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TRABALHO DO CURSO DE EDUCAÇAO ESPECIAL.

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
 PRISCILA DA SILVA OLIVEIRA 
EDUCAÇÃO ESPECIAL
			 Na perspectiva da Educação Inclusiva 
MARAVILHA
 educação especial na perspectivA 
 DA EDUCACÃO INCLUSIVA
Trabalho de conclusão de curso
Orientador.Rosilei Ficanha
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo fazer uma breve reflexão sobre o processo de implementação da Educação Inclusiva no Brasil, no que diz respeito aos alunos com necessidades educacionais especiais, deve ter acesso a escolas regulares, que a eles devem se adequar. Bem como analisar o papel da Educação Especial, no âmbito dessas politica.
Por se tratar de educação Inclusiva, procura-se também detectar elementos que favorecem a sua compreensão. Apresentando mudanças ocorridas no conceito - Escola Inclusiva e sua postura frente à homogeneidade, procurando compreender a função da escola na questão da inclusão. 
2	DESENVOLVIMENTO 
A educação de alunos com necessidades educativas especiais que tradicionalmente se pautava num modelo de atendimento segregado, tem se voltado nas ultimas décadas para a Educação Inclusiva. Esta proposta ganhou força sobre tudo a partir da segunda metade da década de 90 com a difusão da Declaração de Salamanca (UNESCO 1994), que em outros pontos propõe que as “crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar...”.
 A educação escolar não era considerada como necessária a esta clientela, ou mesmo possível, principalmente para aqueles com deficiência cognitiva ou sensorial severa. Pois não havia expectativas quanto à capacidade desses indivíduos desenvolverem-se academicamente e ingressarem na cultura formal.
Os anos 70 representaram a institucionalização da Educação Especial em nosso país com a preocupação do sistema educacional público em garantir o acesso à escola aos portadores de deficiência. Em sua progressiva afirmação prático-teórica, a Educação especial os absorveu avanços da Pedagogia e da Psicologia da Aprendizagem, sobre tudo de enfoque comportamental. O desenvolvimento de novos métodos e técnicas de ensino permitiu aprendizagem e desenvolvimento desses sujeitos. 
Porém apesar dos avanços, não representou a garantia de ingresso de alunos com deficiência no sistema de ensino. 
Acompanhando a tendência mundial da luta contra a marginalização das minorias, começou a se consolidar em nosso país, no inicio da década de 80 a filosofia da Integração e Normalização. A premissa desse conceito é que pessoas com deficiência tem direito de usufruir as condições de vida o mais comuns e normais possíveis.
A luta pelo acesso de e da qualidade da educação das pessoas portadoras de deficiência culminou no inicio dos anos 90, com a proposta de Educação Inclusiva, hoje amparada e formatada pela legislação em vigor e determinante das políticas públicas educacionais a nível federal, estadual e municipal (FERREIRA& GLAT, 2003).
Acompanhando a evolução da Educação Especial do paradigma da segregação ao paradigma da Educação Inclusiva, percebe-se a necessidade de refletir, de posicionar-se diante dos desafios de construir uma escola inclusiva, aberta a todos, garantindo a permanência do aluno com sucesso e a sua terminalidade. 
Vale lembrar que a Educação Especial era cercada de mitos e preconceitos. Pois a história desse atendimento é marcada inicialmente, em seu primeiro período por exclusão, marginalização, segregação, abandono, torturas e extermínio de pessoas que não tinham o direito de viver, pois não estavam dentro dos padrões adotados. Segundo Bianchetti (1998) afirma que:
É evidente que alguém que não se enquadra no padrão social e historicamente considerado normal, quer seja decorrente do seu processo de concepção e nascimento ou impingindo na luta pela sobrevivência, acaba se tornando um empecilho, um peso morto, fato que o leva a ser relegado, abandonado, sem que isso cause os chamados sentimentos de culpa característicos da nossa fase histórica (BIANCHETTI, 1998, p.27 ).
Conforme a sociedade foi evoluindo e modificando sua concepção sobre a educação especial, trazendo em sua vertente a ideia da educação inclusiva a esta clientela, que propõem estas, ter acesso a escolas regulares. Embora a legislação brasileira, na educação, como em outras áreas possa ser considerada bastante avançada para padrões internacionais, à promulgação de leis e diretrizes políticas ou pedagógico não garante, necessariamente, as condições para seu devido comprimento.
Entretanto, não podemos negar que a luta pela integração social do individuo que apresenta deficiência foi realmente um avanço social muito importante, pois teve mérito de inserir esse individuo na sociedade de forma sistemática, se comparando aos tempos de segregação. Educação de qualidade social implica na garantia do direito a educação para todos, por meio de politicas publicas, materializadas em programas de ações articuladas, com acompanhamento e avaliação da sociedade, tendo em vista a melhoria do processo de organização e gestão democrática dos sistemas e das escolas. Nesse sentido, a escola pública, em todas as modalidades de Educação Básica, tem como função social formar o cidadão, isto é, construir conhecimentos, atitudes e valores que tornem o estudante solidário, crítico, e participativo. 
Sob este enfoque, a função social da escola na questão da inclusão no ensino da aprendizagem destes alunos, é lhe proporcionando uma boa educação de qualidade, para eles possam conviver harmoniosamente de forma igualitária. Delimitando que crianças portadoras de deficiência possam se desenvolver o mais próximo da normalidade, buscando desenvolver suas habilidades e competências ressaltando-as e coordenando-a os demais alunos (membros das sociedades futuras) para que entendam a condição do colega e a possibilidade de desenvolvimento, a fim de valorizar e compreender a diversidade, a cultura, as normas, valores e as diferenças em uma sociedade.
Recapitulando a educação especial no Brasil, como visto anteriormente, se deu ao longo das ultimas décadas da aplicação das redes paralelas de programas de assistenciais de atendimento educacional especializado em escolas especiais ou mesmo em classes especiais. Essa situação contribui para a criação de um modelo paralelo e segregado que colaborou para que o poder público seguisse tal esquema, fazendo a educação especial um instrumento dissociado da educação geral.
Sendo assim a educação inclusiva, se constituiu um paradigma educacional fundamentado nos direitos humanos. 
No entanto, o conceito escola inclusiva frente a homogeneidade, age de forma de socialização, para que os alunos com necessidades educativas especiais, possam ser incluídos nas atividades escolares, beneficiando uma educação de qualidade, oferecendo profissionais especializados em cada área de atuação, que ofereça condições adequadas, para que se sintam a vontade. Pois em uma escola inclusiva a diversidade é valorizada em detrimento da homogeneidade.
 
 
3 CONCLUSÃO
O trabalho apresentado nos faz entender que a Educação Inclusiva compreende a Educação Especial dentro da escola regular e transforma a escola para todos. 
A opção por esse tipo de educação não significa negar as dificuldades dos estudantes. Pelo contrario, com a inclusão, as diferenças não são vistas como problemas, mas com diversidade. E é essa a verdade, a partir da realidade social que pode ampliar a visão do mundo e desenvolver oportunidades de convivência a todas as crianças portadoras de algum tipo de deficiência.
Por este motivo, é preciso repensar em nossas ações cotidianas, a fim de minimizar os obstáculos que impeçauma educação para todos.
REFERÊNCIAS
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial 1998.
BUENO, J.G.S. Educação brasileira: integração / segregação do aluno diferente. São Paulo: EDU/PUCSP,1993
FERNANDES, E. M. Construtivismo e Educação Especial. Revista Integração. MEC /SEEP, 5(11), pg 22-23, 1994.
UNESCO. Declaração de Salamanca e Linha da Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.
EEB. Professora Genoveva Dalla Costa. Projeto Político Pedagógico. Riqueza, impressão própria, 2014

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