio. Assim, utilizando 
um oximetro de pulso, pode-se constatar redução na saturação de oxigênio sanguíneo 
durante a aspiração. Os métodos mais comuns para prevenir a dessaturacão e a 
hipoxemia pós-aspiracão, a fim de reverter os efeitos prejudiciais da aspiração, são 
hiperinsuflacão pulmonar através da conexão do ventilador durante a execução da 
técnica e aumento de FiO2 para 100% (hiperoxigenacão) antes, durante e depois da 
aspiração, como um meio de restituir o oxigênio. Outra variável que pode sofrer 
alterações como manobra de aspiração é a pressão arterial, que pode apresentar 
significativo aumento com repetição da manobra. Esse fato tem importância 
fundamental em pacientes neurológicos com hipertensão intracraniana, quando pode 
ocorrer piora do quadro clinico.
- Atelectasia: a aspiração também pode resultar em traumatismos mecânicos à arvore 
brônquica, podendo levar à atelectasia dependendo do cateter utilizado e do tempo de 
duração da aspiração. O grau de colapso pulmonar dependendo da pressão negativa 
utilizada para o procedimento, no qual, se forem utilizados altos valores de pressão 
negativa ou se o tubo for ocluido completamente pelo cateter, podem ocorrer maciças 
atelectasias, causando redução de volume total de oxigênio dos pulmões. Sendo assim 
justifica-se a utilização de um controle mais rigoroso da pressão e do tempo de 
duração do procedimento, pois a atelectasia pode ser causada tanto por aspiração 
forçada como prolongada. Os traumatismos mecânicos ocasionados pela aspiração 
traqueobrônquica podem acarretar alterações da mecânica pulmonar, apresentando 
eventuais mudanças na complacência pulmonar do paciente.
A aspiração é uma técnica simples, mas, além de ser desagradável para o paciente, 
provoca muitos efeitos adversos, incluindo-se os riscos de infecção, o que pode ser 
minimizado por uma correta escolha da técnica, do tamanho do cateter, da pressão 
negativa e da regulação do tempo de aspiração. A assepsia é fundamental na 
aspiração. 
	Aspiração Traqueobrônquica

Continue navegando