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Economia - Introdução, custos, noções de planejamento

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Aula 2 (05/08/16) - ECONOMIA E SEUS CONCEITOS 
 
Economia: do grego oiconomos - aquele que administra um lar. 
Economia é o gerenciamento de recursos (importantes, pois são escassos). Trata do bem estar do homem . 
➔ Recursos escassos X Necessidades ilimitadas X Bem estar. 
 
Economistas estudam como as pessoas tomam decisões e como as pessoas interagem. 
A economia pode ser dividida em microeconomia (estuda o comportamento das unidades decisórias 
individuais) e macroeconomia (estudo dos fenômenos da economia como um todo. Ex: inflação, desemprego) 
 
10 Princípios da Economia 
 
1) As pessoas enfrentam tradeoffs​. 
Tradeoffs = escolha. “Cada escolha uma perda”. Situação de escolha conflitante, resolução de um problema 
acarreta em outro. Ex: produção X poluição; eficiência X igualdade. 
Eficiência: é o tamanho do bolo econômico. 
Igualdade: maneira como é dividida em partes individuais a propriedade que a sociedade tem de obter o 
máximo possível a partir de recursos escassos. A propriedade de distribuir a prosperidade econômica de 
maneira uniforme entre os membros da sociedade. Há políticos que tentam conferir igualdade, como por 
exemplo, seguro desemprego, onde a pessoa não produz, mas recebe. 
➢ Reconhecer a importância dos tradeoffs na vida. 
2) O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la​. 
É um custo de oportunidade: qualquer coisa que você tenha precisa abrir mão para obter algo. 
3) As pessoas racionais pensam na margem​. 
Pessoas racionais: é a que faz sistematicamente decisões, para alcançar seus objetivos. Faz decisões 
comparando. 
Mudanças marginais: pequenos ajustes que incrementam um plano de ação. 
Ex: Cia Aérea. Tem um voo com 200 lugares e custo de 100mil para a viagem, o que corresponde a 500 reais 
por passageiro. Portanto, deve vender por um valor acima de 500 reais. Se há 10 lugares vagos na hora do voo 
e um passageiro da lista de espera quiser pagar 300 reais, compensa, pois o custo marginal desse passageiro 
será só seu próprio consumo (afinal o avião já ia decolar mesmo). 
4) As pessoas reagem à incentivos​. 
Incentivo: algo que induz a pessoa à reagir. Incentivos são cruciais para analisar o funcionamento do mercado. 
Ex: aumento ou queda no preço dos produtos. 
Políticas públicas (ex: impostos da gasolina). 
➢ Como as pessoas interagem. 
5) O comércio pode ser bom para todos​. 
Ex: EUA (Ford) X Japão (Toyota). Competição e concorrência = melhor qualidade, mais variedade, melhor 
preço, aumento de especializações = benefício para todos. 
6) Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica​. 
Decisões descentralizadas interagindo entre si. Ex: meu produto é matéria prima para outro. 
Preços: se ajustam de cordo com a oferta e demanda para maximizar o bem estar da sociedade como um todo. 
7) As vezes, os governos podem melhorar os resultados dos mercados​. 
Economias de mercado garantem que se tenha o direito à propriedade. O governo interfere se houver: 
- Falha de mercado: mercado fracassa ao alocar recursos com eficiência; 
- Externalidade: impacto das ações de um sobre o bem estar de outro. Ex: poluição impacta pessoas que 
não tem a ver com o processo produtivo; 
- Poder de mercado: um único agente de mercado influencia. Ex: cartel de gasolina. 
Quando há externalidade ou poder de mercado, políticas públicas tendem a aumentar a eficiência econômica. 
➢ Igualdade: interensão??? Do governo com políticas públicas para atingir distribuição mais igualitária 
do bem estar. O governo pode, mas nem sempre fará. 
8) O padrão de vida de um país depende de sua capacidadede produzir bens e serviços​. 
Produtividade: quantidade de bens produzidos pela educação. Tava de produtividade tem relação direta com 
renda média. 
 
➔ Quanto maior o consumo de papel/papelão, maior a renda. 
9) Os preços sobem quando o governo emite moeda demais​. 
Inflação aumento do nível geral dos preços. Manter a inflação baixa é um dos objetivos dos formuladores de 
políticas econômicas. 
10) ​A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego​. 
Quanto maior a quantidade de moeda e maior o nível de consumo, maior a demanda de bens. + empregos, + 
renda, + consumo. 
Políticas visam mudar os gastos do governo e a quantidade arrecadada. 
 
Conceitos básicos: 
● Recursos: meios disponíveis para produzir bens. Podem ser humanos ou não humanos; 
● Necessidades humanas: know-how + meio para ??????? formam recursos; 
● Equilíbrio: resultado das forças de mercado (oferta = demanda); 
● Preço: intersecção entre custos de oferta e demanda; 
● Concorrência: Capacidade de um influencia o outro. 
● Firma: propriedades de produção/venda. 
● Cartel: limita competições de mercado; 
● Elasticidade: uma variável depende da outra; 
● Análise de equilíbrio: Individual ou geral (todos juntos). 
 
Aula 3 - AGRONEGÓCIO 
Produção e renda na agricultura. É o conjunto de atividades e funções geradoras de produção e do consumo de 
alimentos e matéria prima de origem agropecuária. 
Amplo e complexo sistema que inclui não apenas atividades dentro da propriedade rural, como também, e 
principalmente, as atividades de suprimentos agrículas (incomes), de armazenamento, distribuição e produção 
agrícola. 
Ex: Cadeia do café. Insumos (semente), pessoas que cuidam do café (engenheiros, agrônomos, etc), colheita. 
Após colheita pode ir para exportação OU fazer parte de outras cadeias, sendo moído, entregue já pronto pro 
consumidor num bolo, biscoito...etc 
Além da produção do insumo, o agronegócio engloba muitas outras coisas: Distribuição de suprimentos 
agrícolas, armazenamento (de sementes e produtos), processamento (todas as indústrias que pegam o produto 
da fazenda e processam). 
 
 
 
 
 
 
Elementos: Produtor de insumos (plantar, 
cuidar, colher) → fornecedor de insumos → 
agricultor → processador → varejista → 
consumidor 
 
*Vertical: eu mesmo produzo pra eu mesmo 
utilizar. Ex: Fabricação do papel, produz celulose 
antes. 
Contratual: empresas grandes, ex: mc donalds, 
contrata pra fornecer sempre alface, tomate, etc. 
Principais setores do agronegócio: 
Fornecedores de insumos e bens de produção (ração, semente, combustível, máquinas…); 
Produção agropecuária (lavoura, horticultura, produção animal); 
Processamento e transformação (alimento, tecido, bebida, papel…); 
Distribuição e consumo (restaurantes, hoteis, comércio); 
Serviços de apoio (agrônomos, veterinários, eng florestais). 
Logo, são 4 principais setores +1 (sendo esse 1 os setores de apoio) 
 
 
Participação dos quatro subsetores na formação do PIB do agronegócio no Brasil: nos últimos anos cresceram 
insumos e agropecuária, porém diminuiu indústria e comércio. Está tendo produção, mas não tem compra. 
Isso é devido a ​exportação​. 
O aumento da exportação retira quantidade dos produtos destinados a industria e ao serviço. 
➔ Exportar é bom, entretanto, quanto exportamos sem agregar valor temos prejuízo. 
 
AGRONEGÓCIO E AGROINDÚSTRIA ​(setor dentro do agronegócio) 
 
Dualismo estrutural na comercialização 
 
Agricultura tradicional vs. Agricultura moderna: 
Familiar; 
Produz em pequena escala; 
Baixo nível tecnológico; 
Pouca instrução/especialização; 
Uso de insumos tradicionais; 
Crédito de difícil acesso; 
Produção dispersa e conjunta. 
Maior escala; 
Insumos e tecnologia madura; 
Mais especialização; 
Fácil acesso ao crédito; 
Maior grau de mecanização; 
Maior capital; 
Qualidade superior.Há no mercado espaço para pequenos e grandes produtores, apesar das diferenças em níveis de produção e 
comercialização. 
O tamanho da terra não é um determinante pra ser grande ou pequeno produtor. 
 
Participação do PIB do Brasil e do Agronegócio: 
Mais de 20% de tudo que o Brasil produz vem do agronegócio. Tem um impacto enorme no Brasil e poderia 
ser maior, mas falta incentivos e políticas. 
 
Balança comercial:​ diferença entre exportação e importação. 
Crise de 2008: queda imobiliária, problema nos EUA, desemprego e etc… vários países sofreram. Foi a época 
que Obama entrou no poder, pegou toda a crise e conseguiu colocar os EUA no trilho. Nessa época, o Brasil 
conseguiu se aproveitar um pouco, exportando pros países. 
Entre 2011 e 2012 houve uma queda de importações no brasil, assim como exportações. Já no agronegócio a 
variação da exportação foi maior que a importação. Por isso que “o agronegócio salva a balança comercial do 
brasil”, pois ela garante um balanço final positivo (ou no mínimo não cair tanto). 
 
Agronegócio: 
❏ Antes da porteira: insumos necessários que não tem na fazenda e precisa ser comprado pra fazer a 
produção; 
❏ Dentro da porteira: processo produtivo, fabricação; 
❏ Depois da porteira: pra onde o produto vai, é a que mais gera valor agregado. 
Dá pra usar, por exemplo, a fazenda para aluguel, hotel fazenda, fazenda restaurante, etc como forma de 
entretenimento, e isso também faz parte do agronegócio → Diferenciar o seu serviço. Ex: produtos sem 
gluten, produtos veganos… Estima-se que a maior parte do dinheiro venha de fora da porteira, com mais 
diferenciação de produtos. 
 
Técnicos/produtores/diretores = querem agregar valor. 
Mudanças de gasto geram mudanças nos agronegócios. 
 
➔ A importância da agropecuária não pode ser medida só dentro da porteira. O agronegócio vai além. 
Não se pode medir a riqueza do agronegócio pela quantidade de produtos produzidos dentro da 
porteira, pois dentro da porteira não tem valor agregado. 
 
→slide dos fertilizantes. 
 
 
(preço)*(quantidade) = receita. → slide “preços em alta impulsionam a agricultura” 
 
Ex: seca pastagens, aumenta preço do boi, aumenta oferta de animais pra que os animais não perdessem peso e 
etc. Após isso vem a queda, pq venderam os bois logo. → Slide “pecuária” 
 
Conclusões do relatório = recuo na produção e no consumo no Brasil em 2016. Cenário macroeconômico 
desfavorável. 
 
➔ Agronegócio salva balança comercial do Brasil por causa da exportação. 
 
Aula 4 - Problemas fundamentais 
 
Economia tem a questão principal que é gerenciar recursos escassos para necessidades ilimitadas. A economia 
é uma ciência social que estuda que maneira nós empregamos nossos recursos de modo a distribuí-los entre a 
sociedade pra nos satisfazer. 
Ex: uma fábrica precisa decidir se, com seu dinheiro X, vai comprar mais matéria prima ou mais máquinas pra 
atingir uma produção maior. 
 
Problemas fundamentais: 
❏ Onde e quanto produzir? 
❏ Como produzir? - maquinário, mão de obra, sozinho, terras... 
❏ Para quem produzir? - Público/empresa alvo. 
 
Os problemas fundamentais direcionam a escolha do sistema econômico. Após responder essas 3 perguntas 
pode-se definir qual sistema econômico se está inserido. 
 
➔ Sistemas econômicos são forma política, social e econônica em que se organiza uma sociedade. Está 
diretamente relacionada com a produção, distribuição e consumo. 
 
Componentes de todos os sistemas econômicos: 
Estoque de recursos - recursos humanos, capital, terra, tecnologia…; 
Complexo de unidades - empresas; 
Instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais - base da organização da sociedade. 
 
Os sistemas podem ser: 
- Capitalista; 
- Socialista; 
- Mista. 
 
CAPITALISTA SOCIALISTA/PLANIFICADA MISTA 
- Regido pelas forças de mercado 
(oferta e demanda); 
- Livre iniciativa; 
- Propriedade privada da força de 
produçao. Ex: maquinário etc. 
- Um órgão principal faz as 
decisões; 
- A propridade dos fatores de 
produção é pública; 
- Pequenas atividades artesanais 
podem pertencer as pessoas, 
porém os preços são fixados pelo 
governo. 
- Prevalecem as forças de 
mercado; 
- Atuação complementar do 
estado; 
- Estado atua na produção de bens 
públicos (educação, saúde, justiça 
etc). 
*Brasil 
 
Obs: existe “Socialismo de mercado” ou “Capitalismo de estado” = Rússia e China. Abrem cada vez mais 
espaço para iniciativa privada. 
 
Somente Cuba e Coreia do Norte são totalmente socialistas. Esse tipo de sistema costuma ser enfraquecido, 
pois apesar de ser feito um planejamento das necessidades da população, ele não consegue estimar isso 
corretamente, nem atender ao povo de forma eficiente. 
 
Curvas de possibilidade de produção 
Expressa capacidade máxima de produção, 
supondo o uso máximo dos recursos (financeiros, 
humanos e físicos) e todos empregados. Devido à 
escassez de recursos, há um limite na produção. 
Ex: uma economia que só produz 2 tipos de 
produtos, ou máquinas, ou bens de consumo. Com 
isso, eles tem a opção de produzir somente 
máquinas, somente bens, ou produzir os dois 
juntos. Analisa-se as alternativas de produção e se 
faz um gráfico, que representa todas as 
possibilidades de produção em potencial. 
Nessa curva está aplicado, junto, o custo de oportunidade (que tem um gráfico com o mesmo formato) 
 
Custo de oportunidade, ou custo alternativo 
Faz-se o sacrifício na produção de um bem para 
produzir outro. Ex: Aumento na produção de 
alimentos e diminui cada vez mais a produção de 
máquinas. 
 
Pode haver deslocamentos da curva de produção: 
❏ Quando há um processo tecnológico; 
❏ Quando aumenta organização e eficácia da produção; 
❏ Melhorou o grau de qualificação da mão de obra. 
Nesses exemplos, houve aumento da produção de máquinas e alimentos, causando crescimento econômico. 
Porém, o deslocamento tem que ser pros dois (máquinas e alimentos), não apenas só um deles. 
 
Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários. 
❏ Economia fechada: sem intervenções do governo, nem externas; 
❏ Agentes econômicos: famílias e empresas (exercem papel duplo = mão de obra + demanda de 
consumo); 
❏ Fatores de produção: capital, mão de obra, terra. 
Para cada fator de produção há uma remuneração: salário, lucro, aluguel. 
 
★ O que significa dizer que as famílias e empresas exergem um papel duplo no fluxo real da economia? 
Tanto as famílias como as empresas atuam tanto como oferta no mercado no fator de produção como 
demanda no mercado de bens e serviços. E as empresas vão demandar no fator de produção e ofertar 
no mercado de bens e serviços. 
 
Existem diversos tipos de bens: 
❏ Capital: que geram produtos, mas nao se desgastam. Ex: máquinas; 
❏ Consumo: que atendem as nossas necessidades imediatas. Podem ser duráveis ou não duráveis; 
❏ Indermediário: transformados, agregados e consumidos no processo produtivo. Ex: conservantes, 
produtos químicos usados na produção do produto; 
 
❏ Finais: vendido pra um consumidor final. 
 
Fluxo monetário: as empresas pagam os funcionários, estes pagam os mercados de bens e serviço, que voltam 
pra empresa e fazem um ciclo. 
 
Junção do fluxo real com o fluxo monetário: 
 
 
- O que e quanto produzir vai ser definido pelo mercado(ele que vê oferta e demanda e define). 
- Como vai ser produzido é definido pela empresa. 
- Pra quem vai produzir é definido pelo mercado de fator de produção. 
 
Aula 5 - Custo de produção 
Custo de produção: quanto de dinheiro tem que sair para produzir alguma coisa. 
É importante o estudo de custos, pois há uma relação dele com o lucro. 
 
L = R - C​ (sendo L=lucro, R=receita total e C=custo total). 
Sendo a receita: ​R = P*Q​ (P=preço, Q=quantidade do produto) 
 
Introdução: 
Uma empresa procura sempre maximizar seus resultados visando a máxima produção possível em face da 
utilização de certa combinação de fatores. Existe 2 formas de fazer isso: 
- Maximiar a produção: produzir uma quantidade máxima pra determinado custo total (estabelecer, 
fixar um custo e procurar a produção máxima pra isso); 
- Minimar o custo total: estabelece o nível de produção e procurar reduzir o máximo possível do custo. 
- Equilíbrio da firma​, ocorre quando se atinge uma das duas coisas acima. Obs: minimizar o custo 
total é o que mais se costuma fazer. 
 
Custos totais de produção: 
Tudo aquilo que foi gasto para produzir. Pega-se a combinação mais favorável pra fazer a produção e o custo 
total é a combinação do que se gastou pra obter o produto. 
 
CT = CVT+CFT 
CT = custo total da produção 
CVT = custo variável total 
CFT = custo fixo total 
 
Custo variável total: 
Varia com o nível de produção do que se decidiu produzir. Entra nesse CVT tudo que modifica o custo com o 
aumento da produção. Ex: gastos com matérias primas. 
 
Custos fixos totais: 
 
Custos que não vão mudar. Não tem relação com a produção, esse custo ainda existe mesmo se não houver 
produção. Ex: água, luz, aluguel, pagamento de empréstimo, salário de mão de obra fixa. 
 
Os custos totais de produção podem variar em custos totais de curto e de longo prazo. 
Custos totais de curto prazo = Custos fixos + custos variáveis 
A longo prazo não existem fatores fixos de produção. Afinal, o longo prazo é usado pra fazer planejamentos. 
E no futuro tudo pode mudar, até mesmo a planta da empresa. 
 
Custos de curto prazo: 
Situação onde a empresa realize sua produção por meio de fatores fixos e variáveis. 
Ex: Fator fixo: tamanho ou dimensão da empresa. Fator variável: mão de obra. 
Para aumentar ou diminuir a produção, utiliza-se a mão de obra. O CFT permanece inalterado, afinal o 
tamanho nem a dimensão da empresa não mudou. 
 
 
Ou seja, quanto custa pra você produzir uma unidade do produto. 
 
 
 
 
Marginal é relacionado a uma unidade a mais. Logo, o custo marginal é o custo que se vai ter pra produzir 
uma unidade a mais. “Quanto variou o custo total quando eu variei uma unidade a mais?” 
 
No curto prazo possui os dois componentes, e nele o custo marginal é determinado apenas pela variação do 
acréscimo na produção. 
Exemplo: 
 
 
Fórmulas 
CFT + CVT = CT 
CFMe = CFT/quantidade de produto → reduz 
tendendo a zero; 
CVMe = CVT/quantidade de produto → reduz e 
depois aumenta; 
CMe = CT/quantidade de produto → reduz e 
depois aumenta; 
CMg = variação em CT/variação da quantidade de 
produto. 
Como foi feito o cálculo do Custo Marginal? 
CMg = ΔCT/Δquantidade 
0-1: 15-10/1 = 5/1 = 5 
1-2: 18-15/1 = 3 
2-3: 20-18/1 = 2 
3-4: 21-20/1 = 1 
4-5: 23-21/1 = 2 
--- 
 
O custo total inicia em 10 devido ao custo fixo total. Essas curvas tem o mesmo comportamento, a diferença 
entre os pontos das duas curvas é o CFT. 
 
 
Quando corta a curva do custo médio, passa a custar mais. 
Custos de longo prazo Os custos totais constituem apenas de fatores 
variáveis. 
 
O comportamento do custo total e do custo médio 
de longo prazo está intimamente relacionado ao 
tamanho ou dimensão da planta escolhida para 
operar no longo prazo. 
Longo prazo é o horizonte de planejamento e não o 
que está sendo efetivamente realizado. 
 
 
● Antes de fazer um investimento a empresa está numa situação de longo prazo. Ex: empresa pensando 
em comprar novas máquinas. É longo prazo pq pode selecionar comprar ou nao comprar. 
● Depois do investimento: máquina já foi comprada, os recursos foram convertidos em equipamentos e 
a empresa opera em condições de curto prazo. 
➔ A empresa opera a curto prazo e planeja a longo prazo. 
 
Economia de escala é comum em produção de celulose, por exemplo. É muito caro, o custo só baixa quando 
se produz em grande quantidade. 
 
 
 
Formato em U da curva de custo médio de longo e curto prazo: 
● Curto prazo: lei dos custos crescentes (lei dos rendimentos decrescentes), que supõe um fator fixo de 
produção. Ou seja, a medida que eu vou produzindo meu produto, vou aumentando meus ganhos de 
produção até que se atinja um máximo, que se for acrescentado mais fator de produção, o rendimento 
cai. 
● Longo prazo: economias de escala, com a variação de todos os fatores de produção, incluindo o 
próprio tamanho ou escala da empresa. 
 
 
 
Custos de oportunidade Vs. Custos contábeis: 
● Custos contábeis: custos explicitos, que envolvem um dispêndio monetário. Ex: foi paga a mão de 
obra e saiu dinheiro da empresa, precisa contabilizar no balanço da empresa. 
● Custos de oportunidade: Custos que não vão sair dinheiro do caixa. São usados pra fazer comparação 
de projetos ou investimentos. 
○ Ex: Tenho 100k, posso investir na empresa ou colocar na poupança. Se for feito investimento, 
esse investimento tem que dar um lucro maior que deixar na poupança, portanto ele tem um 
custo de oportunidade. 
○ São custos que são estimados com base no que poderia ser ganho (onde eu vou ganhar mais? 
Investindo ou na poupança?). Pode ser chamado também de custos alternativos. Conceito útil 
para planejamento estratégico. 
○ Ver mais exemplos nos slides. 
 
Aula 6 - Custos de produção, parte 2 
 
Fatores de produção na agricultura: 
Terra, capital, trabalho, máquinas, insumos, mão de obra, serviços. 
 
Finalidade do cálculo dos custos: 
● Agricultor: para poder planejar e tomar decisões, quando sabe-se o quanto gasta, sabe o quanto pode 
cobrar; 
● Governo: formulação de políticas públicas, estas sao baseadas nos custos de produção, pra definir 
políticas de empréstimo de dinheiro etc; 
● Órgãos de representação: orientar produtores e pedir políticas, afinal estes precisam saber o quanto 
está o custo pra pedir ajuda do governo ou sugerir alguma melhoria. 
● Finalidade prática: prever o problema da empresa. Destrinchando os custos tem como identficar o 
problema e consertar. Auxiliar produtores rurais a tomarem as melhores decisões. 
 
 
Para calcular o custo de produção tem 3 metodologias: custo total (classificado em custo fixo, custo variável e 
custo médio), custo operacional e custeio. 
Se temos uma escala de produção, vamos ter o custo fixo total, o custo fixo unitário, custo varável total e 
custo variável médio (unitário). 
 
Custo total médio: custo fixo unitário + custo variável médio. 
Uma hora, no gráfico, ele cai, pois se dilui conforme o número maior de únidades. Porém, ele aumenta quando 
tiver os rendimentos decrescentes (acima do fator ótimo, fica ineficiente e o custo sobe). 
 
● Custos fixos: são inevitáveis e independem da escala de produção. Dentro dele tem a depreciação, 
mão de obra fixa, seguro, taxas e impostos, e juros sobre capitais fixos (terra,remuneração etc). 
● Custos variáveis: só acontecem quando tem processo de produção. É incluido dentro dele as despesas 
com máquina (trator), implementos (partes que se acoplam no trator), manutenção, serviços 
contratados, insumos, transporte, armazenagem, embalagem etc. 
➔ Todas as empresas tem os mesmos tipos de custos fixos e variáveis. Varia conforme o tipo de 
empresa, se é rural ou urbana, tamanho da empresa, tipo de produto/serviço. 
 
Depreciação: 
É a parcela do desgaste de um fator fixo durante certo tempo. Ela apresenta os recursos suficientes que vão 
permitir proceder quando precisar trocar o equipamento. 
➔ Colocar uma parte dos custos fixos pra que quando for necessário trocar o aparelho, não precisar tirar 
do fluxo de caixa. Tira-se mensalmente um pouco de depreciação, pra quando precisar ter o dinheiro 
pra troca do aparelho. 
Possíveis causas para a concretização da depreciação: 
● Causas físicas: ação do tempo; 
 
● Causas funcionais: evolução tecnológica; 
● Causas excepcionais: acidentes, incêndios, etc. 
São considerados pra fazer a depreciação bens físicos objeto de desgaste por uso, causas naturais ou 
obsolescência. Não são considerados prédios alugados ou não utilizados, bens que tendem a valorizar com o 
tempo (obra de artes, antiguidades). 
 
➔ Cada bem se deprecia com taxas e prazos de vida útil diferentes. 
Exemplo: 
 
Métodos de cálculo de depreciação: 
● Método linear; 
● Método da soma dos anos de vida útil; 
● Método do saldo decrescente; 
● Método das horas trabalhadas 
A escolha dos métodos é indiferente, contanto que use sempre o mesmo método. 
 
Método linear: 
A utilização do bem é igual durante toda a sua vida últil, não haverá declínio no desempenho. É bom para usar 
com materiais que não perdem rendimento conforme o tempo. Gastos periódicos com manutenção e reparos 
não sofrerá alteração e não ocorrerá o obsoletismo tecnológico. 
 
Ex: Custo de aquisição: 11 mil reais. O valor residual, depois de 10 anos, no mesmo aparelho, vale só 1 mil 
reais. 
Depreciação anual: (11.000 - 1000)/10 = 1000 reais de depreciação anual, ou seja, a cada ano que se passou o 
produto desvaloriza em mil reais. 
Depreciação mensal: basta pegar a depreciação anual e dividir pelo número de meses, no caso, 12. 1000/12 = 
83,333 
 
Método da soma dos anos da vida útil: 
As cotas de depreciação são decrescentes e é feita a soma dos anos de vida útil. É ideal quando a aquisição do 
bem coincide com o início do ano social (Janeiro, onde teoricamente começam a valer impostos e etc). Se 
você faz uma compra em outro mês, é preciso fazer um ajuste pra essa diferença (de não começar em janeiro). 
 
Ex: tem-se um produto cuja vida útil é 5 anos. Pega-se 1+2+3+4+5 = 15 
 
No primeiro ano o custo foi de 16.000. Então no primeiro ano a conta é (5*16.000)/15, pois ainda se tem 5 
anos pra usar o produto. 
O saldo contábil é o custo do produto menos a depreciação anual. No final o produto não tem valor nenhum, 
não tem valor residual, a depreciação abate tudo o que tinha do produto. 
 
 
Método do saldo decrescente: 
Um percentual fixo sobre o valor de aquisição, partindo do valor do saldo contábil. Vai ter um decréscimo nas 
quotas e utiliza-se o dobro da taxa de depreciação que se usaria pelo método linear. É definido o percentual da 
depreciação com base no valor pago inicial. 
 
 
O saldo cont. Final vai para o saldo cont. Inicial, pq é o valor que vai estar valendo o produto. É tirado 40% 
(porcentagem da depreciação) de cada saldo cont. Inicial todo ano. Nesse caso tem valor residual, pois no final 
dos 5 anos ainda sobra R$7.766 valendo do produto 
 
Método das horas trabalhadas: 
Mais usado pra máquinas ou coisas usadas pra mais de uma finalidade (um trator que se usa no laticínio e na 
plantação, por exemplo) 
 
Pega-se quanto eu produzi e qual foi a capacidade total da produção. 
Ex: Se eu tenho um equipamento que me custou 100.000, que me produziu no ano 2.000 unidades e a 
capacidade estimada de produção total é de 40.000, a taxa de depreciação é: 
Taxa = 2.000/40.000 = 0.05 ou 5%. 
Ou seja, nesse caso, a taxa de depreciação anual é de 5%. 
 
Valor residual: 
Valor recebido na transação de venda do bem ao termino da sua vida útil na empresa. É aquilo que vai sobrar 
se eu quiser vender o produto. 
 
Exemplos: 
Método linear. Meu equipamento tem uma vida útil de 8 anos. Ele me custou 42.000 e seu valor residual após 
os 8 anos é de 10.000. 
Esse produto desvalorizou 32.000 em 8 anos, ou seja, desvalorizou 4.000 anualmente. 
 
[ver mais exemplos no caderno] 
 
 
Aula 7 
Há outro tipo de cálculo que pode-se fazer dos custos fixos, distribuindo eles em custos fixos específicos e 
custos fixos gerais. 
● Tempo de utilização: do maquinário, por exemplo. 
● Renda bruta 
● Área de terra da cada atividade: dividir de acordo com cada área, rateio. Ex: trabalha-se com pastagem 
e usa também um trator em milho. Calcular depreciação considerando a área do milho e da pastagem. 
 
Cálculo dos custos fixos: 
● Mão de obra fixa: funcionário que, se não há produção, precisa pagar o salário mesmo assim. 
○ Com contrato permanente, e é preciso considerar o valor do salário e encargos sociais. 
○ Mão de obra familiar, considerar custo de oportunidade: “o que eu poderia estar ganhando se 
tivesse trabalhando em outra atividade?” 
● Seguros, taxas e impostos: 
○ ITR 
○ Seguro: valor médio dos bens, para saber o quanto vai se gastar no seguro. Avaliar quanto do 
valor do bem vai ser pago mensalmente; 
○ Reformas e manutenção: pode ser fixo ou variável, depende do bem. Ex: um carro tem custo 
fixo de revisão E um custo variável em gasolina ou pneu. Geralmente quando é fixo, usa-se 
um percentual do valor novo do produto/bem. 
● Juro sobre fatores fixos de produção: o capital aplicado em bens de capital pode ter outra aplicação, 
custo de oportunidade. Há divergência, nem todos dizem que deve-se calcular. 
○ Terras: se for de outros, considerar o valor pago por ela. Se for própria, considerar uma taxa 
de juro sobre o valor de mercado (novamente custo de oportunidade). → Rateio pelo uso da 
terra. 
○ Máquinas, implementos, instalações: taxa de juros. Pode-se fazer um rateio pelo número de 
horas trabalhadas da máquina ou por renda bruta (quanto da minha parcela de renda foi 
responsável pela máquina) 
○ Remuneração do empresário: remunerar pela capacidade individual do empresário que 
poderia estar aplicando seu conhecimento e experiência em outra atividade. É muito 
subjetivo, pois na maioria dos casos, isso não entra no fluxo de caixa. ISSO ESTÁ ERRADO! 
O funcionário ​precisa tirar o salário dele do fluxo de caixa como custo de oportunidade, pois 
ele poderia estar trabalhando em outro lugar. Também não pode avacalhar no valor, 
considerar um salário aceitável. 
 
Cálculo dos custos variáveis: 
● Despesas com máquinas e implementos: Rateio pelo nº de horas de uso, pela área de terra trabalhada 
ou pela renda bruta. Vai gastos com combustíveis, lubrificantes, conservação, reparos etc; 
● Despesas com animais de trabalho ou produção; 
● Aluguel temporário; 
● Mão de obra temporária: cálcular não só o salário, como também os encargos;● Insumos: quantidade e preço pagos ou de mercado. 
● Transporte externo: contratar alguém pra fazer transporte 
● Recepção: secagem, armazenagem etc; 
● Assistência técnica; 
● Seguros sobre a produção; 
● Custos financeiros: Considerar juros pago nos financiamentos para capital de giro. Quando recursos 
próprios: custo de oportunidade. 
 
Cálculo do custo operacional: 
Considerar todos os itens que implicam desembolsos pelo produtor, sejam imediatos ou em outros momentos. 
 
Medidas do resultado econômico: 
 
Pega quanto produziu, quanto vendeu, quanto se teve de receita e tem-se a medida do resultado econômico. 
Esses registros precisam ser feitos bem detalhados para registrar as informações ed forma a poder ser feita 
uma análise econômica e financeira. 
- Inventários no início e final do exercício: variação patrimonial; 
- Todas as entradas e saídas de produtos e serviços devem estar presente para fazer um fluxo de caixa, 
assim como o valor desses produtos e serviços. 
 
a) Renda Bruta: é tudo o que eu vendi/ganhei. 
 
b) Renda Líquida Total (RLT): tudo aquilo que eu ganhei, menos tudo aquilo que eu gastei → LUCRO. 
RLT = RB - CT 
Onde: 
RB = Renda Bruta 
CT = Custo Total 
 
 
Caso não seja utilizado um serviço contratado ou mão de obra, considera-se zero. 
 
d) Custo Operacional Total (COT) 
COT = COE + D + MOP 
Onde: 
COT = Custo Operacional Total 
COE = Custo Operacional Efetivo (ou Custo Variável) 
D = Depreciação de máquinas e equipamentos e benfeitorias (que é um custo fixo) 
MOP = Mão de obra permanente (também é custo fixo) 
 
e) Custo Total (CT) 
CT = COT + J + RE 
Onde: 
CT = Custo total 
COT = Custo Operacional Total 
J = Juros sobre terra e capital empatados 
RE = Remuneração do empresário 
 
f) Custo Total Médio (CTMe) 
CTMe= CTQ/Q 
Onde: 
CTMe = Custo Total Médio 
 
CT = Custo Total 
Q = Quantidade total produzida do produto 
 
g) Margem Bruta (MB) 
MB = RB – COE 
Onde: 
MB = Margem Bruta 
RB = Renda Bruta 
COE = Custo Operacional Efetivo 
● Se maior que zero: Ocorre quando a RB é maior do que o COE. O produtor pode permanecer na 
atividade, no curto prazo, se a mão de obra familiar for remunerada. 
● MB = 0: Ocorre quando a RB é igual ao COE. Neste caso a mão de obra não está sendo remunerada. 
O produtor não resistirá por muito tempo no negócio, pois partes de custos fixos não serão pagas. 
● MB < 0: Ocorre quando a RB é inferior ao COE, há mais cutsos do que receita. Significa que a 
atividade está dando prejuízo, pois não cobre os desembolsos efetivos. Se está pagando para trabalhar. 
 
h) Margem Líquida (ML) ou Lucro Operacional (LO) 
Indica a lucratividade da atividade no curto prazo, mostrando as condições financeiras e operacionais da 
atividade. 
ML = RB – COT 
Onde: 
MB = Margem Bruta; 
RB = Renda Bruta; 
COE = Custo Operacional Efetivo. 
● ML > 0: Se a RB é maior que o COT, o produtor vai poder continuar no ramo a curto prazo. 
● ML < 0: Ocorre quando a RB é inferior ao COT. Alguns fatores de produção não estão sendo 
remunerados, pois não sobrou dinheiro. 
 
i) Índice de Lucratividade (IL): percentual disponível de renda da atividade, após o pagamento de todos os 
custos operacionais. 
IL = (ML/RB) X 100 
 
j) Lucro (L) 
L = RB – CT 
● Lucro > 0: ​Lucro supernormal​. Tudo está sendo pago e ainda está gerando uma “sobra” que varia com 
a produção; 
● Lucro = 0: ​Lucro normal​. Tudo sendo pago (remunerado), inclusive a mão-de-obra familiar e 
administrativa, a terra e o capital, porém não está gerando uma “sobra”; 
● Lucro < 0: ​Prejuízo​. Este caso ​não implica necessariamente em prejuízo total, pois se a ML for maior 
que zero, significa que a atividade está remunerando a mão-de-obra, as depreciações e, até mesmo, 
parte do capital empatado. ​Se a margem líquida for maior que zero, o lucro < 0 não está gerando 
prejuízo. 
 
Fatores que afetam as medidas do resultado econômico: 
● Fatores de produção: 
○ Recursos naturais; 
○ Trabalho; 
○ Bens de capital; 
● Fatores externos e internos; 
 
1. Fator terra: tem variações quanto a fertilidade, topografia, precipitação, localização. Podem ter 
restrições para o uso; 
 
2. Tamanho ou volume do negócio: diversos critérios para medir a empresa agrícola: área de terra, 
número de animais, valor total do capital (quanto a propriedade vale), valor total da renda bruta, valor 
total da renda líquida; 
3. Tamanho ou volume do negócio: Aumento no tamanho da empresa: maior área ou maior intensidade 
de capital ou ambas; propriedades pequenas, médias e grandes; propriedade familiar e patronal; 
módulo rural (cada município no Brasil define seu módulo rural para definir uma pequena propriedade 
- até 4 módulos rurais), minifúndio, latifúndio e empresa rural. 
4. Vantagens e desvantagens de pequenas e grandes propriedades: 
a. Quanto ao trabalho: especialização e controle do trabalho, flexibilidade da mão de obra, 
dependência de trabalho assalariado. Essas funções são mais “fáceis”, menos necessárias 
numa pequena propriedade. 
b. Quanto ao uso de maquinário e de construções: geralmente máquinas e construções são 
projetadas para escalas maiores de produção; 
c. Quanto à comercialização: grandes propriedades tem maior poder de barganha na compra e 
venda; 
d. Quanto aos riscos: melhor para pequenas propriedades, pois produzem para subsistência; 
5. Linhas de produção: 
a. Linhas de produção competidoras, linhas complementares: uma empresa que produz papel e 
produz também a celulose, tem uma linha complementar que auxilia a não aumentar muito o 
preço; 
b. Princípio das vantagens comparativas: produzir produtos de custos comparativamente mais 
baixos; 
c. Especialização X diversificação. Ex: posto de gasolina. Não tem muito como se especializar 
nos combustíveis, então diversificam seus produtos, colocando uma loja de conveniências e 
etc. Ou seja, ​especialização é a dependência de apenas um ou poucos produtos como fonte de 
renda. Diversificação, ao contrário, é a dependência de diversos produtos como fonte de 
renda​. 
➢ O que compensa mais, se especializar ou diversificar? Depende do mercado e do produto. Não adianta 
diversificar e não ter matéria prima, nem se especializar e não ter mercado. 
○ Vantagens da especialização: facilidade de administração. Ex: só eu tenho o produto que 
vendo, todos compram, não faz sentido diversificar. 
○ Vantagens da diversificação: Melhor uso dos recursos disponíveis, redução de riscos; permite 
melhor rotação de atividades 
 
Aula 8 - Noções de planejamento: 
- Esforço humano que busca mudar uma realidade na busca de determinados objetivos: Se eu tenho um 
projeto, eu tenho algo a ser melhorado, tenho um objetivo. 
- Formulação sistemática que expressa determinados objetivos, prazos (horizonte de planejamento) e 
limitações da realidade; 
- Formulação de conjunto de decisões com objetivos, condiciona meios e tempo; 
- Plano, programa e projeto. 
 
Projeto: 
Há uma justificativa, objetivo, metodologia (como vai ser desenvolvido), resultados e conclusões. Permite 
estimar vantagens e desvantagens econômicas pra ver se é viável ou não. 
Pode ser público, privado, econômico ou social. 
A base do projeto é a análise do presente estimando pro futuro. Antes de ser feito o projeto, precisa estimar oscustos, demanda (num caso de produto novo, fazer pesquisa de mercado), preços, comportamento do 
consumidor, inovações 
 
Condições gerais ou macrocondições: 
- Objetivo do projeto: por que fazer? 
- O que será produzido?: quais equipamentos vão ter pra chegar no serviço final? 
 
- Qual a finalidade?: no caso de uma clínica popular, a finalidade é atingir pessoas com renda mais 
baixa. 
- Quanto será produzido? (potencial do mercado): estimar o número de consultas que será feitas por 
mês, número de atendimentos, produtos vendidos, etc. 
- Caracterização ou especificação do produto a ser produzido: como vão ser as consultas? Como vai ser 
o atendimento? Quanto tempo vai durar? 
- Justificativa para a decisão: indicar mercado potencial, nível de preços dos produtos e de custos de 
produção. Deve culminar com a indicação dos retornos esperados do investimento, comparativamente 
às alternativas disponíveis e, ou, viáveis. ​Quando precisa de $ pra fazer o investimento? Fazer um 
cálculo de custo de oportunidade para ver se a clínica vale mais que investir em outro lugar. 
- Localização do projeto: aonde está o projeto? Por que escolheu esse local? Descrever o local. Tá mais 
perto do consumidor, mais perto do produtor? 
- Infraestrutura da região: vias de acesso(é fácil entrar e sair?), comunicação (há sinal de celular?)… ex: 
dependendo do produto, uma estrada de chão pode prejudicar o produto. 
- Insumos necessários: mão de obra (vai ser um lugar que já ta pronto, ou precisa de mao de obra pra 
construir?), terra, bens de capital (maquinários, carro, etc); 
- Mercado de insumos: quem são os fornecedores de medicamento, material cirúrgico etc? De onde vai 
buscar? Alguém vem entregar? 
- Mercado do produto: descrição do mercado comprador do produto (ver público alvo, quem vai 
comprar), qualidade do produto, fluxo de procura (qual época vende mais?), preços do produto 
(definir preço da consulta, raio x, banho e tosa etc) 
- Cronograma de implantação​: fazer um prazo com as atividades a serem feitas anualmente: 
 Janeiro Fevereiro Março Abril 
Pesquisa de projeto X 
Compras X X 
Instalação dos produtos X X 
Iniciação do projeto X 
 
- Estimativa de custos e receitas: qual vai ser o preço do produto? Quanto eu vou vender? Quanto vai 
ser gasto com remunerações? 
- Avaliação econômica; 
- Escolha de métodos de avaliação econômica; 
- Análise e interpretação dos resultados; 
- Análise de risco ou sensibilidade; 
- Conclusões. 
 
Juros: 
Juros simples não é muito utilizado, juros compostos é mais usado. 
 
*não precisa saber inflação, taxa de juros efetiva, taxa de juros nominal.

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