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1 Apontamentos de aula por James Jesser Rodgher e José Roberto Monteiro 30/01 – Recuperação de empresas (lei 11.101/05) Teoria dos atos de comércio Teoria de Empresas Cod. Comercial 1850 Cod. Civil 2002 Elementos para identificação dos SUJEITOS das regras do direito comercial. O comerciante é caracterizado pelos atos de comercio que desenvolve. elementos para identificação do EMPRESÁRIO das regras do direito empresarial. O empresário é definido pelo Art.966,CC Direito Falimentar 7º semestre – 2014 Prof. Marcelo Cometti 2 Forma Atividade Empresarial Profissionalismo (Habitual + Pessoalidade) Produção Bens Empresário Atividade Econômica ou (Fins Lucrativos) Circulação Serviços Organizado (fatores necessários para atividade Empresaria) Capital Insumos Mão de Obra 1) EMPRESÁRIO: Nos termos do Art. 1 da lei 11/101/05, somente o empresário (individual, sociedade empresária, EIRELI) poderá pleitear a recuperação judicial ou extrajudicial de sua empresa. Nos termos do Art. 966,CC, empresário é aquele que exerce profissionalmente uma atividade empresarial (produção ou circulação de bens ou serviços), com fins lucrativos e de modo organizado. Exceções: Ressalta-se entre tanto que não será considerado empresário, ainda que para tanto, atue com profissionalismo, fins lucrativos e de modo organizado as pessoas que exerçam as seguintes atividades: a) atividade intelectual, Art. 966, Parágrafo Único, CC Não é considerado empresário, quem exerce uma atividade intelectual de natureza científica, de natureza literária ou artística. Salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Art. 1o, da lei 11.101/05 - Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 966, CC Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 3 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa Elemento de empresa: Significa ser parcela dessa atividade e não a atividade em si, isoladamente considerada. É o caso, por exemplo, do médico que agrega a prática da medicina um “SPA”, onde ao paciente se oferece repouso e alimentação; do veterinário que, além do seu oficio, em uma pet shop vende ração para os animais, medicamentos, bem como hospeda os animais na viagem de seus donos. Exemplos: -Doutor João, Cirurgião proprietário de uma clínica médica, em que ele atua como médico (fazendo atendimento) com demais outros médicos. Não é considerado empresário. -Doutor João, Cirurgião proprietário de uma clínica médica, em que ele somente administra a clínica. É considerado empresário, pois possui elemento de empresa, ele esta desempenhando a função de administrador. Link para o artigo elemento de empresa: http://www.cartaforense.com.br/conteudo/artigos/desmitificando-o-elemento-de- empresa-na-atividade-intelectual-exercida-pelo-empresario/11958 2) ATIVIDADE RURAL: Art. 971,CC – Não será considerado empresário quem exercer uma atividade rural e não houver optado por sua inscrição na junta comercial. Art. 971, CC - O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Requerer sua inscrição na Junta Comercial Atividade Rural Requerer a sua inscrição no Cartório 4 31/01 – Recuperação Empresarial Empresários (Art. 1, da lei 11.101/05) Pessoa Física Empresário Individual Sociedade Empresária Pessoa Jurídica EIRELI Art. 1o, da lei 11.101/05 - Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Exceções (Art. 2, da lei 11,101/05) Empresários Excluídos Empresas Públicas Inciso I Sociedade de economia mistas Instituições Financeiras (ex. Bancos) Inciso II Seguradoras Operadoras de Plano de Saúde Entidades Previdência (...) Art. 2o, da lei 11.101/05 Esta Lei não se aplica a: I - empresa pública e sociedade de economia mista; II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de 5 previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. Breve Histórico Lei 11.101/05 Recuperação de Empresas Dilação 24 meses Decreto Lei 7.661/45 Concordata Remissão de 50% A recuperação de empresas, foi introduzida em nosso ordenamento jurídico pela lei 11.101/05 em substituição a concordata. A recuperação de empresas tal como a concordata, tem por objeto auxiliar o empresário devedor a superar a situação de crise econômica financeira pela qual atravessa, preservando assim a fonte produtora, empregos e interesses de credores. Diferenças: 1) ANUÊNCIA DOS CREDORES: Diferentemente da concordata, o empresário em crise, somente terá acesso a recuperação de sua empresa se houvera concordância de seus credores ao plano de recuperação por ele apresentado. Judicial Plano de Recuperação Extrajudicial 2) MEIOS PARA A RECUPERAÇÃO: Diferentemente da concordata, na recuperação de empresas, o empresário é livre para apresentar aos credores, os instrumentos que entende necessários para efetiva recuperação de sua atividade. Exemplificado no Art. 50 da lei 11.101/05. Art. 50 da lei 11.101/05 - Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros: 6 I - concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; II - cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; III - alteração do controle societário; IV - substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos; V - concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; VI - aumento de capital social; VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados; VIII - redução salarial, compensaçãode horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva; IX - dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro; X - constituição de sociedade de credores; XI - venda parcial dos bens; XII - equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica; XIII - usufruto da empresa; XIV - administração compartilhada; XV - emissão de valores mobiliários; XVI - constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor. § 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia. § 2o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação judicial. 7 3) MODALIDADES: Diferentemente da concordata que era exclusivamente judicial, a recuperação de empresas poderá se dar judicialmente (Art. 47 à 74 da lei 11.101/05) ou Extrajudicialmente (Art. 161 à 167 da lei 11.101/05) 4) MOMENTO: A recuperação de empresas, somente poderá ser requisitada pelo empresário devedor, antes da decretação de sua falência, portanto diferentemente da concordata, a recuperação de empresas já mais poderá ser pleiteada no curso do processo falimentar. Questão para seminário (entregar na próxima aula) A cooperativa de calçado Itambé, está desde janeiro de 2013 com dificuldades financeiras. Em julho, deixou de cumprir com obrigações junto a diversos bancos detentores de crédito superior a R$ 400.000,00. Em vista da situação descrita, a cooperativa cujo patrimônio líquido é negativo, lhe procura para uma consulta jurídica sob a possibilidade de elaboração de plano de recuperação judicial. Os representantes da cooperativa, informaram que sua constituição ocorreu em 10/01/2012, e seus atos constitutivos estão arquivados na JUCESP desde 30/01/2012. 8 Art. 44,CC Cooperativas – Simples Nome Coletivo (Art. 1039/1044,CC) Personificada Comandita Simples (Art. 1045/1051,CC) Espécies: Limitada (Art. 1052/1087,CC) *Sociedades 1)Empresária (≠art. 982 - objeto) Sociedade Anônima (Art. 1088/1089 – lei 6.404/76) 2)Simples Comandita por ações (Art.1090/1092 – lei 6.404/76) Simples (Art. 997/1033,CC) Não Personificada Associações Dir. Comercial Fundações Sem Fins Lucrativos Direito Privado Organizações Religiosas Empresário (≠ regime jurídico) Partidos Políticos Sociedades* Fins Lucrativos EIRELI Pessoas Jurídicas Direito Público 9 06/02 RECUPERAÇÃO JUDICIAL Não Havendo Objeção Juiz irá conceder a Recuperação Judicial Havendo Objeção Juiz Convocará Assembleia Aprovação (Parcial/Total) de credores Rejeição Convolação da ação judicial em falência Se não apresentar em 60 dias o plano de recup. Judicial 60 dias para apresentar o seu plano de recuperação 30 dias para a apresentação das objeções dos credores 10 Art. 58 da lei 11.101/05 – CramDown - Permite a concessão do plano de recuperação, mesmo com a rejeição da assembleia, desde que obedeça os requisitos. 11 1) Recuperação Judicial a) Pedido de Recuperação Judicial Quem tem Legitimidade? Art. 1 da lei 11.101/05 - Somente o empresário poderá requerer a recuperação judicial de sua empresa. Para tanto, deverá preencher os requisitos do art. 48 da lei 11.101/05 a saber: Estar exercendo regularmente sua atividade empresária a de 2 anos. Obs.Art. 48 da lei 11.101/05, foi acrescentada o §2 pela lei 12.873/13. Quem exerce atividade rural e tenha optado pela inscrição no cartório, poderá transferir a sua inscrição para a junta comercial e solicitar a recuperação judicial, desde que se comprove 2 anos de sua atividade através de declaração de informação econômica-fiscal. Não ser falido, mas se o foi, esta devidamente reabilitado. 1981 1986 1995 2001 2004 Não tenha sido, nem ter administrador que tenha sido condenado por crime falimentar. 1981 1986 Falência Encerrada Falência Reabilitação – Declaraçao por sentença da extinção de todas as obrigações Falência Crime Falimentar 12 Não ter a menos de 5 anos, obtido a concessão da recuperação judicial de sua empresa ou não ter há menos de 8 anos, a concessão da recuperação judicial com base em plano especial para micro empresas e empresas de pequeno porte. b) Juízo Competente Filial (armazém exportação) Belém (PA) Sede Social - 1 diretor / 1 Funcionário Recife (PE) Filial – 3 diretores / 150 empregados / parque industrial Guarulhos (SP) Art. 3 da lei 11.101/05 – É entendimento predominante na doutrina e na jurisprudência. O principal estabelecimento é o centro de tomada de decisões, em que se encontra a maior parte dos administradores e consequentemente empregados, credores e ativo. Permitindo assim a economia processual quanto a tramitação do processo. Art. 1o, , da lei 11.101/05 - Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Art. 3o, , da lei 11.101/05 - É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. Art. 48, , da lei 11.101/05 -Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça 13 regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. § 1o A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. § 2o Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue tempestivamente. Art.52, da lei 11.101/05 - Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei. Art. 58, da lei 11.101/05 - Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembléia-geral de credores na forma do art. 45 desta Lei. § 1o O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma cumulativa: I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembléia, independentemente de classes; II – a aprovação de 2 (duas) das classes de credores nos termos do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas; 14 III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o do art. 45 desta Lei. § 2o A recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no § 1o deste artigo se o plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado. 07/02 – a) Pedido de Recuperação Judicial Legitimidade (art.1) e Requisitos (art.48) Juízo Competente ???????? O pedido de recuperação judicial, deverá conter a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões de sua crise econômica financeira, sendo ainda instruído pelos seguintes documentos: 1) Demonstrações financeiras ( balanço patrimonial, demonstração de resultados econômicos, relatório gerencial de fluxo de caixa e sua projeção), relativas aos 3 últimos anos de exercícios sócias. 2) Relação de todos os credores, com a indicação do valor de cada crédito e sua natureza. 3) Relação de empregados, com a indicação das respectivas funções e salários. 4) Certidão expedida pelo registro público de empresas mercantis, a cargo da junta comercial. 5) Relação dos bens particulares dos sócios controladores e administradores do devedor. 6) Extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações. 7) Certidões expedidas pelos cartórios de protesto das comarcas em que o devedor esteja sediado e de suas eventuais afiliais. 8) Relação de todos as ações e execuções em que o devedor seja a parte. 15 SEMINÁRIO COURO BOM, indústria de sapatos LTDA, sociedade empresária, com seus atos constitutivos arquivados na JUCESP desde 20/04/2010. Celebrou contrato de arrendamento mercantil (leasing) em 01/07/2010 com a ALFA leasing S/A, recebendo equipamentos e comprometendo-se a pagar 30 parcelas mensais iguais e sucessivas a partir de 10/08/2011 no valor de R$30.000,00 cada parcela. Ocorreu que desde Outubro de 2013, a COURO BOM vem atravessando um período de crise econômica e financeira, deixando de pagar empréstimos junto a instituições financeiras e as parcelas do contrato de leasing vencidas a partir de 10/11/2013. Tal comportamento, fez com que seus credores ajuizassem diversas ações de cobranças, mas em 20/12/2013, foi deferido o processamento de sua recuperação judicial em trâmite na 1a Vara de Falências e Recuperação do Foro Central da Comarca da Capital de São Paulo. Diante do exposto, responda as seguintes indagações: a) As ações de execução ajuizados pelos bancos Itaú e Bradesco, serão suspensas pós o deferimento da recuperação? Tal prazo poderá ser revogado?? Justifique. Sim, serão suspensas pelo prazo de 180 dias, com base no art. 52, III, da lei 11.101/05. Art. 52, da lei 11.101/05 - Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei. Tal prazo não poderá ser revogado, com base no art. 6, §4, da lei 11.101/05. Art. 6o , da lei 11.101/05 - A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. § 4o Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial. 16 b) A ação de cobrança provida pela ALFA leasing S/A, será suspensa assim como as execuções ajuizadas pelos bancos? Justifique. -Analisar o artigo 52 da lei 11.101/05 e suas ressalvas que são os artigos 6 e 49 da própria lei. Com base nas ressalvas: Art. 6 - Leasing são dívidas líquidas e certas / ações não possuem naturezas trabalhistas / não possuem natureza fiscal do CTN. (com base no art. 6 não possui exceções para suspender) Art. 49 – Trata-se de um arrendador mercantil. Com base na ressalva do Art. 49, §2, da lei 11.101/05, Não será suspensa. Art. 52, da lei 11.101/05 - Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei. Art. 6o da lei 11.101/05 - A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. § 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida. § 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro- geral de credores pelo valor determinado em sentença. § 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. Art. 49 da lei 11.101/05 Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de 17arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial. § 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei. 13/02 – Recuperação Judicial 1. Pedido de recuperação 2. Deferimento do processo da recuperação 3. Plano de recuperação judicial 4. Assembleia de credores 2.Deferimento do processo da recuperação Nos termos do art. 52 da lei 11.101/05, estando o pedido de recuperação judicial devidamente instruído pelos documentos previstos no art. 51 da referida lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e no mesmo ato: A) Nomeará o administrador judicial que poderá ser tanto PJ especializada, como também PF, preferencialmente administrador de empresas, contador, economista ou advogado nos termos do art. 22 da lei 11.101/05, o administrador judicial atuará sob a fiscalização do juiz e, se houver, do comitê de credores, tendo dentre outras atribuições prescritas no artigo citado, as seguintes: A1) Fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial. A2) Requerer a falência do devedor no caso de descumprimento de obrigação assinada no plano de recuperação judicial. 18 A3) Apresentar ao juiz relatório mensal das atividades desenvolvidas pelo devedor. A4) Elaborar relação de credores nos termos do art. 7, §2 da lei 11.101/05, consolidando o quadro geral de credores. A5) Requerer ao juiz convocação da assembleia de credores nos casos previstos na lei quando entender necessário. Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com: I - a exposição das causas concretas da situação patrimonial do devedor e das razões da crise econômico-financeira; II - as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; III - a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente; IV - a relação integral dos empregados, em que constem as respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a discriminação dos valores pendentes de pagamento; V - certidão de regularidade do devedor no Registro Público de Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação dos atuais administradores; VI - a relação dos bens particulares dos sócios controladores e dos administradores do devedor; VII - os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, emitidos pelas respectivas instituições financeiras; VIII - certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial; IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure como parte, inclusive as de natureza trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores demandados. § 1o Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante autorização judicial, de qualquer interessado. 19 § 2o Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste artigo, as microempresas e empresas de pequeno porte poderão apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos da legislação específica. § 3o O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos documentos a que se referem os §§ 1o e 2o deste artigo ou de cópia destes. Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: I - nomeará o administrador judicial, observado o disposto no art. 21 desta Lei; II - determinará a dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o Poder Público ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, observando o disposto no art. 69 desta Lei; III - ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei; IV - determinará ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores; V - ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento. § 1o O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá: I - o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação judicial; II - a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada crédito; III - a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, na forma do art. 7o, § 1o, desta Lei, e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei. § 2o Deferido o processamento da recuperação judicial, os credores poderão, a qualquer tempo, requerer a convocação de assembléia-geral para a constituição do Comitê de Credores ou substituição de seus membros, observado o disposto no § 2o do art. 36 desta Lei. § 3o No caso do inciso III do caput deste artigo, caberá ao devedor comunicar a suspensão aos juízos competentes. § 4o O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se obtiver aprovação da desistência na assembléia-geral de credores 20 Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: I - na recuperação judicial e na falência: a) enviar correspondência aos credores constantes na relação de que trata o inciso III do caput do art. 51, o inciso III do caput do art. 99 ou o inciso II do caput do art. 105 desta Lei, comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; c)dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; e) elaborar a relação de credores de que trata o § 2o do art. 7o desta Lei; f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 desta Lei; g) requerer ao juiz convocação da assembléia-geral de credores nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua ouvida para a tomada de decisões; h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções; i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; II - na recuperação judicial: a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de recuperação judicial; b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação assumida no plano de recuperação; c) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das atividades do devedor; d) apresentar o relatório sobre a execução do plano de recuperação, de que trata o inciso III do caput do art. 63 desta Lei; III - na falência: a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, os credores terão à sua disposição os livros e documentos do falido; b) examinar a escrituração do devedor; c) relacionar os processos e assumir a representação judicial da massa falida; d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entregando a ele o que não for assunto de interesse da massa; e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto no art. 186 desta Lei; 21 f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação, nos termos dos arts. 108 e 110 desta Lei; g) avaliar os bens arrecadados; h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante autorização judicial, para a avaliação dos bens caso entenda não ter condições técnicas para a tarefa; i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao pagamento dos credores; j) requerer ao juiz a venda antecipada de bens perecíveis, deterioráveis ou sujeitos a considerável desvalorização ou de conservação arriscada ou dispendiosa, nos termos do art. 113 desta Lei; l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a cobrança de dívidas e dar a respectiva quitação; m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, bens apenhados, penhorados ou legalmente retidos; n) representar a massa falida em juízo, contratando, se necessário, advogado, cujos honorários serão previamente ajustados e aprovados pelo Comitê de Credores; o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para o cumprimento desta Lei, a proteção da massa ou a eficiência da administração; p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10o (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, conta demonstrativa da administração, que especifique com clareza a receita e a despesa; q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da massa em seu poder, sob pena de responsabilidade; r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou renunciar ao cargo. § 1o As remunerações dos auxiliares do administrador judicial serão fixadas pelo juiz, que considerará a complexidade dos trabalhos a serem executados e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. § 2o Na hipótese da alínea d do inciso I do caput deste artigo, se houver recusa, o juiz, a requerimento do administrador judicial, intimará aquelas pessoas para que compareçam à sede do juízo, sob pena de desobediência, oportunidade em que as interrogará na presença do administrador judicial, tomando seus depoimentos por escrito. § 3o Na falência, o administrador judicial não poderá, sem autorização judicial, após ouvidos o Comitê e o devedor no prazo comum de 2 (dois) dias, transigir sobre obrigações e direitos da massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que sejam consideradas de difícil recebimento. § 4o Se o relatório de que trata a alínea e do inciso III do caput deste artigo apontar responsabilidade penal de qualquer dos envolvidos, o Ministério Público será intimado para tomar conhecimento de seu teor 22 Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. § 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. § 2o O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação B) O juiz determinará a suspensão do curso da prescrição e de todas as ações e execuções promovidas contra o devedor, exceto as ações que demandam quantia ilíquida (art. 6,§1); ações derivadas da legislação do trabalho (ex. reclamação trabalhista) e decorrentes de acidentes de trabalho, durante fase de conhecimento (art.6,§2); execuções fiscais (art.6, §7); ações relativas a cobrança dos créditos excetuados da recuperação jurídica, nos termos do art.49, §3 (ex. contrato de compra e venda com cláusula de irrevogabilidade) Ressalta-se que a suspensão ponderará pelo prazo de até 180 dias. Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. § 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida. § 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença § 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica. Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 23 § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judiciale prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere. C) O juiz determinará a defesa da apresentação de certidões negativas, para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com poder público(licitações) e para receber benefícios ou incentivos fiscais. D) O juiz determinará ao devedor a apresentação de prestação de contas mensais, quanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores (entraria então o gestor judicial). E) O juiz ordenará a intimação do MP e a comunicação por carta às fazendas sob (federal, estadual, municipal). 3. Plano de recuperação judicial Publicada a decisão que deferiu o processamento da recuperação judicial, o empresário devedor, no prazo improrrogável de 60 dias, deverá apresentar em juízo o seu plano de recuperação judicial, que conterá os instrumentos e meios que o devedor entenda como necessários para recuperação de sua empresa, possibilitando assim a superação do seu estado de crise econômica/financeira. Caso o devedor não apresente no prazo legal o seu plano, deverá o juiz convolar a recuperação judicial em falência. Ressalta-se, entretanto, que mesmo após o deferimento do processamento da recuperação judicial, poderá dela o devedor desistir, hipótese em que será indispensável a previa aprovação pela assembleia de credores. Meios de Recuperação O art. 50 da lei 11.101/05, apresenta de forma exemplificativa – não taxativa – um rol de possíveis meios de recuperação judicial que poderão ser apresentados pelo devedor em seu plano. Destacamos: a) (Resquícios da concordata) concessão de prazos (dilação) e concessões especiais para pagamento (até mesmo a remissão ) das obrigações 24 vencidas ou vincendas. b) Cisão, incorporação, fusão ou transformação da sociedade, constituição de subsidiária integral, ou ainda cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos demais sócios. FUSÃO A + B C (extinta) (extinta) (nova) INCORPORAÇÃO A + B A (incorporadora) C (incorporadas) A Total = C (extinta) B CISÃO Varig Parcial = VARIG A (incorporada pela GOL) TRANSFORMAÇÃO – Alteração da forma societária S/A LTADA LTDA S/A Etc. Constituição de subsidiária integral 25 Transferimento e subsidiária integral da Petrobrás. Todas as ações da transferimento são detidas pela Petrobrás. Art. 251. Da lei 6.404/76 - A companhia pode ser constituída, mediante escritura pública, tendo como único acionista sociedade brasileira. § lº A sociedade que subscrever em bens o capital de subsidiária integral deverá aprovar o laudo de avaliação de que trata o artigo 8º, respondendo nos termos do § 6º do artigo 8º e do artigo 10 e seu parágrafo único. § 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária integral mediante aquisição, por sociedade brasileira, de todas as suas ações, ou nos termos do artigo 252. c) Aceleração do controle societário d) Substituição total ou parcial dos administradores do devedor, ou modificação de seus órgãos administrativos. e) Concessão aos credores de direito de eleição em separado, de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano de especificar. 14/02 – f) Aumento do capital social g) Trespasse (art. 50, VIII) É o contrato de alienação do estabelecimento empresarial Alienação do Estabelecimento Como regra, pode alienar; Não se seu patrimônio, além do estabelecimento, for menor que o total das dívidas; Os credores, comunicados, tem 30 dias para anuir. No silêncio dos credores – ausência tácita. 26 Alienação do estabelecimento Regra Exceção LIVRE INSUFICIENCIA DE FUNDOS EFICÁCIA PAGAMENTO ANUÊNCIA DOS DOS CREDORES CREDORES Se estivermos no plano aprovado – OK A alienação sem a anuência dos credores – quando necessário – é uma alienação irregular e pode ter a falência decretada. (art.94,III, c, da lei 11.101/05) Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: III - pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; h) Redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva. i) Dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiros. j) Constituição de sociedade de credores k) Venda parcial dos bens. l) Usufruto da empresa, transferido para credores; m) Administração compartilhada entre o sócio da sociedade devedora, credores, funcionários... n) Emissão de valores mobiliários. Ex. ações, debêntures e etc. o) Equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer valor, tendo como termo inicial a data de distribuição do pedido de recuperação 27 judicial. p) Constituição de SPE – sociedade de propósito específico para adjudicar em pagamento os créditos, os ativos do devedor. Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, observada a legislação pertinente a cada caso, dentre outros I - concessão de prazos e condições especiais para pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; II - cisão, incorporação, fusão ou transformação de sociedade, constituição de subsidiária integral, ou cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos sócios, nos termos da legislação vigente; III - alteração do controle societário; IV - substituição total ou parcial dos administradores do devedor ou modificação de seus órgãos administrativos; V - concessão aos credores de direito de eleição em separado de administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano especificar; VI - aumento de capital social; VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, inclusive à sociedade constituída pelos próprios empregados; VIII - redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva; IX - dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou de terceiro; X - constituição de sociedade de credores; XI - venda parcial dos bens; XII - equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a data da distribuição do pedido de recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto em legislação específica; XIII - usufruto da empresa; XIV - administração compartilhada; XV - emissão de valores mobiliários; XVI - constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do devedor. § 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia. § 2o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada 28 se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversano plano de recuperação judicial 1. Assembleia de credores Apresentado o plano de recuperação judicial e publicado edital com a relação de credores elaborado pelo administrador judicial, poderá os credores, nos 30 dias subsequentes, apresentar objeção ao plano de recuperação judicial. Decorrido o referido prazo, sem que haja objeção por parte de qualquer credor, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor. Caso, entretanto, sejam verificadas objeções por parte de credores, o juiz deverá convocar assembleia para deliberar sobre o plano Classe 1 = Créditos Trabalhistas e Maioria dos Votos Créditos decorrente de acidentes do trabalho “por cabeça” Classe 2 = Créditos com Garantia real Maioria dos votos Assembleia “por cabeça + créditos” Deliberar sobre o plano Classe 3 = Créditos com privilégio especial; Créditos com privilégio Maioria dos votos geral Créditos subordinados “por cabeça + créditos” RESUMO Classe 1 – maioria dos credores, independente do valor do crédito Classe 2 e 3 – Maioria dos credores e maioria dos créditos. 29 Exemplo de créditos com garantia real ITAU R$500.000,00 SIM NÃO SIM BRADESCO R$200.000,00 NÃO SIM SIM HSBC R$200.000,00 NÃO SIM NÃO Conclusão NÃO NÃO SIM 20/02 – FALTAMOS NESSA AULA 21/02 – 1) Pedido 2) Deferimento 3) Plano Formalidades 4) Assembleia CramDown Para determinada deliberação produza seus efeitos, será indispensável que a realização da assembleia geral de credores seja de acordo com determinadas regras, especificamente quanto a sua convocação, instalação e deliberação. Formalidades: 1. Convocação A Assembleia geral de credores, será convocada pelo juiz, mediante a publicação de edital, no diário oficial e em jornal de grande circulação. Em 1a convocação, o edital deverá ser publicado com uma antecedência mínima de 15 dias da data designada para realização de assembleia. Caso a assembleia não seja instalada, procede-se a 2a convocação, hipótese que a assembleia não poderá ser realizada em prazo inferir a 5 dias da data designada para assembleia em 1 convocação. 15 dias 5 dias 24/02 11/03 16/03 Edital de Assembleia Assembleia Convocação 1a convocação 2a convocação 30 Ressalta-se por fim que o edital deverá ser publicado em jornais das localidades em que o devedor mantenha sua sede e filiais. A demais o edital deverá conter o local, a data, e a hora da assembleia, tanto a 1 como a 2 convocação, bem como a ordem do dia e local onde os credores poderão obter cópia do plano de recuperação judicial. Ressalta-se por fim, que nos termos do art. 56,§1, a data designada para assembleia, não poderá exceder 150 dias da data que deferiu o processamento da recuperação judicial. Art. 56, da lei 11.101/05 - Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação. § 1o A data designada para a realização da assembleia-geral não excederá 150 (cento e cinquenta) dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial. 2. Quórum de Instalação Trata-se do número mínimo necessário para a valida realização de assembleia geral de credores. Nos termos do art. 37,§2, a assembleia geral de credores, instalar-se-á em 1a Convocação com a presença de credores que tenham mais da metade da totalidade dos créditos de sua respectiva classe, computados exclusivamente pelo valor, caso a assembleia não seja instalada, em 2a convocação será realizada com a presença de qualquer credor. Art. 37, da lei 11.101/05 - A assembleia será presidida pelo administrador judicial, que designará 1 (um) secretário dentre os credores presentes. § 2o A assembleia instalar-se-á, em 1a (primeira) convocação, com a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe, computados pelo valor, e, em 2a (segunda) convocação, com qualquer número 3. Quórum dos termos e deliberação: Trata-se do número mínimo de votos necessários para que determinada matéria posta em votação seja aprovada pela assembleia de credores nos termos do art. 45, o plano de recuperação judicial deverá ser aprovado pela maioria dos valores em cada uma das classes em que se dividem os credores, computando-se para tanto cada voto da seguinte forma: a) Na classe de créditos derivados da legislação do trabalho e de credores de acidente do trabalho, o valor de cada credor será computado “por cabeça”, independente do valor do crédito titularizado (art. 45, §2) b) Na classe de créditos com garantia real e na classe de créditos privilegiados, quirografários e subordinados, o voto será por cabeça e 31 considerando também o valor do crédito titularizado (art. 45, §1) Art. 45, da lei 11.101/05 - Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta. § 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes. § 2o Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito. § 3o O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quórum de deliberação se o plano de recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito CRAMDOWN (PROVA) Aprovado o plano de recuperação judicial pela assembleia de credores e apresentado pelo devedor certidão negativa de débitos tributários, deverá o juiz conceder a recuperação judicial nos termos do art. 58 da lei 11.101/05. Por outro lado, sendo rejeitado o plano de recuperação judicial pelos credores, o juiz nos termos do art. 56, §4, decretará a falência. Ressalta-se entre tanto, ser possível a concessão da recuperação judicial mesmo após a rejeição do plano pela assembleia de credores. Trata-se do chamado cramdown, hipótese em que o juiz concederá a recuperação se o plano tiver obtido na mesma assembleia e de forma cumulativa: a) Valor favorável de credores que representem mais da metade do valor da totalidade dos créditos presentes da assembleia, independente de sua classe; b) Aprovação pela maioria de valores em pelo menos 2 das 3 classes de credores, ou se existir apenas 2 classes, a aprovação pela maioria de votos em 1 delas’ c) Na classe em que o plano tinha sido rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 do credores e créditos conforme a deliberação da devida classe Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembleia-geral de credores na forma do art. 45 desta Lei. § 1o O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembleia, tenha obtido, de forma cumulativa: 32 I - o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembleia, independentemente de classes; II - a aprovação de 2 (duas) das classesde credores nos termos do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas; III - na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o do art. 45 desta Lei. § 2o A recuperação judicial somente poderá ser concedida com base no § 1o deste artigo se o plano não implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia-geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação. § 1o A data designada para a realização da assembleia-geral não excederá 150 (cento e cinquenta) dias contados do deferimento do processamento da recuperação judicial. § 2o A assembleia-geral que aprovar o plano de recuperação judicial poderá indicar os membros do Comitê de Credores, na forma do art. 26 desta Lei, se já não estiver constituído. § 3o O plano de recuperação judicial poderá sofrer alterações na assembleia-geral, desde que haja expressa concordância do devedor e em termos que não impliquem diminuição dos direitos exclusivamente dos credores ausentes. § 4o Rejeitado o plano de recuperação pela assembleia-geral de credores, o juiz decretará a falência do devedor. 06/03 – 1. Pedido de recuperação 2. Deferimento do processo da recuperação 3. Plano de recuperação judicial 4. Assembleia de credores 5. Créditos Sujeitos a recuperação 5. Créditos Sujeitos a recuperação (sem relação cronológica com anterioridade) Nos termos do art. 49 da lei 11.101/05 estão sujeitos aos efeitos da recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidas, ressalvadas as seguintes exceções: 33 a) Créditos tributários, nos termos do art. 49, §4, b) Créditos devidos pelo proprietário fiduciário de bens moveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, bem como pelo proprietário em contrato de venda com reserva de domínio (art. 49, §3) Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. § 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso. § 2o As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de modo diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial. § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial. § 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei. § 5o Tratando-se de crédito garantido por penhor sobre títulos de crédito, direitos creditórios, aplicações financeiras ou valores mobiliários, poderão ser substituídas ou renovadas as garantias liquidadas ou vencidas durante a recuperação judicial e, enquanto não renovadas ou substituídas, o valor eventualmente recebido em pagamento das garantias permanecerá em conta vinculada durante o período de suspensão de que trata o § 4o do art. 6o desta Lei Crédito trabalhista Ressalta-se que o plano de recuperação judicial, não poderá prever prazo superior a 1 ano para pagamento dos créditos derivados da legislação trabalhista ou decorrentes de acidentes do trabalho (art. 54) Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes 34 de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial. Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores ao pedido de recuperação judicial Procedimento para apuração dos créditos Art. 51, III – rol de credores No pedido de recuperação judicial, será apresentado o 1o documento necessário – Rol nominal dos credores Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída com III - a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada transação pendente. Art. 52, §1 De posse do rol nominal de credores, o juiz ordenara a publicação de edital, com o rol, valor e natureza dos credores. Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato § 1o O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá: I - o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o processamento da recuperação judicial; II - a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor atualizado e a classificação de cada crédito; III - a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, na forma do art. 7o, § 1o, desta Lei, e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei. O credor que obste do valor ou natureza do crédito atribuído, tem 15 dias para apresentar sua divergência. Se o credor perceber sua exclusão da lista, tem 15 dias para a habilitação do crédito. Art. 7,§1 35 Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. § 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. A divergência ou habilitação são apresentas ao administrador judicial, que deverá elaborar uma nova relação nominal de credores em 45 dias. (elaborar e publicar) – Art. 7, §2. § 2o O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação. Realizada a publicação da nova relação nominal de credores, abre-se o prazo de 10 dias para Impugnação do crédito. Quem pode impugnar: -Devedor -Outros credores -Comitê de credores O credor que tiver seu crédito impugnado, terá o prazo de 5 dias para Contestação (art. 11) Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias Realizada a contestação, abre-se o prazo de 5 dias para a manifestação. (devedor/comitê) – art. 12, caput Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias. Realizada a manifestação, abre-se o prazo de 5 dias para o parecer do administrador judicial. – Art. 12, § único 36 Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação. Ao final, o juiz proferirá sua decisão Pedido decisões 60 dias Contestação Manifestação Parecer Decisão QUADRO 15 dias 45 dias GERAL DE CREDORES Publicação Habilitação Publicação rol nominal credores novo rol de credores 13/03 – Recuperação Judicial Processo Verificação de créditos Plano especial para ME/EPP O empresário devedor poderá obter a concessão de sua recuperação judicial com base em um plano especial que será dispensado a aprovação prévia de seus credores para a concessão do benefício. Para tanto, o empresário deverá se enquadrar como uma micro empresa ou empresa de pequeno porte em vista do seu faturamento, nos termos da lei complementar 123/06. A demais deverá o empresário preencher todos os requisitos legais previstos no art. 48, da lei 11.101/05. O plano especial de recuperação de empresas abrangerá tão somente os créditos quirografários, podendo prever o seu pagamento em até 36 parcelas mensais iguais e sucessivas corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% aa, não podendo fixar o pagamento da 1o parcela a prazo que exceda a 180 dias. 37 Durante o período da recuperação judicial, sempre que necessário o empresário devedor quiser contratar novos empregados ou aumentar despesas, deverá obter prévia aprovação do juiz. PLANO ESPECIAL PARA ME/EPP Créditos quirografários Até 36 parcelas mensais Correção monetária Juros até 12%a.a. 1a parcela = até 180 dias Recuperação Extrajudicial (Art. 161 à 167, lei 11,101/05) 1) Devedor e requisitos Empresário Art. 48 O empresário devedor que preencha os requisitos previstos no Art. 48 da lei 11.101/05, poderá propor e negociar com seus credores plano de recuperação extrajudicial. Ressalta-se que nos termos do Art. 2 da lei 11.101/05 determinados empresários não estão sujeitos aos efeitos desta lei, razão pela qual não terão acesso à recuperação extrajudicial de sua empresa, dentro os quais destacam-se empresas públicas de sociedade de economia mista, instituições financeiras, seguradoras. Art. 48, da lei 11.101/05 - Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial; III - não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 38 § 1o A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. § 2o Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue tempestivamente. Art. 2º, da lei 11.101/05 - Esta Lei não se aplica a: I - empresa pública e sociedade de economia mista; II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 2) Créditos sujeitos à recuperação extrajudicial. Tal como na recuperação judicial, os créditos de natureza tributário, bem como aqueles previstos no art. 49, §3, da lei 11.101/05 (tais como créditos detido pelo arrendador mercantil, pelo promitente vendedor ou vendedor de imóvel cujo contrato contendo cláusula de irrevogabilidade e irretratabilidade, dentre outros) não estão sujeitos aos efeitos do plano de recuperação extrajudicial. A demais também não estarão a recuperação extrajudicial os créditos derivados da legislação do trabalho e decorrentes de acidentes do trabalho Art. 49, da lei 11.101/05 - Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere 3) Aprovação do Plano O plano de recuperação extrajudicial conterá os meios que o empresário devedor entenda como necessários para recuperação de sua empresa e será aprovado por credores que representem mais de 3/5 da totalidade dos créditos abrangidos pelo plano, hipótese em que sua homologação judicial serão obrigatória. Ressalta-se sendo o plano aprovado por todos os credores, sua homologação judicial é considerada facultativa. 39 14/03 – Falência (lei 11.101/05) 1) Conceito: Falência pode ser conceituadamente como uma forma de execução concursal do empresário devedor que se encontra juridicamente insolvente. Art. 94 1.1)Pressuposto Subjetivo Nos termos do Art. 1, somente terá sua falência declarada o empresário devedor que se encontre juridicamente insolvente. Pessoa Física Empresa Individual EMPRESÁRIO Empresa Individual (EIRELI) Pessoa Jurídica Sociedade Empresária Inciso IAbsolutamente Excluídos – Empresas Públicas Sociedade de economia mista Exceções Inciso II Relativamente Excluídos – Instituições financeiras Seguradoras Art.2 Consórcio Entidades Previdenciárias complementar Obs. Banco – Será liquidação extrajudicial Art. 21 da lei 6.024/74 Os empresários previstos no rol do inciso II do Art.2 são considerados pela doutrina como sendo relativamente excluídos da lei 11.101/05 e consequentemente da falência, isso por que tais empresários submetem-se como regra a leis especiais que irão disciplinar a execução concursal de seu patrimônio, podendo prever hipóteses excepcionais que quando verificadas ensejarão na decretação da falência do devedor. 40 É o caso por exemplo dos bancos que não submetem em princípio a lei 11.101/05 uma vez que existe uma lei especial (6.024/74) para disciplina jurídica da execução concursal de seus bens, a chamada “liquidação extrajudicial”. Ocorre entre tanto que sendo verificado pela liquidante, indícios de prática de crime falimentar pelos administradores do banco ou insuficiência de bens para o pagamento para mais da metade dos créditos quirografários, o banco central do Brasil (BACEN) autorizará que seja requerida a falência da instituição financeira. 1.2) Pressuposto Objetivo Para fins falimentares, a insolvência do devedor será presumida pela prática de certos comportamentos taxativamente previstos no Art. 94 da lei 11.101/05 Art. 94, da lei 11.101/05 Será decretada a falência do devedor que: I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; II - executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; III - pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. § 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo. § 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar. § 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência 41 será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica. § 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução. § 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas. A saber: Impossibilidade Injustificada (inciso I) O empresário devedor poderá ter sua falência decretada quando sem relevante razão de direito não paga no vencimento uma obrigação líquida superior a 40 salários-mínimos representado em título executivo devidamente protestado. Execução Frustrada (inciso II) O empresário devedor poderá falir quando ser executado por qualquer quantia não paga, não depositada e nem são nomeados bens* a penhora no prazo legal. Certidão de objeto e pé dos autos do processo de execução. *Tríplice omissão Atos de Falência (inciso III) O empresário devedor poderá ter sua falência decretada quando houver praticado um comportamento considerado nos termos do art. 94, III, da lei 11.101/05, como sendo um ato de falência. Impontualidade Obrigação Líquida injustificada -Superior 40 salários (Inciso I) -Título executivo -Protestado Art. 94 Execução Frustrada Certidão de objeto e pé (inciso II) 42 21/03 – Falência 1) Conceito 1.1)Pressupostos Subjetivos 1.2) Pressupostos Objetivos = “Insolvência jurídica” Inciso I – Impontualidade Art. 94 Inciso II – Execução Inciso III – Atos de Falência A saber: a) Realiza a liquidação precipitada dos bens integrantes do seu ativo ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos. b) Realiza, ou tenta realizar negócio simulado com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores. c) Alienação irregular do estabelecimento empresarial. Livre Pagamento dos credores Alienação Insuficiência de bens Eficácia ou Anuência dos credores Alienação regular = Atos de Falência 30 dias para expressar d) Simula transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação, ou fiscalização ou ainda prejudicar credores. e) Dá ou reforça garantia a credor por dívida anteriormente contraída sem ficar com bens livres e desembaraçados para saldar o seu passivo. f) Abandona ou ausenta-se do estabelecimento sem deixar no local representante habilitado com recursos suficientes para salvar as suas dívidas. g) O descumprimento do plano de recuperação judicial. 43 2) Juízo Falimentar 2.1) Competência (art. 3) Nos termos do Art. 3 é competente para decretar falência do empresário devedor o juízo do local do seu principal estabelecimento, considerando com sendo aquele em que se é encontrado o maior volume de negócios do devedor, e portanto, centro de tomada de decisões em que estarão localizados a maior parte do seu ativo, empregados e credores. 44 2.2) Juízo Universal da falência Ao ser decretado a falência, todas as ações e execuções que envolvam bens e interesses do falido, serão processados e julgados pelo juízo em que tramita o processo falimentar, ressalvadas as ações trabalhistas, causas tributárias e as ações e execuções não reguladas pela lei de falências em que a massa falida seja autora ou litisconsorte ativa. Cabe recurso de agravo Cabe Recurso de apelação Etapa pré-Falimentar Etapa Falimentar Etapa Pós-Falimentar Pedido Sentença de de Despacho Sentença encerramento Falência Citação (10 dias) Mensuração Liquidação do
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