Buscar

Direito Falimentar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apontamentos de aula por James Jesser Rodgher e José Roberto Monteiro 
 
 
 
 
 
30/01 – 
 
 
 
 
Recuperação de empresas (lei 11.101/05) 
 
 
 
 
 
 
 
 Teoria dos atos de comércio Teoria de Empresas 
 
Cod. Comercial 1850 Cod. Civil 2002 
 
 
 
 Elementos para identificação dos 
SUJEITOS das regras do direito 
comercial. 
O comerciante é caracterizado 
pelos atos de comercio que 
desenvolve. 
 elementos para identificação do 
EMPRESÁRIO das regras do 
direito empresarial. 
O empresário é definido pelo 
Art.966,CC 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Falimentar 
7º semestre – 2014 Prof. Marcelo Cometti 
2 
 
 Forma Atividade Empresarial 
 
 
 Profissionalismo 
 (Habitual + Pessoalidade) 
 
 Produção Bens 
Empresário Atividade Econômica ou 
 (Fins Lucrativos) Circulação Serviços 
 
 
 Organizado 
 (fatores necessários para atividade Empresaria) 
 
 
 
 Capital 
 
 
 
 Insumos Mão de Obra 
 
 
 
 
 
1) EMPRESÁRIO: Nos termos do Art. 1 da lei 11/101/05, somente o 
empresário (individual, sociedade empresária, EIRELI) poderá pleitear a 
recuperação judicial ou extrajudicial de sua empresa. 
 
Nos termos do Art. 966,CC, empresário é aquele que exerce 
profissionalmente uma atividade empresarial (produção ou circulação de 
bens ou serviços), com fins lucrativos e de modo organizado. 
 
Exceções: Ressalta-se entre tanto que não será considerado empresário, 
ainda que para tanto, atue com profissionalismo, fins lucrativos e de modo 
organizado as pessoas que exerçam as seguintes atividades: 
a) atividade intelectual, Art. 966, Parágrafo Único, CC 
Não é considerado empresário, quem exerce uma atividade intelectual de 
natureza científica, de natureza literária ou artística. Salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa. 
 
 
 
Art. 1o, da lei 11.101/05 - Esta Lei disciplina 
a recuperação judicial, a recuperação 
extrajudicial e a falência do empresário e da 
sociedade empresária, doravante referidos 
simplesmente como devedor. 
 
Art. 966, CC Considera-se empresário quem 
exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços. 
3 
 
Parágrafo único. Não se considera 
empresário quem exerce profissão intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística, 
ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da 
profissão constituir elemento de empresa 
 
 
Elemento de empresa: Significa ser parcela dessa atividade e não a atividade 
em si, isoladamente considerada. É o caso, por exemplo, do médico que agrega a 
prática da medicina um “SPA”, onde ao paciente se oferece repouso e 
alimentação; do veterinário que, além do seu oficio, em uma pet shop vende 
ração para os animais, medicamentos, bem como hospeda os animais na viagem 
de seus donos. 
 
Exemplos: 
 
-Doutor João, Cirurgião proprietário de uma clínica médica, em que ele atua como 
médico (fazendo atendimento) com demais outros médicos. 
Não é considerado empresário. 
 
-Doutor João, Cirurgião proprietário de uma clínica médica, em que ele somente 
administra a clínica. 
É considerado empresário, pois possui elemento de empresa, ele esta 
desempenhando a função de administrador. 
 
Link para o artigo elemento de empresa: 
http://www.cartaforense.com.br/conteudo/artigos/desmitificando-o-elemento-de-
empresa-na-atividade-intelectual-exercida-pelo-empresario/11958 
 
 
2) ATIVIDADE RURAL: Art. 971,CC – Não será considerado empresário 
quem exercer uma atividade rural e não houver optado por sua inscrição na 
junta comercial. 
 
Art. 971, CC - O empresário, cuja atividade rural 
constitua sua principal profissão, pode, observadas 
as formalidades de que tratam o art. 968 e seus 
parágrafos, requerer inscrição no Registro Público 
de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em 
que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos 
os efeitos, ao empresário sujeito a registro. 
 
 
 Requerer sua inscrição na Junta Comercial 
Atividade Rural 
 Requerer a sua inscrição no Cartório 
 
 
 
4 
 
31/01 – 
 
 
 
Recuperação Empresarial 
 
 
 Empresários (Art. 1, da lei 11.101/05) 
 
Pessoa Física Empresário Individual 
 
 Sociedade Empresária 
 
Pessoa Jurídica 
 
 EIRELI 
 
 
Art. 1o, da lei 11.101/05 - Esta Lei disciplina 
a recuperação judicial, a recuperação 
extrajudicial e a falência do empresário e da 
sociedade empresária, doravante referidos 
simplesmente como devedor. 
 
 
 
 
 Exceções (Art. 2, da lei 11,101/05) 
 
Empresários Excluídos 
 
 Empresas Públicas 
Inciso I 
 Sociedade de economia mistas 
 
 Instituições Financeiras (ex. Bancos) 
 Inciso II Seguradoras 
 Operadoras de Plano de Saúde 
 Entidades Previdência (...) 
 
 
 
Art. 2o, da lei 11.101/05 Esta Lei não se aplica a: 
I - empresa pública e sociedade de economia 
mista; 
II - instituição financeira pública ou privada, 
cooperativa de crédito, consórcio, entidade de 
5 
 
previdência complementar, sociedade operadora 
de plano de assistência à saúde, sociedade 
seguradora, sociedade de capitalização e outras 
entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
 
 
 
Breve Histórico 
 
 
 Lei 11.101/05 Recuperação de Empresas 
 
 
Dilação 24 meses 
 Decreto Lei 7.661/45 Concordata 
Remissão de 50% 
 
 
A recuperação de empresas, foi introduzida em nosso ordenamento jurídico pela 
lei 11.101/05 em substituição a concordata. 
A recuperação de empresas tal como a concordata, tem por objeto auxiliar o 
empresário devedor a superar a situação de crise econômica financeira pela qual 
atravessa, preservando assim a fonte produtora, empregos e interesses de 
credores. 
 
 
Diferenças: 
 
1) ANUÊNCIA DOS CREDORES: Diferentemente da concordata, o 
empresário em crise, somente terá acesso a recuperação de sua empresa 
se houvera concordância de seus credores ao plano de recuperação por 
ele apresentado. 
 
 
Judicial 
Plano de Recuperação 
 Extrajudicial 
 
 
2) MEIOS PARA A RECUPERAÇÃO: Diferentemente da concordata, na 
recuperação de empresas, o empresário é livre para apresentar aos 
credores, os instrumentos que entende necessários para efetiva 
recuperação de sua atividade. Exemplificado no Art. 50 da lei 11.101/05. 
 
 
Art. 50 da lei 11.101/05 - Constituem meios de 
recuperação judicial, observada a legislação pertinente a 
cada caso, dentre outros: 
6 
 
I - concessão de prazos e condições especiais para 
pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; 
II - cisão, incorporação, fusão ou transformação de 
sociedade, constituição de subsidiária integral, ou 
cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos 
dos sócios, nos termos da legislação vigente; 
III - alteração do controle societário; 
IV - substituição total ou parcial dos administradores 
do devedor ou modificação de seus órgãos 
administrativos; 
V - concessão aos credores de direito de eleição em 
separado de administradores e de poder de veto em 
relação às matérias que o plano especificar; 
VI - aumento de capital social; 
VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, 
inclusive à sociedade constituída pelos próprios 
empregados; 
VIII - redução salarial, compensaçãode horários e 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva; 
IX - dação em pagamento ou novação de dívidas do 
passivo, com ou sem constituição de garantia própria 
ou de terceiro; 
X - constituição de sociedade de credores; 
XI - venda parcial dos bens; 
XII - equalização de encargos financeiros relativos a 
débitos de qualquer natureza, tendo como termo 
inicial a data da distribuição do pedido de 
recuperação judicial, aplicando-se inclusive aos 
contratos de crédito rural, sem prejuízo do disposto 
em legislação específica; 
XIII - usufruto da empresa; 
XIV - administração compartilhada; 
XV - emissão de valores mobiliários; 
XVI - constituição de sociedade de propósito 
específico para adjudicar, em pagamento dos 
créditos, os ativos do devedor. 
§ 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a 
supressão da garantia ou sua substituição somente 
serão admitidas mediante aprovação expressa do 
credor titular da respectiva garantia. 
§ 2o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação 
cambial será conservada como parâmetro de 
indexação da correspondente obrigação e só poderá 
ser afastada se o credor titular do respectivo crédito 
aprovar expressamente previsão diversa no plano de 
recuperação judicial. 
 
 
7 
 
3) MODALIDADES: Diferentemente da concordata que era exclusivamente 
judicial, a recuperação de empresas poderá se dar judicialmente (Art. 47 à 
74 da lei 11.101/05) ou Extrajudicialmente (Art. 161 à 167 da lei 11.101/05) 
 
 
4) MOMENTO: A recuperação de empresas, somente poderá ser requisitada 
pelo empresário devedor, antes da decretação de sua falência, portanto 
diferentemente da concordata, a recuperação de empresas já mais poderá 
ser pleiteada no curso do processo falimentar. 
 
 
Questão para seminário (entregar na próxima aula) 
 
A cooperativa de calçado Itambé, está desde janeiro de 2013 com dificuldades 
financeiras. Em julho, deixou de cumprir com obrigações junto a diversos bancos 
detentores de crédito superior a R$ 400.000,00. Em vista da situação descrita, a 
cooperativa cujo patrimônio líquido é negativo, lhe procura para uma consulta 
jurídica sob a possibilidade de elaboração de plano de recuperação judicial. Os 
representantes da cooperativa, informaram que sua constituição ocorreu em 
10/01/2012, e seus atos constitutivos estão arquivados na JUCESP desde 
30/01/2012.
8 
 
 Art. 44,CC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cooperativas – Simples 
 Nome Coletivo (Art. 1039/1044,CC) 
 Personificada Comandita Simples (Art. 1045/1051,CC) 
 Espécies: Limitada (Art. 1052/1087,CC) 
*Sociedades 1)Empresária (≠art. 982 - objeto) Sociedade Anônima (Art. 1088/1089 – lei 6.404/76) 
 2)Simples Comandita por ações (Art.1090/1092 – lei 6.404/76) 
 Simples (Art. 997/1033,CC) 
 
 Não Personificada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Associações 
Dir. Comercial Fundações Sem Fins Lucrativos 
 Direito Privado Organizações Religiosas 
Empresário (≠ regime jurídico) Partidos Políticos 
 Sociedades* Fins Lucrativos 
 EIRELI 
Pessoas Jurídicas 
 
 Direito Público 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
06/02 RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Não Havendo Objeção Juiz irá conceder a Recuperação Judicial 
 
 
 
 
 
 Havendo Objeção Juiz Convocará Assembleia Aprovação 
 (Parcial/Total) de credores 
 Rejeição 
 
 
 
 
 
 
Convolação da ação judicial em falência 
 Se não apresentar em 60 dias o plano de recup. Judicial 
60 dias para 
apresentar o 
seu plano de 
recuperação 
30 dias para a 
apresentação 
das objeções 
dos credores 
10 
 
 
 
Art. 58 da lei 11.101/05 – CramDown - Permite a concessão do plano de recuperação, mesmo com a rejeição da assembleia, desde que 
obedeça os requisitos.
11 
 
1) Recuperação Judicial 
 
a) Pedido de Recuperação Judicial 
 
 Quem tem Legitimidade? Art. 1 da lei 11.101/05 - Somente o 
empresário poderá requerer a recuperação judicial de sua 
empresa. Para tanto, deverá preencher os requisitos do art. 48 
da lei 11.101/05 a saber: 
 
 Estar exercendo regularmente sua atividade empresária 
a de 2 anos. 
 
Obs.Art. 48 da lei 11.101/05, foi acrescentada o §2 pela 
lei 12.873/13. Quem exerce atividade rural e tenha 
optado pela inscrição no cartório, poderá transferir a sua 
inscrição para a junta comercial e solicitar a recuperação 
judicial, desde que se comprove 2 anos de sua atividade 
através de declaração de informação econômica-fiscal. 
 
 Não ser falido, mas se o foi, esta devidamente 
reabilitado. 
 
 
 
 1981 1986 1995 2001 2004 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Não tenha sido, nem ter administrador que tenha sido 
condenado por crime falimentar. 
 
 
 
 
 
 1981 1986 
 
 
 
 
 
 
 
Falência Encerrada 
Falência 
Reabilitação – 
Declaraçao 
por sentença 
da extinção 
de todas as 
obrigações 
Falência 
Crime Falimentar 
12 
 
 Não ter a menos de 5 anos, obtido a concessão da 
recuperação judicial de sua empresa ou não ter há 
menos de 8 anos, a concessão da recuperação judicial 
com base em plano especial para micro empresas e 
empresas de pequeno porte. 
 
 
b) Juízo Competente 
 
 
 
Filial (armazém exportação) 
 Belém (PA) 
 
 
 Sede Social - 1 diretor / 1 Funcionário 
Recife (PE) 
 
 
 
 
Filial – 3 diretores / 150 empregados / parque industrial 
Guarulhos (SP) 
 
 
 
 
 
 
Art. 3 da lei 11.101/05 – É entendimento predominante na doutrina e na 
jurisprudência. O principal estabelecimento é o centro de tomada de decisões, em 
que se encontra a maior parte dos administradores e consequentemente 
empregados, credores e ativo. Permitindo assim a economia processual quanto a 
tramitação do processo. 
 
 
 Art. 1o, , da lei 11.101/05 - Esta Lei disciplina a recuperação 
judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário 
e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente 
como devedor. 
 
Art. 3o, , da lei 11.101/05 - É competente para homologar o 
plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação 
judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal 
estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha 
sede fora do Brasil. 
 
Art. 48, , da lei 11.101/05 -Poderá requerer recuperação 
judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça 
13 
 
regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que 
atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
 I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, 
por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí 
decorrentes; 
 II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido 
concessão de recuperação judicial; 
 III – não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido 
concessão de recuperação judicial com base no plano 
especial de que trata a Seção V deste Capítulo; 
 IV – não ter sido condenado ou não ter, como 
administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por 
qualquer dos crimes previstos nesta Lei. 
§ 1o A recuperação judicial também poderá ser 
requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, 
inventariante ou sócio remanescente. 
§ 2o Tratando-se de exercício de atividade rural por 
pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo 
estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração de 
Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que 
tenha sido entregue tempestivamente. 
 
Art.52, da lei 11.101/05 - Estando em termos a 
documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o 
processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: 
III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções 
contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, 
permanecendo os respectivos autos no juízo onde se 
processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o 
do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na 
forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei. 
 
Art. 58, da lei 11.101/05 - Cumpridas as exigências desta Lei, 
o juiz concederá a recuperação judicial do devedor cujo plano 
não tenha sofrido objeção de credor nos termos do art. 55 
desta Lei ou tenha sido aprovado pela assembléia-geral de 
credores na forma do art. 45 desta Lei. 
 § 1o O juiz poderá conceder a recuperação judicial com 
base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 
desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de 
forma cumulativa: 
 I – o voto favorável de credores que representem mais 
da metade do valor de todos os créditos presentes à 
assembléia, independentemente de classes; 
 II – a aprovação de 2 (duas) das classes de credores nos 
termos do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) 
classes com credores votantes, a aprovação de pelo 
menos 1 (uma) delas; 
14 
 
 III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de 
mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma 
dos §§ 1o e 2o do art. 45 desta Lei. 
 § 2o A recuperação judicial somente poderá ser 
concedida com base no § 1o deste artigo se o plano não 
implicar tratamento diferenciado entre os credores da classe 
que o houver rejeitado. 
 
 
 
 
07/02 – 
 
a) Pedido de Recuperação Judicial 
 
 Legitimidade (art.1) e Requisitos (art.48) 
 
 Juízo Competente 
 
 ???????? 
 
 
 O pedido de recuperação judicial, deverá conter a exposição das causas 
concretas da situação patrimonial do devedor e das razões de sua crise 
econômica financeira, sendo ainda instruído pelos seguintes documentos: 
 
1) Demonstrações financeiras ( balanço patrimonial, demonstração de 
resultados econômicos, relatório gerencial de fluxo de caixa e sua 
projeção), relativas aos 3 últimos anos de exercícios sócias. 
 
2) Relação de todos os credores, com a indicação do valor de cada 
crédito e sua natureza. 
 
3) Relação de empregados, com a indicação das respectivas funções 
e salários. 
 
4) Certidão expedida pelo registro público de empresas mercantis, a 
cargo da junta comercial. 
 
5) Relação dos bens particulares dos sócios controladores e 
administradores do devedor. 
 
6) Extratos atualizados das contas bancárias do devedor e de suas 
eventuais aplicações. 
 
7) Certidões expedidas pelos cartórios de protesto das comarcas em 
que o devedor esteja sediado e de suas eventuais afiliais. 
 
8) Relação de todos as ações e execuções em que o devedor seja a 
parte. 
15 
 
SEMINÁRIO 
 
COURO BOM, indústria de sapatos LTDA, sociedade empresária, com seus atos 
constitutivos arquivados na JUCESP desde 20/04/2010. Celebrou contrato de 
arrendamento mercantil (leasing) em 01/07/2010 com a ALFA leasing S/A, 
recebendo equipamentos e comprometendo-se a pagar 30 parcelas mensais 
iguais e sucessivas a partir de 10/08/2011 no valor de R$30.000,00 cada parcela. 
Ocorreu que desde Outubro de 2013, a COURO BOM vem atravessando um 
período de crise econômica e financeira, deixando de pagar empréstimos junto a 
instituições financeiras e as parcelas do contrato de leasing vencidas a partir de 
10/11/2013. 
Tal comportamento, fez com que seus credores ajuizassem diversas ações de 
cobranças, mas em 20/12/2013, foi deferido o processamento de sua recuperação 
judicial em trâmite na 1a Vara de Falências e Recuperação do Foro Central da 
Comarca da Capital de São Paulo. 
Diante do exposto, responda as seguintes indagações: 
a) As ações de execução ajuizados pelos bancos Itaú e Bradesco, serão 
suspensas pós o deferimento da recuperação? Tal prazo poderá ser 
revogado?? Justifique. 
 
Sim, serão suspensas pelo prazo de 180 dias, com base no art. 52, III, da 
lei 11.101/05. 
 
Art. 52, da lei 11.101/05 - Estando em termos a 
documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o 
processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: 
III – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções 
contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, 
permanecendo os respectivos autos no juízo onde se 
processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o 
do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na 
forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei. 
 
Tal prazo não poderá ser revogado, com base no art. 6, §4, da lei 
 11.101/05. 
 
Art. 6o , da lei 11.101/05 - A decretação da falência ou o 
deferimento do processamento da recuperação judicial 
suspende o curso da prescrição e de todas as ações e 
execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos 
credores particulares do sócio solidário. 
§ 4o Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o 
caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo 
improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do 
deferimento do processamento da recuperação, 
restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos 
credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, 
independentemente de pronunciamento judicial. 
 
16 
 
b) A ação de cobrança provida pela ALFA leasing S/A, será suspensa assim 
como as execuções ajuizadas pelos bancos? Justifique. 
 
-Analisar o artigo 52 da lei 11.101/05 e suas ressalvas que são os artigos 6 
e 49 da própria lei. 
 
Com base nas ressalvas: 
Art. 6 - Leasing são dívidas líquidas e certas / ações não possuem 
naturezas trabalhistas / não possuem natureza fiscal do CTN. 
(com base no art. 6 não possui exceções para suspender) 
 
Art. 49 – Trata-se de um arrendador mercantil. 
 
Com base na ressalva do Art. 49, §2, da lei 11.101/05, Não será suspensa. 
 
Art. 52, da lei 11.101/05 - Estando em termos a 
documentação exigida no art. 51 desta Lei, o juiz deferirá o 
processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato: 
 III – ordenará a suspensão de todas as ações ou 
execuções contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, 
permanecendo os respectivos autos no juízo onde se 
processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o 
do art. 6o desta Lei e as relativas a créditos excetuados na 
forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 desta Lei. 
 
 
Art. 6o da lei 11.101/05 - A decretação da falência ou o 
deferimento do processamento da recuperação judicial 
suspende o curso da prescrição e de todas as ações e 
execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos 
credores particulares do sócio solidário. 
 § 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se 
processando a ação que demandar quantia ilíquida. 
 § 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, 
habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da 
relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, 
inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, 
serão processadas perante a justiça especializada até a 
apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-
geral de credores pelo valor determinado em sentença. 
 § 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas 
pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a 
concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário 
Nacional e da legislação ordinária específica. 
 
Art. 49 da lei 11.101/05 Estão sujeitos à recuperação judicial 
todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não 
vencidos. 
 § 3o Tratando-se de credor titular da posição de 
proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de 
17arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor 
de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de 
irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em 
incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de 
venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá 
aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos 
de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, 
observada a legislação respectiva, não se permitindo, 
contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4o 
do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento 
do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade 
empresarial. 
 § 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial 
a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei. 
 
 
 
13/02 – 
 
Recuperação Judicial 
 
1. Pedido de recuperação 
2. Deferimento do processo da recuperação 
3. Plano de recuperação judicial 
4. Assembleia de credores 
 
 
 
 
2.Deferimento do processo da recuperação 
 
 
Nos termos do art. 52 da lei 11.101/05, estando o pedido de recuperação judicial 
devidamente instruído pelos documentos previstos no art. 51 da referida lei, o juiz 
deferirá o processamento da recuperação judicial e no mesmo ato: 
 
A) Nomeará o administrador judicial que poderá ser tanto PJ especializada, 
como também PF, preferencialmente administrador de empresas, contador, 
economista ou advogado nos termos do art. 22 da lei 11.101/05, o 
administrador judicial atuará sob a fiscalização do juiz e, se houver, do 
comitê de credores, tendo dentre outras atribuições prescritas no artigo 
citado, as seguintes: 
 
A1) Fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano de 
recuperação judicial. 
 
A2) Requerer a falência do devedor no caso de descumprimento de 
obrigação assinada no plano de recuperação judicial. 
 
18 
 
A3) Apresentar ao juiz relatório mensal das atividades desenvolvidas pelo 
devedor. 
A4) Elaborar relação de credores nos termos do art. 7, §2 da lei 11.101/05, 
consolidando o quadro geral de credores. 
 
A5) Requerer ao juiz convocação da assembleia de credores nos casos 
previstos na lei quando entender necessário. 
 
Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída 
com: 
I - a exposição das causas concretas da situação patrimonial do 
devedor e das razões da crise econômico-financeira; 
II - as demonstrações contábeis relativas aos 3 (três) últimos 
exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o 
pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação 
societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: 
a) balanço patrimonial; 
b) demonstração de resultados acumulados; 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
d) relatório gerencial de fluxo de caixa e de sua projeção; 
III - a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles 
por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço de 
cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do 
crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos 
vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada 
transação pendente; 
IV - a relação integral dos empregados, em que constem as 
respectivas funções, salários, indenizações e outras parcelas a 
que têm direito, com o correspondente mês de competência, e a 
discriminação dos valores pendentes de pagamento; 
V - certidão de regularidade do devedor no Registro Público de 
Empresas, o ato constitutivo atualizado e as atas de nomeação 
dos atuais administradores; 
VI - a relação dos bens particulares dos sócios controladores e 
dos administradores do devedor; 
VII - os extratos atualizados das contas bancárias do devedor e 
de suas eventuais aplicações financeiras de qualquer modalidade, 
inclusive em fundos de investimento ou em bolsas de valores, 
emitidos pelas respectivas instituições financeiras; 
VIII - certidões dos cartórios de protestos situados na comarca do 
domicílio ou sede do devedor e naquelas onde possui filial; 
IX - a relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais 
em que este figure como parte, inclusive as de natureza 
trabalhista, com a estimativa dos respectivos valores 
demandados. 
§ 1o Os documentos de escrituração contábil e demais relatórios 
auxiliares, na forma e no suporte previstos em lei, permanecerão 
à disposição do juízo, do administrador judicial e, mediante 
autorização judicial, de qualquer interessado. 
19 
 
§ 2o Com relação à exigência prevista no inciso II do caput deste 
artigo, as microempresas e empresas de pequeno porte poderão 
apresentar livros e escrituração contábil simplificados nos termos 
da legislação específica. 
§ 3o O juiz poderá determinar o depósito em cartório dos 
documentos a que se referem os §§ 1o e 2o deste artigo ou de 
cópia destes. 
Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 
desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação judicial 
e, no mesmo ato: 
I - nomeará o administrador judicial, observado o disposto no art. 
21 desta Lei; 
II - determinará a dispensa da apresentação de certidões 
negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para 
contratação com o Poder Público ou para recebimento de 
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, observando o 
disposto no art. 69 desta Lei; 
III - ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções 
contra o devedor, na forma do art. 6o desta Lei, permanecendo os 
respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as 
ações previstas nos §§ 1o, 2o e 7o do art. 6o desta Lei e as 
relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3o e 4o do art. 49 
desta Lei; 
IV - determinará ao devedor a apresentação de contas 
demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação 
judicial, sob pena de destituição de seus administradores; 
V - ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação 
por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e 
Municípios em que o devedor tiver estabelecimento. 
§ 1o O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no 
órgão oficial, que conterá: 
I - o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o 
processamento da recuperação judicial; 
II - a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor 
atualizado e a classificação de cada crédito; 
III - a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, 
na forma do art. 7o, § 1o, desta Lei, e para que os credores 
apresentem objeção ao plano de recuperação judicial 
apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei. 
§ 2o Deferido o processamento da recuperação judicial, os 
credores poderão, a qualquer tempo, requerer a convocação de 
assembléia-geral para a constituição do Comitê de Credores ou 
substituição de seus membros, observado o disposto no § 2o do 
art. 36 desta Lei. 
§ 3o No caso do inciso III do caput deste artigo, caberá ao 
devedor comunicar a suspensão aos juízos competentes. 
§ 4o O devedor não poderá desistir do pedido de recuperação 
judicial após o deferimento de seu processamento, salvo se 
obtiver aprovação da desistência na assembléia-geral de credores 
 
20 
 
Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do 
juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: 
I - na recuperação judicial e na falência: 
a) enviar correspondência aos credores constantes na relação de 
que trata o inciso III do caput do art. 51, o inciso III do caput do 
art. 99 ou o inciso II do caput do art. 105 desta Lei, comunicando 
a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da 
falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; 
b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos 
credores interessados; 
c)dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, 
a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações 
de créditos; 
d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores 
quaisquer informações; 
e) elaborar a relação de credores de que trata o § 2o do art. 7o 
desta Lei; 
f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 
desta Lei; 
g) requerer ao juiz convocação da assembléia-geral de credores 
nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua 
ouvida para a tomada de decisões; 
h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou 
empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no 
exercício de suas funções; 
i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; 
II - na recuperação judicial: 
a) fiscalizar as atividades do devedor e o cumprimento do plano 
de recuperação judicial; 
b) requerer a falência no caso de descumprimento de obrigação 
assumida no plano de recuperação; 
c) apresentar ao juiz, para juntada aos autos, relatório mensal das 
atividades do devedor; 
d) apresentar o relatório sobre a execução do plano de 
recuperação, de que trata o inciso III do caput do art. 63 desta Lei; 
III - na falência: 
a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, 
os credores terão à sua disposição os livros e documentos do 
falido; 
b) examinar a escrituração do devedor; 
c) relacionar os processos e assumir a representação judicial da 
massa falida; 
d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, 
entregando a ele o que não for assunto de interesse da massa; 
e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da 
assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual 
período, relatório sobre as causas e circunstâncias que 
conduziram à situação de falência, no qual apontará a 
responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o 
disposto no art. 186 desta Lei; 
21 
 
f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto 
de arrecadação, nos termos dos arts. 108 e 110 desta Lei; 
g) avaliar os bens arrecadados; 
h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante 
autorização judicial, para a avaliação dos bens caso entenda não 
ter condições técnicas para a tarefa; 
i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao 
pagamento dos credores; 
j) requerer ao juiz a venda antecipada de bens perecíveis, 
deterioráveis ou sujeitos a considerável desvalorização ou de 
conservação arriscada ou dispendiosa, nos termos do art. 113 
desta Lei; 
l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, 
diligenciar a cobrança de dívidas e dar a respectiva quitação; 
m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, 
bens apenhados, penhorados ou legalmente retidos; 
n) representar a massa falida em juízo, contratando, se 
necessário, advogado, cujos honorários serão previamente 
ajustados e aprovados pelo Comitê de Credores; 
o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias 
para o cumprimento desta Lei, a proteção da massa ou a 
eficiência da administração; 
p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10o (décimo) 
dia do mês seguinte ao vencido, conta demonstrativa da 
administração, que especifique com clareza a receita e a 
despesa; 
q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da 
massa em seu poder, sob pena de responsabilidade; 
r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, 
destituído ou renunciar ao cargo. 
§ 1o As remunerações dos auxiliares do administrador judicial 
serão fixadas pelo juiz, que considerará a complexidade dos 
trabalhos a serem executados e os valores praticados no mercado 
para o desempenho de atividades semelhantes. 
§ 2o Na hipótese da alínea d do inciso I do caput deste artigo, se 
houver recusa, o juiz, a requerimento do administrador judicial, 
intimará aquelas pessoas para que compareçam à sede do juízo, 
sob pena de desobediência, oportunidade em que as interrogará 
na presença do administrador judicial, tomando seus depoimentos 
por escrito. 
§ 3o Na falência, o administrador judicial não poderá, sem 
autorização judicial, após ouvidos o Comitê e o devedor no prazo 
comum de 2 (dois) dias, transigir sobre obrigações e direitos da 
massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que sejam 
consideradas de difícil recebimento. 
§ 4o Se o relatório de que trata a alínea e do inciso III do caput 
deste artigo apontar responsabilidade penal de qualquer dos 
envolvidos, o Ministério Público será intimado para tomar 
conhecimento de seu teor 
 
22 
 
Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo 
administrador judicial, com base nos livros contábeis e 
documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos 
que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com 
o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. 
§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no parágrafo 
único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 
(quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas 
habilitações ou suas divergências quanto aos créditos 
relacionados. 
§ 2o O administrador judicial, com base nas informações e 
documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste artigo, 
fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 
(quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1o deste 
artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que 
as pessoas indicadas no art. 8o desta Lei terão acesso aos 
documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação 
 
 
 
B) O juiz determinará a suspensão do curso da prescrição e de todas as 
ações e execuções promovidas contra o devedor, exceto as ações que 
demandam quantia ilíquida (art. 6,§1); ações derivadas da legislação do 
trabalho (ex. reclamação trabalhista) e decorrentes de acidentes de 
trabalho, durante fase de conhecimento (art.6,§2); execuções fiscais (art.6, 
§7); ações relativas a cobrança dos créditos excetuados da recuperação 
jurídica, nos termos do art.49, §3 (ex. contrato de compra e venda com 
cláusula de irrevogabilidade) 
Ressalta-se que a suspensão ponderará pelo prazo de até 180 dias. 
 
Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do 
processamento da recuperação judicial suspende o curso da 
prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, 
inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário. 
§ 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se 
processando a ação que demandar quantia ilíquida. 
§ 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, 
habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da 
relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, 
inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, 
serão processadas perante a justiça especializada até a apuração 
do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de 
credores pelo valor determinado em sentença 
§ 7o As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo 
deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de 
parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da 
legislação ordinária específica. 
 
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos 
existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 
23 
 
§ 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário 
fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de 
proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos 
contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou 
irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de 
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu 
crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judiciale 
prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as 
condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se 
permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se 
refere. 
 
C) O juiz determinará a defesa da apresentação de certidões negativas, para 
que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com poder 
público(licitações) e para receber benefícios ou incentivos fiscais. 
 
D) O juiz determinará ao devedor a apresentação de prestação de contas 
mensais, quanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição 
de seus administradores (entraria então o gestor judicial). 
 
E) O juiz ordenará a intimação do MP e a comunicação por carta às fazendas 
sob (federal, estadual, municipal). 
 
 
 
 
3. Plano de recuperação judicial 
 
 
Publicada a decisão que deferiu o processamento da recuperação judicial, o 
empresário devedor, no prazo improrrogável de 60 dias, deverá apresentar em 
juízo o seu plano de recuperação judicial, que conterá os instrumentos e meios 
que o devedor entenda como necessários para recuperação de sua empresa, 
possibilitando assim a superação do seu estado de crise econômica/financeira. 
Caso o devedor não apresente no prazo legal o seu plano, deverá o juiz 
convolar a recuperação judicial em falência. 
Ressalta-se, entretanto, que mesmo após o deferimento do processamento da 
recuperação judicial, poderá dela o devedor desistir, hipótese em que será 
indispensável a previa aprovação pela assembleia de credores. 
 
 
Meios de Recuperação 
 
O art. 50 da lei 11.101/05, apresenta de forma exemplificativa – não taxativa – 
um rol de possíveis meios de recuperação judicial que poderão ser 
apresentados pelo devedor em seu plano. Destacamos: 
 
a) (Resquícios da concordata) concessão de prazos (dilação) e concessões 
especiais para pagamento (até mesmo a remissão ) das obrigações 
24 
 
vencidas ou vincendas. 
 
b) Cisão, incorporação, fusão ou transformação da sociedade, constituição de 
subsidiária integral, ou ainda cessão de cotas ou ações, respeitados os 
direitos dos demais sócios. 
 
 
 
 
FUSÃO A + B C 
 (extinta) (extinta) (nova) 
 
 
 
 
INCORPORAÇÃO A + B A 
 (incorporadora) 
 C 
 (incorporadas) 
 
 
 
 
 
 A 
 Total = C 
 (extinta) B 
 
 
CISÃO 
 
 Varig 
 Parcial = VARIG 
 A 
 (incorporada pela GOL) 
 
 
 
 
TRANSFORMAÇÃO – Alteração da forma societária 
 
S/A LTADA 
LTDA S/A 
 Etc. 
 
 
 
 
Constituição de subsidiária integral 
 
25 
 
Transferimento e subsidiária integral da Petrobrás. 
Todas as ações da transferimento são detidas pela Petrobrás. 
Art. 251. Da lei 6.404/76 - A companhia pode ser constituída, 
mediante escritura pública, tendo como único acionista sociedade 
brasileira. 
§ lº A sociedade que subscrever em bens o capital de subsidiária 
integral deverá aprovar o laudo de avaliação de que trata o artigo 
8º, respondendo nos termos do § 6º do artigo 8º e do artigo 10 e 
seu parágrafo único. 
§ 2º A companhia pode ser convertida em subsidiária integral 
mediante aquisição, por sociedade brasileira, de todas as suas 
ações, ou nos termos do artigo 252. 
 
c) Aceleração do controle societário 
 
d) Substituição total ou parcial dos administradores do devedor, ou 
modificação de seus órgãos administrativos. 
 
e) Concessão aos credores de direito de eleição em separado, de 
administradores e de poder de veto em relação às matérias que o plano de 
especificar. 
 
 
 
 
 
14/02 – 
 
 
 
f) Aumento do capital social 
 
g) Trespasse (art. 50, VIII) 
 
É o contrato de alienação do estabelecimento empresarial 
 
 
 
Alienação do Estabelecimento 
 
 Como regra, pode alienar; 
 
 Não se seu patrimônio, além do estabelecimento, for menor que o 
total das dívidas; 
 
 Os credores, comunicados, tem 30 dias para anuir. No silêncio dos 
credores – ausência tácita. 
 
 
 
26 
 
 
 
Alienação do estabelecimento 
 
 Regra Exceção 
 
 LIVRE INSUFICIENCIA DE FUNDOS 
 
 
 
 EFICÁCIA 
 
 
 
 PAGAMENTO ANUÊNCIA DOS 
 DOS CREDORES CREDORES 
 
 
 
Se estivermos no plano aprovado – OK 
 
A alienação sem a anuência dos credores – quando necessário – é uma 
alienação irregular e pode ter a falência decretada. (art.94,III, c, da lei 11.101/05) 
 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
III - pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer 
parte de plano de recuperação judicial: 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, 
sem o consentimento de todos os credores e sem ficar 
com bens suficientes para solver seu passivo; 
 
h) Redução salarial, compensação de horários e redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva. 
 
i) Dação em pagamento ou novação de dívidas do passivo, com ou sem 
constituição de garantia própria ou de terceiros. 
 
j) Constituição de sociedade de credores 
 
k) Venda parcial dos bens. 
 
l) Usufruto da empresa, transferido para credores; 
 
m) Administração compartilhada entre o sócio da sociedade devedora, 
credores, funcionários... 
 
n) Emissão de valores mobiliários. Ex. ações, debêntures e etc. 
 
o) Equalização de encargos financeiros relativos a débitos de qualquer valor, 
tendo como termo inicial a data de distribuição do pedido de recuperação 
27 
 
judicial. 
 
p) Constituição de SPE – sociedade de propósito específico para adjudicar 
em pagamento os créditos, os ativos do devedor. 
 
Art. 50. Constituem meios de recuperação judicial, 
observada a legislação pertinente a cada caso, dentre 
outros 
I - concessão de prazos e condições especiais para 
pagamento das obrigações vencidas ou vincendas; 
II - cisão, incorporação, fusão ou transformação de 
sociedade, constituição de subsidiária integral, ou 
cessão de cotas ou ações, respeitados os direitos dos 
sócios, nos termos da legislação vigente; 
III - alteração do controle societário; 
IV - substituição total ou parcial dos administradores do 
devedor ou modificação de seus órgãos administrativos; 
V - concessão aos credores de direito de eleição em 
separado de administradores e de poder de veto em 
relação às matérias que o plano especificar; 
VI - aumento de capital social; 
VII - trespasse ou arrendamento de estabelecimento, 
inclusive à sociedade constituída pelos próprios 
empregados; 
VIII - redução salarial, compensação de horários e 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção 
coletiva; 
IX - dação em pagamento ou novação de dívidas do 
passivo, com ou sem constituição de garantia própria ou 
de terceiro; 
X - constituição de sociedade de credores; 
XI - venda parcial dos bens; 
XII - equalização de encargos financeiros relativos a 
débitos de qualquer natureza, tendo como termo inicial a 
data da distribuição do pedido de recuperação judicial, 
aplicando-se inclusive aos contratos de crédito rural, 
sem prejuízo do disposto em legislação específica; 
XIII - usufruto da empresa; 
XIV - administração compartilhada; 
XV - emissão de valores mobiliários; 
XVI - constituição de sociedade de propósito específico 
para adjudicar, em pagamento dos créditos, os ativos do 
devedor. 
§ 1o Na alienação de bem objeto de garantia real, a 
supressão da garantia ou sua substituição somente 
serão admitidas mediante aprovação expressa do credor 
titular da respectiva garantia. 
§ 2o Nos créditos em moeda estrangeira, a variação 
cambial será conservada como parâmetro de indexação 
da correspondente obrigação e só poderá ser afastada 
28 
 
se o credor titular do respectivo crédito aprovar 
expressamente previsão diversano plano de 
recuperação judicial 
 
 
 
 
1. Assembleia de credores 
 
 
Apresentado o plano de recuperação judicial e publicado edital com a relação 
de credores elaborado pelo administrador judicial, poderá os credores, nos 30 
dias subsequentes, apresentar objeção ao plano de recuperação judicial. 
Decorrido o referido prazo, sem que haja objeção por parte de qualquer 
credor, o juiz concederá a recuperação judicial do devedor. Caso, entretanto, 
sejam verificadas objeções por parte de credores, o juiz deverá convocar 
assembleia para deliberar sobre o plano 
 
 
 
 
 
 Classe 1 = Créditos Trabalhistas 
 e Maioria dos Votos 
 Créditos decorrente de 
 acidentes do trabalho “por cabeça” 
 
 
 
 Classe 2 = Créditos com 
 Garantia real Maioria dos votos 
 
Assembleia “por cabeça + créditos” 
 
Deliberar sobre 
o plano 
 Classe 3 = Créditos com privilégio 
 especial; 
 Créditos com privilégio Maioria dos votos 
 geral 
 Créditos subordinados “por cabeça + créditos” 
 
 
RESUMO 
 
Classe 1 – maioria dos credores, independente do valor do crédito 
Classe 2 e 3 – Maioria dos credores e maioria dos créditos. 
 
 
 
29 
 
Exemplo de créditos com garantia real 
ITAU R$500.000,00 SIM NÃO SIM 
BRADESCO R$200.000,00 NÃO SIM SIM 
HSBC R$200.000,00 NÃO SIM NÃO 
Conclusão NÃO NÃO SIM 
 
 
20/02 – FALTAMOS NESSA AULA 
 
21/02 – 
 
 
 
1) Pedido 
2) Deferimento 
3) Plano 
 Formalidades 
4) Assembleia 
CramDown 
 
 
Para determinada deliberação produza seus efeitos, será indispensável que a 
realização da assembleia geral de credores seja de acordo com determinadas 
regras, especificamente quanto a sua convocação, instalação e deliberação. 
 
Formalidades: 
 
1. Convocação 
 
A Assembleia geral de credores, será convocada pelo juiz, mediante a publicação 
de edital, no diário oficial e em jornal de grande circulação. 
Em 1a convocação, o edital deverá ser publicado com uma antecedência mínima 
de 15 dias da data designada para realização de assembleia. 
Caso a assembleia não seja instalada, procede-se a 2a convocação, hipótese que 
a assembleia não poderá ser realizada em prazo inferir a 5 dias da data 
designada para assembleia em 1 convocação. 
 
 
 
 
 
 15 dias 5 dias 
24/02 11/03 16/03 
 
 
 
Edital de Assembleia Assembleia 
Convocação 1a convocação 2a convocação 
 
 
30 
 
Ressalta-se por fim que o edital deverá ser publicado em jornais das localidades 
em que o devedor mantenha sua sede e filiais. A demais o edital deverá conter o 
local, a data, e a hora da assembleia, tanto a 1 como a 2 convocação, bem como 
a ordem do dia e local onde os credores poderão obter cópia do plano de 
recuperação judicial. 
Ressalta-se por fim, que nos termos do art. 56,§1, a data designada para 
assembleia, não poderá exceder 150 dias da data que deferiu o processamento 
da recuperação judicial. 
 
Art. 56, da lei 11.101/05 - Havendo objeção de qualquer credor ao 
plano de recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia-geral 
de credores para deliberar sobre o plano de recuperação. 
§ 1o A data designada para a realização da assembleia-geral não 
excederá 150 (cento e cinquenta) dias contados do deferimento do 
processamento da recuperação judicial. 
 
 
 
2. Quórum de Instalação 
 
Trata-se do número mínimo necessário para a valida realização de assembleia 
geral de credores. Nos termos do art. 37,§2, a assembleia geral de credores, 
instalar-se-á em 1a Convocação com a presença de credores que tenham mais da 
metade da totalidade dos créditos de sua respectiva classe, computados 
exclusivamente pelo valor, caso a assembleia não seja instalada, em 2a 
convocação será realizada com a presença de qualquer credor. 
 
Art. 37, da lei 11.101/05 - A assembleia será presidida pelo 
administrador judicial, que designará 1 (um) secretário dentre os 
credores presentes. 
§ 2o A assembleia instalar-se-á, em 1a (primeira) convocação, com 
a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos 
de cada classe, computados pelo valor, e, em 2a (segunda) 
convocação, com qualquer número 
 
 
3. Quórum dos termos e deliberação: 
 
Trata-se do número mínimo de votos necessários para que determinada matéria 
posta em votação seja aprovada pela assembleia de credores nos termos do art. 
45, o plano de recuperação judicial deverá ser aprovado pela maioria dos valores 
em cada uma das classes em que se dividem os credores, computando-se para 
tanto cada voto da seguinte forma: 
 
a) Na classe de créditos derivados da legislação do trabalho e de credores de 
acidente do trabalho, o valor de cada credor será computado “por cabeça”, 
independente do valor do crédito titularizado (art. 45, §2) 
 
b) Na classe de créditos com garantia real e na classe de créditos 
privilegiados, quirografários e subordinados, o voto será por cabeça e 
31 
 
considerando também o valor do crédito titularizado (art. 45, §1) 
 
 
 
Art. 45, da lei 11.101/05 - Nas deliberações sobre o plano de 
recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 
41 desta Lei deverão aprovar a proposta. 
§ 1o Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 
41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que 
representem mais da metade do valor total dos créditos presentes 
à assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos 
credores presentes. 
§ 2o Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta 
deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, 
independentemente do valor de seu crédito. 
§ 3o O credor não terá direito a voto e não será considerado para 
fins de verificação de quórum de deliberação se o plano de 
recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais 
de pagamento de seu crédito 
 

CRAMDOWN (PROVA) 
 
Aprovado o plano de recuperação judicial pela assembleia de credores e 
apresentado pelo devedor certidão negativa de débitos tributários, deverá o juiz 
conceder a recuperação judicial nos termos do art. 58 da lei 11.101/05. 
Por outro lado, sendo rejeitado o plano de recuperação judicial pelos credores, o 
juiz nos termos do art. 56, §4, decretará a falência. Ressalta-se entre tanto, ser 
possível a concessão da recuperação judicial mesmo após a rejeição do plano 
pela assembleia de credores. Trata-se do chamado cramdown, hipótese em que o 
juiz concederá a recuperação se o plano tiver obtido na mesma assembleia e de 
forma cumulativa: 
a) Valor favorável de credores que representem mais da metade do valor da 
totalidade dos créditos presentes da assembleia, independente de sua 
classe; 
b) Aprovação pela maioria de valores em pelo menos 2 das 3 classes de 
credores, ou se existir apenas 2 classes, a aprovação pela maioria de 
votos em 1 delas’ 
c) Na classe em que o plano tinha sido rejeitado, o voto favorável de mais de 
1/3 do credores e créditos conforme a deliberação da devida classe 
 
Art. 58. Cumpridas as exigências desta Lei, o juiz concederá a 
recuperação judicial do devedor cujo plano não tenha sofrido 
objeção de credor nos termos do art. 55 desta Lei ou tenha sido 
aprovado pela assembleia-geral de credores na forma do art. 45 
desta Lei. 
§ 1o O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em 
plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, 
desde que, na mesma assembleia, tenha obtido, de forma 
cumulativa: 
32 
 
I - o voto favorável de credores que representem mais da metade 
do valor de todos os créditos presentes à assembleia, 
independentemente de classes; 
II - a aprovação de 2 (duas) das classesde credores nos termos 
do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes com 
credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas; 
III - na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 
1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1o e 2o 
do art. 45 desta Lei. 
§ 2o A recuperação judicial somente poderá ser concedida com 
base no § 1o deste artigo se o plano não implicar tratamento 
diferenciado entre os credores da classe que o houver rejeitado 
 
Art. 56. Havendo objeção de qualquer credor ao plano de 
recuperação judicial, o juiz convocará a assembleia-geral de 
credores para deliberar sobre o plano de recuperação. 
§ 1o A data designada para a realização da assembleia-geral não 
excederá 150 (cento e cinquenta) dias contados do deferimento 
do processamento da recuperação judicial. 
§ 2o A assembleia-geral que aprovar o plano de recuperação 
judicial poderá indicar os membros do Comitê de Credores, na 
forma do art. 26 desta Lei, se já não estiver constituído. 
§ 3o O plano de recuperação judicial poderá sofrer alterações na 
assembleia-geral, desde que haja expressa concordância do 
devedor e em termos que não impliquem diminuição dos direitos 
exclusivamente dos credores ausentes. 
§ 4o Rejeitado o plano de recuperação pela assembleia-geral de 
credores, o juiz decretará a falência do devedor. 
 
 
 
 
 
 
06/03 – 
 
1. Pedido de recuperação 
2. Deferimento do processo da recuperação 
3. Plano de recuperação judicial 
4. Assembleia de credores 
5. Créditos Sujeitos a recuperação 
 
 
5. Créditos Sujeitos a recuperação 
(sem relação cronológica com anterioridade) 
 
Nos termos do art. 49 da lei 11.101/05 estão sujeitos aos efeitos da recuperação 
judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidas, 
ressalvadas as seguintes exceções: 
 
33 
 
a) Créditos tributários, nos termos do art. 49, §4, 
b) Créditos devidos pelo proprietário fiduciário de bens moveis ou imóveis, de 
arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel 
cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou 
irretratabilidade, bem como pelo proprietário em contrato de venda com 
reserva de domínio (art. 49, §3) 
 
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos 
existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 
§ 1o Os credores do devedor em recuperação judicial 
conservam seus direitos e privilégios contra os coobrigados, 
fiadores e obrigados de regresso. 
§ 2o As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão 
as condições originalmente contratadas ou definidas em lei, 
inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de modo 
diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial. 
§ 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário 
fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, 
de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos 
respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou 
irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de 
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu 
crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e 
prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as 
condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se 
permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se 
refere o § 4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do 
estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a 
sua atividade empresarial. 
§ 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a 
importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei. 
§ 5o Tratando-se de crédito garantido por penhor sobre títulos 
de crédito, direitos creditórios, aplicações financeiras ou valores 
mobiliários, poderão ser substituídas ou renovadas as garantias 
liquidadas ou vencidas durante a recuperação judicial e, 
enquanto não renovadas ou substituídas, o valor eventualmente 
recebido em pagamento das garantias permanecerá em conta 
vinculada durante o período de suspensão de que trata o § 4o 
do art. 6o desta Lei 
 
 
Crédito trabalhista 
 
Ressalta-se que o plano de recuperação judicial, não poderá prever prazo 
superior a 1 ano para pagamento dos créditos derivados da legislação trabalhista 
ou decorrentes de acidentes do trabalho (art. 54) 
 
Art. 54. O plano de recuperação judicial não poderá prever 
prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos créditos 
derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes 
34 
 
de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação 
judicial. 
Parágrafo único. O plano não poderá, ainda, prever prazo 
superior a 30 (trinta) dias para o pagamento, até o limite de 5 
(cinco) salários-mínimos por trabalhador, dos créditos de 
natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses 
anteriores ao pedido de recuperação judicial 
 
Procedimento para apuração dos créditos 
 
 Art. 51, III – rol de credores 
 
 No pedido de recuperação judicial, será apresentado o 1o documento 
necessário – Rol nominal dos credores 
 
 
Art. 51. A petição inicial de recuperação judicial será instruída 
com 
III - a relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles 
por obrigação de fazer ou de dar, com a indicação do endereço 
de cada um, a natureza, a classificação e o valor atualizado do 
crédito, discriminando sua origem, o regime dos respectivos 
vencimentos e a indicação dos registros contábeis de cada 
transação pendente. 
 
 Art. 52, §1 
 
 De posse do rol nominal de credores, o juiz ordenara a publicação de 
edital, com o rol, valor e natureza dos credores. 
 
Art. 52. Estando em termos a documentação exigida no art. 51 
desta Lei, o juiz deferirá o processamento da recuperação 
judicial e, no mesmo ato 
§ 1o O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no 
órgão oficial, que conterá: 
I - o resumo do pedido do devedor e da decisão que defere o 
processamento da recuperação judicial; 
II - a relação nominal de credores, em que se discrimine o valor 
atualizado e a classificação de cada crédito; 
III - a advertência acerca dos prazos para habilitação dos 
créditos, na forma do art. 7o, § 1o, desta Lei, e para que os 
credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial 
apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei. 
 
 O credor que obste do valor ou natureza do crédito atribuído, tem 15 dias 
para apresentar sua divergência. 
 
 Se o credor perceber sua exclusão da lista, tem 15 dias para a habilitação 
do crédito. Art. 7,§1 
35 
 
Art. 7o A verificação dos créditos será realizada pelo 
administrador judicial, com base nos livros contábeis e 
documentos comerciais e fiscais do devedor e nos 
documentos que lhe forem apresentados pelos credores, 
podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas 
especializadas. 
§ 1o Publicado o edital previsto no art. 52, § 1o, ou no 
parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o 
prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador 
judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos 
créditos relacionados. 
 
 A divergência ou habilitação são apresentas ao administrador judicial, que 
deverá elaborar uma nova relação nominal de credores em 45 dias. 
(elaborar e publicar) – Art. 7, §2. 
 
§ 2o O administrador judicial, com base nas informações e 
documentos colhidos na forma do caput e do § 1o deste 
artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no 
prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo 
do § 1o deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o 
prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8o desta 
Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a 
elaboração dessa relação. Realizada a publicação da nova relação nominal de credores, abre-se o 
prazo de 10 dias para Impugnação do crédito. 
 
Quem pode impugnar: 
-Devedor 
-Outros credores 
-Comitê de credores 
 
 O credor que tiver seu crédito impugnado, terá o prazo de 5 dias para 
Contestação (art. 11) 
 
Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão 
intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 
(cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e 
indicando outras provas que reputem necessárias 
 
 Realizada a contestação, abre-se o prazo de 5 dias para a manifestação. 
(devedor/comitê) – art. 12, caput 
 
Art. 12. Transcorrido o prazo do art. 11 desta Lei, o devedor 
e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se 
manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias. 
 
 Realizada a manifestação, abre-se o prazo de 5 dias para o parecer do 
administrador judicial. – Art. 12, § único 
36 
 
 
 
Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput 
deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz 
para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo 
juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo 
profissional ou empresa especializada, se for o caso, e todas 
as informações existentes nos livros fiscais e demais 
documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não 
da relação de credores, objeto da impugnação. 
 
 Ao final, o juiz proferirá sua decisão 
 
 
 
Pedido decisões 
 
 60 dias 
 Contestação Manifestação Parecer Decisão 
 QUADRO 
 15 dias 45 dias GERAL DE 
 CREDORES 
 
Publicação Habilitação Publicação 
rol nominal credores novo rol de 
 credores 
 
 
13/03 – 
 
Recuperação Judicial 
 
 
 Processo 
 
 Verificação de créditos 
 
 Plano especial para ME/EPP 
 
 
O empresário devedor poderá obter a concessão de sua recuperação judicial com 
base em um plano especial que será dispensado a aprovação prévia de seus 
credores para a concessão do benefício. Para tanto, o empresário deverá se 
enquadrar como uma micro empresa ou empresa de pequeno porte em vista do 
seu faturamento, nos termos da lei complementar 123/06. A demais deverá o 
empresário preencher todos os requisitos legais previstos no art. 48, da lei 
11.101/05. 
O plano especial de recuperação de empresas abrangerá tão somente os créditos 
quirografários, podendo prever o seu pagamento em até 36 parcelas mensais 
iguais e sucessivas corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de 12% aa, 
não podendo fixar o pagamento da 1o parcela a prazo que exceda a 180 dias. 
37 
 
Durante o período da recuperação judicial, sempre que necessário o empresário 
devedor quiser contratar novos empregados ou aumentar despesas, deverá obter 
prévia aprovação do juiz. 
 
 
 
 
PLANO ESPECIAL PARA ME/EPP 
 
 Créditos quirografários 
 
 Até 36 parcelas mensais 
 Correção monetária 
 Juros até 12%a.a. 
 
 1a parcela = até 180 dias 
 
 
 
Recuperação Extrajudicial (Art. 161 à 167, lei 11,101/05) 
 
 
1) Devedor e requisitos 
 
 Empresário Art. 48 
 
 
O empresário devedor que preencha os requisitos previstos no Art. 48 da lei 
11.101/05, poderá propor e negociar com seus credores plano de recuperação 
extrajudicial. Ressalta-se que nos termos do Art. 2 da lei 11.101/05 determinados 
empresários não estão sujeitos aos efeitos desta lei, razão pela qual não terão 
acesso à recuperação extrajudicial de sua empresa, dentro os quais destacam-se 
empresas públicas de sociedade de economia mista, instituições financeiras, 
seguradoras. 
 
 
Art. 48, da lei 11.101/05 - Poderá requerer recuperação judicial o 
devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas 
atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes 
requisitos, cumulativamente: 
I - não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença 
transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes; 
II - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de 
recuperação judicial; 
III - não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de 
recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V 
deste Capítulo; 
IV - não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio 
controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta 
Lei. 
38 
 
§ 1o A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge 
sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio 
remanescente. 
§ 2o Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, 
admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo 
por meio da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa 
Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue tempestivamente. 
 
Art. 2º, da lei 11.101/05 - Esta Lei não se aplica a: 
I - empresa pública e sociedade de economia mista; 
II - instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, 
consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora 
de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de 
capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
 
 
2) Créditos sujeitos à recuperação extrajudicial. 
 
Tal como na recuperação judicial, os créditos de natureza tributário, bem como 
aqueles previstos no art. 49, §3, da lei 11.101/05 (tais como créditos detido pelo 
arrendador mercantil, pelo promitente vendedor ou vendedor de imóvel cujo 
contrato contendo cláusula de irrevogabilidade e irretratabilidade, dentre outros) 
não estão sujeitos aos efeitos do plano de recuperação extrajudicial. A demais 
também não estarão a recuperação extrajudicial os créditos derivados da 
legislação do trabalho e decorrentes de acidentes do trabalho 
 
Art. 49, da lei 11.101/05 - Estão sujeitos à recuperação judicial todos os 
créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. 
§ 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de 
bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou 
promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham 
cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em 
incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com 
reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da 
recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a 
coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não 
se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere 
 
 
3) Aprovação do Plano 
 
O plano de recuperação extrajudicial conterá os meios que o empresário devedor 
entenda como necessários para recuperação de sua empresa e será aprovado 
por credores que representem mais de 3/5 da totalidade dos créditos abrangidos 
pelo plano, hipótese em que sua homologação judicial serão obrigatória. 
Ressalta-se sendo o plano aprovado por todos os credores, sua homologação 
judicial é considerada facultativa. 
 
 
39 
 
14/03 – 
 
Falência (lei 11.101/05) 
 
 
1) Conceito: 
 
Falência pode ser conceituadamente como uma forma de execução 
concursal do empresário devedor que se encontra juridicamente insolvente. 
 Art. 94 
 
1.1)Pressuposto Subjetivo 
 
Nos termos do Art. 1, somente terá sua falência declarada o empresário 
devedor que se encontre juridicamente insolvente. 
 
 
 
 
 Pessoa Física Empresa Individual 
 
 
EMPRESÁRIO 
 Empresa Individual (EIRELI) 
 Pessoa Jurídica 
 Sociedade Empresária 
 
 
 
 Inciso IAbsolutamente Excluídos – Empresas Públicas 
 Sociedade de economia mista 
Exceções 
 Inciso II Relativamente Excluídos – Instituições financeiras 
 Seguradoras 
Art.2 Consórcio 
 Entidades Previdenciárias 
 complementar 
 
 
Obs. Banco – Será liquidação extrajudicial 
 Art. 21 da lei 6.024/74 
 
 
Os empresários previstos no rol do inciso II do Art.2 são considerados pela 
doutrina como sendo relativamente excluídos da lei 11.101/05 e 
consequentemente da falência, isso por que tais empresários submetem-se como 
regra a leis especiais que irão disciplinar a execução concursal de seu patrimônio, 
podendo prever hipóteses excepcionais que quando verificadas ensejarão na 
decretação da falência do devedor. 
40 
 
É o caso por exemplo dos bancos que não submetem em princípio a lei 11.101/05 
uma vez que existe uma lei especial (6.024/74) para disciplina jurídica da 
execução concursal de seus bens, a chamada “liquidação extrajudicial”. 
Ocorre entre tanto que sendo verificado pela liquidante, indícios de prática de 
crime falimentar pelos administradores do banco ou insuficiência de bens para o 
pagamento para mais da metade dos créditos quirografários, o banco central do 
Brasil (BACEN) autorizará que seja requerida a falência da instituição financeira. 
 
 
 1.2) Pressuposto Objetivo 
 
Para fins falimentares, a insolvência do devedor será presumida pela prática de 
certos comportamentos taxativamente previstos no Art. 94 da lei 11.101/05 
 
Art. 94, da lei 11.101/05 Será decretada a falência do devedor que: 
I - sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação 
líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja 
soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na 
data do pedido de falência; 
II - executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e 
não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 
III - pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano 
de recuperação judicial: 
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de 
meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de 
retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou 
alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou 
não; 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o 
consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes 
para solver seu passivo; 
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o 
objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar 
credor; 
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente 
sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar 
seu passivo; 
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos 
suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta 
ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal 
estabelecimento; 
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no 
plano de recuperação judicial. 
§ 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o 
limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput 
deste artigo. 
§ 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos 
que nela não se possam reclamar. 
§ 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência 
41 
 
será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do 
art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos 
instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação 
específica. 
§ 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência 
será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a 
execução. 
§ 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de 
falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas 
que houver e especificando-se as que serão produzidas. 
 
 
A saber: 
 
 Impossibilidade Injustificada (inciso I) 
 
O empresário devedor poderá ter sua falência decretada quando sem 
relevante razão de direito não paga no vencimento uma obrigação líquida 
superior a 40 salários-mínimos representado em título executivo 
devidamente protestado. 
 
 Execução Frustrada (inciso II) 
 
O empresário devedor poderá falir quando ser executado por qualquer 
quantia não paga, não depositada e nem são nomeados bens* a penhora 
no prazo legal. Certidão de objeto e pé dos autos do processo de 
execução. 
 
*Tríplice omissão 
 
 Atos de Falência (inciso III) 
 
O empresário devedor poderá ter sua falência decretada quando houver 
praticado um comportamento considerado nos termos do art. 94, III, da lei 
11.101/05, como sendo um ato de falência. 
 
 
 
 
 Impontualidade Obrigação Líquida 
 injustificada -Superior 40 salários 
 (Inciso I) -Título executivo 
 -Protestado 
Art. 94 
 
 
 Execução 
Frustrada Certidão de objeto e pé 
(inciso II) 
 
42 
 
21/03 – 
 
Falência 
 
1) Conceito 
 
1.1)Pressupostos Subjetivos 
 
 1.2) Pressupostos Objetivos = “Insolvência jurídica” 
 
 
 
 Inciso I – Impontualidade 
Art. 94 Inciso II – Execução 
 Inciso III – Atos de Falência 
 
A saber: 
 
a) Realiza a liquidação precipitada dos bens integrantes do seu ativo ou lança 
mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos. 
 
b) Realiza, ou tenta realizar negócio simulado com o objetivo de retardar 
pagamentos ou fraudar credores. 
 
c) Alienação irregular do estabelecimento empresarial. 
 
 
Livre Pagamento dos credores 
Alienação 
 
 Insuficiência de bens Eficácia ou 
 
 
 Anuência dos credores 
 
Alienação regular = Atos de Falência 30 dias para expressar 
 
 
d) Simula transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de 
burlar a legislação, ou fiscalização ou ainda prejudicar credores. 
 
e) Dá ou reforça garantia a credor por dívida anteriormente contraída sem 
ficar com bens livres e desembaraçados para saldar o seu passivo. 
 
f) Abandona ou ausenta-se do estabelecimento sem deixar no local 
representante habilitado com recursos suficientes para salvar as suas 
dívidas. 
 
g) O descumprimento do plano de recuperação judicial. 
 
43 
 
 
 
2) Juízo Falimentar 
 
2.1) Competência (art. 3) 
 
 Nos termos do Art. 3 é competente para decretar falência do empresário devedor 
o juízo do local do seu principal estabelecimento, considerando com sendo aquele 
em que se é encontrado o maior volume de negócios do devedor, e portanto, 
centro de tomada de decisões em que estarão localizados a maior parte do seu 
ativo, empregados e credores. 
44 
 
 2.2) Juízo Universal da falência 
 
Ao ser decretado a falência, todas as ações e execuções que envolvam bens e interesses do falido, serão processados e julgados 
pelo juízo em que tramita o processo falimentar, ressalvadas as ações trabalhistas, causas tributárias e as ações e execuções não 
reguladas pela lei de falências em que a massa falida seja autora ou litisconsorte ativa. 
 
 
 Cabe recurso de agravo Cabe Recurso de apelação 
 
 
 Etapa pré-Falimentar Etapa Falimentar Etapa Pós-Falimentar 
 
 
 
 
 
 
Pedido Sentença de 
de Despacho Sentença encerramento 
Falência 
 Citação (10 dias) Mensuração Liquidação do

Continue navegando