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EDUCAÇÃO EM SAÚDE Contribuições de Paulo Freire à prática e educação crítica em enfermagem Nascimento: 1921-Recife Advogado sem exercer a profissão; se dedicou a estudos de filosofia da linguagem. Trabalhou como professor 2º grau – Língua Portuguesa. 1961: Diretor do Depto de extensões Culturais da Universidade de recife. 1962: aplicou suas teorias quando ensinou 300 cortadores de cana a ler e escrever em 45 dias. 1964: golpe militar- foi encarcerado como traidor – exílio na Bolívia, trabalhou no Chile (5 anos) 1967: 1º livro: educação como prática da liberdade. 1968: livro: pedagogia do oprimido 1969: professor convidado da Universidade de Harvard 1980: retornou ao Brasil, filiou-se ao PT- supervisor para o programa do partido para alfabetização de adultos de 1980-1986. 1988: Secretário Educação de São Paulo 1997: óbito Contribuição: destacou-se por seu trabalho na área da educação popular voltada para a escolarização como para a formação de consciência. Delineou uma pedagogia da libertação: relacionada com a visão do 3º mundo e das classes oprimidas na tentativa de elucida-las e conscientiza-las politicamente. Educação popular para a alfabetização e conscientização política de jovens e adultos operários. Achava que o problema central do homem não era o simples alfabetizar, mas fazer com que o homem assumisse sua dignidade enquanto homem. As seis ideias forças de Freire Toda ação educativa deve estar precedida de reflexão sobre o homem e de uma análise do meio de vida do educando. A educação deve levar o educando a uma tomada de consciência e atitude critica no sentido de haver mudança da realidade. Através da integração do homem com seu contexto haverá reflexão, comprometimento, construção de si mesmo e o ser sujeito. A medida que o homem se integrar as condições de seu contexto de vida realiza reflexão e obtém respostas aos desafios criando cultura. O homem é criador de cultura e fazedor de historia. É necessário que a educação permita que o homem chegue a ser sujeito, construir-se como pessoas, transformar o mundo, estabelecer relações de reciprocidade, fazer cultura. Das ideias-forças surgiram conceitos usados na educação e na enfermagem: liberdade, humanização, conscientização, diálogo, cultura, reflexão crítica e problematização. Problematização: parte de situações vividas e implica um retorno crítico a essas. Por meio da problematização o educador chama os educandos a refletir sobre a realidade de forma crítica, produzindo conhecimento e cultura em um mundo e com o mundo. Diálogo: criticou o monólogo existente nos círculos educacionais: educador e educandos são sujeitos no ato de desvendar e conhecer a realidade criticamente e recriar esse conhecimento. O ato de conhecer dá-se num processo social e o diálogo media esse processo. Sem diálogo não existe interação e comunicação. Liberdade: condição indispensável ao movimento de encontro em que estão inscritas as pessoas como seres inacabados. Liberdade do educando para criar, aprender, buscar conhecimento. Conscientização: é uma inserção crítica na história assumindo o homem uma posição de sujeito podendo transformar o mundo. Desenvolvimento crítico da tomada de consciência. A proposta de educação de Freire pode ser entendida como forma de compreender o mundo, refletir sobre ele e transformar a realidade a partir de uma ação consciente. Freire e Enfermagem O enfermeiro não é dono do cuidado: criação de uma prática crítica, libertadora, valorizando o cliente. Círculo de cultura (método de Paulo Freire) É capaz de estabelecer o diálogo e a discussão sobre diversos temas, capacitando as pessoas a refletirem sobre sua realidade. Favorece o aprendizado rápido, contextualizado, existindo uma inter-relação que proporciona liberdade e crítica sobre o assunto abordado, resultando em um grupo mais participativo dos debates, diálogos e trabalhos, também usado como um itinerário de pesquisa. (artigo: Pedagogia freireana como método de prevenção de doenças).
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